REDES

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Parabéns e críticas inundam a internet por causa do Nobel de Obama




A inesperada premiação do presidente Barack Obama com o Nobel da Paz desatou uma verdadeira enxurrada de felicitações e críticas na internet, principalmente nas redes sociais.

As comunidades no Facebook celebrando o acontecimento surgiram poucos minutos depois do anúncio, assim como uma chamada "Obama não merece o Prêmio Nobel" foi aberta por um usuário na Suíça, e em pouco tempo contava com 240 membros.

Três dos dez temas mais evocados no Twitter estavam relacionados com o anúncio e alguns dos usuários deram as boas-vindas à escolha do Comitê Nobel, enquanto outros debochavam dela.

"Parabéns, presidente Obama, por ganhar o Prêmio Nobel da Paz! Você enchou o mundo de eesperança e deve fazer com que a paz aconteça", afirma ''MMFlint''.

Mas uma grande quantidade de usuários expressou seu ceticismo quanto a um prêmio considerado prematuro.

"Obama ganhou o Nobel da Paz? Eu votei nele, mas o que ele fez de verdade? Há muito mais pessoas que mereciam isso", comenta ''StephanieJeanXO''.

As brincadeiras inevitáveis também são muitas.

"Obama ganhou um milhão de dólares pelo Prêmio Nobel, mas pediu para ser pago em euros", afirma ''jtsmith24''.

"George W. Bush foi tão ruim que os noruegueses deram o Prêmio Nobel da Paz a Obama só por ele ser presidente", escreve ''JoshFlaum''.

Obama, por sua vez, escreveu em seu Twitter apenas uma palavra: "honrado".

Fonte: Diário do Grande ABC

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cursos Cult

Nobel da Literatura para romeno-alemã Herta Müller


http://bit.ly/fKyvF by Diário de Notícias PT
por LusaHoje


A romeno-alemã Herta Müller foi galardoada com o Nobel da Literatura, prémio anunciado às 12h pela Academia Sueca.

Müller nasceu em 1953, na cidade romena Nitzkydorf, na região de Banat, e vive actualmente em Berlim. Foi distinguida por uma obra que "com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, pinta as paisagens dos desfavorecidos".
Aos 56 anos, tem publicados em Portugal, pelo menos, as obras "A terra das ameixas verdes" e "O homem é um grande faisão sobre a terra".
A última vez que um autor alemão foi distinguido com o Nobel foi em 1999, quando a academia premiou Gunter Grass.
O prémio será entregue a Herta Müller a 10 de Dezembro em Estocolmo
A laureada com o Nobel da Literatura 2009, Herta Müller, nasceu a 17 de Agosto de 1953 na cidade romena Nitzkydorf, na região de Banat, e vive actualmente em Berlim.
Proibida de publicar na Roménia por ter criticado publicamente o regime de Ceausescu, a escritora emigrou em 1987 para a Alemanha com o marido, o poeta Richard Wagner, também nascido naquela região romena.
Em 2009, Herta Müller publicou o romance Atemschaukel, na editora Hanser de Munique. Trata-se do 19.º livro publicado, entre romances, contos e ensaios.
O pai prestou serviço nas Waffen SS, a tropa de elite chefiada por Himmler na II Guerra Mundial.
Muitos romeno-alemães foram deportados para a então União Soviética em 1945, incluindo a mãe de Herta que passou cinco anos num campo de trabalho na actual Ucrânia. De 1973 a 1976, estudou literatura alemã e romena na Universidade de Timisoara, na Roménia, fez parte do Aktionsgrupp Banat, um círculo de jovens germanófonos de oposição ao regime de Ceausescu que defendiam a liberdade de expressão.
Depois de terminar os estudos, trabalhou como tradutora numa fábrica de máquinas de 1977 a 1979. Foi despedida por se ter recusado a ser informadora da polícia secreta, o que lhe valeu ser perseguida pela Securitate.
Müller começou a publicar com a colecção de contos Niederungen (1982), censurada na Roménia. Dois anos depois, publicou uma versão não censurada na Alemanha e, no mesmo ano, Drückender Tango, na Roménia. Nestes dois trabalhos, Müller descreve a vida numa pequena aldeia germanófona, marcada pela corrupção, a intolerância e a repressão.
A imprensa romena criticou negativamente estes trabalhos que foram muito bem recebidos pela crítica alemã. Por ter criticado publicamente a ditadura romena, foi proibida de publicar no seu país, Herta abandonou o país com o marido, o poeta Richard Wagner, também ele romeno-alemão.
Desde que, em 1984, foi distinguida com o Prémio Aspekte, Herta Müller tem acumulado galardões sobretudo na Alemanha. Em 1995, recebeu o prémio europeu de literatura Aristeion e foi eleita para a Academia Alemã para Língua e Poesia. Em 1998, recebeu o prémio irlandês IMPAC, no ano seguinte o Prémio Franz Kafka. Em 2003, o prémio Joseph Breitbach de literatura alemã, em 2004 o prémio de literatura da Fundação Konrad Adenauer e, em 2006, o Prémio Würth de literatura europeia.
Tags: Artes, Livros

