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terça-feira, 8 de julho de 2008

A lucidez e a loucura em Estamira



Ver e ouvir Estamira , também é ouvir Marcos Prado, que lhe deu a voz, é uma experiência estonteante e que nos causa pavor diante do que somos inseridos no sistema, nos TROCADILOS, no além do além.Estamira é a voz da desrazão em razão, que nao sossobra para o mundo pois para a maioria seu ritmo e pensamento é desviante.Ela é o fulgor que emerge diante do lixo da sociedade que somos e não queremos saber pois o sistema apaga desinfeta para que esqueçamos desse lixo que somos, dessa contradição que nos constitui, desses valores em contradição ao humano.Estamira é o mundo, como ela mesma diz, ela é a inflação a infecção que somos e as desidratamos com a desculpa de que reciclando tudo apaga, e se renova.Os valores que esta mulher aponta é o conflito que mantemos,na política, na saúde, na educação, na economia, na sociologia e na pseudo desinfecção que operamos.O Filme desliza numa condensação operatória de momentos - dos pensamentos- Deleuzeanos e Foucaultianos e Nietzscheanos ,ja apontados- há tanto tempo e que permaençemos ainda nessa "beira" de estado ao qual nos submetemos dentro do sistema da sociedade de controle, em que se opera os horrores de negociação de ordens de valores que muito mais sufoca que valoriza a ordem do humano.Diz Estamira:
"Tem o controle remoto superior natural, e tem o controle remoto artificial. O controle remoto é uma força quase igual assim, mais ou menos igual à luz, à força elétrica, a eletricidade, sabe. Agora, é o seguinte, no homem, na carne e no sangue tem os nervos. Os nervos da carne sanguínea vem a ser os fios elétrico. Agora, os deuses, que são os cientistas técnico, eles controlam. Ele vê aonde ele conseguiu. Os cientistas, determinados trocadilos, ele consegue. Porque o controle remoto não queima, torce. O cientista tem o medidor que controla. Igual o ferro, o ferro ali. Aquele que tem os número, tem pra lã, tem pra… é… Tão simples, né?"
O filme é inovador e cria um marco não so pelo conteúdos mas pela depuração estética, das imagens , no conluio com a música da própria Estamira e de Decio Prado.Estamira é um recado loquaz que o cinema nos propõe para voltarmos e sempre a ter a filosfia ao nosso lado

Marcos Prado retrata a lucidez e a loucura em “Estamira”


Marcos Prado retrata a lucidez e a loucura em “Estamira”
27/07/2006
Neusa Barbosa
Já fazia seis anos que o fotógrafo carioca Marcos Prado se dedicava a um projeto de documentar o cotidiano do lixão do Jardim Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) quando se deparou com uma senhora contemplando a árida paisagem. Ao pedir para tirar o seu retrato, Prado ainda não fazia idéia de que ela se tornaria a protagonista de seu longa de estréia como diretor, o documentário Estamira, que leva o nome da mulher, sexagenária, que trabalhava no imenso lixão.
Apesar de ser uma pessoa difícil, que os próprios amigos no lixão descreviam como “bruxa de Gramacho”, e de sofrer de distúrbios mentais, a afinidade entre Estamira e o fotógrafo foi imediata. “Ela logo me convidou a sentar ao lado dela, me mostrou seu arroz, seu fogão. Ela cozinhava no lixo. E tinha aquele discurso fantástico. Eu só conseguia pensar: ‘Quem é essa pessoa?’”, conta Marcos, em entrevista exclusiva em São Paulo, no final de julho de 2006.

A figura carismática capaz de longos discursos sobre a vida num vocabulário todo próprio não saía da sua cabeça e Marcos voltou a procurar Estamira. Mas ela não estava no lixão. Tinha sido apedrejada, depois de denunciar um casal que roubava as lonas usadas como abrigo pelos velhinhos que viviam no lixão – uma das muitas violências que sofreu no local, que não tem segurança à noite. Procurando-a em casa, Marcos foi recebido com uma frase sintomática: “Tarda, mas não falha”. Depois, pediu autorização para fazer um filme da vida dela. “Eu já estava envolto na magia do verbo de Estamira”, confessa.

