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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Greenpeace compró más de 2.000 lamparitas en un súper para retirarlas del mercado


En su campaña de ahorro energético, la organización ecologista vació la góndola de un local de Palermo donde vendían lámparas incandescentes, a las que considera obsoletas y perjudiciales.
CAMPAÑA. Los militantes de Greenpeace vaciaron las góndolas

Modigliani


Modigliani

Ayer se inauguró la exposición Modigliani y su tiempo, en el Museo Thyssen-Bornemisza de Madrid.



La muestra reúne un total de 126 trabajos, entre pinturas, dibujos y esculturas, un arco de obras que cubren el trabajo del pintor italiano desde su llegada a París en 1906 hasta su muerte en 1920.





La obra de Amedeo Modigliani -Modi- se presenta, por primera vez en diálogo directo tanto con sus grandes maestros (Cézanne, Picasso o Brancusi), como con sus amigos de Montparnasse (Chagall, Soutine, Kisling, Zadkine, Foujita, entre otros) y aquí está el punto que marca la diferencia de esta muestra con otras que reunieron obras del artista.

La exposición estará abierta hasta el 18 de Mayo.

Inédito este material e considerações acerca de Paul Klee Desnudo femenino, de Paul Klee.


Inédito este material e considerações acerca de Paul Klee
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Desnudo femenino, de Paul Klee.

Esta sombría genialidad de Paul Klee (Suiza, 1879-1940) carece de todo adorno. Es un desnudo, desnudo de aditamentos. Y, de colores opacos, refulge como un sol.

Klee fue uno de los más originales pintores del siglo XX. Nació en Münchenbuchsee, cerca de Berna, Suiza, pero pronto se trasladó a Munich donde estudió arte en una escuela privada y en la Academia de Bellas Artes de la ciudad. Está considerado como uno de los representantes más singulares del arte moderno. Siguiendo un estilo específico, creó una serie de obras llenas de fantasía, libertad e imaginación.

Un viaje que realizó a África en 1914 le hizo descubrir, acaso, los secretos del color y marcó el comienzo de su estilo maduro. Durante los siguientes 20 años, sus pinturas y acuarelas mostraron su dominio de delicadas armonías cromáticas, como de ensueño. A partir de 1935, afectado por una enfermedad, Klee pintó líneas gruesas como de carboncillo y grandes áreas de colores matizados. Sus obras de ese período tienen un tono pesimista y dramático.
by clarin http://weblogs.clarin.com/antilogicas/

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CARNAVAL DE PERNAMBUCO





CARNAVAL DE PERNAMBUCO







Sr Veludinho , com 100 anos de idade, batuqueiro do

Maracatú Leão Coroado · 1966

(Arquivo Katarina Real · Iconografia da FJN)



HISTÓRIA DO CARNAVAL

Claudia M. de Assis Rocha Lima

Pesquisadora

ORIGEM DO CARNAVAL

Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas, como o carnaval, estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.

CARNAVAL NO BRASIL

O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. No Brasil, o carnaval é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa. Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa; em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; no Recife, o Recifolia, já extinto.

CARNAVAL NO RECIFE

Século XVII - De acordo com as antigas tradições, mais ou menos em fins do século XVII, existiam as Companhias de Carregadores de Açúcar e as Companhias de Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa de Reis. Esta massa de trabalhadores era constituída, em sua maioria, de pessoas da raça negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia anterior à festa de Reis. Reuniam-se cedo, formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo festejante e, sentado sobre ele uma pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da cidade.

Século XVIII - Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana, surgiram particularmente a partir do século XVIII. Melo Morais Filho, escritor do século passado, no seu livro Festas e Tradições Populares, descreve uma Coroação de um Rei Negro, em 1742. Pereira da Costa, à página 215 do seu livro, Folk-lore Pernambucano, transcreve um documento relativo à coroação do primeiro Rei do Congo, realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, da Paróquia da Boa Vista, na cidade do Recife. Os primeiros registros destas cerimônias de coroação, datam da segunda metade deste século nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamaracá, no estado e Pernambuco, promovidas pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito.

Século XIX - Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnavalescas, formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe-se que as festas dos Reis Magos serviram de inspiração para a animação do carnaval recifense. De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça-feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnavalesca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores, Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio.

