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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

JULIA LOPES DE ALMEIDA..a história tentou apagar




Paulo Vasconcelos
Aprendi a gostar de literatura já nos anos de 1950, na Paraíba, Campina Grande, em  alguns  livros que estavam próximos a mim, mas foi um livro didático, uma espécie de Antologia do Conto, indicado pela professora de Português, Marli Motta , no ginásio, num colegio público, diga-se a verdade, em que encontrei Julia Lopes de Almeida . O conto era A Caolha.
Gostava de sua clareza, sua escrita simples e direta , sua eleição aos fatos do cotidiano , a sua época. O tempo passou e por décadas ela foi escondida. Michele Asmar Fanini desvenda em seu livro fatos interessantes sobre Júlia e encontrei esta matéria no jornal Digital da USP, vejam:

Por Jornal da Usp
Livro recém-lançado resgata obra da escritora mais publicada da Primeira República (1889-1930) e a única mulher a fazer parte do grupo de intelectuais que fundaria a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em documento extraoficial, encontrado por pesquisa da USP, consta o registro do nome de Júlia Lopes de Almeida entre os cogitados que comporiam a lista de fundadores. O livro A (in)visibilidade de um legado – Seleta de textos dramatúrgicos inéditos de Júlia Lopes de Almeida mostra a importância da escritora e a redime de uma sociedade machista, cujas barreiras de gênero a relegaram ao ostracismo institucional.
O livro é de autoria de Michele Asmar Fanini e foi lançado em março de 2017 pela Editora Intermeios e coedição da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O trabalho é resultado de uma pesquisa de pós-doutorado feita no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP.
A lista extraoficial onde constava o nome de Júlia foi encontrada por acaso. Em 2005, quando Michele dava início ao seu doutorado, cujo recorte de pesquisa era a investigação dos bastidores de ingresso das mulheres na ABL, se deparou com o documento que tinha sido elaborado por um dos idealizadores da academia, Lúcio de Mendonça. Na lista, apareciam elencados quarenta nomes daqueles que, segundo ele, deveriam figurar como seus membros fundadores. Seguindo o modelo da Academia Francesa, cujos ingressos consistiam em uma prerrogativa masculina, a ABL excluiu o nome de Júlia da listagem final. Por sua vez, o marido da escritora, Filinto de Almeida, que também integrava o grupo de idealizadores, se tornou um de seus fundadores.
Leia toda matéria em..http://bit.ly/2v84oC4