Foram quatro anos desde esse primeiro encontro (em 2000) e a conclusão do filme, que acumulou até agora 25 prêmios, no Brasil e no exterior – como o Grande Prêmio do Festival Internacional de Documentário de Marselha e o de melhor documentário no Festival de Karlovy Vary (República Tcheca), na Mostra Internacional de São Paulo e no Festival do Rio. Nesse período, foi estabelecida uma relação de confiança, que é nítida na maneira como Estamira se expõe para a câmera, revelando seu cotidiano no lixão, sua casa peculiar, repleta de objetos e gatos (tem 50) e sua tensa relação com os três filhos – um dos quais, evangélico, proclamando que o problema dela, na verdade, é estar “tomada pelo demônio”.

O diretor conta que vários terapeutas lhe disseram que o filme acabou sendo uma espécie de terapia involuntária para a mulher. Ele mesmo acredita que do processo resultou algum bem: “Ela deve estar melhor do que estava. Lembrou coisas que devem ser importantes para a reconstrução dela”.

Àqueles que acham que o diretor expôs demais sua personagem, ao mostrá-la em cenas de aberto conflito com o filho e escandalizando seu neto, o diretor rebate: “Refleti muito sobre os limites da ética e da intimidade. Mas pensei que, ao cortar certas cenas, eu iria estar mitificando a Estamira. Ela mesma foi a primeira a ver o filme pronto. E me disse que a decisão de cortar ou não qualquer coisa era mesmo minha. ´É a sua missão´, ela disse. Eu juntei esse quebra-cabeças como quis”.

O diretor acredita que, apesar de mostrar um universo com tantas situações fortes e tristes, seu filme tem uma mensagem positiva. “Apesar de tudo, ela é uma pessoa que se impõe. Apesar das adversidades, ela encara a vida de frente. Ela poderia ter se entregado”, pondera.

Atualmente, Estamira não vai mais ao lixão – que continua existindo, mesmo estando saturado, com riscos ecológicos -, toma remédios, ganhou peso e continua se tratando, por vontade própria. Uma vez por semana, vai sozinha a uma unidade de atendimento psiquiátrico. Lá, o filme despertou a admiração de pelo menos um médico, que se esforça para mostrá-lo aos demais. Prado também defende: “Está na hora de haver uma nova reforma psiquiátrica no Brasil”.

Outra mudança na vida de Prado é que Estamira se tornou um relacionamento permanente. “Nos falamos duas, três vezes por semana. Eu a levo ao meu médico, pago uma mesada a ela. Vou fazer uma casinha para ela. Nós a adotamos”.

Sócio do cineasta José Padilha na produtora Zazen, Prado não era, porém, estranho ao cinema. Havia produzido os filmes Carvoeiros (2000), de Nigel Noble, e o premiado Ônibus 174 (2002), de Padilha. Seu próximo trabalho no cinema é outra produção: Tropa de Elite, ficção dirigida novamente por José Padilha, sobre rapazes que entram para o temido Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

by marcos prado

terça-feira, 1 de julho de 2008

A infância e o terror

Ainda somos primitivos, e sempre seremos?
O pacto de humanidade a cada dia se dilui como água que escorre parecendo afirmar que não há nada que nos ampare para arrefecermos o violento que somos.O capitalismo adentra a isto de forma invisível, mas adentra e a infância escorre sobre o consumo e a loucura do capital nos torna mais desumanos, a loucura sobre o homem é a mesma do homem para com a infância e a Mãe acusada de jogar bebê de prédio no PR passará por exame de sanidade mental Paulo a c v
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da Folha Online

A auxiliar de enfermagem Tatiane Damiane, 41, suspeita de jogar a filha de oito meses da janela do sexto andar de um prédio no centro de Curitiba (PR) no final da noite de segunda-feira (30), passará por exame de sanidade mental.

Depois de jogar a criança, a mãe ameaçava se jogar também, mas foi impedida por vizinhos que pediram para que ela saísse da janela. O corpo do bebê foi encontrado sobre um telhado de uma garagem do prédio. A menina caiu de uma altura de aproximadamente 20 metros. Vizinhos de Damiane tentaram agredi-la, mas foram impedidos.

