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sábado, 4 de abril de 2009

Cinema na Escola

Bela Iniciatica das políticas públicas, espero que vingue, mas de ANtemão vai faltar a TELONA

PAULO







CONTARDO CALLIGARIS Cinema na escola
A primeira tarefa do crítico é a de permitir que a obra entre na vida do leitor e a transforme
TEMPOS ATRÁS , neste espaço, eu estranhei que o cinema não fosse matéria escolar: os alunos, pelo mundo afora, devem aprender a ler e a apreciar as artes e a literatura (incluindo o teatro -reduzido ao texto), mas não o cinema.Talvez seja por alguma sisudez dos pedagogos que escolhem programas e objetos de estudo: "O cinema diverte? Então, divirtam-se; a escola não tem nada a ver com isso", como se o prazer das massas implicasse o escasso valor cultural dos "produtos".As próprias artes e a literatura parecem estar no "panteão" das matérias escolares à condição que os alunos renunciem ao "barato" de ler e de olhar. Por sorte, sempre há professores que contaminam os alunos com seu próprio prazer na fruição de literatura e arte. Mas eles são exceção: em geral, o prazer é esmagado pelo peso da história literária (frequentemente transmitida sem uma relação viva com a história das ideias e dos homens) e de uma análise, dita "crítica", que teima em excluir o essencial da experiência do leitor, ou seja, o fato de que, lendo, ele transforma sua experiência de si mesmo, dos outros e do mundo. Por exemplo, durante o secundário, meu professor de literatura conseguiu me tornar quase impossível a leitura (obrigatória) de "Os Noivos", de Manzoni, que é (descobri depois) um grande romance. Em compensação, meu professor de grego, embora tivesse de nos ensinar a língua junto com sua literatura, transformou a "Odisseia" em parte do nosso mito pessoal. Com ele, a gente se apropriou de um patrimônio de experiências que mal poderíamos viver numa vida inteira. Quem nunca viajou soube o que é a nostalgia de Ítaca, e quem viajou viveu aquela nostalgia mil vezes mais intensamente. Foi publicado recentemente, aliás, um pequeno livro de Tzvetan Todorov, "A Literatura em Perigo" (Difel), que recomendo a todos os que ensinam. Todorov, que foi um dos pregoeiros do formalismo na análise literária francesa, constata o fracasso do ensino da literatura e propõe que, antes de formar críticos, a gente forme leitores. Mas voltemos ao cinema. Uma boa notícia não faz mal: no Estado de São Paulo, começa agora o programa "O Cinema Vai a Escola" para o ensino médio. Os educadores já receberam uma primeira caixa com 20 filmes em DVD (outra virá) e dois volumes do "Caderno de Cinema do Professor" (um terceiro também chegará mais tarde). O primeiro lote inclui o DVD "Luz, Câmera... Educação", que mostra um pouco os artifícios e recursos do cinema, mas o projeto do programa aparece sobretudo no primeiro caderno dos professores. Trata-se de um guia para conversas possíveis com os alunos, depois de cada filme. Sem esquecer completamente a análise da linguagem cinematográfica e a história do cinema, o acento é sobre a relação de cada filme com questões que podem surgir em outras disciplinas ou, simplesmente, na vida dos alunos: problemas, dramas e dilemas que são, no fundo, cotidianos. Ou seja, a intenção é a de enriquecer a experiência cinematográfica dos alunos, não para que jubilem ao reconhecer, em cada cena, planos abertos e planos fechados, mas para que possam, graças aos filmes aos quais eles assistem, tornar sua existência mais complexa e mais intensa. Talvez alguém se queixe de que não há, no novo ensino, teoria e história suficientes ou que ele não transforma os alunos em críticos. Respondo assim. Na faculdade, fui aluno de alguns grandes professores de literatura (J. Starobinski, J. Rousset, G. Steiner, R. Dragonetti, R. Barthes). Cada um de seu jeito, eles me ensinaram a analisar um texto, mas a razão de minha gratidão por eles é outra: todos confirmaram meu amor pela ficção, porque todos entendiam que a primeira tarefa do crítico é a de se deixar seduzir pela obra e, com isso, ajudar o leitor a permitir que a obra entre na sua vida e a transforme. Havia, na faculdade, uma exceção: um professor (de novo, de literatura italiana) que parecia medíocre, e talvez fosse mesmo. Ele sabia pouco ou nada de teoria crítica, não analisava os textos, apenas declamava longos trechos das obras e, emocionando-se, contava casos de sua vida nos quais a leitura daquela obra o tinha ajudado a viver. Ruim? Pode ser. Mas o fato é que ele também nos dava uma vontade danada de ler os livros que trazia para a aula. Desejo que o mesmo aconteça com o cinema nas escolas de São Paulo e, quem sabe, do resto do Brasil. mailto:ccalligari@uol.com.br