Século XX - O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre todas destacava-se o Clube Internacional, chamado clube dos ricos, tinha sua sede na Rua da Aurora, no Palácio das Águias. A Tuna Portuguesa, hoje Clube Português, tinha sua sede na Rua do Imperador. A Charanga do Recife, sociedade musical e recreativa, com sede na Avenida Marquês de Olinda e a Recreativa Juventude, agremiação que reunia em seus salões a mocidade do bairro de São José. O carnaval do início deste século era realizado nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus e máscaras de fronhas (fronhas rendadas enfiadas na cabeça e saias da cintura para baixo e outra por sobre os ombros), esses mascarados sempre se apresentavam em grupos. Nesses tempos, o Recife não conhecia eletricidade, a iluminação pública eram lampiões queimando gás carbônico. Os transportes nos dias de carnaval vinham superlotados dos subúrbios para a cidade. As linhas eram feitas pelos trens da Great Western e Trilhos Urbanos do Recife, chamados maxambombas, que traziam os foliões da Várzea, Dois Irmãos, Arraial, Beberibe e Olinda. A Companhia de Ferro Carril, com bondes puxados a burros, trazia foliões de Afogados, Madalena e Encruzilhada. Os clubes que se apresentaram entre 1904 e 1912 foram os seguintes: Cavalheiros de Satanás, Caras Duras, Filhos da Candinha e U.P.M.; este último criado como pilhéria aos homens que não tinham mais virilidade.

O Corso - Percorria o seguinte itinerário: Praça da Faculdade de Direito, saindo pela Rua do Hospício, seguindo pela Rua da Imperatriz, Rua Nova, Rua do Imperador, Princesa Isabel e parando, finalmente na Praça da Faculdade. O corso era composto de carros puxados a cavalo como: cabriolé, aranha, charrete e outros. A brincadeira no corso era confete e serpentina, água com limão e bisnagas com água perfumada. Também havia caminhões e carroças puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moças tocavam e cantavam marchas da época dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas pelas famílias, desfilavam em lindos carros alegóricos.



Recife, 21 de julho de 2003.



Direitos Reservados à Autora

Claudia M. de Assis Rocha Lima

claudiarochalima@yahoo.com.br



(Texto atualizado em 9 de outubro de 2007)

CINEMA


CINEMA
A lista das listas
Um livro – com a lista dos “100 melhores filmes” – avança no duvidoso terreno das listas, com a escolha de 100 obras, a cargo do crítico inglês Ronald Bergan.
Por Fernando Monteiro

Listas? Para que servem as listas dos “melhores filmes de todos os tempos”? Talvez para ocupar o tempo – e a cabeça – de críticos que, recém-divorciados, acabam de estrear apartamento novo, num daqueles sábados longos da vida de solteiro entretida mais com velhos filmes do que com novas companhias. Seja como for, foram os redatores da respeitada revista inglesa Sight & Sound que, em 1952, começaram com a mania, elegendo “os melhores 10 filmes produzidos até o início dos anos 50”, e para isso convocando uma espécie de “colegiado” de cineastas, teóricos e (é claro) colegas – fanáticos e menos fanáticos – que terminaram elegendo os títulos.

Os filmes empatados fizeram surgir 12 eleitos (predominando produções européias, note-se), com Chaplin emplacando duas obras nas primeiras posições, e mais a presença de algumas admira-ções recentes – naquela época – determinando votos de puro entusiasmo da década pós-guerra (o melhor exemplo disso é Louisiana Story, filme quase esquecido hoje em dia). Estavam inauguradas as “listas” dos melhores, no cinema, e a da revista britânica fixou o prazo de uma década para pro-mover nova votação. Em 1962, portanto, veio a segunda votação, já em outro ambiente cultural, com sensíveis diferenças da primeira.

Dez anos se passaram, e, em 1972, a terceira lista manteve seis obras da última votação (Cida-dão Kane, A Regra do Jogo, O Encouraçado Potemkin, A Aventura, O Martírio de Joana D´Arc e Contos da Lua Vaga, também conhecido como Contos da Lua Vaga após a Chuva). Como obras novatas na consagração dos críticos, surgiram Fellini Oito e Meio (Otto e Mezzo, de Federico Fellini – Itália, 1963), Quando Duas Mulheres Pecam (Persona, de Ingmar Bergman – Suécia, 1966), A Ge-neral (The General, de Buster Keaton – EUA, 1926), Soberba (The Magnificent Ambersons, de Orson Welles – EUA, 1942), e mais uma obra-prima do sueco Bergman: Morangos Silvestres (Smultronstället, de 1957).

