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quarta-feira, 28 de julho de 2010

A bolha midiática e social

RETIRADO DO INSTITUO HUMANITAS UNISINOS RGS -CLIQUE NO TÍTULO VÁ AO ORIGINAL
A bolha midiática e social


A "inflação de relacionamentos" é quando "você tem muito mais relacionamentos – mas, na realidade, poucos, se é que há, são realmente valiosos. Assim como a inflação da moeda deprecia o dinheiro, a inflação social degrada os relacionamentos."

A análise é de Umair Haque, diretor do Havas Media Lab e fundador da Bubblegeneration, uma agência de consultoria para estratégia e inovação. O artigo foi publicado em seu blog na página da revista Harvard Business Review, 23-03-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Eu gostaria de propor uma hipótese: apesar de toda a empolgação em torno das mídias sociais, a Internet não está nos conectando tanto quanto nós pensamos que ela esteja. Ela é, em grande parte, o lar para conexões fracas e artificiais, o que eu chamo de relacionamentos tênues [thin relationships].

Durante a bolha do subprime, os bancos e os corretores venderam uma dívida ruim atrás da outra – dívidas que não poderiam ser transformadas em boas. Hoje, as mídias "sociais" estão fazendo trocas em conexões de baixa qualidade – ligações que provavelmente não vão produzir relacionamentos significativos e duradouros.

Chamemos isso de inflação de relacionamentos. Nominalmente, você tem muito mais relacionamentos – mas, na realidade, poucos – se é que existem – são realmente valiosos. Assim como a inflação da moeda deprecia o dinheiro, a inflação social degrada os relacionamentos. A própria palavra "relacionamento" está sendo banalizada. Ela costumava designar alguém com quem você podia contar. Hoje, ela significa alguém com quem você pode trocar bits.

Os relacionamentos tênues são a ilusão dos relacionamentos reais. Os relacionamentos reais são padrões de investimento mútuo. Eu invisto em você, você investe em mim. Pais, filhos, esposos – todos são investimentos de múltiplos dígitos, de tempo, de dinheiro, de conhecimento e de atenção. Os "relacionamentos" no centro da bolha social não são reais, porque eles não estão marcados pelo investimento mútuo. No máximo, estão marcados por um pequeno pedaço de informação ou de atenção aqui ou ali.

Aqui está o que dá apoio à minha hipótese.

Confiança. Se tomarmos a mídia social em seu valor nominal, o número de amigos no mundo cresceu em 100%. Mas temos visto um aumento conjunto de confiança? Eu diria que não. Agora, talvez, levará tempo para que os ganhos sejam visivelmente percebidos. Mas as redes sociais já existem há meia década, e a sociedade parece ter melhorado em pouca coisa.

Perda de poder. Se as ferramentas sociais criam ganhos econômicos reais, nós esperamos ver um efeito de substituição. Elas substituem – desintermediam – os "gatekeepers" de ontem. No entanto, cada vez mais, elas estão dando poder aos "gatekeepers". Suas redes sociais favoritas não estão desintermediando agências de relações públicas, recrutadores e outros tipos de corretores. Elas estão criando legiões de novos. A própria Internet não está tirando o poder do governo dando voz aos tradicionais sem voz. Ela está dando poder aos Estados autoritários para limitar e enquadrar a liberdade pela redução radical dos custos de vigilância e coação. Assim como os relacionamentos diretos e imediados.

Ódio. Existe uma velha metáfora: a Internet funciona no amor. Da mesma forma, porém, ela está cheia de ódio: reações impulsivas e irracionais contra a pessoa, o lugar ou a coisa mais próxima que seja só um pouco diferente. Você leu as seções de comentários online de qualquer jornal ultimamente? Normalmente, eles são poças gigantes de bílis e veneno. Veja estes e-mails a Floyd Norris. Longe de alimentar uma conversa significativa, a "web social" de hoje é um mundo cheio de equivalentes linguísticos aos tiroteios motorizados.

Exclusão. O ódio acontece, pelo menos em parte, por causa da homofilia: pássaros do mesmo bando voam juntos. O resultado é que as pessoas se auto-organizam em grupos de gostos iguais. Mas raramente as brechas entre as diferenças são superáveis. No entanto, é aí que as relações mais valiosas começam. Ser "amigo" de 1.000 pessoas que também são obcecadas por modelos de óculos da década de 60 não é amizade – é apenas um único e solitário interesse compartilhado.

Valor. A prova final está nos fatos. Se os "relacionamentos" criados na Internet de hoje fossem importantes, talvez as pessoas (ou os anunciantes) pagariam pela oportunidade de participar neles. No entanto, poucos, se é que há, fazem isso – em qualquer lugar, desde sempre. Pelo contrário, pelo fato desses "relacionamentos" não serem valiosos, as empresas – diz-se – são forçadas a testá-los e a rentabilizá-los de forma extractiva e eticamente questionável. Isso porque não há nenhum "lá" lá. Eu posso trocar bits com pseudoestranhos em um número qualquer de sites. "Amigos" como esses são uma mercadoria [commodity] – e não um bem valioso e único.

Quais são os preços a serem pagos pela inflação de relacionamentos? Três tipos de câncer que corroem a vitalidade da web de hoje. Em primeiro lugar, a atenção não é alocada de forma eficiente, as pessoas descobrem menos o que elas valorizam do que aquilo que todo mundo gosta. Segundo, as pessoas investem em conteúdo de baixa qualidade. O Farmville [aplicativo que simula uma fazenda online, em que o fazendeiro é o usuário do Facebook] não é exatamente [o filme] "Casablanca". O terceiro ponto e mais prejudicial é o enfraquecimento contínuo da Internet como força do bem. Não apenas o Farmville não é "Casablanca", mas ele também não é o Kiva [rede online de microcréditos]. Um dos exemplos seminais da promessa das mídias sociais, o Kiva distribui microcréditos de forma mais significativa. Em contraste, o Farmville é em grande parte socialmente inútil. Ele não favorece as crianças de forma tangível. Ele apenas favorece os anunciantes.

Vamos resumir. Do lado da demanda, a inflação de relacionamentos cria efeitos de concursos de beleza, nos quais, assim como cada juiz vota na concorrente que eles pensam que os outros irão gostar mais, as pessoas transmitem o que elas pensam que os outros querem. Do lado da oferta, a inflação de relacionamentos cria efeitos de concursos de popularidade, nos quais as pessoas (e os artistas) lutam para chamar a atenção de forma imediata e visceral – em vez de fazer coisas impressionantes.

O social não tem a ver com concursos de beleza e concursos de popularidade. Eles são uma distorção, uma caricatura da coisa real. O social tem a ver com confiança, conexão e comunidade. Isso é o que menos há na paisagem midiática de hoje, apesar de todo o frisson ao redor das mídias sociais. A promessa da Internet não era meramente inflacionar os relacionamentos, sem acrescentar profundidade, ressonância e significado. Era de fundamentalmente religar as pessoas, comunidades, sociedade civil, empresas e Estado – através de relacionamentos mais espessos, mais fortes e mais significativos. É aí onde se encontra o futuro da mídia.

Agora, isso é apenas uma hipótese. Sinta-se livre para discordar de mim, me desafiar – ou para ampliá-la e elaborá-la. Da próxima vez, vou discutir o que podemos fazer com relação a isso.

trailer uma noite em 67

terça-feira, 27 de julho de 2010

A PELE DA CIDADE


Andar, por rodas ou com os pés-calçados é caminhar sobre a cidade e sua pele, hoje vestida, calcificada por concretos e outros materias.Perdemos a cada dia seus pelos, suas arvores, senão, suas veias, artérias, e assim andamos por este deserto povoado de seres e objetos, que agora designam , identificam a cidade.Não mais a conhecemos por suas artérias, veias , sua vegetação.
Fomos educados a apanhá-la assim,a respirá-la assim, com um torpor de gases, calores, chuvas de pó, não mais da areia, granito, mas de gases híbridos, que sustentam nossa doce ilusão do mais fácil e moderno.
A pele da cidade, quando sobretudo não tem água a amostra não mais denuncia seu olor, seus sais, senão ao chover, e quando chove compensa o fechamento de suas artérias, e nos irritamos.
Somos também, verdadeiros franksteins que de óçulos , obturações e próteses acompanhamos este festim diabólizado da tecnologia .
Aonde vamos?
Já não sabemos?
Nossa visão já não e larga e horizontal, tampouco vertical.
Nosso tato é pouco, nossa audição já nao escuta.
Perdemos nosso pulso, nossa pele e estamos em estado de cegueira total, disto Saramago nos alertou,mas hoje está sob a terra .
Paulo Vasconcelos

O FADO NASCEU NO BRASIL, PÁ!

