REDES

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Expansão de universidades amplia déficit de doutores

SERÁ, , SERÁ, AH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (grifo MEU)



A expansão das universidades públicas promovida pelo governo federal aprofundou um antigo problema das instituições: a dificuldade de se contratar professores com doutorado. A carência é maior nas Regiões Norte e Centro-Oeste. Apenas neste ano, as federais de Rondônia (Unir), Pará (UFPA) e Amazonas (Ufam) tiveram de reabrir concursos públicos para docentes por falta de inscritos qualificados.

Não há dados nacionais sobre o tamanho do déficit de doutores e mestres, mas, para suprir a demanda, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) lançou em dezembro de 2008 um plano de estímulo a novos programas de pós-graduação.

Uma comissão com representantes dos Ministérios da Educação (MEC), do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia foi formada em julho de 2009 para implantar o PAPG (Programa de Apoio à Pós-Graduação), mas, até agora, poucas ações concretas foram tomadas.

"Por causa do Reuni (programa do governo federal de expansão das universidades, lançado em 2003) foram abertas entre 10 mil e 12 mil vagas para professores. E nós queremos que todos sejam doutores", afirmou Ana Deyse Dorea, vice-presidente da Andifes. "O País não estava preparado e, em especial, os câmpus localizados no interior têm enfrentado dificuldades para preencher todas as vagas com doutores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

USP ameaça multar grevista que fizer piquete no campus

USP ameaça multar grevista que fizer piquete no campus
BY FOLHA DE SP
Sob a ameaça de multa da reitoria, funcionários da USP (Universidade de São Paulo) devem entrar em greve a partir de hoje. Os servidores reivindicam aumento salarial de 16% mais R$ 200 e o repasse de 6% dado aos professores da instituição em fevereiro deste ano.

A paralisação deve afetar serviços como o ônibus circular, o restaurante universitário, laboratórios, museus, bibliotecas e setores administrativos.

A reitoria diz ter obtido uma liminar na Justiça que fixa multa de R$ 1.000 por dia, caso o movimento cause transtornos -como colocação de piquetes e bloqueios de acesso-, e afirma que não haverá o pagamento dos dias não trabalhados.

O diretor de base do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho, disse que a liminar não enfraquece o movimento e que o início da greve está mantido.

"Não estamos intimidados com essas ameaças. Nos últimos anos, essa coisa de liminar e multa é comum. Amanhã [hoje], na primeira hora da greve, vamos votar o cerco do prédio da reitoria e o fechamento dos outros prédios", afirmou.

De acordo com ele, os piquetes são feitos para não distinguir os funcionários que entraram em greve e os que não entraram e evitar perseguições.

"Com o prédio fechado, não é possível descontar do salário pelo ponto e evitamos que os funcionários sejam ameaçados e perseguidos. Essas ameaças nunca intimidaram os trabalhadores", disse o diretor.

Procurada pela reportagem da Folha, a reitoria da USP não quis comentar as declarações.

Segundo a instituição, as reivindicações ainda não foram avaliadas, o que deve começar a ocorrer no encontro entre os reitores e os dirigentes dos sindicatos de professores e servidores das universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) no dia 11. A greve foi aprovada no fim de abril.

No ano passado, uma greve iniciada por funcionários da USP, também em 5 de maio, ganhou a adesão de professores e estudantes um mês depois, após a Polícia Militar ter sido chamada pela então reitora, Suely Vilela, para impedir piquetes dos servidores em prédios como a reitoria.

A greve durou 57 dias e foi marcada por um conflito que deixou ao menos dez feridos entre a Força Tática da Polícia Militar, de um lado, e estudantes e funcionários, do outro.

A paralisação terminou em 22 de junho sem que as principais reivindicações da categoria fossem atendidas.

