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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Com índices de repetência e abandono da escola entre os mais elevados da América Latina


SÃO PAULO - Com índices de repetência e abandono da escola entre os mais elevados da América Latina, a educação no Brasil ainda corre para alcançar patamares adequados para um País que demonstra tanto vigor em outras áreas, como a economia. Segundo o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a qualidade da educação no Brasil é baixa, principalmente no ensino básico.

by Estadao

Veja o relatório da Unesco



O relatório da Unesco aponta que, apesar da melhora apresentada entre 1999 e 2007, o índice de repetência no ensino fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica expressivamente acima da média mundial (2,9%).



O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros largam os estudos já no primeiro ano no ensino básico. Neste quesito, o País só fica à frente da Nicarágua (26,2%) na América Latina e, mais uma vez, bem acima da média mundial (2,2%).

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Os filmes atuais, da favela global ao cinema genérico

Por: Maria do Rosário Caetano.

Nesta entrevista corajosa, a ensaísta e professora da UFRJ, que há anos analisa profundamente nossa cinematografia, faz um panorama de nossa produção do ponto de vista do conteúdo, um lado do cinema brasileiro que tem ficado de lado. Mas até isso tem uma explicação, assim como as polêmicas envolvendo filmes como “Tropa de Elite”, cujo discurso único focado em um personagem acaba fechando o filme para questões mais abertas sobre relações humanas e visões mais amplas de onde sua história está inserida.

Ivana faz um panorama completo de nossa ficção, que está fazendo um cinema “genérico” (nem serve para o mercado e nem serve para o público “cult”), dos documentários e das promessas dos novos diretores. E mais: avalia o que há de comum e diferente em filmes polêmicos como “Cidade de Deus”, “Tropa de Elite” e “Meu Nome Não é Johnny”.

Amazonense de Parintins, radicada no Rio desde a juventude, Ivana não tem medo de dizer o que pensa. Estudiosa da obra de Glauber Rocha e Joaquim Pedro, nomes de ponta do Cinema Novo, ela – como poucos acadêmicos – soma vivo interesse pela renovação estética e pela renovação temática. Estuda a “Favela Global” vista pelo audiovisual brasileiro e lembra que o prêmio internacional de “Tropa de Elite” mostra que “não são só os brasileiros que estão preocupados com as grandes periferias urbanas”.

Neste momento, Ivana, pesquisadora sintonizada com seu tempo, não esconde imenso entusiasmo pelas imensas transformações que estão se processando no cinema mundial e brasileiro. Ela acredita que as novas tecnologias (a digital, o YouTube, a internet) vão desalojar do cinema brasileiro “verdadeiros clãs” que o dominam há décadas (“grupos restritos que tinham acesso privilegiado aos financiamentos”) e abrir espaço para o outro lado (“os insistentes, os resistentes, os experimentadores e os sobreviventes”).

Para Ivana, “Tropa de Elite”, “ao adotar um único – e redutor – ponto de vista”, acabou “servindo de porta-voz a um discurso conservador”. Para ela, a narrativa do filme de José Padilha “torna o espectador refém desse discurso”. Depois de comparar “Tropa de Elite” a “Cidade de Deus”, a professora conclui que “o filme de Meirelles é muito mais inventivo que o de Padilha”. E acrescenta que “Meu Nome Não é Johnny”, outro filme contemporâneo que vem mobilizando grandes debates e platéias (os três passaram de dois milhões de espectadores), “é muito mais interessante na construção do personagem, um anti-herói, traficante, consumidor, que não é demonizado, não é um personagem-clichê dando lições de moral, como o Capitão Nascimento, nem um ‘assassino por natureza’, como Zé Pequeno”.

Ivana Bentes é doutora em Comunicação pela UFRJ, professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, além de diretora da Escola de Comunicação da UFRJ. Sua dissertação de mestrado intitulou-se “Percepção e Verdade: da Filosofia ao Cinema”, e sua tese de doutorado fez a “Biografia e Teoria na Obra de Glauber Rocha”. É organizadora e autora de longo e denso ensaio que abre as “Cartas ao Mundo: Glauber Rocha” (Cia. das Letras, 1997) e de “Joaquim Pedro de Andrade: A Revolução Intimista” (Relume Dumará/1996). É co-editora da revista “Cinemais” e da Revista Global (Rede Universidade Nômade).

Revista de CINEMA – Como você vê o cinema brasileiro hoje? Os realizadores estão fazendo filmes por necessidade de expressão ou porque ser cineasta está “na moda”, pode levar a festivais e à disputa do Oscar?
Ivana Bentes – Acredito que estamos vivendo um período importantíssimo de transformação no ciclo de produção audiovisual, em que o cinema e o audiovisual estão se universalizando, saindo do “gueto” dos profissionais para virar lugar de produção de conhecimento. O audiovisual atravessa toda a cultura contemporânea, então não é apenas uma moda, é um campo que explodiu, não pára de crescer. O cinema, que era, de um lado, uma atividade quase mafiosa, de clãs, de um grupo restrito que tinha acesso aos financiamentos e, de outro lado, os insistentes, os resistentes, os experimentadores e os sobreviventes, está se abrindo para uma multidão de realizadores, dos “profissionais” ao amador, a pessoa qualquer, o cidadão que quer se expressar por imagens.

Ou seja, a “moda” não é vazia, tem atrás dela um real desejo de participar da cultura contemporânea audiovisual, de virar produtor, propagador, e não apenas consumidor de imagens.
É só olhar para os fenômenos das novas mídias (YouTube, filme para celular, filme na internet) ou para Nollywood, a explosão da produção audiovisual africana, na Nigéria, com mais de mil filmes por ano, feitos de forma baratíssima e vendidos nos camelôs e nas ruas. Esse é um fenômeno global, um cinema da multidão, de quem estava fora do ciclo econômico e cultural e que é incluído pelo audiovisual. É o que está começando a surgir nas periferias brasileiras e globais, foco da pesquisa que estou concluindo, da Favela Global.

Revista de CINEMA – Como o Brasil se situa dentro deste quadro de transformações?
Ivana Bentes – Nesse cenário, nós, brasileiros, tivemos a felicidade de contar com políticas públicas da Secretaria do Audiovisual-MinC e, agora, da TV Pública, antenadas com a grandeza e radicalidade dessa mutação cultural. É um momento excepcional para quem quer pensar e fazer cinema no Brasil. Agora, sobre os vetores desse cinema (teríamos que analisar filme a filme para não generalizar), o que eu vejo claramente são: as velhas forças e estéticas mais que gastas e manjadas (na cola da teledramaturgia), tentando barrar todas as mudanças, mantendo uma reserva de mercado e uma reserva estética para sua expertise (o cinema como negócio, produto, bilheteria e só). Vejo os cineastas e artistas – que chamo de “sobreviventes” e insistentes, os experimentadores que quase foram varridos da cena cinematográfica – num exílio dentro do próprio país, produzindo pouquíssimo, num trabalho de resistência e criação absolutamente solitário, mas absolutamente potente, e vejo essa explosão, essa abertura, um pouco de ar puro, para quem está começando agora, com uma outra mentalidade, nesse novo cenário tecnológico. Os três vetores estão aí, por isso acho que as políticas deveriam equilibrar esses desequilíbrios, criar mercado para os experimentadores (na TV Pública, por exemplo), dar condição para que os novos produtores do audiovisual não fiquem em um “gueto”, exilados, fora do mercado. Eles têm que chegar à TV comercial, às locadoras de DVDs, à internet, etc.
Qualquer cinematografia que sair dessa outra configuração vai dar um salto qualitativo e quantitativo.

Revista de CINEMA – Você estabeleceu intensa polêmica com Fernando Meirelles em torno do filme “Cidade de Deus”. Cunhou a expressão “Cosmética da Fome” e a antagonizou à “Estética da Fome” (Glauber/1965). Passados cinco anos do famoso seminário paulistano (“Da Estética à Cosmética da Fome”), como você avalia o papel e a repercussão de Cidade de Deus?
Ivana Bentes – É preciso esclarecer que a polêmica não era com o diretor Fernando Meirelles, por quem tenho grande apreço, mas sobre questões internas ao filme e aos discursos produzidos a partir do filme. As principais questões éticas, estéticas, continuam válidas e foram publicadas e desenvolvidas em inúmeros artigos, publicados inclusive fora do Brasil (na Itália, Alemanha, Inglaterra, etc.). As questões que coloquei ultrapassam em muito o filme “Cidade de Deus” e já vinham sendo discutidas por mim desde “Central do Brasil”, passando por “Guerra de Canudos”, “Abril Despedaçado”, etc., e chegando hoje ao cinema contemporâneo. “Cosmética da fome” não é um rótulo para pregar nos filmes, é uma questão que ultrapassa inclusive o campo do cinema (podemos pensar nas fotografias de Sebastião Salgado, por exemplo, ou em outros campos da produção de imagens). Não se trata de criar um dualismo entre o cinema contemporâneo e as propostas dos anos 60, da Estética da Fome.

Não tenho nenhuma nostalgia dos anos 60, nem proponho nenhuma retomada da estética glauberiana, não faz sentido. O que me interessa é a formulação de Glauber [Rocha], no seu texto. Ele formulou a questão, o problema de como filmar o sofrimento, a morte, a dor dos outros sem cair na pieguice, no paternalismo, no sentimentalismo, naquele humanismo ralo, mas também sem cair no sadismo, no fascismo, no espetáculo dos pobres se matando entre si. É uma questão e um desafio e tanto! Sobre o debate público em São Paulo, em torno de “Cidade de Deus”, foi muito exaltado, em clima de comoção entre defensores e acusadores do filme. Isso, em plena semana de lançamento, virou um Fla X Flu. Mas, ao final, “Cidade de Deus” abriu um caminho importante de debates que extrapolaram o campo do cinema e conectaram as questões estéticas às questões éticas e políticas. Isso me parece importantíssimo.