por santhaela


CEPE


POR HOMERO FONSECA RECIFE PE- CLIQUE NO TÍTULO E VÁ DIRETO AO ORIGNAL- EU RECOMENDO É MEU CONTERRÂNEO



HOMERO FONSECA
Quando eu estava pesquisando para escrever a nota “O frevo que não é frevo” deparei-me com uma informação curiosa: a possibilidade de o fado estar entre os componentes da origem dos blocos e das marchas-de-bloco (que Nélson Ferreira batizou, por imposições da discografia comercial, de frevo-de-bloco). E, ao final da pesquisa, veio-me a surpresa maior: o próprio fado, música nacional portuguesa, definidor da própria identidade lusitana, não nasceu em Portugal, mas... no Brasil!
Vamos por partes.
Quando eu era editor da revista Continente, publicamos, na edição nº 50, de fevereiro de 2005), o artigo “Frevo e fado: uma saudade só”, de autoria do escritor português António de Campos, em que ele destrincha, com abundantes informações, a influência do fado nos blocos e marchas-de-bloco do Carnaval do Recife. Ele começa citando a temática comum aos dois gêneros musicais, a saudade. Depois, informa que, em 1888, no Recife, surgiu o Clube Carnavalesco Canna Verde, dança folclórica do Minho, donde boa parte da colônia portuguesa procedia, apontando a agremiação como “o mais antigo ancestral do bloco carnavalesco misto” (que somente apareceria com as feições nos anos 20 do século XX, com o Batutas da Boa Vista), que se apresentava cantando fados. Outros grupos do mesmo gênero desfilavam no Recife, como Os Fadistas, Imigrantes Portugueses, Bairrinos Portugueses e o Canna Roxa.
Finaliza Campos:
“Com toda essa efervescência do começo do século, com “fados de arrebatar” cantados por portugueses acompanhados por crioulas orquestras de pau-e-corda; Saudade de Portugal em Pernambuco anulada de pandeiro na mão; jornais carnavalescos publicando poemas onde o eu lírico do poeta se confunde com o fado e clubes desfilando em pleno centro do Recife vestidos à moda dos ranchos portugueses e dos grupos de desfilantes das juninas marchas populares lisboetas, nada seria mais justo do que admitir que tal burburinho de vida deitou raízes e frutos, deixou no modo de trajar dos blocos de Carnaval de Pernambuco e, fundamentalmente, no modo próprio de se compor frevos para aqueles blocos – uma Saudade sabendo a Portugal.”
Em Vitória de Santo Antão, cidade próxima ao Recife, de colonização açoriana, os clubes de fados estavam no auge na década de 1920, havendo ainda hoje um remanescente ativo: o Clube de Fados Taboquinhas, fundado em 1924. Como os atuais blocos líricos, esses grupos portavam um flabelo (espécie de estandarte retangular de madeira) e desfilavam protegidos por cordões.
A jornalista e pesquisadora Maria Alice Amorim (“O avesso e o plural na folia”, in: Jadir de Morais Pessoa: Aprender e ensinar nas festas populares) relata que o Taboquinhas, provavelmente derivado do Caninha Verde, ganhou esse nome por conta das taboquinhas (espécie de bambu) pintadas de verde, de cerca de 1,5m de comprimento, que os desfilantes carregam, batendo-as no chão para marcar o ritmo. Maria Alice conclui, enfaticamente: “E a música tem evidente vinculação com o frevo-de-bloco, inclusive pela presença de instrumentos de pau e corda: violino, rabeca, cavaquinho, violão, atabaque, pandeiro. As coreografias consistem em evoluções no cordão.” Evidenciado, portanto, o parentesco mais próximo da marcha-de-bloco com o fado do que com o frevo, vamos à segunda parte.
E o fado, de onde veio?

O FADO NASCEU NO BRASIL, PÁ!

Para minha surpresa, no decorrer da pesquisa, encontro a constatação de que a origem do fado estaria no Brasil.
Mário Souto Maior, folclorista pernambucano já falecido, afirma em seu “Dicionário de Folclore para Estudantes” (http://www.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dic_f.htm): "O fado é uma canção popular portuguesa, mas de origem brasileira. Quando a corte portuguesa se estabeleceu no Brasil, em 1808, os nobres gostaram muito do lundu brasileiro. De volta a Portugal, os nobres e músicos lusitanos deram ao lundu, com algumas modificações, o nome de fado, como é conhecido hoje.”
A tese é defendida por ninguém menos que Cầmara Cascudo, em entrevista à revista Manchete (nº 619, de 29/02/1964):
“Veja você se não é curioso: o desafio, que é português, vem pro Brasil e se torna popular, e o fado, que é eminentemente brasileiro, se torna canção nacional em Portugal. Os portugueses que voltaram com D. João VI é que levaram o fado.”
E Mário de Andrade foi mais longe, em sua “Pequena História da Música”, esclarecendo que, nascendo no Brasil, a partir do lundu de origem africana, o fado foi levado para Portugal por marinheiros, sendo introduzido pouco a pouco nos bairros típicos da cidade de Lisboa.

Mas o que dizem os patrícios a respeito?
O mais comum é proclamar-se serem desconhecidas as verdadeiras origens do fado, mas a própria Enciclopédia Luso-Brasileira reconhece a origem brasileira do ritmo nacional português. Discute-se se o fado chegou via marinheiros ou estudantes, assim como as influências da cultura árabe e das canções medievais. Possivelmente, tendo como matriz o lundu, a canção surgida no Rio de Janeiro incorporou em Portugal aqueles outros elementos, até tomar a configuração atual, marcada pelo lirismo, pelo sentimento da saudade, pelo canto vocal e forte participação da guitarra portuguesa.
Se foi levado a Portugal pela corte portuguesa retornada, por estudantes brasileiros em Lisboa ou por marinheiros saudosos – é objeto de controvérsias, mas a origem brasileira parece patente, com as misturas que, em Lisboa e Coimbra, lhes foram acrescentadas, dando-lhe o tempero especificamente lusitano e regional.
O musicólogo norte-americano Joe Bendel (professor da NYU) refere-se ao fado como produto de um fenômeno denonimado “reverse cultural colonialism” (colonialismo cultural reverso):
“In what might be called reverse cultural colonialism, many musicologists consider the Brazilian fado a product of Brazilian popular musical forms, re-imported back into Portugal, where it perhaps mixed with lingering Moorish influences. The traditional fado is often described with terms of wistful longing, telling stories of love and loss among the Portuguese working class.” Que traduzo mais ou menos assim: “No que talvez possa ser chamado “colonialismo cultural reverso', muitos musicólogos consideram o fado resultado de formas musicais brasileiras, re-importado para Portugal, onde talvez tenha se misturado à longa influência mourisca. O fado tradicional é frequentemente descrito com termos como melancolia e saudade, contando histórias de amor e perda entre a classe trabalhadora portuguesa.”
Portanto, se a marcha-de-bloco (elemento tão forte da identidade pernambucana) veio do fado (elemento definidor por excelência do caráter lusitano), este, em última instância, seria oriundo do banzo africano (musicalmente expresso no lundu).
Esses são os sinuosos caminhos do hibridismo cultural.
E viva a marcha-de-bloco, viva o fado e viva o lundu!

Veja excelente resumo das discussões do lado de lá do Atlântico sobre as origens do fado no saite:


http://74.125.93.132/search?q=cache:NSGBKkoepNkJ:www.samba-choro.com.br/s-c/tribuna/samba-choro.0004/0258.html+hist%C3%B3ria+do+fado&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

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Paulo Vasconcelos

sábado, 24 de julho de 2010

Nara Leão a musa dos Trópicos' de Cássio Cavalcante EU RECOMENDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




O livro 'Nara Leão a musa dos Trópicos' de Cássio Cavalcante foi lançado em João Pessoa no dia 30, às 19h, no Zarinha Centro de Cultura, em Tambaú. Nara Leão mais que uma cantora, foi uma das personagens do Brasil mais importante na época em que viveu.
Musa da Bossa Nova, o apartamento de seus pais foi um dos berços do movimento musical que ganhou o mundo. O primeiro disco foi uma surpresa, resgatou o samba de morro quando se esperava o amor, o sorriso e a flor.
Foi porta voz de toda população intelectual do país após o golpe militar de 1964, no Show de protesto 'Opinião' ao lado de Zé Kety e João do Vale. Quando todos estavam protestando cantou com o Brasil 'A Banda'.
Lançou talentos como Chico Buarque de Holanda e Edu Lobo. Apoiou artista no inicio da carreira como Martinho da Vila e Fagner.
Foi à primeira cantora consagrada que deu apoio ao movimento música tropicalismo, foi simpática a Jovem guarda. Também foi a primeira a gravar um disco só de músicas de Roberto e Erasmo Carlos. Ainda foi o primeiro artista brasileiro a gravar no sistema de compact disc, o CD. Não aderia a modas, as fazia. O Texto na orelha do livro é do cineasta Cacá Diegues.
O Autor - Cássio Murilo Coelho Cavalcante, administrador, cearense, nascido em Fortaleza, casado. Adepto a oficina literária do escritor Raimundo Carrero desde 2003. Teve inicio na literatura como contista. Tem contos publicados em antologias como nos cinco números de 'Contos de Oficina', organizados por Raimundo Carrero e Antologia das Águas.
Organizou e participou do livro os 'Mistérios de Cada Um'. Publicou ainda na revista Caruaru Hoje e nos Jornais Gazeta do Escritor e Gazeta Nossa. Nesse último se tornou colaborador com a coluna Bate-papo Literal onde entrevista os principais nomes que fazem a literatura pernambucana.
Já passaram pela coluna, Raimundo Carrero, Abelardo da Hora, Marcus Aciolly, Fátima Quintas e Luzilá Gonçalves entre outros. Lança em março deste ano o livro Nara Leão A Musa dos Trópicos, uma biografia da cantora. Secretário Geral da UBE – PE, União Brasileira dos Escritores Secção pernambucana. Coordena dois projetos da UBE, Ficção em Pernambuco na livraria Saraiva e A Cultura e a Arte em Pernambuco, na livraria Cultura.