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre o romance 'Roliúde':


Ouvindo a crítica ao vivo
Pedro Rodrigues/Vetor Cultural

Cássio Cavalcante, da UBE, HF, Luiz Carlos e Cristhiano
Cristhiano Aguiar:
(Escritor, crítico e mestrando em Teoria da Literatura (UFPE), editor da revista Crispim).
Sobre o romance 'Roliúde':
1) A pertinência de refazer a história através da vida das camadas populares: a literatura nos faz viver os dramas humanos de maneira mais próxima do que a maior parte das modalidades de historiografia, portanto é interessante ver como Bibiu é um personagem do povo que revela como sentiu as transformações na sociedade brasileira nos processos de modernização do século XX;
2) Roliúde reafirma a validade de contar histórias e nos lembra que não existe apenas um tipo de memória, porém memórias (equivalentes às tantas dicções sociais possíveis);

3) A boa ideia de cruzar cultura popular e cultura de massa e mostrar que a primeira é maleável e dialoga com a segunda;

4) A importância de afirmar que Roliúde, assim como Galiléia, ou Dois Irmãos, não é regionalista, a não ser que se entenda regionalista como sinônimo de "romance de imaginário rural". Um conceito mais preciso de regionalismo implica em dizer que ele trata-se de um projeto estético e ideológico que vincula uma determinada região do país como componente fundamental da "alma nacional". Não me parece o caso de nenhum dos romances citados.