Revista de CINEMA – Como você avalia filmes mais recentes e de temática parecida com a de “Cidade de Deus” (Tropa de Elite e Meu Nome Não é Johnny, por exemplo)? Falta a estes filmes, que resultam de abordagens a quente de temas factuais, reflexão mais profunda? Falta a eles um corpo-a-corpo com seu tempo histórico, como o que embasou Glauber, em “Terra em Transe” (1966)?
Ivana Bentes – Acho que o debate de “Cidade de Deus” foi importante para que se possa analisar, hoje, esses outros filmes, como “Tropa de Elite” e “Meu Nome Não é Johnny”, apontando também para questões ético-estéticas cruciais, ou seja, como filmar temas e personagens ambíguos, difíceis, sem cair na demonização, na pieguice, no paternalismo, no conservadorismo, na celebração do extermínio dos pobres e no “filme de exportação” do inferno tropical? Essa não é uma questão descartável! Continua de pé, incomodando, os filmes não podem se livrar dela. É um desafio, e, para responder, só analisando os filmes com o cuidado que merecem. Acho que esses filmes são uma expressão tão importante do presente quanto “Terra em Transe”, de Glauber, foi em 1967. Agora, o Glauber consegue expressar a perplexidade e o tumulto mental de seu personagem e do seu tempo de forma muito mais complexa do que alguns desses filmes. Por mais que coloque na boca de seus personagens discursos fascistas, sadismo (o personagem Diaz, em “Terra em Transe”), o filme em si não está colado nesses discursos, tem autonomia, passa do fascismo ao discurso da poesia, da demagogia ao delírio poético, vai para o populismo, o inconsciente carnavalesco. Ou seja, tem um domínio total, magistral desse transe, passeia pelos mais diversos mundos mentais, mesmo que o filme seja narrado na primeira pessoa, pelo poeta Paulo Martins, a narrativa foge, desliza, não se torna porta-voz de uma “verdade”.

Nesse sentido, um filme como “Tropa da Elite”, com um único ponto de vista, é muito redutor, acaba virando porta-voz de um discurso conservador. A narrativa torna o espectador refém desse discurso. Analisando a narrativa, Cidade de Deus é muito mais inventivo que “Tropa”, e “Meu Nome Não é Johnny” é muito mais interessante na construção do personagem, um anti-herói, traficante, consumidor, que não é demonizado, não é um personagem-clichê dando lições de moral, como o Capitão Nascimento, nem um “assassino por natureza”, como Zé Pequeno. Veja, nada disso desqualifica os filmes, essa é uma das funções da crítica. O fato de “Tropa” ganhar o Urso de Ouro de Berlim mostra como as questão da favela e do tráfico são questões de interesse global. É imenso o interesse pelas periferias não simplesmente como fábricas de morte, mas como espaços de produção cultural, de modos de viver, desafio do qual os filmes ainda não deram conta.

Revista de CINEMA – Quem, em sua opinião, faz hoje no Brasil um cinema de invenção temática e estética? E quem faz filmes acadêmicos, burocráticos, sem empreender corpo-a-corpo com a linguagem, nem buscar novos enfoques para temas essenciais a uma melhor compreensão do País?
Ivana Bentes – Não vejo criação nesse cinema “profissional”, de filmes feitos para ocupar o mesmo lugar e nicho de mercado do cinema médio norte-americano ou dos blockbusters.

Seriam filmes “genéricos” de cinema, digamos assim, sem marca, sem autoria, sem questões, um negócio como outro qualquer. São importantes para disputar mercado, mas simplesmente não operam nada, ou pouco, em termos de linguagem, do entendimento da realidade, das questões contemporâneas. Vejo inquietação, originalidade em filmes muito diferentes: no cinema de Domingos de Oliveira, Paulo Sacramento, Beto Brant, Karin Ainouz, a geração pernambucana (Cláudio Assis, Marcelo Gomes, Lírio Ferreira, Paulo Caldas), os criadores que atravessaram os anos 70, 80 e 90 e estão produzindo ativamente, como Andrea Tonacci, Arthur Omar, Carlos Reichenbach, Júlio Bressane, Sérgio Bianchi, entre outros. Eles produziram obra significativa, experimentando e enfrentando uma política de indiferença ativa do gueto “profissional” e buscaram outros mercados, centros culturais, universidades, cineclubes e galerias.

Revista de CINEMA – Você, em seus estudos, costuma lembrar que, em maioria, nossos filmes de época apresentam-se como verdadeiros “museus da História”. Além de “Guerra de Canudos”, que outros títulos você coloca nesta “vertente” digamos anacrônica?
Ivana Bentes – Esta linha de filmes quer legitimar-se pela importância dos fatos ou personagens históricos, mas não geram leituras novas, reforçam clichês e enquadram a história na fórmula do melodrama, da love story, do dramalhão e da comoção ou são meramente didáticos. “Barão de Mauá” é um desses filmes nessa linha histórico-didática. “Olga”, de Jayme Monjardim, é uma combinação ainda mais estranha (a militância comunista e a luta contra o nazismo), pois transformou Olga Benário e Luiz Carlos Prestes em personagens de novela, reduzidos a dilemas clichês (a militante X a mulher), a ativista X a apaixonada, reduzindo a complexidade de vidas e da história a fórmulas mais que desgastadas. A história e seus personagens se tornam simplesmente uma forma de vampirizar o que esses personagens têm de mítico, seu capital simbólico, que é totalmente diluído, esvaziado, domesticado. Sem dúvida não podemos comparar cinematograficamente “Diários da Motocicleta”, sobre o jovem Che, com “Olga”, que é um filme primário, mas esse processo de “higienização”, de acomodação, de domesticação e “humanização” acaba despotencializando uma figura como Che, ao invés de o filme conectá-lo aos impasses do presente.

Revista de CINEMA – Os filmes brasileiros que, hoje, conseguem dialogar com o grande público estão entre a cópia das telenovelas (com atores muito conhecidos) e produções que recriam fatos retirados das páginas dos jornais. Filmes de empenho artístico serão sempre fruídos por pequenos públicos?
Ivana Bentes – Não necessariamente. O que temos é um sistema de marketing, de negócio todo voltado para os filmes comerciais. Se a Globo começar a exibir em horário nobre ou na Tela Quente outros filmes, formará um novo público. Criará outros hábitos culturais. Existe um mercado para a inteligência, o filme cultural, a arte, em expansão no mundo inteiro e no Brasil. Basta ver o crescimento do circuito dos Arteplex, cineclubes, centros culturais, etc. A questão é apostar nessa inteligência coletiva, e não na tendência conservadora, no “mais do mesmo”.

Revista de CINEMA – Qual a importância do experimentalismo de Júlio Bressane para o cinema brasileiro contemporâneo? Além de Bruno Safadi (“Meu Nome é Dindi”, “Belair”), que outros cineastas, na sua avaliação, dialogam com o diretor de “Filme de Amor”?
Ivana Bentes – O Lírio Ferreira, em todos os seus filmes, faz uma referência e dialoga com Bressane, até nos videoclipes do início da sua carreira. Mas, veja, Bressane é radicalmente singular, e, como ele, há cineastas no Brasil que, mesmo “isolados”, sem exibir para um grande público ou fazer seguidores, vão atravessar a barreira mais importante, que não é comercial, nem mercadológica, é a sobrevivência da potência da obra no tempo. É a potência de criação de um mundo. O Bressane é um deles, junto com Glauber, com Rogério Sganzerla, com Tonacci, com Arthur Omar, Eduardo Coutinho. Eles são uma aposta no tempo.

Revista de CINEMA – Um terço dos 70 longas realizados anualmente no Brasil são documentários. Você acha que os cineastas têm se saído melhor neste segmento, ou nossos documentários também deixam muito a desejar? São igualmente factuais, televisivos? Além de Coutinho, nome que você vê na linhagem dos que são uma “aposta no tempo”, como avalia o cinema de João Salles e Evaldo Mocarzel? Você destacaria outros nomes na produção documental?
Ivana Bentes – Gosto da proposta do Programa DOC TV e DOC Ibero-América, que diz: “quando a realidade começa a parecer ficção, é hora de fazer documentário”. Estamos nessa deriva, mas uma grande parte dos documentários atuais aponta para uma linha do documentário brasileiro bem específica, em que a fala, a palavra, é decisiva. Eduardo Coutinho requalificou a entrevista (despotencializada no jornalismo televisivo) e tornada diálogo, expressão, afeto, nos seus filmes, que também trazem um cuidado ético, não demonizam, nem romantizam seus personagens. O João Moreira Salles fez um filme decisivo, “Notícias de Uma Guerra Particular”, em que colocou em cena outros sujeitos do discurso, o policial, o morador, os traficantes. E o Evaldo faz um documentário que, às vezes, parece naïf, trazendo questões dele, do mundo dele, do cinema, para pessoas que não chegam nem a entender o que está em jogo aí, e com resultados desiguais, mas interessantes.

Mas o documentário brasileiro não se resume a isso. Há toda uma vertente de documentários experimentais, na fronteira com a ficção, com a arte contemporânea, que me parece importantíssimo: Andrea Tonacci, Arthur Omar, Paulo Sacramento, Erik Rocha, Cao Guimarães.
Eles trabalham – com estilos bem diferentes – uma etnografia lírica, experiências sensoriais, a não-entrevista, as associações visuais, a criação de atmosferas, de metáforas visuais, isso tudo a partir de imagens absolutamente documentais, mas com uma grande elaboração formal, visual e extrapolando e expandido os limites do gênero.

Revista de CINEMA – Na época do Cinema Novo, o Neo-Realismo italiano (Rossellini, em especial), Eisenstein e Brecht eram as principais matrizes do cinema culto brasileiro. Hoje, as matrizes são Wenders e Tarantino. Ou você vê outras fontes influenciando os jovens cineastas brasileiros?
Ivana Bentes – Vejo claramente a influência de Martin Scorsese (principalmente seus filmes de gangsters, “Os Bons Companheiros”, “Gangues de Nova York”, “Os Infiltrados”, que são filmes dos quais gosto muito) influenciando a narrativa e os thrillers de favela e de tráfico de drogas. Há uma influência do filme de ação psicológico de Scorsese tanto em “Cidade de Deus”, quanto em “Tropa da Elite”. Tarantino também, o que é problemático em “Cidade de Deus”, aquele humor negro deslocado, com a platéia rindo enquanto os pobres se matam entre si. Também vejo a influência desse cinema de ação bem boçal e catártico no “Tropa de Elite”, por exemplo. A proposta de Woody Allen, da comédia de costumes, tem ecos no cinema de Domingos de Oliveira e nas comédias e roteiros da Rosane Svartman, mas também na comédia besteirol, com atores de novela. Ou seja, influência e filiações não salvam nenhum filme. Um cineasta como Eduardo Coutinho é uma grande influência no documentário hoje (de Evaldo Mocarzel a uma garotada bem jovem). Mas vejo também que a cinefilia e a relação com os filmes de Godard, Tarkovsky, o cinema experimental dos anos 60 e 70, do Sganzerla, marcam a formação dos curta-metragistas e do pessoal que está descobrindo cinema nos cineclubes e universidades.
Vamos ver o que vão produzir.