CONTINENTE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


EU RECOMENDO CURTAM UMA REVISTA 'SERIA, BACANA, DE BRASILEIROS PARA O BRASIL E MUNDO.
LEIAM SOBRE-DOCE BRASIL HOLANDÊS- MONICA SCHMIEDT-
ENTENDA QUEM SÃO OS WANDERLEY(S) VAN DER LEY
CLIQUE NO TÍTULO E VÁ A MATÉRIA NO ORIGINAL-ASSISTA PRÉVIA DO DOC

ADEUS A PAULO MOURA

A emocionante despedida de Paulo Moura
Olá, amigos

Essa semana, o incomparável Paulo Moura nos deixou. Mas dois dias antes, os seus grandes amigos músicos maravilhosos como ele fizeram uma singela e emocionante despedida na varanda da clínica onde ele se encontrava internado.

Mesmo sem forças, ele fez questão de se juntar aos músicos e tocar pela última vez a música "Doce de Coco" de Jacob do Bandolim, acompanhado ao piano por Wagner Tiso.

Uma bela despedida. É difícil não se emocionar. Viva Paulo Moura e vivam para sempre os grandes músicos da música brasileira.

http://blogdodenilsonsantos.blogspot.com/2010/07/emocionante-despedida-de-paulo-moura.html

segunda-feira, 19 de julho de 2010

EUA impedem Cuba de comprar remédios contra o câncer

EUA impedem Cuba de comprar remédios contra o câncer
em 13/07/2010 (38 leituras)
Várias personalidades importantes da Revolução Cubana participaram da XVIII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, entre elas Juan Carlos Machado, diretor do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap) e um dos responsáveis pelas brigadas de trabalho voluntário em Cuba. Em entrevista a A Verdade, ele fala sobre os 50 anos que o Icap completa este ano, das brigadas de trabalho voluntário e do movimento de solidariedade a Cuba no Brasil e no mundo.



A Verdade – Qual o trabalho do Icap?
Juan Carlos Machado – O Icap é continuação do processo revolucionário cubano; Foi uma das primeiras medidas adotadas pela revolução para criar um elo, entre povo e povo, que pudesse significar solidariedade e amizade com Cuba, que ficou muito tempo separada do mundo. Isso aconteceu porque Cuba era um país que fizera uma revolução na América Latina e no Caribe – e o imperialismo e o capitalismo romperam todo tipo de relação conosco, exceto o México, o único que conosco manteve relações diplomáticas. Então, para poder mostrar os resultados do que viria a ser a revolução, o governo revolucionário criou o Instituto Cubano de Amizade com os Povos, a fim de que os amigos de Cuba que quisessem conhecer a realidade do nosso país, pudessem ir lá vê-la e difundi-la em seus países. Hoje estamos cercados, do mesmo modo que estávamos no primeiro dia. Assim, se não tivéssemos criado o Icap em dezembro de 1960, hoje teríamos de criá-lo. O bloqueio, a desinformação, a calúnia contra Cuba, os cinco presos provam isso.

A Verdade – Como se estrutura o Icap?
Juan - O Icap tem uma direção em Cuba, uma presidência do Instituto, e, além disso, tem diferentes funcionários que atendem à Europa, América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e América do Norte (incluindo Porto Rico, Canadá e Estados Unidos). Cuidamos, entre outras coisas, da migração cubana ao exterior e do acampamento internacional para as Brigadas de Solidariedade. Também foram se criando, pouco a pouco, em Cuba, delegações ou representações do Icap que são “casas de amizade”. Essas casas atendem aos amigos, ao trabalho de solidariedade, aos estudantes que realizam atividades políticas, aos embaixadores, às personalidades que vão visitar Cuba em cada lugar. E, dessa forma, o Icap funciona integralmente com os amigos, no exterior e dentro do país.

A Verdade – Quais as principais atividades do Icap nesses 50 anos?
Juan - Diria que a primeira foi – e é – promover a solidariedade que temos com os povos da África, América Latina e Caribe. O Icap tem sido o condutor dessa linha de solidariedade com todos os países da Africa subsaariana (países geralmente em piores condições que os demais). E Cuba tem tido uma atenção direta com estes países subsaarianos, fortalecendo relações e trazendo muitas crianças que ficaram órfãs por lá, vítimas das guerras que mataram seus pais. Muitas dessas crianças têm chegado a Cuba com dois ou quatro anos de vida. E Cuba as tem atendido, preparado, proporcionado educação, carreira acadêmica – até há alguns já com três títulos. Elas têm aprendido diferentes profissões. Algumas têm podido retornar. Outras ainda permanecem em Cuba e nosso país tem dado uma atenção especial a isso. Na América Latina, a partir dos golpes militares, também houve muita emigração de dirigentes políticos. Então o Icap sentiu-se na responsabilidade também de atender a todos esses exilados, que desde o primeiro momento têm sido alimentados e e cuidados. Essa era outra tarefa muito importante para a América Latina e o Caribe. Outro objetivo é manter sempre informado o mundo, por meio dos amigos de Cuba, sobre o bloqueio dos EUA ao país. Sobre todos os danos que esse bloqueio causa a Cuba. Isso é uma tarefa permanente do Icap e de todas as associações de amizade que se criam. E o primeiro objetivo das associações, além de divulgar o bloqueio, é divulgar que os EUA não permitem que compremos medicamentos de lá para crianças de três ou quatro anos com câncer, obrigando-nos a percorrer o mundo todo para obtê-lo. Impedem a medicina para as crianças! É um bloqueio criminoso e genocida. E o Icap tem como princípio estar sempre informando tanta gente sobre o bloqueio. Até cidadãos americanos não podem fazer turismo em Cuba. Por que, se a Constituição de seu país diz que cada cidadão é livre de visitar qualquer país? Menos Cuba? Também durante a guerra do Vietnã, em 1967, fizemos uma campanha muito forte por aquele país, até mesmo oferecendo nossa própria vida. E demos nosso sangue aos vietnamitas. E o Icap também promoveu toda essa ajuda humanitária e informação para o Vietnã. O mesmo fizemos por Angola e pela África, mantendo toda a informação oferecida aos povos desses países. Não com os governos, mas de povo a povo, independentemente de se o governo é de esquerda.
Também tivemos o caso de Elián González, depois o dos cinco prisioneiros cubanos nos EUA – e estamos com essa missão histórica de lutar até que os cinco retornem, informando a todo o mundo que não são terroristas. Cuba triunfou, demonstrou que, mesmo estando tão perto dos EUA, podemos ser livres. Eles não vão entender nunca como Cuba, uma ilha bloqueada há 50 anos, pode se manter, por tantos anos, na história.

A Verdade – Qual a importância das Convenções de Solidariedade a Cuba?
Juan - As Convenções são encontros anuais que avaliam o que se fez no movimento de solidariedade a Cuba e dizem o que precisamos continuar fazendo. O bloqueio prossegue, o caso dos cinco também, mas as tarefas não são iguais. Por isso as Convenções são tão importantes. Primeiro porque esclarecem as coisas. Segundo, cada um conhece a situação da sua região. Também trazemos as inquietações e preocupações. Aqui trazemos, por exemplo, o representante da Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) que mostra a dificuldade para os médicos revalidarem os diplomas [obtidos em Cuba] no Brasil. Já essa convenção foi muito importante porque fizeram coisas antes desta Convenção Nacional. Houve 13 convenções estaduais de solidariedade a Cuba. O maior número da história! Isso ajudou muito ao acúmulo de informações para esta convenção nacional. Também como resultado tivemos a participação certa do Brasil nos acampamentos de trabalho voluntário. Nos primeiros anos (de 95, 96 e 97) tivemos pouca participação do Brasil. Mas à medida que se foram criando as associações de solidariedade e foi lhes dada uma estrutura, não é só certa a participação como querem cada vez mais vagas para as Brigadas de Solidariedade. Sabemos o sacrifício que fazem os brasileiros para participar – pegam o dinheiro do fim de ano, pegam dinheiro emprestado... mas digo: nos primeiros anos das brigadas, a situação financeira era igual.

A Verdade – Qual o papel das brigadas?
Juan - As brigadas cumprem três objetivos fundamentais. Primeiro, conhecer Cuba, por meio de conferências sobre a sociedade e economia e suas diferenças com os Estados Unidos. Também se conhece sobre cultura e saúde pública. Isso é a teoria dada por funcionários. O segundo objetivo são as visitas aos centros de trabalho e estudo, às comunidades, encontro com a Associação de Combatentes Revolucionários Cubanos, encontro com os Comitês de Defesa da Revolução, encontro com a Federação das Mulheres, etc., para que possam conversar e os brigadistas perguntarem, e eles responderem, e assim conhecerem a realidade, de forma prática. Não só em Havana, mas em visita a outras províncias do país, para que possam ver como as decisões e o trabalho do governo da revolução têm chegado em todo o resto do país. Terceiro, temos que manter o trabalho voluntário, como defendeu o Che. Mantê-lo vivo para que cada um dê parte do seu sangue no trabalho, sem ter que receber a parte. Isso tudo ajuda a criar uma consciência humana. Assim, depois que você trabalhou no acampamento, que carregou caixas de tomate do campo, quando vai comer um tomate ou um vegetal dá graças aos operários e camponeses que produziram aquilo porque sabe o trabalho que se fez até se ter o tomate. Antes, a pessoa comia dois ou três tomates picados, alguns jogava fora, mas agora não: se comprar dois tomates, irá comer os dois tomates. É outro tipo de consciência. Então, por ano, se realizam de 12 a 15 brigadas por acampamento, delas participando cerca de 1.800 pessoas. E agora estas pessoas estão mudadas.