by folha de são Paulo 03.04.2009

A Escola São Paulo


A ESCOLA
A Escola São Paulo é um empreendimento inovador no campo educacional. É um espaço dedicado ao estudo, pesquisa, conhecimento, produção e reflexão sobre a cultura contemporânea.
Foi idealizada e implantada para oferecer aprimoramento educacional por meio da arte e cultura.
Aulas, palestras, cursos, workshops são suas principais atividades, além de manter abertas e gratuitas, para público em geral, sua biblioteca, filmoteca, CDteca e organizar e apresentar exposições.

A Escola São Paulo vale a pena conferir.É apoiada entre outras pela Univ.Anhembi.Morumbi

A Escola São Paulo fica à r. Augusta, 2.239. O tel. para outras informações é 0/XX/11/3081-0364. Se joga! 11.01.2007 (S.A.)

Escola e a Letra

TV Estadão O escritor Flávio Aguiar conversa com Felipe Machado e Ubiratan Brasil sobre "A Escola e a Letra", antologia sobre a relação entre escritores e educação,
vejam no vídeo:
http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowVideos.action?destaque.idGuidSelect=ED3AFBF7157149ECB59FED37916C30A9

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Selma Vasconcelos, lança, na quinta-feira, dia 23/04, no Museu do Estado de Pernambuco, o livro João Cabral de Melo Neto-Retrato falado do poeta.






A pesquisadora e professora da Universidade Estadual de Pernambuco, Selma Vasconcelos, lança, na quinta-feira, dia 23/04, no Museu do Estado de Pernambuco, o livro João Cabral de Melo Neto-Retrato falado do poeta. A obra reúne entrevistas com familiares, amigos, críticos e intelectuais da área, além de cartas inéditas do próprio escritor. Durante o lançamento, haverá também a exibição do filme Recife/Sevilha - João Cabral de Melo Neto do cineasta Bebeto Abrantes - Giros Produções - com sua última entrevista gravada.
O livro tem prefácio do também poeta e amigo de João Cabral, Marcus Accioly, e é resultado de um trabalho de oito anos da pesquisadora que, ao longo desse tempo, “viveu” João Cabral e o reconstituiu , estabelecendo uma relação entre o homem, sua obra, seu tempo e o mundo. “Além de reconstituir a memória oral do poeta pelos depoimentos registrados, fiz também um resgate e preservação da memória documental de um dos maiores expoentes da literatura nacional e internacional através da leitura e digitalização de sua correspondência e acervo de documentos pessoais que se encontrava sob os cuidados de Fundação Casa de Rui Barbosa - no Rio de Janeiro”, diz Selma.

A pesquisadora solicitou aos entrevistados considerações sobre a poética do escritor. “Pedi que a análisefosse feita numa linguagem acessível de modo a propiciar a compreensão do processo construtivo do poeta pelo público leitor, no sentido de contribuir para a desmistificação da aura de hermetismo que paira sobre o João Cabral”, explica.Serviço:Lançamento do livro : João Cabral de Melo Neto- Retrato falado do poeta - Selma Vasconcelos.Quinta-feira, dia 23 de abril, a partir das 19 horas.Local: Museu do Estado de Pernambuco Avenida Rui Barbosa, 960 - Graça.Fone: (81) 3184-3170