(Folha de S.Paulo)

terça-feira, 4 de maio de 2010

36 softwares públicos estão disponíveis na web



36 softwares públicos estão disponíveis na web


Já imaginou criar um software e, após meses de trabalho, disponibilizá-lo na internet para que qualquer pessoa interessada possa testá-lo e aprimorá-lo? Essa é a proposta do Portal do Software Público Brasileiro.

Contando com cerca de 70 mil pessoas, o portal se mantém há 3 anos e possui 36 ferramentas completamente gratuitas disponíveis a qualquer pessoa que queira testá-las e sugerir melhorias.

Entre os usuários do portal há pequenas e grandes empresas privadas, órgãos do governo e até mesmo igrejas.

O primeiro software a chegar ao portal foi o Cacic, desenvolvido por técnicos da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) para gerar inventários. O mesmo tipo de software na época (2004) custaria em torno de R$ 3 milhões. Em 2005, o software foi colocado na internet.

Os softwares públicos disponíveis seguem os mais diversos ramos. É possível encontrar desde softwares para gestão escolar, como o i-Educar, até auxílio à área médica, como é o caso do Invesalius, que transforma imagens de tomografia e ressonância em conteúdo com profundidade 3D.

Gostou da novidade? Para participar como colaborador, basta preencher o cadastro em "Prestadores de Serviço". Porém, se sua pretenção é disponibilizar um software, saiba que antes será necessário registrar o software como livre no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

segunda-feira, 3 de maio de 2010

American way

Gianni Carta, de Londres




O debate televisivo é outro sinal da americanização da política britânica


O diretor e professor de jornalismo on-line na City University de Londres, Chris Brauer, acredita que estas podem ser as últimas eleições gerais dominadas pela velha mídia.

CartaCapital: Alguns observadores previam que esta eleição seria dominada pela nova mídia, mas
a televisão e os jornais tiveram o impacto mais significativo no público...
Chris Brauer: Foi uma previsão prematura. Mas a mídia on-line vai predominar na próxima eleição. No atual pleito, os debates na tevê surtiram o maior impacto. Em grande parte, isso deveu-se ao fato de esses terem sido os primeiros debates televisados entre líderes de partidos políticos antes de uma eleição geral. O Reino Unido está chegando incrivelmente atrasado a esse formato. No ano passado, houve debates televisados em eleições no Irã, no Afeganistão e na Mongólia. Ao mesmo tempo, os diários, que têm perdido leitores e anunciantes, também voltaram a influenciar um maior número de leitores.

CC: Concorda que televisão é ainda a única tecnologia para alcançar tantas pessoas num único dia?
CB: No Reino Unido, o acesso à tevê e à internet é muito semelhante. Da população, 80% tem acesso à banda larga de alta velocidade.

CC: Então, por que blogs, o Twitter e as redes sociais não se tornaram uma plataforma política crucial, como na última eleição nos Estados Unidos?
CB: O acesso on-line permanece a plataforma-chave para quem tem menos de 35 anos. Algumas estatísticas em relação ao número de tweets durante os debates são fenomenais. Mas sabemos que a maioria vem de uma limitada fatia altamente politizada da população. O efeito viral social ocorrido nos EUA foi aplicado aqui em diferentes áreas, algumas mais bem-sucedidos do que outras. Mas, claro, nenhuma provocou aqui um efeito semelhante ao fenômeno Obama. Fundamental é envolver o público. Para envolver o eleitorado, você precisa de uma marca. Obama é como um rock star.

CC: Estamos rumando para uma americanização do reinado, segundo a qual a personalidade do candidato vale ouro?
CB: A americanização da política britânica começou com Tony Blair. O ex-premier introduziu os spin doctors (estrategistas marqueteiros que por vezes distorcem a notícia em favor de seus clientes). Alistair Campbell (jornalista) tornou-se a voz mais poderosa do governo anterior. Os debates de televisão são somente parte desse processo.