Sobre 'A Vida É Fêmea', contos:
1 - A vida é fêmea – Uma grata surpresa, pois só conhecia os textos jornalísticos e o romance Roliúde. Contudo, não posso deixar de ser sincero e afirmar que é um livro que indica um processo de maturidade, que já se encontra bem resolvido em Roliúde e certamente alcançará um maior amarração no próximo livro de Homero. Ler o trecho destacado na página 53.
2 - O caráter investigativo da obra de Homero – A vida é fêmea parece ser movido pelo mesmo impulso investigavo de outros livros de Homero. Assim como os livros de não ficção Pernambucania e Viagem ao planeta dos boatos, a ficção de Homero Fonseca partilha desta vontade investigativa. Em Roliúde, temos, por exemplo, a investigação dos impactos da modernização do Brasil na primeira metade do século XX e os seus impactos na cultura popular; no caso de A vida é fêmea, a investigação dos meandros da alma feminina e do feminino, mas a partir de um prisma peculiar.
3 - Lipovetsky e Luc Ferry – Que prisma seria esse? O fim daquilo que os dois filósofos franceses chamam de Era Sacrificial. Nos livros O homem-Deus e A era do vazio, ambos explicam que o nosso individualismo, que parece ser a marca do tempo contemporâneo, implica que não estamos mais dispostos a abrir mão de nós mesmos em prol de ideais tais como A Razão, Deus, A Nação. Isto parece bem ilustrado nas personagens de Homero, cuja tônica é justamente a investigação do feminino a partir da liberação contemporânea do desejo sem culpas. Este contexto permite também escancarar o feminino que atravessa as masculinidades. Veja, por exemplo, um dos melhores contos do livro, Da arte de ser mulher, no qual há uma ambiguidade sobre o gênero do narrador que só se revela ao final da narrativa.
4 - Sexo – É por esta investigação de vidas no fim da Era Sacrificial, que temos a tônica do sexo, revelado em suas ambiguidades e conflitos. No conto Lilás, por exemplo, temos uma personagem em conflito para abandonar a culpa da Era sacrificial e exercer a sua plena sexualidade: p.67. Neste sentido é que o caráter investigativo da literatura de Homero nos revela o sexo em tórridos detalhes, inscrevendo o livro na tradição da literatura pornográfica (linguagem que se contenta com o corpo enquanto limite) e erótica: é o exercício do corpo que nos dá uma mostra da reescritura das identidades, neste início de século XXI, e a intenção de revelar esta transformação em sua intimidade é o que justifica o uso da segunda pessoa, no lugar das tradicionais primeira, ou terceira.

Luiz Carlos Monteiro:
(Graduado em Letras, mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, poeta, ensaísta e crítico literário.)
Sobre 'A Vida É Fêmea':
Título
1)Afirmativo, centrado no presente;
2)irônico, pelo óbvio que indica (todos nasceram e nascem de fêmeas)
3)traduz exatamente o que o autor quis expressar: o presente diferenciado que caracteriza a transitação feminina no mundo urbano, a desenvoltura que cada vez mais as mulheres externam.

Tipo de narrativa
a)Contos que podem ser lidos de modo independente uns dos outros, a depender da escolha do leitor;
b)podem ser lidos também numa sequência normal, linear e lógica de leitura;
c)quando juntos em bloco, sugerem certa unidade temática que os amarra entre si, tendo a mulher como eixo central;
d)monotemáticos, cujos desfechos (ou a falta deles, que incomoda e desconcerta o leitor) vão se acumulando até formar um todo que espelha a complexidade narrativa que os norteia e identifica em algo maior. Pode-se pensar em “romance disfarçado” ou “novela dissimulada” num corpo de narrativas breves.
Diálogos, personagens
a)Todo o exterior é captado pelos diálogos entre mulheres e homens, embutidos em meio ao desenrolar da prosa; os diálogos pouco se interrompem e aparecem internamente aos parágrafos;
b)os diálogos se processam com a rapidez dos nossos dias, urgentes como a pressa da vida urbana; e se transformam posteriormente no Grande Diálogo que une os textos, estabelecendo seu sentido narrativo comum e acumulado; são unidos também pelo fio temático que contempla a condição feminina a se afirmar num mundo hostil, machista e preconceituoso
c)b) o narrador flagra, sem piedade, o homem e a mulher do jeito que eles são: entre o glamour e as fraquezas e fragilidades inerentes a eles, entre a aparência imperativa e segura que externam e a precariedade dos defeitos e misérias aflorantes.
d)Os personagens têm nomes eventuais, ocasionais e soltos em cada narrativa breve, que às vezes se entrecruzam em textos anteriores ou posteriores;
e)há narrativas em que os personagens podem aparecer inominados;
f)o narrador está ocultado e dirige-se principalmente a um “Você”, eliminando toda possibilidade de figuração dos textos em primeira pessoa;
g)o ficcionista se distancia de sua criatura mulher, ao mesmo tempo que expõe, analisa, disseca e desvenda as intimidades de sua personagem, que é uma e todas as mulheres, que é a mulher na busca de emancipação sexual e profissional, efeito que se multiplica e se estende a todas as mulheres;
h)no cenário essencialmente urbano do livro, as relações entre homens e mulheres se elastecem, fazendo crescer as possibilidades dos encontros agendados ou fugazes e dos espetáculos noturnos que as cidades oferecem; em tal cenário urbano proliferam os objetos externos da civilização e da cultura, da ostentação e do consumismo em lugares como casas, bares, aeroportos, cinemas;
i)a mulher assume facetas diversificadas e ramificações sensuais de sua persona, a depender do parceiro com o qual se envolve – desde o taxista que estuda Belas Artes ao cientista famosos e agressivo; do triângulo amoroso formado com dois amigos próximos ao marido que, ao reconhecer que faz o papel de “Amélia” na relação, rompe o casamento; do executivo que a assedia no local de trabalho ao conde aventureiro e imaginário na Londres de fins do século XVIII.
Arremate - O mundo urbano objetivo e veloz da vida contemporânea explicita e recupera o intimismo franco, liberado e sensual da mulher (ou das diversas mulheres) que atravessam as narrativas (que também podem se expandir numa só narrativa). É nos meandros desse mundo ramificado, despersonalizado e competitivo que se realiza a eficácia e o alcance do texto de A vida é fêmea.