A Verdade – Quais as próximas metas do Icap?
Juan - Continuar criando solidariedade com os países aos quais nos falta chegar, como as pequenas ilhas do Oceano Pacífico. Temos que chegar a mais lugares. Temos já uma associação de amizade com Israel! Seu governo é mau, mas seu povo é bom. Com solidariedade, também podemos combater governos maus. Também temos que fortalecer a amizade com os povos com que já temos laços. Não só chegar aos países com laços, mas chegar ao povo norte-americano. Quando o povo norte-americano tiver consciência do fato dos Cinco Heróis, logo obrigarão Barack Obama a promover a libertação dos cinco, como fizeram com Elián. Naquele caso, quando o povo norte-americano tomou consciência da injustiça do caso de Elián, Elián regressou a Cuba. Foi assim!

A Verdade – Como é a participação de brigadistas vindos dos Estados Unidos?
Juan - Eles têm uma participação ativa de mais de 40 anos, na chamada brigada Venceremos. Essa brigada vem todos os anos, mesmo com seus membros correndo o risco de ser presos ou sofrer multa muito alta e ameaças psicológicas. Sabemos que o trabalho que fazem dentro do país é muito importante para a solidariedade a Cuba.

Eduardo Augusto, Paulo Tiecher e Geysa Karla

* Site do ICAP: www.icap.cu

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Alan Pauls na UFSC


Evento: Alan Pauls na UFSC
Festejado pelo mundo afora como um dos mais expressivos e impactantes escritores latino-americanos surgidos na última década, Alan Pauls estará em Florianópolis na segunda-feira dia 14, às 18:30h, no Auditório da Reitoria da UFSC. Autor de "O passado", seu romance mais famoso, levado ao cinema em 2007 por Hector Babenco, o escritor argentino é o próximo convidado do ciclo "O Pensamento no século XXI", promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC. Sua palestra na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) este ano é uma das atrações mais aguardadas do evento, devendo ultrapassar o sucesso de público de sua visita ao Brasil em 2007, quando falou ao lado da psicanalista Maria Rita Kehl sobre a provocação O amor é uma doença? Em Florianópolis, Pauls profere a conferência Elogio do Sotaque, no quarto encontro do ciclo O Pensamento do Século XXI deste ano, que já trouxe o italiano Emanuele Coccia, a francesa Liliane Meffre e o norte-americano Christopher Dunn para debater questões emergentes da arte e do pensamento de vanguarda contemporâneos. Ganhador do conceituado prêmio Herralde, de literatura em língua espanhola, com "O passado", Pauls tem também História do Pranto traduzido no Brasil (pela Cosac Naify, em 2008) e uma obra breve, porém muito aclamada pela crítica internacional, com 11 títulos, vários deles traduzidos para o inglês, francês, alemão e outros idiomas. Nascido em Buenos Aires en 1959, Pauls é licenciado em letras, professor universitário, tradutor e colaborador em suplementos culturais, tanto em crítica cinematográfica quanto literária. Mantém uma coluna periodicamente na Folha de S.Paulo. Escreveu ensaios sobre literatura argentina, particularmente sobre a obra de Manuel Puig, Borges e Roberto Arlt. É autor de três novelas: “El pudor del pornógrafo”, publicada em 1984, “El coloquio”, de 1990, e “Wasabi”, 1994, todas traduzidas para o francês e outras línguas. Neste ano, a publicação de História del Pelo (História do cabelo), pela editora Argentina Anagrama, notabilizou-o como um dos mais brilhantes escritores da nova geração e concretizou o segundo volume da anunciada trilogia sobre os anos 70, que incluem o pranto, o cabelo e o dinheiro, designados pelo autor como os grandes fósseis e obsessões da época em questão. Neste último romance, um homem obcecado com o corte perfeito do cabelo e pelas suas reflexões capilares (eurecas epifânicas) serve como metáfora para uma humorada crítica contra a literatura testemunhal que recorre aos métodos mais convencionais, à frivolidade e à política. A despeito da influência da cultura francesa, Paul confessa sentir-se tão endogâmico como todo bom escritor argentino e é sobre a relação entre o universal e o particular em sua literatura que vai abordar na conferência. O passado gira em torno da saga de um casal que luta para se afastar e não se reduzir aos fantasmas do que foram, sobre o que o autor comenta: “Mais que a lembrança, os rastros do passado sempre assombram o presente e o futuro. Quando decretamos novos começos, ilusórios ou não, nem por isso conseguimos apagar nossa história: podemos apenas contá-la mais uma vez, quem sabe revisá-la ou corrigi-la, para pior ou para melhor”. Contardo Calligaris, quando do lançamento da versão cinematográfica do romance, observou que os personagens de Pauls circulam por interiores abarrotados de restos do passado: livros, fotografias, quadros, os inúmeros objetos que, a cada mudança de casa, confirmam que nunca conseguimos deixar para trás os vestígios de nossa vida pregressa. “À primeira vista — diz Calligaris —, isso pode parecer estranho. Afinal, estamos acostumados a pensar que, na modernidade, os indivíduos são definidos por suas potencialidades futuras mais do que pelo passado. Não é assim? Pois é, não exatamente. A modernidade começa quando paramos de deixar que a tradição diga quem somos. Mas se o legado da tradição se torna menos relevante, é justamente porque o que me constitui é minha história - não apenas a intensidade do momento e a audácia de meus planos, mas o conjunto das experiências que vivi”. O escritor, cineasta, dramaturgo, intérprete, tradutor argentino radicado na França Edgardo Cozarinsky é o próximo convidado do Ciclo. Sua conferência está marcada para o dia 1° de julho (quinta-feira), às 18h30min, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Matéria de Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte). Contatos: (48) 99110524 - 37219459 www.secarte.ufsc.br

Las peleas de la Iglesia

Las peleas de la Iglesia
POR JOSÉ MURILLO
retirado de The Clinc Chile
En 1610, hace exactamente 400 años, Galileo invitó a un grupo de clérigos a mirar por el telescopio que había obtenido en Holanda y que permitía ver más allá de lo que se puede ver a simple vista. Algunos de ellos no quisieron mirar por miedo a ver algo que desmintiera lo que decían las Santas Escrituras interpretadas por filósofos medievales neoaristotélicos. Preferían quedarse en el mundo seguro de su tradición, aunque fuese falso, antes que aventurarse a mirar el mundo real, el mundo de la experiencia. Galileo luego fue condenado por la Iglesia a decir que el movimiento de la tierra alrededor del sol, que se evidenciaba por la observación a través del telescopio, era falso. Fue obligado a decir públicamente: el mundo real es falso.

Después de un tiempo, la Iglesia tuvo que aceptar que la tierra, desobedeciendo a la tradición, sí rotaba alrededor del sol. Entonces, en un gesto de misericordia con el universo, para que la tierra no siguiera haciendo el loco y desobedeciendo a las leyes eternas, modificó la tradición. A lo largo de la historia, la Iglesia se ha ido tropezando una y otra vez con la verdad, y ha tenido que modificar sus leyes eternas para perdonar los saltos cuánticos del universo. Despreció a las mujeres, condenó a Darwin, a los judíos, calificó el ferrocarril y a la luz eléctrica como elementos diabólicos, etc. Puso a sus estudiosos a construir argumentos precisos para demostrar sus conclusiones previas, les regaló doctorados en Roma y en París y los transformó en voces legítimas en el mundo intelectual. Muchas de aquellas cosas que la Iglesia ha combatido con mayor violencia, el tiempo ha demostrado que eran piezas claves para la humanización de la historia, y que era eso justamente lo que había que mirar y escuchar. Lo que la tradición combate con mayor vehemencia parece ser lo que hay que escuchar con mayor atención. De hecho, el personaje que fue sacrificado de manera más cruda en la historia por cuestionar las tradiciones, es el mismo que la Iglesia parece desdoblar y presentar como si fuera el defensor de las tradiciones: Jesús. La Iglesia se olvidó que la tradición mató a Jesús porque la cuestionaba, porque desatendía los ritos, las ceremonias, las formas, y ponía la importancia en la verdad, la libertad, el amor. Estos tres conceptos son tan peligrosos para la tradición que hubo que transformarlos en valores inofensivos. La verdad se transformó en “adecuación del juicio”, la libertad en “libre albedrío” y el amor en “caridad”. Los niños entienden lo que es la libertad pero no el libre albedrío, entienden la verdad pero no la adecuación del juicio y entienden lo que es el amor pero no lo que es la caridad.

Hace un par de meses, el padre italiano Cantalamessa, predicador oficial del Papa Benedicto XVI, dijo que las acusaciones que se le hacían a la Iglesia de abuso sexual eran como el antisemitismo de principio del siglo XX. Judíos, religiosos, sobrevivientes de abusos, hombres de buena fe y sentido común, se miraron, se entristecieron, algunos se atoraron y tal vez recordaron los violentos ataques a Galileo 400 años atrás. La semana siguiente, el Papa en persona, después de haber mirado por el telescopio hacia Irlanda, Alemania, Estados Unidos, después de haber revisado un par de blogs y el New York Times, pidió perdón al mundo. Habrá que ver si el mundo perdonará al Papa y a la Iglesia por hacernos creer que no la Tierra, sino el Vaticano es el centro del universo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

ARGENTNA NAS RUAS AINDA BRILHA COM O DINHEIRO DOS BRASILEIROS.