Revista de CINEMA – Você vê algum sinal de inteligência em filmes gerados dentro do projeto Globo Filmes? Se interessa, por exemplo, pelo cinema de Guel Arraes? Você não acha que Guel trabalha o nordestino em registro folclórico (vide “Lisbela e o Prisioneiro”)? Há muita diferença entre o protagonista de “Lisbela” e o nordestino Antônio Biá, que José Dumont encara em “Narradores de Javé” (Eliane Caffé/2004)?
Ivana Bentes – Acho que o Jorge Furtado e o Guel Arraes são diretores que têm um compromisso com a linguagem e com uma inteligência popular brasileira, não simplesmente com um produto de mercado. Têm uma trajetória. “Lisbela” é uma fábula sobre o amor romântico, entrecortada com cinefilia, bem universal e que brinca com os clichês do gênero e os clichês de Nordeste, mas é totalmente autoconsciente disso. Sem dúvida, a inteligência popular do personagem de José Dumont em “Narradores” é outra, não tem nada de clichê, é pura invenção-experimentação do ator, como Matheus Nachtergaele, que inventa e se reinventa de forma espantosa. Mesmo o Selton Mello tem esse dom de transformar clichês e estereótipos em frescor, se safa bem, desconstrói, traz ambigüidades para personagens os mais estereotipados.
Esses e alguns outros atores brasileiros, excepcionais, estão carregando certos filmes nas costas.

Revista de CINEMA – Filmes como “Jacobina”, “Gaijin 2”, “Dono do Mar” e assemelhados custam milhões de reais, oriundos de renúncia fiscal, buscam diálogo com o grande público, mas não conseguem (pois empacam em borderôs baixíssimos). Projetos desta natureza devem recorrer a editais públicos ou se virar no mercado?
Ivana Bentes – Esses filmes têm uma função meramente reprodutiva do que há de mais conservador no mercado, esteticamente e comercialmente. São filmes para movimentar dinheiro (como no capitalismo financeiro em que dinheiro só produz mais dinheiro, não opera nada).

Então, não deveriam recorrer ao dinheiro público, que deveria ser direcionado para o que aumenta a produtividade social, a inteligência coletiva, a sensibilidade, que cria e investe em novas linguagens, visões de mundo, etc.

Revista de CINEMA – Se as bilheterias brasileiras continuarem reduzidas como as atuais (80% dos filmes produzidos não chegam a 100 mil espectadores), corre-se o risco de perda de legitimidade? Você acha que a Lei do Audiovisual já necessita de reformulação profunda?
Ivana Bentes – Esse critério das bilheterias das salas de cinema é apenas um dos critérios para se avaliar a saúde de uma cinematografia. Existem muitas outras políticas hoje, como colocar os filmes brasileiros nas locadoras de vídeo e DVDs, nas lan houses, no You Tube, para comprar e baixar na internet, para circularem de graça nas universidades e escolas. Enfim, ir ao cinema é um hábito social perfeitamente substituível por outros, não compartilho do fetiche pela sala de cinema. Hoje, qualquer lugar com um data show vira uma sala de cinema popular. Então, tem que relativizar a importância das salas de cinema tradicionais. Ao mesmo tempo, abrir mais espaços para a produção brasileira nos multiplex e cinemões, que praticam a monocultura cinematográfica. Sobre a Lei do Audiovisual, deveria ter um fundo comum que pudesse ser repassado aos produtores de outra forma que não simplesmente essa escolha direta das empresas que patrocinam só um tipo de cinema. Vejo os editais públicos como um caminho, assim como esses fundos setoriais resultados de taxações sobre os lucros dos blockbusters estrangeiros, das televisões, etc.

Revista de CINEMA – A crítica brasileira tem conseguido refletir sobre os impasses do cinema brasileiro? Ou está metida no mesmo atoleiro da maioria dos cineastas e produtores? Ou seja, preocupada com a sobrevivência e submissa aos comandos da indústria do entretenimento?
Ivana Bentes – Não vejo mais sentido na crítica que não articula os filmes com o extracinematográfico, com o estado das coisas, do mundo, com as questões que nos perturbam e que são tantas, inclusive questões estéticas. Então, essa crítica “funcional”, interna, que fica avaliando a fotografia, a atuação do ator X, da atriz Y, que acha importantíssimo fazer lista “dos melhores filmes do ano”, acompanhar burocraticamente os festivais, a bilheteria, essa crítica acaba sendo o que chamo de release de luxo, é mais uma peça dentro da engrenagem do produto. Os cineastas, por sua vez, não precisam ser tão reativos e defender seus filmes nesses termos do “ame-o” ou “deixe-o”. Nem a crítica deveria usar esse tipo de maniqueísmo nas suas análises. Rótulo é bom para cerveja. Eu espero não ter criado um rótulo, com a “cosmética da fome”, mas proposto uma questão, que não é simples, nem para mim.

Filha de Dalva de Oliveira processa a Rede Globo

Portal Terra

RIO - Dalva Climent, filha da cantora Dalva de Oliveira com o argentino Tito Climent, abriu um processo contra a Rede Globo depois de tentar impedir a exibição da minissérie 'Dalva e Herivelto: uma Canção de Amor', em exibição no início deste mês. De acordo com o "Outro Canal", da Folha de S.Paulo, Dalva Climent não foi mencionada pela minissérie.

Ela mora em uma favela do Rio de Janeiro e move uma ação por danos morais e materiais por não ter sido consultada para a minissérie.

Ainda de acordo com a coluna, a minissérie precisou sofrer um corte e, segundo a própria autora, Maria Adelaide Amaral, o foco da obra foi na relação de Dalva e Herivelto, quando a filha com Climent não "teve importância"

Brasileiros procuram embaixada para adotar órfãos do Haiti





Portal Terra

BRASÍLIA - A Embaixada do Haiti no Brasil já recebeu o pedido de mais de 200 pessoas que disseram ter interesse em adotar crianças órfãs. Entretanto, os pedidos não serão atendidos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Conforme a Secretaria Especial dos Direitos Humanos do Brasil, a adoção entre países não ocorre em casos de calamidade, quando é difícil identificar o histórico familiar da criança. Além disto, o Haiti não ratificou a convenção de Haia sobre o assunto.
obs A atitude é boa, mas precisamos olhar os órfãos brasileiros que estão sepultados em casas especializadas sem ter chance de adoção.Paulo Vas

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

JOÃO DEMILTON SANS DESIGNER DE SAPATOS ATOR ARTISTA PLÁSTICO EM ENCONTRO COM AMIGOS E JOÃO PESSOA PB

JOÃO D. SANS EM ENCONTRO COM AMGOS INTLECTUAIS

PEÇAS DO DESIGNER JOÃO D SANS



ENCONTRO COM OS VELHOS AMIGOS

BRUNO ATOR,PARAIBANO -COM QUEM PARECE MAIS COM O PAI OU MÃE? FOTO BY http://bit.ly/6V3EpO
DA ESQUERDA P/ DIREITA PAULO VASCONCELOS-PROF. USP E OUTRAS PARTICULARE DE SÃO PAULO E JOÃO DEMILTON SANS, ATOR, ARTISTA PLÁSTICO,E DESIGNER DE CALÇADOS EM ENCONTRO COM INTELECTUAIS DE VITÓRIA , SAMPA E PARAÍBA-PAI DE BRUNO GARCIA- O MESMO ESTARÁ BREVE EM CARTAZ-COMO ATOR- NO DOCUMENTÁRIO -BORRA DE CAFÉ-
LUCILA GARCIA MÃE DE BRUNO GARCIA-EDUCADORA EM ENCONTRO COM INTLECTUAIS DE OLINDA E SAMPA, EM REENCONTRO COM OS AMIGOS PAULO VASCONCELOS ALDO AMBRÓZIO E LUCIANA SAMICO

Orquestra Paraibana -TABAJARA -SEVERINO ARAÚJO- JP-PB




"Severino Araújo está em Livro.Severino Araujo e OrquestraTabajara Ed Nacional .Severino começou em João Pessoa 1935 inspirada nas Big Bands , hoje ainda é sucesso.Severino Araújo e Tabajara .
O pai de Severino Araújo era mestre d Orquestra e banda em Limoeiro (PE), e foi quem deu as primeiras noções de música. Ainda criança, adotou a clarineta como instrumento favorito. Na década de 30 mudou-se para João Pessoa, onde foi clarinetista da banda da polícia. Em 1936 escreveu o choro "Espinha da Bacalhau", uma de suas composições mais famosas. Ainda na Paraíba, foi regente da orquestra da Rádio Tabajara, e com alguns integrantes dela partiu para o Rio de Janeiro no final dos anos 30. Apenas em 1945 a Orquestra adotou oficialmente o Rio de Janeiro como sua sede. Inspirada nas big bands norte-americanas, a Orquestra anima bailes, festas e gafieiras desde os anos 40 até hoje, totalizando mais de 13 mil apresentações. Além de atuar em bailes e festas, a Orquestra Tabajara trabalhava em emissoras de rádio. Com grande popularidade, a Orquestra gravou mais de 100 discos de 78 rpm, batendo recordes de longevidade, além de alicerçar o trabalho de cantores como Jamelão, com quem gravou dois discos-tributos a Lupicínio Rodrigues. Durante a existência do Circo Voador, no Rio de Janeiro, a Tabajara era a atração tradicional dos domingos, com a Domingueira Voadora. O repertório é composto tanto de clássicos do jazz e da canção norte-americana quanto de temas da música brasileira. Severino Araújo, que foi aluno de Koellreuter, é autor de várias músicas executadas pela Orquestra, e comemorou seus 80 anos ainda à frente do grupo, regendo e ensaiando.
http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/severino-araujo-e-orquestra-tabajara

Programa EducaRede, da Fundação Telefônica, sorteia barracas para educadores que queiram participar do Campus Party Brasi

Programa EducaRede, da Fundação Telefônica, sorteia barracas para educadores que queiram participar do Campus Party Brasil 2010 (Promoção válida somente para educadores)

Você que é professor ou professora interessado(a) no uso de tecnologia na educação, prepare o mochilão e venha acampar no Campus Party Brasil 2010!

O Programa EducaRede Brasil, da Fundação Telefônica, está sorteando, especialmente para educadores, quatro barracas para o evento.

Com a barraca, você pode ficar junto com os outros campuseiros durante a semana que durar o Campus Party, participando de exposições, fóruns, debates e bate-papos sobre tecnologia, educação, conectividade, uso responsável das telas digitais e muito mais! Não dá pra perder, certo?!