quinta-feira, 2 de abril de 2009

China e Educação

Vejam o caminho que tomou a China e pensemos em nós


China moderniza educação para garantir liderança econômica
ROGERIO WASSERMANNenviado especial da BBC Brasil a Pequim e Guangdong
A educação que os estudantes chineses recebem hoje poderá ter uma forte influência sobre a maneira como o país será liderado já em 2020, quando a atual geração de estudantes começar a alcançar postos de liderança no país.
Os estudantes da China de hoje têm uma formação muito mais aberta do que a que seus pais receberam. A maioria começa a estudar inglês desde cedo, e é cada vez maior o número de estudantes chineses participando de programas de intercâmbio no exterior. A tecnologia também ajuda nessa tendência. A China tem hoje o maior número de internautas do mundo e, apesar dos controles da censura, a rede permite aos estudantes estar em contato com o que acontece no resto do mundo.
"A sociedade chinesa se abriu desde as reformas econômicas iniciadas em 1978, e a educação também acompanhou esta abertura", disse à BBC Brasil Zhong Zhou, professora do Departamento de Educação da Universidade Tsinghua, de Pequim, uma das mais conceituadas do país.
"Os líderes políticos e empresários de hoje, nascidos em sua maioria entre os anos 1940 e 1960, tinham uma formação mais peculiar, tecnocrática", diz Zhong. Esse é o caso, por exemplo, do presidente do país, Hu Jintao, engenheiro formado pela Tsinghua.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

CURSOS :A arte de editar um livro: edição, impressão e distribuição



A arte de editar um livro: edição, impressão e distribuição
Tel: (11) 3385-3385 Com Flávia Moreira. Horário: Das 10:00 às 19:00. Email: eventos@revistacult.com.br

A arte de editar um livro: edição, impressão e distribuição

Curso teórico

A produção de um livro precisa de talento e conhecimento. O processo editorial é delicado e passa por várias etapas importantes que definem a qualidade do produto final. A proposta do curso é explicar as etapas para a realização de um livro.
O curso é voltado a profissionais das áreas editorial, livreira, marketing, gráfica, e a tradutores, jornalistas, divulgadores, bibliotecários, revisores, empreendedores e estudantes de Comunicação e Letras.

Dia 24 de abril - sexta-feira - 19h30 às 21h30
Dia 25 de abril - sábado - 10h às 18h

Aulas:Sexta - dia 24 de abril19h30 - A seleção dos originais e a compra dos direitos autorais
Como uma editora toma uma decisão do que merece ser publicado.
Ministrado por: Augusto Massi - diretor-presidente da Editora Cosac Naify e professor de Literatura na Universidade de São Paulo. (a confirmar)
Sábado - dia 25 de abril10h - Os direitos autorais.
A legislação em vigor para a utilização de textos e imagens.
Ministrado por: Leo Wojdyslawski - advogado especialista em Propriedade Imaterial.
11h30 - A etapa da ImpressãoAs opções de papel disponíveis no mercado internacional. Possibilidades de impressão: off-set, rotogravura, flexografia, serigrafia, entre outros. O equilíbrio orçamentário.Ministrado por: Aline Valli - produtora gráfica da Editora Cosac Naify.Almoço - 13h às 14h3014h30 - Do autor ao leitor: o processo de fazer um livro
Ministrado por: Plínio Martins Filho - professor de Editoração na ECA-USP e diretor-presidente da Edusp.
16h - Mercado Livreiro.
O Sucesso de um livro depende da boa distribuição? Como funciona uma livraria?
Ministrado por: Alexandre Martins Fontes - diretor executivo da Editora Martins Fontes.Investimento:
- Inteira: R$ 450,00 (2x 225,00 - a 1ª parcela no ato da INSCRIÇÃO e a 2ª no primeiro dia de aula)
- Estudantes de graduação: R$ 300,00 (2x 150,00 - a 1ª parcela no ato da INSCRIÇÃO e a 2ª parcela no primeiro dia de aula)
Descontos:- Assinantes da revista CULT: 10%- Moradores de fora da Grande São Paulo: 10%- Alunos da Faculdade Cásper Libero: 15%Os descontos não são acumulativos.
Inscreva-se:- Pela internet: clique no botão "Fazer inscrição", acima, e siga as instruções. Após realizar a inscrição, uma confirmação será encaminhada a seu e-mail. - Por telefone: ligue para o Espaço CULT no (11) 3385.3385 e fale com Flávia Moreira, de segunda a sexta, das 9h às 18h. - Pessoalmente: compareça à redação da CULT na Praça Santo Agostinho, 70 - 10º andar - Paraíso - São Paulo - SP, próximo à estação Vergueiro do metrô. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 18h. Todos os alunos recebem certificado de participação.