Disse-me um comerciante , em pleno feriado de 09 de julho, que se não fora o dinheiro dos Brasileiros o comércio e a Indústria do país estariam mal.Em que pese isto, não é todo comercio, hotéis que recebe a moeda Brasileira, e quando recebem desvalorizam bastante, entretanto neste último feriado-09 de julho -feriado lá da Independência - B AIRES: FLORIDA E PALERMO estavam repletas de moeda brasileira e portanto de brasileiros.
Os jogos da COPA 2010 excitavam os argentinos, ora torcendo pelo Uruguai , ora pelos Espanhóis.
Maradona, Don Diego, anda é venerado em que pese alguns falarem o contrário, dizendo que o mesmo já esta fora de moda e que seu tempo passou.
Enquanto isso a Sra. presidente -Cristina recebia Maradona na Casa Rosada, para ter os votos do povo , que ainda o admira.
O fato é que os Argentinos adoram mitos, e os fabrica muito bem e os venera.
Cristina por sua vez é bastante criticada pelo povo, que não admira sua relações com Evo nem muito menos com Chavez, dai este trio ser chamado por muitos de trio Los Panchos.

domingo, 11 de julho de 2010

EMILCE FUENZALIDA


Encontreia-a em Caminito-Argentina. Artista Plática, cineasta e sobretudo uma pessoa humana rica de valores e simpática, afora ser uma artista plástica de qualidade.
Visitem seu Blog...http://emilcefuenzalida.blogspot.com/

Entropía de la Mujer Comun

La mirada refleja el espíritu de la mujer, trasmisora de vida.
Vida que va llevando semillas de transformación en su cuerpo.
Vida que va trasformando sus circunstancias de destino al continuar su linea de existencia su evolución y transformación.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MERCEDES SOSA COMPLETARIA 75 ANOS


A MÍDIA POUCO FALOU

Los pueblos indígenas en Argentina; un poco de historia. Cuáles son, cuántos son y dónde están Chiriguanos Chané:

Cuáles son, cuántos son y dónde están

Chiriguanos Chané:

Diaguita-Calchaquí

Kollas:

Mapuches:

Mbya-Guaraní:

Mocovíes:

Pilagá:

Tehuelches:

Tobas:

Wichi:

Marco legal vigente

Conclusión:
Bibliografía:



Introducción

Mucho se ha dicho y escrito sobre este tema, pero pese a los constantes esfuerzos por parte de especialistas en el tema e incluso de los representantes de los distintos pueblos indígenas, subsiste hoy en la sociedad, la idea de que los indígenas pertenecen a un tipo de sociedad que, por razones que nunca terminan de explicarse, sobreviven actualmente como residuos de sociedades antiguas que no se han integrado completamente a la sociedad mayoritaria. En Argentina se han implementado sucesivos planes y programas de integración que según las épocas se llamaron "reducciones", "reservas", "colonias" o "misiones", y cuyo objetivo principal era la "radicación" de los indígenas a la tierra como campesinos o peones rurales. Pero estas políticas de “igualar” la diferencia fracasaron de unos años a esta parte, tal cual lo demuestra el resurgimiento de las comunidades indígenas, el fortalecimiento de sus formas organizativas propias y su accionar como actores políticos tanto en el orden interno como en el plano internacional.

Si bien no existe acuerdo sobre el significado de los términos Pueblos Indígenas, ni sobre la necesidad de definirlo, a nivel internacional se han dado algunas definiciones. Una de ellas es la proporcionada por quien es el Relator Especial de Naciones Unidas, Sr. José Martínez Cobo, quien sostiene: “Las comunidades, pueblos y naciones indígenas son aquellos que, teniendo una continuidad histórica con las sociedades previas a la invasión y colonización que se desarrollaron en sus territorios, se consideran a sí mismos distintos de otros sectores de las sociedades que prevalecen actualmente en esos territorios, o en partes de los mismos. En la actualidad constituyen sectores no dominantes de la sociedad y están determinados a preservar, desarrollar y traspasar a futuras generaciones sus territorios ancestrales y su identidad étnica, como base de su continua existencia como pueblos, de acuerdo con sus propias pautas culturales, instituciones sociales y sistemas legales".

Los Estados han incorporado el autorreconocimiento como criterio fundamental para la definición de indígena, esto es: la conciencia de que los mismos tienen de su identidad. Estos cambios han sido receptados por el Convenio 169 de OIT que en su artículo 1.2. establece: "La conciencia de su identidad indígena o tribal deberá considerarse un criterio fundamental para determinar los grupos a los que se aplican las disposiciones del presente convenio".

Es muy importante destacar que el rasgo distintivo de los pueblos indígenas es su aboriginalidad, esto es, la característica de ser los primeros habitantes de los territorios que habitan.

Las comunidades indígenas expresan día a día su voluntad de preservar la diferencia cultural que los distingue de otros grupos sociales y se encuentran decididos a fortalecer sus instituciones sociopolíticas para conseguirlo. Al mismo tiempo, aspiran a desarrollar, en el seno de las sociedades nacionales de las que forman parte, nuevas pautas de convivencia social en la diversidad.

Para tal fin reivindican una nueva normativa que dé cabida a sus "derechos especiales" sin menoscabo de los demás derechos del ciudadano.

Por ser sociedades aborígenes, los pueblos indígenas no sólo reivindican la ocupación continua de tierras ancestrales o al menos de parte de ellas, sino también la calidad del vínculo que los une. Las tierras, el hábitat, el paisaje, el territorio, son la condición indispensable para el mantenimiento de su identidad como pueblo.



Objetivos

Mediante el presente trabajo intentaremos mostrar la actual situación a nivel poblacional de las comunidades indígenas. Para ello hemos recopilado información a cerca de los criterios utilizados para su identificación y posterior categorización, la ubicación de las distintas comunidades, cuales están registradas en el INAI y por último, un breve informe sobre el último censo poblacional realizado en el mes de noviembre de 2001 y las consecuencias que impactaron sobre el pueblo indígena. También hemos conformado un breve informe sobre la actual situación del INAI y su papel preponderante en todos los asuntos que tengan que ver con la problemática indígena y determinar si el mencionado organismo hoy está capacitado para atender todos los asuntos y reclamos relacionados con el quehacer indígena.

Para ello hemos recurrido al INAI, al INDEC y a diversos sitios en la web que nos han proporcionado la información que a continuación habremos de volcar.

Por último, daremos una conclusión de lo que creemos se ha hecho hasta el momento y de lo que pensamos que falta por hacer.



Los pueblos indígenas en Argentina; un poco de historia.

Los pueblos originarios fueron incorporados en masa al Estado argentino como pueblos sometidos y ocupantes precarios en sus propios territorios. Fueron obligados a adoptar una religión y un estilo de vida que no les era propio. Fueron convertidos en productores de subsistencia y/o proletarios rurales. Por efecto de procesos regionales de migraciones forzosas un importante porcentaje de sus miembros vive en áreas urbanas y suburbanas donde es usual que deban ocultar su identidad para evitar el maltrato y la discriminación.

Hace relativamente poco ha comenzado una acción más decidida y, a la vez, sostenida, en favor de los pueblos indígenas. Esto ha sido esencial en la afirmación del indigenismo y la consecuente aparición en la vida pública en nuestras sociedades americanas. Podríamos señalar que en nuestro país es a partir de 1990, cuando el indigenismo comenzó a tener impulso. La reforma de la Constitución del año 1994; la suscripción y ratificación del Convenio 169; y el depósito de los instrumentos de su ratificación en Naciones Unidas así lo demuestran.

La agenda internacional en el tema indígena también se ha visto poblada de acontecimientos. En Naciones Unidas se constituyó el Foro Permanente para los Pueblos Indígenas del Mundo, habiendo sucedido su primera reunión en el mes de mayo de 2002. Otras de las actividades que se realizaron en nuestro país fueron: el Programa de Participación Indígena, el Foro Patagónico, y el Primer Seminario de Políticas Sociales para Pueblos Indígenas. Esta acción positiva y constante, más la tarea de divulgación de los derechos que han realizado los funcionarios del INAI y los dirigentes indígenas, ha ido animando a los grupos a manifestarse y asumir posiciones.



Cuáles son, cuántos son y dónde están

En este punto el objetivo fue confeccionar una lista de los pueblos indígenas argentinos que actualmente existen y donde se encuentran ubicados. Sin embargo es necesario previamente explicar algunas referencias aclaratorias sobre las clasificaciones

Todas responden a algún criterio que elige quien las realiza y que, normalmente, se basan en principios de consideración lingüística, política, histórica o antropológica (cultural).

En este caso el propósito es dar a conocer cuáles son las distintas etnias que existen en nuestro país, desde lo institucional. La fuente es el registro del Instituto Nacional de Asuntos Indígenas, que es el organismo nacional que tiene a su cargo otorgar personerías jurídicas a las comunidades indígenas. En la tramitación consigna los pueblos a los que pertenecen.

Suelen publicarse listas de las etnias que existen en la Argentina con resultados pocos felices, ya que no suelen ser exhaustivas ni actualizadas. Podemos dar como ejemplo las que omiten a los Huarpes, que en varias partes figuran como pueblo extinguido y, sin embargo, actualmente hay 11 comunidades registradas. Otro caso es de la comunidad Tonocoté de Santiago del Estero, que era una etnia que no figuraba prácticamente en ningún lado. Pero a raíz de la designación de un santiagueño al frente del INAI a fines de 1999, el Dr. Figueroa que desde esa función se interesó por las comunidades de su provincia, se produjo el surgimiento de los Tonocoté (también llamados "Surita") y el otorgamiento de la correspondiente personería jurídica.