É muito simples: basta preencher a ficha de inscrição e aguardar nosso contato caso você seja o sortudo. O sorteio acontece no dia 18 de janeiro. Mas, atenção, essa promoção é destinada apenas a educadores.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Maria Gadú




http://www.slap.mus.br/?11437/artista/Maria-Gadu
# Tudo está acontecendo muito rápido na vida da paulistana de 22 anos Maria Gadú. Em menos de cinco meses chegou ao Rio, fechou contrato com a Som Livre para o lançamento do disco de estréia e atraiu à sua temporada no Cinemathèque ninguém menos que Caetano Veloso e Milton Nascimento, além de uma penca de outros artistas, críticos musicais, cineastas, atrizes, descolados e músicos.
O público em geral compartilha o mesmo sentimento. Está diante de uma cantora e compositora de verdade, presenciando o nascimento de um novo talento, não conseguem compará-la a nada. Maria é diferente de tudo o que já viram.
Quando Gadú sobe ao palco, qualquer desavisado pode achar que ela faz parte de uma nova onda rock´n´roll, meio punk, meio indie. Ousada, ela parece mesmo que vai chegar na marra, cheia de atitude; mas basta abrir a boca, para a cantora mostrar suavidade em forma de MPB, com tudo muito próprio: letra, música e voz. Este contraste surpreende e seduz. Talvez isso explique um pouco Maria Gadú. Mas ninguém quer saber de entender. Melhor prestar atenção e deixar acontecer.

Adryana BB, essa pernambucana cheia de suingue e uma energia contagiante, levou para diferentes cantos do país o maracatu, o xote, a ciranda, o côco.







http://www.adryanabb.com/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
A cultura se resume àquela considerada erudita, acessível, em sua grande maioria, aos ditos intelectuais? E a cultura popular? É menos importante? Não que devamos desconsiderar essa forma de fazer cultura mais clássica, digamos, mas considerar que existem outras possibilidades. A intenção é somar e não dividir. A chamada cultura popular, em se tratando de Brasil, é muito vasta, muito diversificada e pouco conhecida. Elas acabam se resumindo ao conhecimento do local onde esses movimentos surgiram. É hora de mudar.


Como uma apaixonada pela cultura popular, acredito que o Brasil tem muito a oferecer nesse aspecto. E ajudar a divulgar essa cultura é, e sempre será, o objetivo desse blog. Sendo assim, hoje trago uma talentosa representante da cultura do Nordeste, melhor dizendo, do Recife.


Ela já tem 20 anos de carreira, que foram comemorados em um show no Rio de Janeiro. Adryana BB, essa pernambucana cheia de suingue e uma energia contagiante, levou para diferentes cantos do país o maracatu, o xote, a ciranda, o côco. E está lançando seu novo CD, “Do barro ao ouro”, gravado ao vivo, também no Rio.


O cd mistura um pouco de cada um desses ritmos, e o resultado final, é um trabalho de muita qualidade, como aqueles CDs impossíveis de ouvir apenas uma vez. É um som diferente do que costumamos ver aqui no Sudeste. E é bom que seja assim, que a cultura do Nordeste esteja chegando até nós. O batuque contagiante e a voz expressiva de Adryana dão ao cd um toque bem particular. Percebe-se que é um trabalho elaborado com muita dedicação e amor, pois cada detalhe se encaixa e encanta a quem ouve. Nos show de Adryana, não dá pra ficar parado. E ter esse show em casa, é um privilégio. A idéia de gravar esse cd ao vivo foi um belo acerto, pois conservou a energia que Adryana transmite no palco, em cada nota que canta.


E as influências da cultura nordestina são muito marcantes, não apenas nas letras e nos ritmos, mas nos compositores. É o caso da música “Saudade”, composição de Adryana BB e seu conterrâneo, o jornalista e letrista Gilvandro Filho.


Adryana iniciou sua carreira em 1988, em festivais de música, em Recife, já como compositora. Mudando-se para o Rio de Janeiro, no final dos anos 90, Adryana foi integrante do grupo Rio Maracatu, que caiu nas graças do público carioca, e é sucesso até hoje. Ela foi a primeira mulher puxadora de maracatu nessa região, sendo ela, também, a organizadora do primeiro desfile de maracatu no Rio de Janeiro.


O fato de o público carioca ter aceitado esse movimento cultural é de muita importância para o enriquecimento e troca, pois nada mais positivo que a inserção de movimentos culturais em lugares diferentes do de sua origem. Incentivar esse tipo de troca devia ser prioridade e uma constante busca.


Como Adryana mesmo definiu, seu trabalho é “popular, mas com a qualidade que o povo merece”. Assim, a cultura popular vai ganhando seu espaço, sem perder o profissionalismo, atrelado ao grande talento de artistas como ela. Mas, tão importante quanto a qualidade, é que a essência desses movimentos não se perca. E, nisso, trabalhos como o de Adryana BB contribuem, e muito.

Carnaval 2009...

Banco do Brasil também será agente financeiro do Fies a partir deste ano

A partir do primeiro semestre deste ano, o Banco do Brasil também será agente financeiro do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do Ministério da Educação que permite aos universitários financiar os estudos em um curso superior de instituições particulares. Antes o financiamento era feito exclusivamente pela Caixa Econômica Federal. O Diário Oficial da União desta sexta-feira (15) publicou as novas regras do programa, que inclui a redução da taxa de juros de 6,5% para 3,5% ao ano para o saldo devedor de contratos antigos.

Com a lei, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passa a ser o agente operador do Fies. Ele cuidará dos contratos e documentação dos estudantes, que antes era feito pela Caixa. Além do Banco do Brasil, a intenção do MEC é que no futuro outros bancos também possam ser agentes financeiros do Fies.

Outra mudança é que o prazo para quitação da dívida, que antes era de duas vezes o período do curso, agora passa a ser de três. Ou seja: um estudante que financiou um curso com duração de quatro anos, poderá quitar seu saldo devedor com o banco em até 12 anos.

Os estudantes de medicina e de cursos de pedagogia ou licenciatura poderão pagar sua dívida a prestação de serviços. De acordo com a lei, será abatido 1% da dívida a cada mês trabalhado, caso eles optem por atuar como professores da rede pública de educação básica ou como médicos no programa Saúde da Família.

Fonte: Agência Brasil

Tarantino: "El cine es sinónimo de violencia"

SIMPLEMENTE SANGRE. "Cuando le pegan un tiro en el estómago a un tipo, sangra como un cerdo y eso es lo que quiero ver" dijo el director.by Revista Ñ El clarin

El realizador brindó una conferencia en la Academia Británica de Cine y Televisión de Londres en la que criticó a las escuelas de realización cinematográfica, al tiempo que explicó la atracción que, a su juicio, siempre ejerce la violencia en pantalla.

SIMPLEMENTE SANGRE. "Cuando le pegan un tiro en el estómago a un tipo, sangra como un cerdo y eso es lo que quiero ver" dijo el director.
El director y guionista Quentin Tarantino dijo ante la sede de la Academia Británica de Cine y Televisión, que la violencia es "lo más atractivo" del cine y resulta la mejor forma de conectar con el público. "La violencia es genial, sabes que estás viendo una película porque hay violencia y ésta afecta al público de una forma tremenda", sostuvo el cineasta, para quien cine es sinónimo de violencia, informaron hoy medios locales.


Tarantino dijo también que cuando dirige una película, siente que está conduciendo los sentimientos de los espectadores porque puede decidir cuándo hacerlos reír y cuándo hacerles sentir horror. Para él, es necesario que se muestre sangre en la gran pantalla porque "cuando pegan un tiro en el estómago a un tipo, sangra como un cerdo y es eso lo que quiero ver, no una pequeña mancha roja en mitad de la tripa", según las declaraciones que recoge hoy el diario británico Evening Standard.

El director de películas como Pulp Fiction, Malditos Bastardos o Kill Bill criticó los cursos de cine de los estudios cinematográficos y animó a los jóvenes a coger una cámara y ponerse a rodar una película sin más premisas, ya que fue así como él aprendió a hacer cine "y además es muy barato".

Tarantino explicó además que uno de los motivos por los que se empeñó en que John Travolta protagonizara en 1994 Pulp Fiction, película que supuso el relanzamiento de la carrera del actor, fue un artículo de su crítica de cine favorita, Pauline Kael, que sostenía que Travolta tenía que volver al cine.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Filme destaca parceiro de Gonzagão e história do baião



by Jornal do Comércio Recife Pe...http://jc.uol.com.br/canal/lazer-e-turismo/noticia/2010/01/14/filme-destaca-parceiro-de-gonzagao-e-historia-do-baiao-210980.php

O baião vem debaixo do barro do chão, já dizia Gilberto Gil numa de suas belas canções, inspirada certamente em seu mestre Luiz Gonzaga (1912-1989). O baião teve um rei famoso (o pernambucano Gonzaga) e um “doutor”, o compositor e poeta cearense Humberto Teixeira (1915-1979), que permaneceu à sombra do parceiro de tantos clássicos como "Asa Branca" e "Assum Preto". Teixeira - um dos pioneiros na defesa do direito autoral no Brasil - nunca reivindicou para si a invenção de um dos gêneros mais populares do Brasil junto com o samba. Mas o documentário "O Homem Que Engarrafava Nuvens", de Lírio Ferreira, que estreia amanhã no Cinema da Fundação, contribui para jogar luz sobre a identidade desse “homem invisível”, mas principalmente traça a rota do baião.

Não por acaso, a primeira imagem do filme é uma alameda do cemitério onde Teixeira está enterrado (e recebe uma visita da filha Denise Dummont, produtora do documentário) e a trilha sonora é a canção "Légua Tirana". É um road movie, confirma Ferreira, e o baião é a música do êxodo, da migração. Portanto, do vaqueiro paramentado que desbrava picadas na mata a um passeio de bicicleta do talking head David Byrne pelas ruas pavimentadas de Nova York - da origem de seu universo à explosão da supernova -, a estrada simboliza o baião em movimento.

“É também um filme sobre uma época”, diz Ferreira. “Tem esse mote de ser um período de pós-guerra, o samba entrou em decadência e de 1945 a 1954 o baião assumiu como o grande gênero brasileiro.” É um período ao qual especialistas se referem como o da transição entre o samba-canção e a bossa nova. “Papai não se incomodava de não ter o nome creditado pelo povo em relação a suas canções. O que o deixava contrariado era o fato de os historiadores ignorarem a importância e o sucesso que o baião tiveram naquele período”, diz Denise Dummont. “O baião pode ser o elo perdido entre o samba-canção e a bossa nova”, sugere a atriz.