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sábado, 1 de maio de 2010

Campina Grande, a cidade dos inventores

Borborema cria produtos úteis e exporta para o resto do país

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Ronaldo Pedro (foto), da empresa Mastec Informática, e Joaquim Neto são inventores do aterramento sem fio Foto: Xico Morais/DB/D.A Press

O campinense Joaquim Neto é um bom exemplo da capacidade das pessoas em transformar elementos naturais em instrumentos úteis para a humanidade. Na década de 80, ele inventou o bloqueador para telefone fixo. O invento fez bastante sucesso na época e só foi superado pelo avanço tecnológico. Também foi ele quem criou as capinhas para CD em TNT, com a qual os paraibanos já estão totalmente familiarizados. Elas protegem os CDs contra arranhões e rendem a seu inventor uma renda em torno de R$ 2 mil por mês. O invento, simples, mas extremamente útil, tem uma produção diária de 500 unidades e é comercializado em outros estados brasileiros. Ele é um dos inventores que fazem de Campina Grande um celeiro criação de produtos para o resto do país.

Um dos inventos que mais orgulha Joaquim é o aterramento eletrônico, que ele desenvolveu juntamente com Ronaldo Pedro, da empresa Mastec Informática. Trata-se de uma peça, como um adaptador, que substitui o fio terra para computadores.

Segundo Joaquim, o aterramento eletrônico é mais barato e mais prático que o fio terra, mas tem a mesma eficiência. "Ele evita todo o trabalho de instalação de fios nas residências e escritórios, que eleva os custos, inclusive, da mão de obra de instalação, e protege o equipamento contra danos por problemas elétricos, fazendo a correta polarização dos equipamentos que precisam da funcionalidade do fio terra", explica.

Essa tecnologia, totalmente campinense, já está sendo usada em praticamente todo o país e outra vantagem dela é a possibilidade de usar a peça em vários pontos de um ambiente, já que o adaptador é portátil. "Usando o fio terra, ele fica fixo no ponto onde foi instalado e para usar o computador é necessário plugar o equipamento nesse ponto fixo. Já o aterramento eletrônico permite que o computador seja ligado em qualquer outra tomada do ambiente, utilizando o adaptador, porque a peça é que vai fazer todo o trabalho como se fosse um fio terra", ressalta Ronaldo Pedro.

As universidades também são um berço de inventores. A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), por exemplo, se destaca nesse cenário. Da instituição já surgiram criações como a máquina para reciclar cartuchos jato de tinta, de autoria de Luciano Piquet; o taxímetro eletrônico digital, patenteado pela professora Fátima Vieira; o display monociclo móvel, de Marconi Coutinho de Oliveira.

Outra criação oriunda da universidade que já ganhou destaque em concursos de inovações foi a mesa portátil para notebook, de autoria da professora Luize Brasilino, em parceria com os professores Herbert Rocha e Itamar Ferreira. A criação, já patenteada, em breve entrará em fase de negociação para produção em série. O invento proporciona mais conforto para o usuário do laptop, melhor ângulo de visibilidade, evita dores lombares, facilita a digitação e é de fácil manuseio.

Segundo Eudes Fernandes, responsável pelo setor de patentes da UFCG, a importância das invenções está nos conhecimentos adquiridos pela sociedade e na forma como uma criação pode facilitar a vida das pessoas. Para ele, a partir de um invento o cotidiano das pessoas pode ser modificado para melhor, desde os aspectos estruturais até as questões de saúde.

Em Campina Grande, existem cerca de 50 inventores detentores de criações industriais. Viver exclusivamente das invenções ainda é um sonho, como explica Eudes Fernandes. "Aqui na cidade, a exemplo do que acontece em todo o Brasil, não há a cultura de proteger as criações. Isso impede que o inventor se dedique somente a pensar novas criações, exceto quando se consegue criar algo de forte apelo popular, o que garante algum retorno financeiro mais significativo", diz.

Fonte: www.diariodaborborema.com.br