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domingo, 18 de novembro de 2007

Miele vai lançar grife masculina


Miele vai lançar grife masculina ALCINO LEITE NETO - ultima.moda@folha.com.br

Carlos Miele segue a pleno vapor. Em agosto, criou a Miele, segunda linha de sua grife, mais jovem e menos cara. Anteontem, inaugurou sua loja em Paris, na badalada rua Saint Honoré. Agora, anuncia o lançamento de uma linha de roupas para noivas, a Carlos Miele Bridal, e de uma grife para homens, a Miele Masculino (nome provisório), as duas para o primeiro trimestre de 2008.
"As grifes brasileiras para homens são muito voltadas para o próprio país. Quero fazer algo mais cosmopolita, internacional, com estilo sóbrio e modelagens modernas. Também vou usar tecidos sofisticados, o que é raro na confecção masculina brasileira", diz Miele.
O estilista tem mais novidades. Está inaugurando em Salvador, neste mês, a terceira loja Miele (as outras duas já estão nos shoppings Morumbi, em São Paulo, e Leblon, no Rio). Abre em dezembro a primeira franquia da mesma grife em Miami. E vai publicar no início de 2008, nas principais revistas do mundo, a sua primeira campanha publicitária mundial.
A estrela da campanha será Carol Trentini, e as fotos foram feitas por Michael Roberts, que é um dos diretores da revista "Vanity Fair". Roberts assina ainda as imagens e a edição do livro "Carlos Miele", um álbum sobre o designer e o estilo brasileiro que vai ser lançado em março próximo, em Paris.
A loja parisiense do estilista terá papel fundamental nos cálculos internacionais de Miele. Com dois andares e 230 m2, custou US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 2,6 milhões). É a segunda que ele abre fora do Brasil, depois da de Nova York. Ambas foram feitas pelo arquiteto Hani Rashid, premiado pelo projeto da loja americana e irmão do designer hype Karim Rashid -que fez o projeto gráfico da revista Moda, da Folha.
Os planos de Miele ainda não acabaram. Em 2008, ele quer expandir de 71 para 90 as lojas da M.Officer, da qual é o único dono e de onde vem a sua principal fonte de renda. "Sim, perdi a identidade da M.Officer nos últimos anos", reconhece ele. "Mas muito menos que as outras marcas brasileiras de jeanswear", rebate.
Ele quer concentrar sua atenção na M.Officer, que deixou meio de lado enquanto cuidava de sua carreira internacional. "Vou trazer padrões novos para a M.Officer. Quero prepará-la para a exportação, pois pretendo competir com as grandes corporações mundiais", afirma.
Trocando em miúdos: ele vai aproximar a M.Officer do sistema de produção das marcas "fast fashion". E aproveita para fazer um diagnóstico a respeito da crise do jeanswear fashion brasileiro: "As grifes nacionais preferiram vender as próprias marcas e descuidaram dos produtos. Mas, atualmente, as pessoas pensam muito antes de pagar caro por uma roupa. Não é só a força da marca que interessa, mas o preço justo pelo que você está oferecendo".
Para Miele, na moda, hoje, é preciso distinguir personalidade de tendência. A segunda virou sobretudo um assunto da indústria "fast fashion". "Se você quer só tendência, vai na Zara. Se quer personalidade e roupa de alto padrão, vai numa grife renomada, como a Dior". Na opinião do estilista, para se manter no mercado atual, uma grife tem que ter personalidade forte, "inclusive para não seguir tendências", ele diz.
Ambicioso e poderoso como poucos no mercado fashion brasileiro, Miele vai angariando pouco a pouco um renome mundial que nenhum estilista brasileiro conseguiu até agora.
No último desfile da grife Carlos Miele em Nova York, arrebanhou vários elogios, inclusive da influente crítica Suzy Menkes, do jornal "International Herald Tribune".
No meio da moda brasileira, apesar do seu sucesso comercial, ele tem fama de possuir uma personalidade polêmica e irascível. Há anos está rompido, inclusive, com o diretor da São Paulo Fashion Week, Paulo Borges. Mas Miele parece não dar a mínima para o que falam dele por aqui. "Estudei em nove colégios e fui convidado a sair de sete. Nunca me interessei em ser o sujeito que quer agradar aos outros", dispara.

by uol

O estilista paulistano Carlos Miele, 42 anos, elevou a moda brasileira a novos patamares – e promete continuar abrindo caminhos neste ano. Em 2003, ele passou a gestão da sua M.Officer para executivos contratados e inaugurou a primeira loja Carlos Miele em Nova York. O sucesso começou com o projeto arquitetônico, do egípcio Hani Rashid. O ambiente tornou-se uma das referências da arquitetura contemporânea da cidade e foi capa de importantes revistas de design de interiores em diversos países. Suas roupas, pontuadas pela convergência entre materiais modernos e artesanato popular, também conquistaram as americanas. Para 2007, os planos são de expansão. “Vou inaugurar uma loja na rue Saint Honoré, em Paris, e darei continuidade ao crescimento da M.Officer no Brasil”, planeja. O estilista também acaba de lançar uma marca, de estilo mais casual, a Miele by Carlos Miele. “Também quero abrir 20 lojas nas principais capitais do País e aumentar o atual número de 19 países para 30 países que vendem esta coleção”, prevê. Planos ousados? É esse mesmo o negócio dele. by isto é
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com VIVIAN WHITEMAN

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