Há também imagens raras do Rio antigo, de um encontro de Gonzaga e Teixeira, além dos Mutantes, Raul Seixas e trechos de outros filmes, resultado de minuciosa pesquisa de Antonio Venâncio, projeto desenvolvido desde 2002. A voz de Teixeira narrando a própria história foi extraída de duas entrevistas, uma para o pesquisador cearense Miguel Ângelo de Azevedo, o Nirez, e outra para a Rádio JB.

O baião colocou o Nordeste na moda nos centros urbanos do Sudeste - com o crescimento da mão de obra dos migrantes e a força do canto de Luiz Gonzaga e Carmélia Alves. Como diz o compositor Otto no documentário, “Humberto era a pólvora e Gonzaga era o canhão. Quando os dois se juntavam... bum!!!!” O pavio se reacende no documentário “colocando Teixeira no tempo dele”, nas palavras do diretor.

Janeiro de Grandes Espetáculos tem apresentações em Olinda




Do JC Online

Olinda não vive apenas de carnaval neste final de semana. Isso porque a programação do XVI Janeiro de Grandes Espetáculos chega à cidade Patrimônio Histórico com apresentações teatrais. A Praça do Carmo recebe a peça Guiomar, a Filha da Mãe, da Companhia Pharcas Serthanejaz, às 16h30. Em seguida, aos 18h, é a vez do musical Forró é Melhor, da Sopro Cia. de Dança/SP.

A pauta segue no dia 22, com a montagem Chão, de Xirê Jogodedança/RS, no Terreiro de Umbigada, Rua do Guadalupe, às 16h. No dia seguinte, a Vila Olímpica de Rio de Doce recebe Abrolhos, do Teatro dos Amadores de Olinda. Logo depois, o grupo espanhol Ertza Dantza Garaikide entra com a peça Intemperie.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A candidatura de Dilma


Parece-me que Pernambuco está com Dilma, aos poucos seu nome soa entre as pessoas como o candidato mais confiável e sendo um prolongamento do governo Lula que tem feito muito pelo Nordeste, região esquecida pelos anteriores presidentes.Dilma aparece como preferência entre Universitários, intelectuais e até mesmo entre as pessoas mais simples.
ENTREVISTA: RENATO RABELO - PRES. DO PCdoB
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
http://dilma13.blogspot.com/
BLOG DA DILMA: Conte um pouco da sua trajetória política no PCdoB.
RENATO RABELO: Eu comecei minha militância no movimento estudantil na Bahia, onde cursava a faculdade de medicina. Fui presidente da União dos Estudantes da Bahia, e depois fui eleito vice-presidente da UNE, em 1966. Neste período fui obrigado pela repressão policial a entrar na clandestinidade por 15 anos onde atuei em diversos estados. Depois me exilei na França, e somente pude retornar ao Brasil com a Anistia, no final da década de setenta.
Entrei para a direção do Partido Comunista do Brasil após ter militado numa organização revolucionária de prestigio político na época, a Ação Popular, que se integrou ao PCdoB desde 1972. Neste Partido atuei na direção da frente da juventude e do trabalho de organização partidária, tendo sido eleito duas vezes vice-presidente. E em 2001 fui eleito presidente nacional do PCdoB, cargo para o qual fui reconduzido duas vezes.

BLOG DA DILMA: Como você conheceu o presidente Lula?
RENATO RABELO: A primeira vez que estive com Lula foi no Congresso de fundação do PT , em 10 de fevereiro de 1980, em São Paulo. Todavia o meu conhecimento da figura política de Lula -- e inicio de uma profunda amizade política -- se deu a partir da campanha presidencial de 1989, quando então o PCdoB participou de forma destacada do comando da campanha e da elaboração programática.

BLOG DA DILMA: O PCdoB é um importante partido para consolidação da democracia no país. Qual a participação no Governo Lula?
RENATO RABELO: Os programas de governo -- tanto do primeiro mandato de Lula como do atual -- tiveram grande contribuição do PCdoB, que já vinha colaborando nesse sentido desde 1989, na busca do fortalecimento da soberania nacional, ampliação da democracia e do progresso social. O PCdoB foi importante protagonista na construção das frentes políticas que apoiaram Lula em todas as eleições de primeiro e segundo turnos desde 1989. Nós participamos desde o primeiro mandato do presidente Lula do Ministério do Esporte, e também contribuímos nos cargos titulares no primeiro Ministério de Articulação Política, na Agência Nacional de Petróleo e na Agência Nacional de Cinema. Mas além destas responsabilidades, o PCdoB participa com a cessão de técnicos e quadros políticos em diversas outras tarefas governamentais, e no Conselho Político do Governo, no qual sou o representante como presidente do Partido. Mas o Partido não tem apenas representação institucional, está presente em todas as frentes do movimento social brasileiro, no movimento juvenil, estudantil, de mulheres, da luta contra as discriminações raciais e de gênero, da luta em defesa dos direitos indígenas, no movimento sindical e dos trabalhadores, onde luta por suas posições em defesa dos direitos sociais e também dos direitos políticos das massas. O PCdoB está convicto de que, aprofundando o ciclo político aberto por Lula na presidência da República, no transcorrer das primeiras décadas do século XXI, o Brasil reunirá condições para se tornar uma das nações mais fortes e influentes do mundo. Em seu programa recentemente aprovado, o PCdoB tem como rumo o socialismo para o Brasil. O caminho para esse objetivo é a luta pela realização de um novo projeto nacional de desenvolvimento como meio para fazer o país progredir e avançar. O segundo governo Lula começou esboçar esse novo projeto.

BLOG DA DILMA: A mídia conservadora no Brasil diz que o Comunismo morreu. E o Renato o que diz?
RENATO RABELO: O mundo assistiu no ano passado a derrocada dos paradigmas neoliberais, com a crise econômica global desencadeada a partir do centro financeiro dos Estados Unidos. Na realidade trata-se de uma terceira grande crise do capitalismo, e inédita por sua dimensão. O mundo ainda vive os efeitos desastrosos dessa crise que destruiu parcelas significativas de forças produtivas, levou ao desemprego milhões de pessoas e, como solução capitalista, vem concentrando mais ainda o capital e a riqueza. Hoje em dia quem está em dificuldades é o pensamento conservador que pregava o “Fim da História” e a supremacia eterna do capitalismo... Digo que os que defendem este sistema são os ”geriatras” do nosso tempo, enquanto os que pregam o socialismo são ainda “pediatras”. Afinal de contas a experiência de construção de uma sociedade socialista está no começo, dá os seus primeiros passos na história. Uma nova e mais avançada formação política, econômica e social para suplantar a formação vigente, no curso histórico, requer longo tempo de transição e consolidação.

BLOG DA DILMA: Qual a posição do PCdoB na Reforma Agrária e no Meio Ambiente?
RENATO RABELO: O Brasil, com a vasta dimensão territorial que possui, já poderia ter realizado uma ampla reforma agrária como solução para o próprio desenvolvimento do capitalismo e o avanço democrático. Em nosso país o capitalismo se implantou no campo conservando grandes propriedades territoriais, permitindo a existência de áreas de desenvolvimento agrícola de alta produtividade, convivendo com outras muito atrasadas e impedindo a justa distribuição das terras para quem nela queira trabalhar. Diante dessa realidade, a reforma agrária é ainda uma exigência candente porque visa responder a uma demanda democrática fundamental de milhões que querem e podem trabalhar na terra, num país de grande extensão de terras agricultáveis. Pode assim distribuir parcelas de muitas áreas agrícolas e pastoris ainda atrasadas, grandes propriedades de baixa produtividade, terras devolutas, podendo desse modo impulsionar a implantação de vastas áreas de propriedades familiares com acesso ao crédito e a tecnologia, além do espírito cooperativo e de condições para o desenvolvimento agroindustrial. Sobre a questão ambiental nós não nos alinhamos a dois extremos: nem aos chamados santuaristas, que na prática paralisam o desenvolvimento tornando estática a ação da relação homem-natureza, numa concepção que visa congelar os recursos naturais; nem junto à aqueles que agem simplesmente destruindo os elementos essenciais do meio ambiente. Nós defendemos que o uso dos recursos naturais deve ser equilibrado com práticas e com planejamento que levem em conta a sustentabilidade do desenvolvimento nacional. Pensamos que a questão nodal do debate sobre o meio ambiente nas condições do mundo atual está em encontrar as formas novas de energia limpa, renovável, que possam sustentar um desenvolvimento acentuado, sobretudo nos países mais atrasados e em vias de crescimento, que requerem ainda forte impulso desenvolvimentista. O Brasil vai se tornando um exemplo neste sentido. É claro que no nosso caso fica ainda a importante questão de conter o ritmo do desmatamento na Amazônia e nos cerrados do centro-oeste.

BLOG DA DILMA: A Prefeitura Municipal de Olinda e a capital de Sergipe – entre outras cidades -- são governadas pelo PCdoB. Como foi e é a administração Comunista?
RENATO RABELO: Em Olinda, que é uma cidade Patrimônio da Humanidade, o PCdoB procurou formar uma ampla aliança política para governar a cidade, essa tem sido uma marca da nossa administração. Implantou uma administração que pela primeira vez abriu as portas da
Prefeitura aos cidadãos e cidadãs. Nós buscamos ouvir todos os segmentos da cidade, dos moradores das áreas mais pobres aos empresários. Nós buscamos tornar os procedimentos burocráticos mais ágeis e a administração transparente, mas isso foi só o começo. A ex-prefeita Luciana Santos (que atualmente é a vice-presidente nacional do Partido) investiu na recuperação de áreas degradadas, ampliou a atuação social da prefeitura, e construiu equipamentos públicos, especialmente na área da cultura. Hoje o prefeito Renildo Calheiros, nosso ex-líder na Câmara dos Deputados, avança mais, mas com o mesmo objetivo, melhorar a vida das pessoas que moram e vivem em Olinda. Da mesma forma assumimos a prefeitura de Aracaju, após a eleição de Marcelo Déda eleito para governar do Estado. Desenvolvemos o trabalho iniciado por Deda e hoje podemos dizer que a capital de Sergipe é uma das cidades com a melhor qualidade de vida do Brasil, onde o prefeito Edvaldo Nogueira governa com ampla frente política e com a participação ativa da população.