Nossa intenção é falar de uma lista – ainda maior – dos melhores filmes da história do cinema, sujeita “a chuvas e tempestades” como é a longa relação das 100 excelências que o crítico Ro-nald Bergan resolveu apresentar em livro, com omissões inacreditáveis e – surpresa – a presença do brasileiro Cidade de Deus na penúltima posição. Bergan é muito respeitado, e um livro de 510 páginas (que acaba de ser traduzido e lançado pela Zahar) traz as 100 obras que ele escolheu, com os seus comentários sobre os filmes listados por muitos motivos. Não dá para resumi-los num artigo, porém aqui vai a relação que o crítico elaborou debaixo do fog (às vezes “míope”) de Londres, com os seus “100 melhores” ordenados em ordem rigorosamente cronológica, conforme Bergan preferiu.

O Nascimento de uma Nação – O Gabinete do Dr. Caligari – Nosferatu, o Vampiro –Nanook, o Esquimó – O Encouraçado Potemkim – Metrópolis – Napoleão – Um Cão Andaluz – O Martírio de Joana d’Arc – Nada de Novo no Front – O Anjo Azul – Luzes da Cidade – Rua 42 – O Diabo a Qua-tro – King Kong – O Atalante – Branca de Neve e os Sete Anões – Olímpia – A Regra do Jogo – ... E o Vento Levou – Jejum do Amor – As Vinhas da Ira – Cidadão Kane – Relíquia Macabra – Pérfida – Ser ou Não Ser – Nosso Barco, Nossa Vida – Casablanca – Obsessão – O Bulevar do Crime – Nesse Mundo e no Outro – A Felicidade Não se Compra – Ladrões de Bicicleta – Carta de uma Desconhecida – Um País de Anedota – O Terceiro Homem – Orfeu – Rashomom – Cantando na Chuva – Era uma Vez em Tóquio – Sindicato de Ladrões – Tudo o que o Céu Permite – Juventude Transviada – A Canção da Estrada – A Mensagem do Diabo – O Sétimo Selo – Um Corpo que Cai – Cinzas e Diamantes – Os Incompreendidos – Quanto Mais Quente Melhor – Acossado – A Doce Vida – Tudo Começou no Sábado – A Aventura – O Ano Passado em Marienbad – Lawrence da Arábia – Dr. Fantástico – A Batalha de Argel – A Noviça Rebelde – Andrei Rublev – The Chelsea Girls – Bonnie e Clyde – Meu Ódio Será sua Herança – Sem Destino – O Conformista – O Poderoso Chefão – Aguir-re, a Cólera dos Deuses – Nashville – O Império dos Sentidos – Taxi Driver – Noivo Neurótico, Noiva Nervosa – Guerra nas Estrelas – O Casamento de Maria Braun – O Franco-Atirador – ET, o Extra-terrestre – Blade Runner, o Caçador de Andróides – Paris, Texas – Heimat – Vá e Veja – Veludo Azul – Shoah – Uma Janela para o Amor – Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos – Cinema Paradiso – Faça a Coisa Certa – Lanternas Vermelhas – Os Imperdoáveis – Cães de Aluguel – Trois Couleurs – Através das Oliveiras – Quatro Casamentos e um Funeral – Troy Story – Fargo, uma Comédia de Erros – O Tigre e o Dragão – Amor à Flor da Pele – Traffic – O Senhor dos Anéis – Cidade de Deus – Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.

Aí está. Serve para alguma coisa? Talvez sirva para um cinéfilo iniciante se orientar, na escolha de filmes do acervo de alguma boa locadora, etc. – sem a garantia, entretanto, da plena confiança numa lista dos 100 “mais-mais” da história do cinema que não incluiu obras-primas como Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa, O Criado (The Servant, de Joseph Losey), Os Desajustados (The Mis-fits, de John Huston), Deus e o Diabo na Terra do Sol (de Glauber Rocha), O Leopardo (Il Gattopar-do, de Luchino Visconti), Vidas Amargas (Lest of Eden, de Elia Kazan) e muitos outros filmes exclu-ídos –, enquanto Ronald Bergan consegue encontrar lugar para coisas como O Tigre e o Dragão, O Senhor dos Anéis e Toy Story, etc. Porém, talvez as listas desse tipo só existam unicamente pelo bom motivo de termos algo para contestar, com nossas próprias escolhas, no jogo da paixão pelo cinema – que continua viva.



(Leia o material na íntegra, na edição nº 85 da Revista Continente Multicultural. Já nas bancas)






Fernando Monteiro é escritor e crítico cultural.



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