Frente al vacío censal oficial algunas ONG's y organizaciones indígenas han estimado que el número de personas indígenas podría estar entre 800.000 y 2.000.000.

Se cree que un porcentaje bastante elevado vive en asentamientos rurales y en forma comunitaria representando aproximadamente entre un 3% y un 5% de la población total del país. Algunas provincias cuentan con un 17 a 25% de indígenas en su población. Según las fuentes mencionadas, existirían más de 800 comunidades en todo el país mientras que por efectos de la migración urbana en algunas capitales de provincias habría una altísima concentración de familias y personas indígenas

Según esta información su composición y distribución sería aproximadamente la siguiente:

Región Noreste (provincias de Chaco, Formosa, Misiones y Santa Fe): Pueblos Mbya-Guarany, Mocoví, Pilagá, Toba, Vilela y Wichí.

Región Noroeste (provincias de Catamarca, Jujuy, La Rioja, Salta, San Juan, Santiago del Estero y Tucumán): Pueblos Atacama, Avá-Guarany, Chané, Chorote, Chulupí, Diaguita- Calchaquí, Kolla, Omaguaca, Tapiete, Toba, Tupí-Guarany y Wichí.

Región Sur (provincias de Chubut, Neuquén, Santa Cruz y Tierra del Fuego): Pueblos Mapuche, Ona, Tehuelche y Yamana.

Región Central (provincias de Buenos Aires, La Pampa y Mendoza): Pueblos Atacama, Avá Guarany, Diaguita-Calchaquí, Huarpe, Kolla, Mapuche, Rankulche, Toba y Tupí Guarany.

Identificar a los indígenas siempre ha sido algo problemático y obedece a múltiples razones En algunos casos fue el desinterés; en otros, porque había sociedades que negaban la existencia de indígenas por razones políticas o por considerar que mancillaban su pureza o restaba mérito y distinción a su sociedad. Posteriormente fueron las distintas disciplinas (como la sociología o la etnología) que se interesaron por el tema e introdujeron sus particulares puntos de vista.

Distintos han sido los criterios utilizados para la identificación y posterior categorización de los pueblos indígenas, a saber:

a) Los criterios raciales o biológicos:

Imperaron hasta hace unos 60 años o más, y tenía que ver con la apariencia de las personas, con los rasgos hereditarios y todos aquellos rasgos que servían para diferenciarlos de los europeos. Centrar en el aspecto biológico el fundamento de una distinción y en el concepto de "raza". Actualmente han sido dejados de lado; hoy la ciencia rechaza toda pretensión de definir las "razas" a partir de datos genéticos determinantes. Es verdad que hay diferencias biológicas y culturales que están a la vista. Pero los estudios indican que las diferencias entre los hombres son tantas y de tal magnitud que no es posible identificar a un grupo racial determinado con un exclusivo y único tipo biológico

b) Criterios legales o administrativos:

Empleados para identificar y clasificar con fines de política alimentaria o educacional o por razones estadísticas. Según estos criterios son indígenas quienes han sido identificados o definidos por alguna autoridad.

c) Criterios socioculturales:

Se basan en el idioma que hablan. Se calcula que hay más de 400 lenguas indígenas en América. Sin embargo, se debe aceptar a los grupos que se identifican como indígenas y que han perdido su lengua vernácula Otros criterios socioculturales incluyen elementos de la cultura material como el vestido, la alimentación, las tecnologías agrarias, parafernalia ceremonial y religiosa, etc. Estos sistemas de identificación aparecen en las monografías de principios de siglos que producía la antropología. Sin embargo actualmente pocos de esos elementos materiales siguen teniendo el mismo significado.

d) Criterios culturales propios:

No son de los individuos sino de las colectividades y se manifiestan por sus prácticas religiosas y ceremoniales, formas de organización social, estructuras de la propiedad agraria, modos de producción y distribución de bienes económicos y otros elementos intangibles

f) La autodefinición indígena:

Todos los criterios anteriores son externos: producidos y utilizados por autoridades, técnicos y académicos, generalmente no indígenas. Son criterios impuestos desde fuera. Actualmente ha prosperado y se está imponiendo en las normativas que se van diseñado para el mundo indígena, los criterios subjetivos de autoidentificación. Las organizaciones indígenas sostienen que son ellos quienes tiene la potestad de autoidentificación y autodefinición. El Consejo Mundial de Pueblos Indígenas ha reclamado ese derecho y actualmente se considera por ellos dentro de la categoría de los derechos humanos.

Los pueblos indígenas registrados en el INAI:

BUENOS AIRES: Tupi guaraní (emigrado), toba, mapuche

CATAMARCA: Diaguita, Calchaquí,

CHACO: Toba. Mocovi. Wichi

CHUBUT: Tehuelche, Mapuche, Tehuelche - mapuche (mestizaje)

FORMOSA: Pilaga, Wichi, Toba

JUJUY: Kolla, Atacama, Pulmamarca, Guarany. Kolla - Humahuaca, Chiriguano, Yalas (según registro proveniente de la oficina indígena de Jujuy), Chiriguano-Chané (caso igual que el anterior), Guarany

LA PAMPA: Ranqueles

MENDOZA: Huarpes, Pehuenches (mapuche)

MISIONES: MByA (guaraní)

NEUQUEN: Mapuche

RIO NEGRO: Mapuche

SALTA: Kolla, Wichi. Diaguita, Calchaquí. Lule. Chane-Guarany, Guarany, Corotes, Oclollas, Aba-Guarany, Tupi-Guarany Kollas-Huamauaca, Tobas, Guarany, Chiriguano, Chiriguano-Tapiapé

SAN JUAN: Huarpes

SANTA FE: Tobas, Mocovi

SANTIAGO DEL ESTERO: Tonocote (Suritas)

TIERRA DEL FUEGO: Onas o Selknan

TUCUMAN: Diaguita-Calcaquí

Algunas comunidades, a modo de ejemplo:

Chiriguanos Chané:

Existen unos 21.000 chiriguanos y 1400 Chanés en la Argentina, aproximadamente. Ambos son de origen amazónico. Los primeros Guaraníes y los segundos, Arawak.

Tierra:

Las que habitan sin fiscales o de las misiones franciscanas. Viven en las provincias de Salta y Jujuy. También habitan en Bolivia y Paraguay.

Organización:

En una época lejana los chiriguanos sometieron a los Chané. Actualmente se toman a ambos grupos como una comunidad cultural, aunque se distinguen entre sí por la lengua y ocupan aldeas distintas.

Algunos viven dispersos en los cinturones de las ciudades, otros en comunidades. En Salta cuentan con la Ley Provincial del Aborigen sancionada en el año 1987.

Economía:

Tradicionalmente son agricultores de maíz, zapallo y porotos, pocos pueden vivir actualmente de la tierra, porque no la tienen. Subsisten de sus trabajos en los ingenios azucareros, obrajes, aserraderos, YPF, municipios. Son cosecheros golondrinas: desde la Zafra del norte van a la vendimia cuyana, llegándose a Río Negro y Neuquén para la cosecha de la manzana.

Cultura:

Mantienen su identidad y parte del patrimonio cultural. Aún algunos efectúan convites con Kanwi (chicha) o el ritual del arete, cultan a su I`payé (curandero) y siguen siendo alegres y hospitalarios.

Hablan su lengua y realizan artesanías tradicionales, máscaras y cerámicas (chané) y cestería (chiriguana).



Diaguita-Calchaquí

Los diaguita – calchaquí son aproximadamente 6000 personas. Hay numerosos mestizos descendientes.

Tierra:

Viven en los valles Calchaquíes de Tucumán y Catamarca. Generalmente ocupan la tierra por arriendo. Lucharon valerosamente por ella en la época de la conquista. Lucharon con heroísmo, hasta la muerte.

Organización:

Algunos viven dispersos y otros en comunidades organizadas como la de Quilmes, Amaicha del Valle y el pequeño grupo Los Llampas. Hoy se organizan para luchar por sus por sus derechos y la tierra.

Economía:

De supervivencia. En los valles viven de la crianza de animales, cultivos, tejidos artesanales, cerámicas. Son la mano de obra barata de la zafra, minas, etc.

Cultura:

Siendo un pueblo que sufrió persecución, muerte y destierro (fueron trasladados los quilmeños a la provincia de Buenos Aires, en época de la colonia, para que pierdan su identidad como pueblo y así dominarlos y arrebatarles la tierra), conservan elementos de su rica y milenaria cultura. Practican rituales a la Pachamama, formas de cooperación y el canto con percusión que tiene una enorme fuerza cósmica.

Kollas:

Se ha generalizado con el nombre de kollas a los puneños y sus descendientes, algunos quebradeños y toda otra población de orígen quechua-aymara. Se estima una población de 170.000 personas.

Tierra:

Viven en Jujuy y Salta. Sus ocupaciones son antiquísimas y no cuentan con los títulos de propiedad. Perseguidos y amenazados por terratenientes, algunas comunidades sufren severas represiones policiales o son "persuadidos" de abandonar sus tierras con cierre del paso hacia los centros poblados donde venden sus productos. Algunos ocupan tierras fiscales sin títulos o como arrendatarios y cuidadores de ganado ajeno. Otros viven en las villas periféricas de las ciudades.

Organización:

Algunos viven en comunidades y practican trabajos en cooperación como la minga (entre todos cosechan lo de cada uno).

Economía:

Pequeños agricultores y criadores de animales. Cosecheros golondrinas y mineros marginados y explotados. La mujer se emplea en servicios domésticos en la ciudad. Realizan tejidos en telares. Apenas sobreviven.