BLOG DA DILMA: Como foi o desempenho da Bancada comunista em 2009?
RENATO RABELO: Nossa bancada é pequena, mas aguerrida e polivalente, tivemos um ano muito bom com nossos parlamentares sendo premiados e tendo seus trabalhos legislativos reconhecidos. Nossos deputados e deputadas defendem os interesses de seus eleitores nos seus respectivos estados, mas defendem também a linha política nacional do Partido, lutando por um novo projeto nacional de desenvolvimento, pelo avanço nos direitos sociais dos trabalhadores e do povo, pela soberania nacional e pela integração continental solidária do país. É proporcionalmente a bancada que mais votou favoravelmente com os projetos do governo Lula, que foram encaminhados ao Congresso. É sempre bom lembrar que proporcionalmente nossa bancada é a que tem o maior número de mulheres entre todos os partidos com representação no Congresso Nacional.

BLOG DA DILMA: Você pode fazer um balanço da economia em 2009?
RENATO RABELO: Terminamos o ano de forma muito positiva, conseguimos ser dos primeiros países em plano mundial a sair da grande crise global. Para isso, foi fundamental a ação do governo em manter os investimentos em infra-estrutura e no campo social, fortalecer o pólo bancário público para sustentar e ampliar o crédito que minguava. Foi possível até criar empregos apostando no consumo interno, diversificando nossa pauta de comércio externo, aumentando nossa capacidade de desenvolvimento autônomo, e lutando para fortalecer o bloco econômico sul americano. Prevê-se já para 2010 um crescimento que pode beirar o 6% do PIB anual. Pensamos que alguns gargalos ainda têm que ser enfrentados (sobrevalorização do Real), necessidade de elevação da taxa de investimentos (21%, 25% do PIB). Também é preciso considerar o redirecionamento para uma política macroeconômica expansiva, tornando possível o Brasil vir a ser a 5ª potência econômica mundial já na próxima década.

BLOG DA DILMA: O portal VERMELHO vem fazendo a diferença na internet. Por quê?
RENATO RABELO: O Portal Vermelho é uma experiência positiva, sob a orientação do PCdoB, tornando-se um espaço de debate da esquerda, que amplia e difunde idéias avançadas e propostas concretas para descortinar novos horizontes ao Brasil.

BLOG DA DILMA: Qual será a atuação do PCdoB numa possível candidatura da Ministra Dilma Rousseff pelo PT?
RENATO RABELO: O ciclo político aberto pela ascensão de Lula à presidência da República não pode ser truncado. O primeiro e o segundo governos de Lula são o começo de um novo projeto democrático, de base popular para o Brasil e de integração solidária do sub-continente, que ainda requer longa caminhada na sua realização. A continuidade desse projeto e do seu aprofundamento requer a união de uma expressiva base política em torno do presidente Lula, sobretudo das forças de esquerda. A sua proposta de candidatura da Ministra Dilma Rousseff para a presidência da República deve merecer de nossa parte a atenção e a consideração devida. Como sempre o PCdoB não confunde os objetivos maiores com interesses imediatos ou particulares, e se empenhará pela vitória da candidatura que resultará da indicação de Lula.

BLOG DA DILMA: Se José Serra ganhar as próximas eleições será um RETROCESSO para o Brasil? Por quê?
RENATO RABELO: Barrar o curso iniciado com Lula na Presidência - expressão de poder de novas forças democráticas e populares --com a volta dos tucanos ao centro do poder nacional, trará um imenso prejuízo na trajetória de construção de um novo Brasil, soberano, democrático e solidário. O projeto político de Serra, em última instância, estará comprometido com forças políticas e sociais que sustentaram o governo inaugurado pelas duas gestões de Fernando Henrique Cardoso na década de 1990. Vem a ser um projeto restritivo ao progresso social e a ampliação da democracia, e a posição dos tucanos na política externa e inserção internacional é de subserviência aos interesses norte americanos e europeus.

BLOG DA DILMA: Sua mensagem final.
RENATO RABELO: Agradeço ao Blog da Dilma por esta possibilidade de troca de idéias e opiniões. Nós certamente vamos nos encontrar e estar juntos na campanha de 2010 na luta em defesa do Brasil e do nosso povo, com a vitória da candidatura indicada pelo presidente Lula.
Acesse: http://www.vermelho.org.br/blogs/blogdorenato/

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pura emoção em Londres - Imperdível!!

Um vídeo que está mais que bombando.
Olha só a idéia dessa empresa de telefonia...
(Beatles sempre Beatles... em qualquer geração!!!)
Uma empresa de telefonia móvel inglesa promoveu essa mobilização na Trafalgar Square, em Londres, reunindo mais de 13 mil pessoas.
A empresa simplesmente mandou um convite pelo celular a todos seus clientes dizendo:
"esteja na Trafalgar Square tal dia, em tal horário". E nada mais foi dito.
Os que foram acharam que iam dançar, como tem acontecido em outras mobilizações desse tipo.
Mas, na hora, distribuíram microfones, muitos, muitos, e muitos mesmo, e fizeram um karaokê gigante, de surpresa!!!
E todo mundo que estava na praça, e os que estavam por ali e que nem sabiam do convite, se juntaram e cantarem juntos.
É de arrepiar. Se você um dia curtiu os Beatles, vai adorar!
Contribuição para o Blog Anselmo Dantas PB



ONU lança relatório mundial sobre situação dos povos indígenas


BY JORNAL DO COMÉRCIO Recife - Pe
A primeira publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação dos povos indígenas no mundo será divulgada nesta quinta (14) simultaneamente em Nova York, Bruxelas, Manila, Canberra, no México, em Moscou, Pretória, Bogotá e no Rio. A publicação, produzida pelo Secretariado do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas das Nações Unidas, mostra dados sobre pobreza, saúde, trabalho, direitos humanos e meio ambiente, entre outros temas.

No Rio, o relatório será apresentado às 11h, no Palácio Itamaraty, por Marcos Terena, articulador dos direitos indígenas do Comitê Intertribal - Memória e Ciência Indígena e membro da Cátedra Indígena Itinerante, e por Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio). Após a apresentação, eles darão entrevista.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Depois de 15 anos da primeira edição do Panorama do Teatro Brasileiro


Grupo TAPA lança PANORAMA DO TEATRO BRASILEIRO - 2º Geração



Em 35 dias serão apresentadas 7 peças da dramaturgia nacional em 41 sessões



Em 2009 o Grupo Tapa completou 30 anos de história. E além de continuar produzindo novas montagens e revisitando seu repertório, também fomenta grupos e artistas que desenvolveram trabalhos próprios a partir de sua vivência no grupo, formando assim uma 2ª geração.



Depois de 15 anos da primeira edição do Panorama do Teatro Brasileiro (projeto vencedor do Grande Prêmio da Critica da Associação Paulista de Críticos de Arte -APCA- em 1995), o grupo retoma a proposta realizando uma mostra com sete peças de grandes nomes da dramaturgia nacional: Artur Azevedo, Jorge Andrade, Mário Viana, Nélson Rodrigues e Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha).



VEJA INFORMAÇÕES COMPLETAS DO PANORAMA EM:



www.panoramatapa.blogspot.com

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Arquiteto Paraibano Anselmo Dantas


Anselmo Dantas recepciona intelectuais e artistas em seu Apto no Manaíra-João Pessoa entre eles:Henrique Schuller, Aldo Ambrózio, João Demilton Sans e Paulo Vasconcelos e oferece jantar no Flash

João Demilton



João Demilton-Paraibano de Campina Grande, comunicador Social, é ator, bailarino coreógrafo, artista plástico e designer de calçados;João é Pai de Bruno Garcia,esteve em J. Pessoa com intelectuais de SP ,Vitória e PE tratando lançamento de documentário-Borra de Café, e de sua sua nova linha de sandálias verão.
Estará em São Paulo em Abril para tratativas de lançamento sua Grife de Calçados.

A PROGRESSO É A EMPRESA DESQUALIFICADA


João Pessoa é um sucesso mas as empresas de ônibus são um absurdo, tivemos decepção na Rodoviária de J.Pessoa, ao ser maltratado e funcionários não treinados da Empresa PROGRESSO, pois desconheciam compra de passagens pela Internet,tivemos que apelar a policia e a ANTT que nada adiantou, tivemos que ligar para Recife para pedir que a matriz informasse aos funcionários.Estes por sua vez, em J Pessoa, por desconhecer diziam que caíramos no Conto do Vigário, finalamente a matriz por nosso celular informou de nossa compra e voltamos ao Recife.A família TUDE, que se cuide, absurdo.Não recomendamos a empresa Auto Viação Progresso.

domingo, 10 de janeiro de 2010

El aula en la era de la educación global

http://www.revistaenie.clarin.com/notas/2010/01/11/_-02115926.htm




El aula en la era de la educación global
Un texto reciente reúne trabajos de autores argentinos y estadounidenses sobre políticas educativas y análisis crítico del discurso.
Por: Ana Prieto

ACIERTO, “Discurso y educación” propone un intercambio académico entre la Argentina y los EE.UU.


Qué hay detrás de una política educativa? ¿Qué transmite una institución escolar o universitaria? ¿Qué planos simbólicos se juegan en una decisión acerca de cómo debe aprender un estudiante y enseñar un docente? ¿Qué juegos de poder componen el medio social y cuáles involucran a la educación? Los discursos sociales y políticos han atravesado el universo educativo desde siempre, y el análisis crítico de tales discursos es una de las herramientas más valiosas a la hora de pensar cómo, para qué y para quiénes se está educando.

En la línea de esos interrogantes, UNSAM Edita acaba de publicar el libro Discurso y educación. Herramientas para el análisis crítico, que la doctora en Educación Mónica Pini compiló y reúne estudios e investigaciones de autores argentinos y norteamericanos en relación a los procesos y políticas educativas y el análisis crítico del discurso. Egresada en Ciencias de la Educación de la UBA, Pini hizo sus estudios de doctorado en la Universidad de Nuevo México. Allí se dio cuenta de que el análisis crítico del discurso aplicado a la educación tiene un lugar destacado en el mundo anglosajón y que los autores que trabajan en esa línea forman un corpus que viene desarrollando metodologías tan diversas como valiosas. Su tesis doctoral, acerca del discurso de las empresas que administran escuelas públicas en Estados Unidos, la acercó a dichos autores y a la inquietud de fundar en Buenos Aires una carrera que pudiera construir un campo de diálogo entre análisis del discurso y educación. Así el área de Educación en Posgrado de la Universidad de San Martín creó la Especialización y Maestría en Educación, Lenguajes y Medios, para reunir a estudiantes y docentes en la tarea de desarrollar una mirada crítica sobre el discurso educativo de cara a los cambios políticos y tecnológicos que se vienen desarrollando en el campo.