Sobre 'Roliúde':
1)Roliúde é um grande tributo à arte de contar histórias, ao desempenho da fala e da linguagem popular, à conversação e à dicção destrambelhada do mundo aventureiro,representado no romance por Biibiu.
2)O personagem de Homero difere, por exemplo, na forma de expor a linguagem popular, do personagem Leonardo de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida, publicado em folhetim entre 1852 e 53.
3)Leonardo é levado também pelas circunstâncias, pelas situações inesperadas, embora não tenha a locução encantatória e desenfreada de Bibiu. Ambos são malandros, mas o malandro do século XIX é mais calado, ladino, inescrupuloso, apesar de viver na pele ambígua do herói que respeita as regras e leis do regime monárquico. Contudo, está sempre em confronto com tais injunções, voluntariamente ou não, no Rio de Janeiro daquela época.
4)Roliúde, apesar de situar-se mais frequentemente em cidades pernambucanas, é um romance que fala sobre várias cidades e países do mundo. Existem numerosas referências a fatos e acontecimentos históricos que o texto lembra e expõe.
5)Os fatos chegam vivos, dinâmicos, como se estivessem acontecendo no presente. Isso tudo é mérito da fala de Bibiu, que é capaz de dar nova dimensão aos fatos, de modificá-los e transformá-los de acordo com sua visão e verve.
6)O ficcionista transmite voz a Bibiu através de uma dicção que revela o extraordinário da narrativa. Narrativa que mostra-se ampla sem esquecer o detalhe, que mostra um imenso painel de acontecimentos mundiais e ao mesmo tempo as emoções, desacertos e conquistas do personagem central. Tudo isso é elaborado a partir da contação de histórias de filmes hollywoodianos.
http://www.interblogs.com.br/homerofonseca/post.kmf?cod=8935735

terça-feira, 6 de outubro de 2009

“Las venas de América Latina todavía siguen abiertas”


Con cabeza de patricio romano y conciencia de tribuno de la plebe, Eduardo Galeano tiene siempre presente una frase de José Martí: “Todas las glorias del mundo caben en un grano de maíz”. Lo dice porque la semana pasada le dieron en Madrid la Medalla de oro del Círculo de Bellas Artes. “Es una alegría, claro. No practico la falsa humildad, pero tampoco me olvido de Martí y me digo: eh, tranquilo, despacito por las piedras”. Al día siguiente, además, recibió un premio de la ONG Save the Children.