Cultura:

A pesar de la aculturación sufrida debido a la acción colonizadora, aún practican algunos de sus rituales y mantienen otras formas culturales como la minga, antigua forma de cooperación; el serviñakuy o prueba de pareja y rituales vinculados al culto de la tierra: la Pachamama, señalada o marcación de animales, apachetas o descanso de viajeros, entierro y desentierro de pucllay o kacharpaya (carnaval), chaya y chayar (beber) y corpachada (dar de comer a la tierra); Tinkunakuy, topamientos o encuentros de compadrados, musiqueros, parcialidades o comunidades.

Sus instrumentos musicales tradicionales como quena, anata, siku, erke y erkencho, que han ingresado a la música popular o folklórica de nuestro país. Hablan su lengua. Después del guaraní es la segunda lengua indígena de mayor uso en el país.

Muchos de sus rituales se han desvirtuado para satisfacer curiosidades turísticas.

Mapuches:

Los mapuches son alrededor de 90.000 personas en Argentina y más de un millón en Chile. Hay puros y mezclados con Tehuelches. Mapuche quiere decir “gente de la tierra”

Tierra:

Viven en las provincias de La Pampa, Buenos Aires, Río Negro, Neuquén, Chubut y Santa Cruz. Sus territorios les fueron arrebatados durante la Conquista del desierto. Hoy, la mayoría no tienen tierra propia. Viven en zonas marginales, montañosas y áridas, sin títulos de propiedad o en las periferias de las ciudades.

Organización:

Conforman comunidades o agrupaciones bajo la autoridad de un líder, en las zonas rurales. En las urbanas viven dispersos o conforman barrios con comisiones vecinales. En las distintas provincias se organizan para la obtención de leyes que garanticen sus derechos o la aplicación de las mismas para la recuperación de la tierra y sus derechos.

En la provincia de Río Negro, existe una poderosa organización indígena, el CAI, de gran protagonismo en la sanción y discusión de la Ley Aborígen, y en la reivindicación de sus derechos.

Economía:

De subsistencia. Viven de la cría de ovejas y chivos, tejidos artesanales y ocupaciones estacionales en la esquila y en la cosecha de frutas. Algunas comunidades han organizado cooperativas de producción y consumo.

Cultura:

Hay un fuerte movimiento de recuperación de su cultura muy amenazada por la penetración de sectas religiosas, el alcohol y la sobreexplotación económica.

Mantienen el uso de la lengua, sus cantos a la naturaleza y se reúnen una vez al año para hacer rogativas y cantar al son del cultrum.

Mbya-Guaraní:

Los Mbya Guaraníes son aproximadamente unas 3.000 personas que viven en Argentina. Están asentados en unas 40 aldeas en todo el territorio de Misiones. La pérdida de espacio ecológico y las enfermedades los llevan a enfrentar situaciones de supervivencia.

Tierra:

Viven en la provincia de Misiones. También en Paraguay y Brasil. No reconocen fronteras y esto se manifiesta en las continuas migraciones entre estos tres países. No tienen tierras con títulos. Están asentados en tierras privadas. Su hábitat natural es la selva que la van perdiendo por el sistema de propiedad de la cultura impuesta y las plantaciones madereras.

Organización:

Viven en pequeñas comunidades: el liderazgo del grupo lo ejerce el paí. Los jefes familia reunidos en consejo tratan de resolver los problemas comunes.

En el año 1987, el gobierno de Misiones sanciona la Ley Provincial nº 2.435 con la participación de indígenas y los propios aborígenes. La ley más progresista que existió en el país. Sin embargo, en la actualidad fue derogada y sustituida por la Nº 2.727.

Economía:

De subsistencia. Los que viven en aldeas cultivan la tierra, hacen changas en aserraderos y obrajes o trabajan en los yerbatales y teales sin ninguna protección legal y laboral. Los grupos nómades siguen la vida tradicional: cazan, pescan, recogen miel y frutos silvestres. También hacen artesanías que comercializan.

Cultura:

En la medida que se acercan al mundo blanco, van perdiendo su cultura. Hablan en su idioma y en la intimidad mantienen concepciones religiosas y míticas propias. La mayoría son trilingües: el mbya, el guaraní y el castellano. En la zona fronteriza también agregan otro idioma: el portugués.

Mocovíes:

Los Mocovíes pertenecen al grupo Guaycurú junto con los Tobas y los Pilagá. Son aproximadamente 7.300 personas. En estos últimos años, sobre todo en la provincia de Santa Fe, han comenzado un camino de reconocimiento y afirmación como pueblo.

Tierra:

No la tienen. Viven en caminos abandonados, en campos trabajando como peones, y en los barrios periféricos de las ciudades. Viven en la provincia de Santa Fe y sur de Chaco.

Organización:

La pérdida de la tierra trajo aparejado la destrucción de su antigua organización. Muchos viven dispersos y otros conforman comunidades con identidad propia en la periferia de las ciudades o en las zonas rurales.

Actualmente se están organizando en ambas provincias junto con otras etnias. En Santa Fe, a través de la Organización de Comunidades Aborígenes de Santa Fe, la OCASTAFE, buscan la sanción de una ley provincial que reconozca sus derechos.

Economía:

De subsistencia. Trabajan de peones rurales, hacheros, cosecheros, empleados en aserraderos o municipios. Los que cuentan con un pedacito de tierra realizan mimicultivos de algodón, hortalizas, maíz, etc. Algunos hacen artesanías que malvenden o cambian por ropa usada. Carecen de protección laboral y social.

Cultura:

A pesar de la aculturación se identifican como mocovíes con sus formas de ser, pensar y hacer. Muchos hablan su idioma aún, y actualmente hay un fuerte movimiento de recuperación cultural

Pilagá:

Los Pilagá pertenecen al grupo lingüístico Guaycurú, y son alrededor de 5.000 personas. Viven en las provincias de Chaco y Formosa. En estos últimos años junto a las otras dos etnias de la provincia de Formosa, han comenzado un proceso de organización para la recuperación de tierras.

Tierra:

En estos momentos varias comunidades tienen el título de propiedad de sus tierras, animando así a que todas las comunidades la obtengan.

Algunas comunidades están alambrando para delimitar el terreno y hacer respetar sus derechos.

Organización:

Forman comunidades, sobre todo en zonas rurales, con sus líderes tradicionales y el reconocimiento de la comunidad. Las organizaciones son reconocidas jurídicamente como asociaciones civiles o comunitarias, lo que les permite gestionar los títulos de propiedad de la tierra en forma comunitaria, según lo manifestado en la Ley Provincial Integral Nº 426 de la provincia de Formosa.

Las organizaciones se van consolidando y formaron, a nivel intercomunitario, la Intercomisión Pilagá. Esta organización sirve como espacio de reflexión conjunta, intercambio y capacitación donde se discuten los problemas comunes como zona, etnia y sus posibles soluciones. Además funciona como canal de acción entre las diferentes comunidades y de experiencias conjuntas. Un ejemplo de acción de la Intercomisión fue la elaboración y presentación de propuestas de artículos específicos en la modificación de la Constitución de Formosa.

Economía:

De subsistencia. Viven de sus trabajos como hacheros, cosecheros y del trueque o venta de sus artesanías. Las comunidades que ya tienen la seguridad de la tierra han comenzado un proceso un proceso de ocupación efectiva de las mismas a través del desarrollo de diferentes alternativas económico-productivas: agricultura y ganadería mayor y menor, aprovechamiento de los frutos del monte, etc.

Cultura:

Han sufrido como todas las etnias el proceso de aculturación impuesto por la sociedad dominante. Realizan tejidos de fibra de chaguar, tallas de madera, palo santo y canastos de carandillo (tipo de palmera).

Hablan su lengua, y en algunas escuelas se están instrumentando experiencias de educación bilingüe y bicultural. En la actualidad hay un fuerte resurgir de los valores culturales.

Tehuelches:

Los Tehuelches son aproximadamente 1.500 Aóniken, tehuelches meridionales y unos 700 Gününa Fune, Tehuelches septentrionales. Existen desde hace 1500 años. Sus nombres quieren decir “paisano” o “gente del país”

Tierra:

No tienen. Viven en Santa Cruz y Chubut. Los tehuelches, altos, fuertes y robustos fueron casi exterminados por gobiernos y estancieros que llegaron a pagar a quien matara un tehuelche.

Organización:

Salvo algunos que viven en comunidades, como la de El Chalia o la de Camusu Aike, situadas en tierras pobres reservadas para ellos, la mayoría viven dispersos.

Economía:

Son pequeños criadores de ovejas y chivos o peones de estancia. Las mujeres realizan tejidos artesanales. Así sobreviven en la pobreza y la marginación.

Cultura:

Están muy acriollados, han perdido casi toda su cultura. El idioma tehuelche septentrional se perdió por completo y el meridional a punto de desaparecer. Se está intentando recuperar.

Tobas:

Los Tobas pertenecen al grupo lingüistico Guaycurú, y son alrededor de 60.000 personas. Viven en la provincia del Chaco, Formosa, norte de Santa Fe y Salta, en Argentina. También hay comunidades en Paraguay. Existen asentamientos por migración en Rosario y Buenos Aires.

Tierra:

La mayoría vive en el monte sin ser propietarios de las tierras que ocupan, salvo por unos pocos que tienen títulos, pero ya no es el monte rico y sin límites de la antigüedad. Otros viven en barrios suburbanos de Saenz Peña, Resistencia y Formosa.