Segundo o governo do Paraná, em depoimento à delegada Eunice Vieira Bonome, do Nucria (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), a mãe confessou que jogou a filha da janela. Relatou que estava cansada de cuidar da criança e que não apresentava nenhum tipo de sentimento por ela. Damiane, segundo o governo do Paraná, só não se jogou por interferência dos vizinhos, que bateram na porta do apartamento e pediram para ela descer da janela.

A auxiliar de enfermagem relatou que tomava dois remédios, sendo um deles receitado por um psiquiatra. A Polícia Civil irá averiguar se de fato o medicamento foi prescrito por um profissional.

Damiane foi autuada em flagrante por homicídio doloso (com intenção de matar). A auxiliar de enfermagem foi encaminhada para o Centro de Triagem 1 e isolada das demais detentas. Somente após o exame de sanidade mental é que a Polícia Civil irá definir o destino dela.

mídia nada faz senaõ comer o consumo da loucura,

sexta-feira, 27 de junho de 2008

No dia 13 de Junho de 1888, pelas 15.20 da tarde, nasce em Lisboa, FernandoAntónio NogueiraPessoa, que foi um dos mais importantes Poetas e Autores da


No dia 13 de Junho de 1888, pelas 15.20 da tarde, nasce em Lisboa, FernandoAntónio NogueiraPessoa, que foi um dos mais importantes Poetas e Autores da Língua Portuguesa de Sempre.

120 anos após o seu nascimento, é altura de assinalar a efeméride.

Nuno Miguel Henriques, Diseur de Poesia, edita um CD intitulado"Minha Pátria é a Língua Portuguesa", com interpretação de textos do poeta e seus heterónimos.

Além deste CD com apresentações em todo o mundo lusófono, Nuno Miguel Henriques continua a apresentar no Mosteiro dos Jerónimos, junto do túmulo do poeta, um Recital de Poesia e em todo o país, divulgando de uma forma inovadora a lírica de Fernando Pessoa.

A Edição deste CD é limitada e todos os exemplares reservados directamente, são numerados e autenticados com selo branco do intérprete.

O valor de cada CD reservado até dia 13 de Junho, é de apenas nove euros, acrescido de dois euros para despesas de envio.

Caso pretenda reservar já o seu CD de "Minha Pátria é a Língua Portuguesa" poderá efectua-lo pelo email:

correio@nunomiguelhenriques.com
http://nunomiguelhenriques.com/

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Vaga de Zélia Gattai na ABL tem recorde de inscrições

Vaga de Zélia Gattai na ABL tem recorde de inscrições
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CAIO JOBIM
da Folha de S.Paulo

A disputa pela cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras será acirrada. Vinte e três candidatos vão concorrer à vaga aberta após a morte de Zélia Gattai, em maio deste ano.

A cadeira pertenceu a Jorge Amado e Machado de Assis e tem José de Alencar como patrono.

Acadêmicos ouvidos pela Folha apontam cinco nomes como favoritos: Luiz Paulo Horta, Antonio Torres, Isabel Lustosa, Ziraldo e Fábio Lucas. A eleição está marcada para 21 de agosto.

Zélia Gattai morreu aos 91 anos, em 17 de maio deste ano, de parada cardiorrespiratória, no Hospital da Bahia, em Salvador. Suas cinzas foram depositadas no jardim da Casa do Rio Vermelho, onde também foram postas as cinzas de seu marido, o escritor Jorge Amado, morto em 2001.

by uol

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tradição perde espaço para a modernidade no 'São João' de Campina Grande (PB)Ana