El libro Discurso y educación está íntimamente relacionado con los objetivos de la carrera, y es un aporte pedagógico para la comunidad académica de habla hispana, que podrá acceder a trabajos de investigadores estadounidenses que no habían sido traducidos hasta ahora. "La importancia de reunir una serie de trabajos académicos que analizan discurso en educación desde una perspectiva crítica radica en que –hasta donde llega mi conocimiento– no hay libros editados en español que aborden esta relación desde una variedad de perspectivas", comenta Pini. Reconoce, desde luego, la trayectoria de la revista electrónica Discurso y Sociedad, editada por Teun van Dijk, si bien la mayoría de sus trabajos en relación al ámbito educativo se centran en los libros de texto. En el caso de Discurso y educación, el foco del análisis está puesto en cambio en los discursos que subyacen a las prácticas concretas (el día a día de las aulas) y a las políticas educativas que son el marco de esas prácticas.

"La clasificación de los trabajos no fue fácil", cuenta Pini. "Las categorías en las que se agrupan, se cruzan o tienen límites difusos, lo cual se debe en parte a la variedad y riqueza del material obtenido". Y es que los autores que hacen un aporte metodológico, también exponen teorías. A su vez, algunas experiencias de campo dan por sentado su marco conceptual. Estos cruces en ciencias sociales no son extraños, y la compilación, prologada por el especialista en comunicación y educación argentino, Dr. Daniel Prieto Castillo, está dividida en cuatro cuerpos. Perspectivas en análisis del discurso y educación incluye trabajos de Mónica Pini, Rebecca Rogers, Rosa Nidia Buenfil Burgos, James Paul Gee y Jorge M. Gorostiaga. La sección da un panorama de dónde se encuentra hoy el campo del análisis crítico del discurso en educación, su trayectoria en América Latina y Estados Unidos y las ciencias que lo han nutrido históricamente. El segundo cuerpo, Análisis del discurso aplicado al contexto de las políticas educativas incluye textos de Eric Haas y George Lakoff, Sandra Taylor, Gary L. Anderson y Mariana Di Stefano y Cecilia Pereira. Esta sección pone en perspectiva los discursos educativos oficiales en nuestro país y Estados Unidos, y brinda herramientas metodológicas a partir de trabajos de campo.

La tercera parte, Análisis del discurso aplicado al contexto curricular-institucional, cuenta tres experiencias de abordaje crítico en relación a la política de instituciones educativas. Sus autores son Peter Ninnes, Mariana Landau y Ana Isabel Iglesias.

Por último, Análisis del discurso aplicado al contexto de la educación superior, se centra en experiencias, metodologías y estudios del ámbito universitario, con aportes de Norman Fairclough y Ruth Wodak, Gustavo Fischman, Luis Porta y Zelmira Alvarez.

El gran acierto del libro es que los títulos que parten de experiencias en EE.UU. son válidos para los espacios educativos argentinos. Es el caso de "Disciplinando directivos. Discurso, legitimación y educación neoliberal" de Gary Anderson, "Creando el sujeto éticamente incompleto" de Peter Ninnes o "La alfabetización crítica como análisis crítico del discurso" de James Glee. El otro acierto, es que Discurso y educación propone un intercambio académico necesario, en tiempos en que la educación global comparte las mismas crisis y los mismos desafíos.

Piso do professor vale em todo o País

Margarida Azevedo De Cidades/JC

A partir deste mês, 1,5 milhão de professores que lecionam nas escolas públicas da educação básica do Brasil (aproximadamente 92 mil em Pernambuco) deverá receber, no mínimo, R$ 1.024,67, novo valor do piso salarial nacional do magistério, para jornada de 40 horas semanais. O piso foi instituído pela Lei federal 11.738, de julho de 2008. O salário inicial, de R$ 950, sofreu reajuste de 7,86% pelo Ministério da Educação (MEC), em dezembro.

Prefeitos que ainda não pagam esse valor estão correndo para tentar cumprir a legislação. Enquanto o presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, teme que prefeituras tenham que tirar recursos de outras áreas para custear os novos salários, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Antônio Dourado, acredita que com o aumento do repasse de recursos do Fundeb será possível seguir a lei.

Nem o MEC nem a Amupe sabem informar quantos municípios já pagam o piso do magistério. A Frente Parlamentar de Acompanhamento do Piso, instituída na Assembleia Legislativa de Pernambuco, conclui esta semana levantamento no Estado. Para definir o percentual de reajuste, o MEC consultou a Advocacia-Geral da União. Segundo a lei, o aumento deveria levar em conta o custo-aluno do Fundeb (fundo que financia a educação básica). A dúvida era se o cálculo seria sobre o valor projetado para 2010 ou o consolidado de 2009. A AGU considerou o valor de 2009. Até o ano passado, a lei exigia que os governos bancassem pelo menos dois terços dos R$ 950.

“Acho que boa parte das cidades de Pernambuco já paga o piso de R$ 950. É o caso de Lajedo”, afirma Dourado, referindo-se à cidade da qual é prefeito, no Agreste do Estado. “O MEC prometeu aumentar o repasse do Fundeb. Na minha cidade, devo receber este ano R$ 1,5 milhão a mais, comparado com 2009. Passará de R$ 13,5 milhões para R$ 15 milhões”, observa o presidente da Amupe. A preocupação dele é com a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Além do piso, houve aumento do salário mínimo. Não podemos ultrapassar 54% dos gastos com pagamento de salários.”

REPASSE - A estimativa do MEC é repassar, em 2010, R$ 7 bilhões para Estados e municípios, R$ 2 bilhões a mais que no ano passado. “O aporte de recursos da União para o extinto Fundef foi de R$ 500 milhões durante 10 anos de vigência. Este ano, com o Fundeb, é de R$ 7 bilhões. Se multiplicar por 14 ainda não é suficiente para pagar um piso de pouco mais de mil reais, qual é esse valor? Tudo é uma questão de prioridade”, afirma o ministro da Educação, Fernando Haddad, respondendo aos prefeitos que temem não conseguir cumprir a lei por falta de dinheiro.

Apesar de mais verbas, a secretária de Educação de Olinda, Leocádia da Hora, receia comprometer a maior parte do Fundeb com os salários dos docentes. “Em Olinda, pelo menos 80% do Fundeb são investidos no pagamento dos salários dos professores, que já recebem o piso de R$ 950. Teremos em 2010 um acréscimo de cerca de R$ 3,7 milhões no Fundeb. Pode sobrar pouco para investir em outras áreas da educação”, destaca Leocádia, representante regional da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). “Os municípios têm interesse em pagar o piso. É indiscutível a importância dele. A lei prevê que a União vai ajudar quem não tiver como bancar o piso. Mas os critérios ainda não estão definidos.”

Leia matéria completa na edição deste domingo do JC recife pe...Piso do professor vale em todo o País

Com CD novo, Zefirina Bomba faz show em Campina Grande-PB




Com disco novo na bagagem e a boa e surrada viola distorcida, o power-trio Zefirina Bomba faz show para conterrâneos neste sábado, em Campina Grande, na companhia da banda pessoense Madalena Moog e a animação do DJ Mustafá. Os shows rolam no Bronx Bar, a partir das 22h, com ingressos a R$ 5.
O ZB está radicado em São Paulo já há alguns anos. De lá, vão muito ao Sul, onde o circuito para bandas independentes é quente e rentável. “É uma loucura”, depõe Ilsom Barros, vocalista e destruidor de violas distorcidas. “No Sul, o pessoal vai na internet, escuta as músicas e já chega ao show cantando as letras”, narra, com entusiasmo.
Com Guga na bateria e Edy substituindo Martin no baixo (que ficou em São Paulo), além de Ilsom, o Zefirina chega a Campina para mesclar o repertório dos dois álbuns, o festejado Noisecoregroovecocoenvenenado e o novo, Nós Só Precisamos de 20 Minutos para Rachar sua Cabeça, que sai pelo selo do trio paraibano, o Sub Folk, com distribuição da Tamborete, do Rio de Janeiro.
Produzido por Rafael Ramos (que fez discos de Pitty e Cachorro Grande), 20 Minutos... tem 21 faixas... ou melhor, 21 barulhentos ataques sonoros, calcadados em muita distorção, cozinha pesada, letras pungentes e um tempero todo nordestino. “Gravamos esse disco em mono, que era uma vontade antiga do Rafael”, revela Ilsom. “E foi tudo gravado no ‘valendo’. Praticamente todas as faixas foram feitas no primeiro take”, emenda.
O álbum, que vazou na internet antes do lançamento, sai em CD com material multimídia. No bônus, vídeos da banda pelo país, letras de músicas, fotos e registros de ensaios e demos. Mas o CD não saiu como a banda queria. “Há uma falha de fabricação, que é um espaço entre as músicas. A gente queria que fosse tudo junto, sem intervalo, por isso, vai sair uma nova prensagem”, explica Ilsom.
No dia 15, a banda volta a se apresentar em João Pessoa, de graça, na Praça Anternor Navarro, no Centro. (André Cananéa)Jornal da Paraíba
A Zefirina Bomba é uma banda difícil de definir, e esta é a sua maior virtude. Três "malucos" em cima do palco fazendo a apologia da distorção, tirando som de guitarra de um violão, fazendo surf music envenenada e flertando aqui e ali com o punk. A formação é surreal: um violão, baixo e bateria. Mas o estrago que os caras fazem com tais instrumentos é avassalador. Foi o show mais pesado da noite, e, devo confessar, se fosse jurado teria votado neles. O final foi apoteótico: o vocalista Ilson simplesmente destruiu seu violão/guitarra e o arremessou para o público. O jornalismo às vezes serve como um ótimo exercício de humildade e de aprendizado: saí absolutamente surpreso com uma banda da qual não esperava absolutamente nada.

www.reciferock.com.br

Viola "noise", rock and roll e distorção

A paraibana Zefirina Bomba é um trio, com um baixo distorcido, bateria forte e uma “viola noise” eletrificada. São três "malucos" em cima do palco - Ilson (viola), Martin (baixo) e Guga (bateria) - fazendo a apologia da distorção, em uma espécie de “hardcore” alternativo e festeiro. Em sua música, uma estranha mistura de Sonics, Dick Dale, Cascavelletes, Dead Kennedys e Luiz Gonzaga, mais João Cabral de Mello Neto e Glauber Rocha.