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A los 69 años, el escritor uruguayo es una piedra en el zapato de los vencedores de la historia, una especie de best seller furtivo de la izquierda. El año pasado, durante la gira española de presentación de su último libro, Espejos. Una historia casi universal (Siglo XXI), abarrotó cada salón de actos que pisó, llegando incluso a desbordar el Auditorio de Galicia, en Santiago de Compostela, con capacidad para 1.000 personas. El próximo día 14 cerrará esta nueva visita a España con una lectura de su obra en el Auditorio Marcelino Camacho de Comisiones Obreras, en Madrid.

Galeano ha conseguido levantar pasiones con libros sin género preciso, pero escritos con un estilo fragmentario y seco que él opone a “la tradición retórica del pecho inflado. Aprendí a disfrutar diciendo más con menos”, dice en su hotel madrileño de siempre, a un paso de la Puerta del Sol. Allí cuenta que su maestro, Juan Carlos Onetti, “que no daba consejos”, le dijo algo que no ha olvidado: “Como era bastante mentiroso, para dar prestigio a sus palabras solía decir que eran proverbios chinos. Un día me soltó: ‘Las únicas palabras dignas de existir son aquéllas mejores que el silencio”.

El autor de Días y noches de amor y guerra lleva años peleándose con el silencio. Ahora se pelea también con el miedo. Más que las elecciones presidenciales que se celebran en Uruguay el 25 de octubre, le interesan los dos plebiscitos que tendrán lugar ese día. Uno pretende derogar la ley que impide castigar a los militares de la dictadura: “El Estado no puede renunciar a hacer justicia porque la impunidad estimula el delito”. Hace 20 años se celebró un referéndum con igual objetivo. Y con mal resultado. “Lanzaron toneladas de bombas de miedo”, cuenta el escritor. “Se decía que si la ley se derogaba volvería la violencia, y la gente votó asustada”.

Aquel primer plebiscito de los años ochenta fue promovido por una comisión en la que, junto a Galeano estaba Mario Benedetti. Desde la muerte de éste, en mayo pasado, su amigo forma parte de la fundación que heredó el legado del poeta para promover la literatura joven: “Era un insólito caso de escritor generoso. El nuestro es un gremio egoísta que ocupa la jaula de los pavos reales. A cada uno le duele el éxito del otro. A Mario no”. Respecto a las reclamaciones del hermano de Be-nedetti, molesto con el testamento, Galeano es diplomático: “Eso está superado. De los líos de herencia no se salva nadie”.

El dinero mezclado con los líos lleva inevitablemente al fútbol, un asunto al que el escritor ha dedicado cientos de páginas, entre ellas, las que forman un clásico de la literatura deportiva: El fútbol a sol y sombra. ¿Es obsceno pagar millones de euros por un jugador? “El fútbol profesional es la industria de entretenimiento más importante del mundo. Además es un deporte que parece religión: la religión de todos los ateos. Lo que hay que tener claro es lo que decía Machado: ahora cualquier necio confunde valor y precio”.

Por otro lado, en el anecdotario diplomático internacional ha quedado grabado el hecho de que Hugo Chávez regalara a Obama el libro más popular (30 ediciones en inglés) del autor montevideano, Las venas abiertas de América Latina, un ensayo de 1971 que su propio autor describe como “una contrahistoria económica y política con fines de divulgación de datos desconocidos”. Y añade: “Lo que describía sigue siendo cierto. El sistema internacional de poder hace que la riqueza se siga alimentando de la pobreza ajena. Sí, las venas de América Latina todavía siguen abiertas”.

Galeano no cree que el presidente de Estados Unidos lo haya leído: “Lo dudo. Fue sólo un gesto. Además, la edición era en español”. La elección de Obama le pareció una victoria contra el racismo, pero le decepcionó que aumentara el presupuesto de Defensa: “Los políticos mejor intencionados terminan presos de una maquinaria que los devora”. ¿Y qué le parece su política hacia Latinoamérica? “Tiene buenas intenciones, pero hay problema de training. Los estadounidenses llevan siglo y medio fabricando dictaduras, y a la hora de entenderse con países democráticos, les cuesta. El desconcierto ante lo que ocurrió en Honduras es una muestra”.