Segunda-feira, 23 de Junho de 2008
Ana


Sou de Campina Grande, nasci perto , muito perto do forródromo, antigo açude velho, perto da rua 13 de maio.No meu tempo havia fogueiras nas portas, o cheiro invadia as casas junto com cheiro de milho cozido, assado, pamonha canjica, pé de moleque, bolo de mandioca, baeta, e mais fogos como rojões, vulcões, peido de veia, estrelinhas, advinhações,milho assado na fogueira e um cheiro de madeira e polvora etc.Na cidade o grande são joão era na rua , nos bairros de jose pinheiro, catolé, palmeiras, volta do Zé leal. alto branco afora clube dos caçadores, clube médico, e festas em Queimadas-cidade vizinha-, nosso tempo era mais enxuto e menos capitalista, a não ser período em que meu pai faturava bem na sua PADARIA DAS NEVES, mas passou esse tempo, tempo meu de Braulio Tavares Jose Newman, de Rosil CavaLcante,(convidei a comadre sebastiana para dançar ) Marines, Lua Gonzaga , de Elba Ramalho e Vava, sua irmã.
PAulo a c vASCONCELOS
Luisa Bartholomeu
Enviada especial do UOL
Em Campina Grande (PB)
O 'maior São João do Mundo', como ficou conhecida a tradicional festa junina de Campina Grande, na Paraíba, ganha ares de modernidade a cada edição. No 26º ano de sua realização, o grande número de outdoors, camarotes e shows que fogem do 'menu' regional acabam descaracterizando um evento que se vende como manifestação cultural e religiosa, mas que caiu nas garras da indústria do entretenimento.


Campina Grande é a segunda maior cidade do Estado da Paraíba

Localização: 130 km da capital do Estado, João Pessoa

População: 371.060 habitantes

São João: Segundo a Embratur, 1,5 milhão de pessoas devem visitar a cidade neste mês de junho
O forró eletrônico é o estilo que mais toca nos alto-falantes. Pelas vielas do Parque do Povo (o coração da festa), espalham-se estandes de vendas de equipamentos eletrônicos e barracas promocionais de patrocinadores. No figurino dos freqüentadores, a ordem é esquecer o vestido xadrez e o chapéu de palha em casa. Meninas usam salto alto e fino, enquanto os garotos calçam tênis, jeans, camiseta e boné. A fogueira, símbolo maior das comemorações juninas, é grandiosa: tem 20 metros de altura. E seria mais se não fosse por um 'detalhe': é iluminada artificialmente.

Os números da festa impressionam, a começar pelo calendário, com um mês inteiro de comemorações. A infra-estrutura é de embasbacar: 44 mil metros quadrados do Parque do Povo, por onde se espalham 380 barracas, 400 atrações musicais e mais de 500 horas de forró para todos os gostos. Além deste reduto, que também abriga um grande palco, camarotes e várias palhoças (ilhas) de forró, outros 40 mil metros quadrados guardam o Centro de Cultura e Arte Marinês (localizado no parque Evaldo Cruz), sem contar o parque cenográfico 'Sítio de São João' e a Feira de Artesanatos, que completam o complexo preparado para receber os festejos juninos.

Entre os cerca de dois milhões de visitantes que visitam as instalações durante todo o mês, é possível encontrar desde moradores antigos da cidade até turistas que enfrentam mais de 10 horas de viagem para participar da festa, como é o caso da professora e comerciante cearense Madalena Lopes. "Formamos um grupo de 26 pessoas e montamos um pacote. No Ceará só se fala nesse 'São João' de Campina Grande. Vim para ver se é bom mesmo", conta.


Fogueira de 20 metros de altura
em Campina Grande é artificial
Seduzidos pela propaganda do regionalismo, gringos de passagem pelo Nordeste também começam a descobrir o 'São João'. Segundo Yara Santos, que arrumou um emprego temporário na festa, a presença de estrangeiros está aumentando a cada ano. "E eles vêm para gastar", diz.

Circulando pelo Parque do Povo, a sensação, sem dúvida, é a de estar em um grande evento, mas sem saber exatamente qual. Enquanto é possível encontrar toques de regionalismo na Vila Nova da Rainha (reprodução de como era Campina Grande antigamente) e na Tabladrilha (palco onde se apresentam quadrilhas dos 64 bairros da cidade), o turista pode saborear uma gastronomia que vai muito além da tipicamente junina. "Quando se pode encontrar yakisoba, pizza, hambúrguer e pastel num mesmo lugar, não é possível dizer que ele conserve sua essência", critica o missionário Gustavo Lucena.