Formada em março de 2003, em João Pessoa, a banda Zefirina Bomba foi a grande revelação do Festival MADA, realizado em Natal, maio de 2003. Desde então, por onde o trio tem passado, além da surpresa geral, fica a certeza de tratar-se de uma das melhores bandas da nova geração do rock nordestino e nacional.
www.senhorf.com.br


Vinda de João Pessoa, a Zefirina Bomba mostrou um criativo som. Baixo distorcido, bateria forte e uma viola ensandecida. Difícil rotular a banda, que promete dar o que falar com seu som meio punk, pós-punk, noise com um quê nordestino e o vocalista detonando sua viola no fim do show. Anote o nome deles.

Luciano Matos
Site da MTV

Entre essas novidades paraibanas está também o power-trio Zefirina Bomba. Pós-punk swingado de vocal gritado e uma viola caipira-noise. Quem conferiu a apresentação do grupo no National Garage do ano passado (em Curitiba) sabe como é. Mesmo com problemas técnicos, público reduzido e sendo anunciados como uma banda pernambucana (erro geográfico já comum entre os festivais locais), eles não pararam um minuto sequer no minúsculo palco do 92 Graus. Foi enérgico.
O nome é inspirado em uma lavadeira de Catolé da Rocha (interior da Paraíba e terra de Chico César) que se chamava Zefirina. Ela ganhou o apelido de Bomba por causa das batidas que dava com as roupas molhadas nas pedras do rio. As influências mais explícitas da banda vão de MC5, passam por Tom Zé e chegam em Sly and The Family Stone. Os vocais e a viola ficam por conta de Ilsom, Martim no baixo e Guga na bateria.
Ano passado, eles lançaram uma demo-improvisada, com quatro faixas produzidas em estúdio e a última com mais de dez minutos de captação ao vivo durante uma apresentação. O groove do baixo e as distorções dão o ritmo, e dá para sentir bem a qual é o efeito da bomba. Imagine Jon Spencer Blues Explosion cantando com sotaque nordestino...

Gazeta do Povo (Curitiba-PR)

ZÉ RAMALHO FAZ SHOW EM JOÃO PESSOA E ATRAI


Tambaú ontem recebeu Zé Ramalho num grande de abraço ao seu artista paraibano,lotando ruas, avenidas e inteditando a beira mar.Campina Grande estava em peso.
A música tem sido uma tônica da cidade e de boa qualidade, haja vista a presença no Revellion de Buena Vista Social Clube

sábado, 9 de janeiro de 2010

JOÃO PESSOA PB


A capital do estado da paraiba,que como ARIANO, e ambos sendo paraibanos, não gostamos do nome JP, e só do nome, continua linda, se ampliando em todos os sentidos e, sobretudo, no turismo,mas deixa ainda a desejar com relação a rede de esgoto jogada no mar, uma pena.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

João Pessoa Inova -Livraria e Centro de Cultura ZARINHA-Esquina das Letras


Hermano José, Artista Plástico Paraibano

Interior do Centro parte de Livraria

Fotos by Zarinha

Foto by Zarinha


João Pessoa inova em matéria de livrarias, é o caso da Zarinha-Livraria e Centro de cultura, além de bom acervo,cursos como: de Grego,Português,Redação e Gramática entre outros.A mesma possui selo editorial com obras editadas e produção em hipermídias,alé de cinema com filmes de arte, fora do circuito comercial da cidade, vale a pena conhecer.
veja mais em :http://www.zarinha.com.br/zarinha/index.php

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

María Negroni: "En la literatura fantástica"


María Negroni: "En la literatura fantástica, lo femenino es casi lo único que importa"
La ensayista y poeta argentina, radicada en Nueva York, acaba de publicar Galería Fantástica, donde analiza relatos de Carlos Fuentes, Rosario Ferré, Felisberto Hernández y Cortázar, entre otros, como derivados de la literatura gótica.
Por: CECILIA BOULLOSA. Especial para Ñ.

http://bit.ly/70uMkm
SEMEJANZAS "La literatura gótica y fantástica, como la poesía, no intentan imponer certezas, al contrario, miran el mundo con cautela, asombro, perplejidad", dice Negroni.




No sólo de libros está llena la biblioteca de María Negroni. Aquí y allá, perdidas entre los estantes, hay muñecas antiguas, de esas de caras blanquísimas, ojos fijos y vestidos de organza ("Me encanta todo lo que tiene que ver con la infancia. Si no fuera escritora, sería coleccionista de juguetes). Las muñecas —dobles, miniaturas frías— también llenan muchos de los relatos que componen Galería Fantástica, ganador del VI premio de ensayo de Siglo XXI. En él, Negroni postula a la literatura fantástica latinoamericana como una deriva de la literatura gótica y toma como ejemplo de este vínculo relatos de Carlos Fuentes (Aura y La muñeca reina), Silvina Ocampo (El impostor), Felisberto Hernández (Las hortensias), Julio Cortazar (Las babas del diablo) y Alejandra Pizarnik (La condesa sangrienta), entre otros. A ambas literaturas —la fantástica y la gótica— les atribuye la particularidad de encarnar una formar de resistencia "a las cárceles de la razón y del sentido común" y de construir su "propio arsenal de oposición a la moral soleada (y petrificante) del statu quo".

-¿Cómo surge el proyecto de Galería Fantástica?
-Empieza con la escritura de Museo Negro (1999), mi libro sobre el gótico norteamericano y europeo, en donde analizo textos como Otra vuelta de tuerca, de Henry James, Frankenstein y El retrato de Dorian Grey. Por esa época tenía una especie de radar para detectar los textos que en América Latina tenían características similares. Leí Cagliostro, de Huidobro, Bomarzo, de Manuel Mujica Laínez y me di cuenta de que los cuentos o relatos latinoamericanos tienen muchos elementos del gótico, que es algo que no había pensado antes. Aparecen muchos motivos repetidos. Están los científicos desmesurados, los artistas, el tema del doble, la relación entre el artista y la creación...

-Decís que a Silvina Ocampo le cabe el mérito de haber creado el gótico campero
-¡Claro! En el relato El impostor no hay un castillo en Escocia como aparecería en el gótico, pero sí un chacra en el medio del campo que tiene muchas semejanzas. La casa está en ruinas, llena de filtraciones de agua, hay altillos que guardan los recuerdos de los ancestros, la cajita de música. Podría ser un revival de la casa de Una vuelta de tuerca, de Henry James. Pero además de los motivos repetidos, que aparecen y mucho, lo que verdaderamente me interesa es cierto carácter de resistencia que tienen estas literaturas frente a lo convencional. Ponen todo el tiempo en entredicho, desestabilizan las nociones con las que en general nos acercamos a la realidad, las categorías de tiempo, de espacio, de sujeto. Hay una especie de celebración de un mundo impreciso.

-Es como si el gótico y el fantástico ensancharan el mundo
-No, no lo ensanchan, el mundo es ancho, lo recuerdan. Recuerdan que hay una parte oscura, que no sólo tiene que ver con los vampiros y el terror, sino con el mundo del deseo, el mundo de lo no controlable, de lo no articulable. Un mundo que está todo el tiempo tensando desde abajo, como en el relato de Poe, La caída de la Casa Usher, donde la hermana del protagonista, Lady Madeline, golpea desde abajo, recordando que allí hay algo que está vivo. Generalmente lo que está tensando ahí abajo, lo que está pulsando y latiendo, tiene que ver con lo femenino. No necesariamente con el cuerpo de una mujer, sino con una zona que se le escapa a la palabra, la zona del deseo.

-También decís que es la literatura que más se acerca a la poesía, ¿de qué manera lo hace?

-Se para en el mismo lugar, en el lugar de lo que no se sabe. No hay poesía desde la certeza, es el género que por antonomasia cuestiona los fundamentos de lo real, desde el momento que cuestiona el instrumento mismo del acercamiento a lo real que es la lengua. No es casualidad que Baudelaire, el primer poeta de la modernidad, fuera traductor de Poe, todos los poetas del surrealismo francés admiraban la literatura gótica, Breton se hizo construir un castillo, que llamaba su castillo estrellado. La literatura gótica y fantástica, como la poesía, son conjeturales, tentativas, no intentan imponer certezas, al contrario, miran el mundo con cautela, asombro, perplejidad.

-Los relatos que elegiste también están llenos de jardines

- Pero no son jardines edénicos. Son jardines manchados, los jardines después de que Eva mordió la manzana. Están teñidos de la ambición de conocimiento, siempre hay un castigo latente cuando aparece el deseo de conocer. Los jardines del fantástico están cargados de deseo, muerte, sexualidad, temporalidad.

-En Una cripta para la infancia, el análisis del cuento La muñeca reina, de Carlos Fuentes, decís que en los relatos fantásticos la escritura funciona como un imán, ¿hacia dónde nos arrastra?

-Sí, en muchos relatos aparecen diarios, notas, recortes de diario. Creo que la escritura magnetiza, tiene un conocimiento que nosotros no tenemos. Va más rápido. Cuando uno escribe, escribe cosas que no sabe que sabe. En estos casos, es una escritura que se ha independizado de su productor, que cumple un papel hipnótico. Funciona como una metáfora del deseo, uno camina hacia lo que desea dormido, se va dejando llevar por algo que lo va hipnotizando. La escritura en los relatos fantásticos es como un hilo de Ariadna al revés: no para salir del laberinto, sino para ir hacia el centro de él. El hilo lleva al fondo, a encontrar al Minotauro, no a escaparse de él. Y eso no sólo funciona con el protagonista, sino también con el lector, que en el gótico o en el fantástico también avanza hipnotizado. Hay un manejo de la trama y del suspenso que te lleva como dormido, aparte no nos olvidemos de que en general son mundos nocturnos.

-En el fondo hay un crimen, y casi siempre de origen sexual

-Pero a veces no es un crimen literal. La salida de la infancia es un crimen, la entrada al lenguaje es un crimen. Hay muertos y se mueren partes de nosotros, se censuran partes de nosotros, se suturan, se vuelven tabúes, todos estos son como pequeños crímenes, que quedan abajo en la cripta.

-¿Cuál es el papel que juega lo femenino?

-Yo pienso que cuando algo está ausente, en realidad está hiperpresente. Cuando vos vas al castillo de Drácula no hay una sola mujer, es él con él, pero luego viaja en barcos que se llaman Demeter y Ceres, las diosas de la fertilidad, viaja por el agua. El principio femenino está híperpresente en estos relatos. Cuando digo principio femenino digo lo que no se entiende, el cuerpo, el paso del tiempo, los cambios, el fluir de la vida, los ciclos, la muerte. Creo que en el gótico y el fantástico es casi lo único que importa, lo más interesante.