El segundo plebiscito que espera al escritor al volver a casa busca otorgar el voto a los uruguayos que no viven allí, “¡una quinta parte de la población!”. Él mismo tuvo que exiliarse y sabe lo que es sobrevivir sin derechos: “No tenía documentos porque la dictadura me los negaba. Cuando vivía en Barcelona tenía que concurrir a la policía cada mes. Me hacían repetir los formularios y cambiar cien veces de ventanilla. Al final, en la casilla de la profesión yo ponía: escritor. Y entre paréntesis: de formularios”. Nadie se dio cuenta.
http://www.elpais.com/articulo/cultura/venas/America/Latina/todavia/siguen/abiertas/elpepucul/20091006elpepicul_3/Tes

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Escolas francesas pagam por comparecimento de alunos


Iniciativa de Martin Hirsch vem causando polêmica até no próprio governo francês
Foto: BBC Brasil/ AP


Iniciativa de Martin Hirsch vem causando polêmica até no próprio governo francês
Foto: BBC Brasil/ AP
Para lutar contra a evasão escolar, alguns estabelecimentos técnicos de ensino na França decidiram "pagar" os alunos para assistir às aulas e oferecer até ingressos de futebol. A partir desta segunda-feira (5), três escolas nos arredores de Paris oferecem prêmios de até 10 mil euros (cerca de R$ 26 mil) para a classe que menos faltar às aulas.

A iniciativa para estimular a assiduidade nessas escolas, tomada pelo secretário francês para a Juventude, Martin Hirsch, vem provocando grande polêmica no país e está sendo criticada por representantes de pais de alunos e até por membros do próprio governo.

A ministra do Ensino Superior, Valérie Pecresse, declarou no domingo que "a assiduidade é o primeiro dever de um aluno". A ministra, que afirma não ter soluções imediatas para o problema de alunos que faltam às aulas, questiona se "é preciso pagar um adolescente para que ele faça sua obrigação".

O índice de alunos que faltam regularmente aos cursos é de 11%, em média, na França. Em escolas profissionalizantes, esse número pode ser ainda mais elevado e atingir até 80%, segundo Hirsch.

Leia matéria completa na BBC Brasil.










http://bit.ly/3skIEF

La familia Lorca se reserva el derecho a identificar al poeta Reclaman a la Junta que los restos del literato permanezcan en el lugar donde presuntame


La familia de Federico García Lorca ha solicitado reservarse el derecho de identificar los restos del poeta en el caso en el que se proceda a la exhumación de la fosa de Alfacar (Granada), en el que además podrían estar enterrados los banderilleros Francisco Galadí y Joaquín Arcollas y el maestro Dióscoro Galindo.

"No impediremos exhumar los restos de Federico, aunque no nos gustaría"
Operación García Lorca

La Recuperación de la Memoria Histórica

Alegaciones de la familia Lorca sobre la exhumación del poeta

Así lo han hecho constar en la alegación presentada a la apertura de la fosa ante la Consejería de Justicia de la Junta de Andalucía, documentación en la que los herederos expresan su deseo de que no se remuevan los restos de García Lorca, si bien piden subsidiariamente poder identificar sus restos si el proceso de exhumación se lleva a cabo "y disponer de los mismos", así como el ejercicio "de cuantas acciones y derechos" pudieran corresponderles.

La familia plantea asimismo en el escrito presentado, al que tuvo acceso Europa Press, que se considere la posibilidad de habilitar los terrenos donde se ubican las fosas como un lugar autorizado para el enterramiento, "facilitando el reconocimiento y protección de la totalidad de las víctimas que allí yacen", puesto que en los parajes situados entre Víznar y Alfacar podrían yacer miles de represaliados.
el pais http://bit.ly/R6p4D