"Nosso objetivo é atender todos os gostos. Aqui nós respeitamos a diversidade ideológica e cultural, mas a raiz é preservada", defende o coordenador de Cultura da cidade, Alexandre Tan.

Origens da festa
A festa de São João em Campina Grande começou a ser realizada no Parque do Povo em 1983, na gestão de Ronaldo Cunha Lima. Naquela época, a área útil da festa se limitava a um único pavilhão, onde se misturavam as tendas típicas, os shows bem mais regionais (xote, xaxado e forró pé de serra) e barracas de comidas típicas. A questão da religiosidade era também, de acordo com relatos de moradores, bem mais valorizada.


Nos estandes, marcas conhecidas e comida que vai de pizza a yakisoba
A partir de então, cada prefeito deixou sua contribuição para a ampliação da festa, segundo a assessoria de imprensa oficial da cidade. "O que houve com o festejo foi uma transformação natural, em decorrência da ampliação do espaço e do próprio progresso de Campina Grande. Se hoje somos o 'maior São João do mundo' é porque o turista gosta e prestigia a festa", explica Tan.

O custo do 'São João' é estimado em R$ 4,2 milhões, sendo R$ 3 milhões dos patrocinadores e R$ 1,2 milhão do governo municipal. Devido a um desentendimento político entre o governador do Estado da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo Neto (PMDB), a festa não recebe verba do governo estadual há três anos. Apenas a parte de segurança pública é feita pelo Estado, que cede efetivo das polícias Civil e Militar para manter a ordem durante o mês de junho.


No São João de Campina Grande, ruas têm nomes 'engraçadinhos'

Veja álbum de fotos
A 'nova cara' da festa divide opiniões. "É certo que o 'São João' ficou mais comercial nos últimos anos, mas não perde seu encanto. Acho que ela dá opções aos visitantes, pois aglomera muita coisa diferente. O que não dá para negar é que se tornou o principal evento da cidade, trazendo trabalho e renda para o povo", explica Amaral dos Santos, um massagista cearense que adotou Campina Grande como 'cidade do coração'.

O excesso de pessoas que prestigiam o evento muda a rotina de toda a cidade nesta época do ano. Segundo o taxista Márcio Silva, trajetos que levam normalmente cinco minutos, chegam a demorar uma hora para serem percorridos. "Ainda falta muito investimento na cidade. Mas é aquela história: quanto melhor fica, mais gente atrai. E aí o resto a gente já sabe como fica", afirma.

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"Campina Grande praticamente não tem vida noturna. Por isso, esse acaba sendo o grande evento da cidade. O movimento dobra em todos os estabelecimentos comerciais. Não dá para falar que isso é ruim", explica Lindimar Martins, sócio de um tradicional restaurante campinense.

"Na minha época de criança, festa de São João tinha balão no céu e fogueira na terra. Isso que está aí é algo sem cultura e sem identidade", resume o funcionário público Silvestre Maia.

O que é ser cidadão?

Há algo que me intriga em relação ao ser cidadão e, portanto, está no exercício da cidadania que se inscreve no ãmbito da alteridade- o outro-, o outro em relação a mim, ao meu contexto.Em que medida isso não se aplica a rua, ao trânsito, a calçada a fila, a vizinhança, ao amigo, ao parente ao colega de trabalho, ao amor etc
Como ser cidadão nas prática cotidianas tenho compaixão, nao no sentido cristão,mas no sentido do amor pelo que de próximo tem o outro, e é meu parceiro na formulação da vida.Como estar com outro enquanto parceiria cidadã?
Talvez este seja o grande impasse na construção das nossas histórias de vida diante da política e do capitalismo.Será que nao estamos omitindo o ser cidadão diante de interesses práticos nestes dois grandes campos que nos envolve e e se constitui o paradigma central de nossa vida em concorrência permanente e que nos faz omitir nossa dívida de ser cidadãos?
Precisamos pensar nisto, como princípio ético, diretor da civilização e da condição humana.
Paulo A c Vasconcelos