En los últimos años han recuperado, en la provincia del Chaco, unas 29.000 hectáreas de tierra con títulos de propiedad definitivos o provisorios. En reserva existen aproximadamente unas 365.000 hectáreas con el reconocimiento por parte de las autoridades de los derechos indígenas sobre las mismas.

Organización:

Constituyen comunidades rurales o urbanas con sus líderes tradicionales o comisiones vecinales, asociaciones comunitarias, cuyos miembros son elegidos por la comunidad.

En la provincia del Chaco participan, junto a los campesinos, en la Unión de Pequeños Productores Chaqueños, y mediante ésta también se tiene presencia en una organización a nivel regional.

Economía:

De pobreza y marginación. Cultivan pequeñas parcelas, son peones temporarios en los algodonales, obrajes, aserraderos, hornos de ladrillos y carbón o empleados municipales en los pueblos. Ocasionalmente cazan, pescan y recolectan frutos y miel silvestre si las condiciones lo permiten.

Cultura:

En la década de los años 20, ya en pleno siglo XX, sufrieron una definitiva derrota militar en Napalpi, Chaco. A partir de este instante, los tobas viven en dependencia política y económica de la sociedad dominante. A pesar de su sometimiento militar, con el tiempo han logrado recobrar el sentido de ser "indio" y con ello, la fuerza necesaria para luchar por sus derechos.

Hablan su lengua, hacen artesanías de barro, de palo santo, tejidos de fibras vegetales, conservan algunos bailes y cantos y suelen acudir al pio'oxonaq para ser curados.

Wichi:

Los Wichi son aproximadamente unas 80.000 personas. Junto con los chulupíes (unas 1.200 personas) y los chorotes (unos 900) forman la familia Mataco – Mataguayo.

Tierra:

Viven en Salta, Formosa y Chaco, en Argentina. También en Bolivia y Paraguay. Es pueblo del monte aunque ocupan las periferias de los pueblos como Ingeniero Juárez y Las Lomitas en Formosa, o Los Blancos y Embarcación, en Salta.

Hoy ocupan tierras marginales, montes deteriorados debido a la tala indiscriminada de árboles, la instalación de petroleras que ocasionan la pérdida de la fauna autóctona. En Formosa, las comunidades del oeste recuperaron, en gran parte, el reconocimiento legal de las tierras que ocupan.

Organización:

Viven en comunidades situadas en las cercanías de poblados blancos, en medio del monte o sobre la ribera del Pilcomayo y Bermejo, con líderes tradicionales y elegidos por la comunidad. Comparten con otras etnias el resurgimiento de la organización de la lucha por al tierra. Participan con sus representantes en el espacio reconocido por las leyes del aborigen.

Economía:

Muchos aún practican la recolección de frutos y miel del monte, cazan y pescan. Otros trabajan en obrajes madereros, en desmontes o son cosecheros temporarios en campos ajenos. Tallan la madera del palo santo, tejen con fibras de chaguar y hacen una utilitaria alfarería que venden también. Algunos fueron víctimas del cólera.

Cultura:

Debido a la acción del blanco, de sectas religiosas, de la escuela común y de otros, han ido perdiendo la cultura propia de los pueblos cazadores y recolectores, aunque la mayoría tiene arraigadas costumbres de vida con dependencia plena de la naturaleza y aún conservan elementos de su rica cosmovisión, su lengua y curaciones naturales, entre otras cosas.

En este mapa se representa la ubicación de la gran mayoría de las Comunidades Aborígenes de la República Argentina.






Marco legal vigente

En 1994 se reformó la Constitución Nacional, incorporando en su artículo 75 el siguiente mandato: "Corresponde al Congreso: 17. "Reconocer la preexistencia étnica y cultural de los pueblos indígenas argentinos. Garantizar el respeto a su identidad y el derecho a una educación bilingüe e intercultural; reconocer la personería jurídica de sus comunidades, y la posesión y propiedad comunitarias de las tierras que tradicionalmente ocupan; y regular la entrega de otras aptas y suficientes para el desarrollo humano; ninguna de ellas será enajenable, transmisible ni susceptible de gravámenes o embargos. Asegurar su participación en la gestión referida a sus recursos naturales y a los demás intereses que los afecten. Las provincias podrán ejercer concurrentemente estas atribuciones".

En el orden nacional, entre 1984 y 1993 se promulgaron una serie de leyes "integrales" que tienen a los indígenas como destinatarios: la ley nacional 23.302 sancionada en 1985 y reglamentada en 1989, y las provinciales N° 426/84 de Formosa, N° 6.373/86 de Salta reformada en el 2000 , N° 3.258/87 de Chaco, N° 2.727/89 de Misiones, N° 2.287/88 de Río Negro, N° 3.657/91 de Chubut y N° 11.078/93 de Santa Fe.

La ley nacional 23.302 creó el Instituto Nacional de Asuntos Indígenas (INAI), entidad descentralizada que actuará como organismo de aplicación de la política indigenista del Estado. Las leyes provinciales, por su parte, crearon organismos semejantes. Todas introducen una serie de medidas positivas tendientes a la "preservación, mejoramiento, promoción, respeto, desarrollo, y participación" de los ciudadanos indígenas.

En el orden internacional, en 1992, a través de la ley 24.071, Argentina adoptó el Convenio 169 de Organización Internacional del Trabajo (OIT). En el 2000, se ratificó el Convenio, que entró en vigencia el 3 de julio del 2001.

En 1995 se aprobó, por ley 24.544, la Constitución del Fondo para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas de América Latina y el Caribe (ONU). En 1997, la ley 24.874 adoptó el Decenio Internacional de las Poblaciones Indígenas del Mundo (ONU).

Consideradas en su conjunto, las leyes "indigenistas" parecen incorporar el reconocimiento de la diversidad cultural. Sin embargo no todas se aplican plenamente y, en ciertos casos, ni siquiera en forma parcial; incluso diversos acontecimientos ocurridos en el transcurso de los últimos años evidencian que el acceso de los indígenas a sus derechos depende muchas veces de un trámite administrativo o judicial previo

Mientras los demás ciudadanos disponen de varias dependencias estatales donde presentar sus reclamos, se supone que los indígenas deben hacerlo sólo en el Instituto Nacional de Asuntos Indígenas (INAI).

La ley 23.302 establece la necesaria participación indígena en el INAI a través de representantes designados por sus comunidades. Sin embargo, esto nunca se implementó.

La situación actual del INAI sigue siendo ambigua; formalmente no tiene estructura ni autoridades y carece por completo de participación indígena, a pesar de lo cual en la práctica funciona como un organismo con capacidad para resolver todos y cualquier asunto relativo a los pueblos indígenas. Así, ejerce su representatividad en eventos y foros internacionales, media en conflictos entre aquellos y los Estados provinciales.

Finalmente, se espera que implemente, en coordinación con los demás organismos oficiales, todas las políticas estatales que tienen como destinatarios a los indígenas. Uno de los mayores obstáculos que impide el desarrollo coherente del INAI, aun en la irregularidad en que se encuentra, es el reducido presupuesto con que cuenta.

Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas 2001

Para entender estos fenómenos de resurgimiento hay que tener en cuenta varias situaciones, una de ellas es la inexistencia de un censo nacional indígena. En el año 1965 se dispuso la realización de un censo que tuvo efectos relativos ya que no se completó. Son de destacar algunas particularidades:

a) Se establecieron únicamente cuatro regiones: Noroeste, Norte Central, Noreste y Sur. No figuraban mencionados: Santa Fe, Córdoba, Santiago del Estero, San Luis, San Juan, Mendoza, La Rioja, Entre Ríos y Tucumán.

b) Se dispuso que comprendería a los grupos que se encuentran en territorio nacional y nombraba a los siguientes pueblos: tobas, pilagá, mocovíes, matacos, chulupíes, chorotis, chiriguanos, guaraníes, caingaes, aymaraes, quechuas, tehuelches, araucanos, guenakén, yamanás y onas. Esta mención nos da una idea de lo que se consideraba existente hace unos cuarenta años atrás.

c) Se contemplaba registrar los nombres con los que los aborígenes y los no aborígenes designaban a los grupos indígenas.

d) Se establecía que se anotaría como indígena a quienes reunieran las características básicas para considerarlos miembros de un grupo determinado o se consideren a si mismos como pertenecientes a algunos de los pueblos clasificados.

e) Indicaba pautas respecto de lo "indígena" y eran: estructura económica en un nivel de subsistencia; constituir una comunidad o grupo; el lenguaje, festividades, vestimenta, artesanías y otros; que expresen una conciencia de pertenencia a un grupo étnico o sea notoria su descendencia de éstos. El censo no se terminó y el trabajo de varios años, con la intervención de estudiantes en sociología y antropología y profesionales en varias disciplinas.

El Censo Nacional de Población, Hogares y Viviendas 2001 se realizó entre los días 17 y 19 de noviembre de 2001. De toda la planilla censal, solo una pregunta se refería a si algún miembro de la casa pertenecía a alguna comunidad indígena y a cual.

El INDEC encaró una serie de reuniones con representantes de organizaciones y comunidades indígenas, ONG's indigenistas, estudiosos, académicos, comisiones de Población de las dos Cámaras del Congreso de la Nación, además de los funcionarios del INAI. El objetivo de estas reuniones era discutir propuestas de preguntas a efectuar en el Censo 2001 y otras cuestiones relativas a su implementación. Como resultado de las mismas se consensuó el texto de la pregunta 2 de la cédula censal que se aplicó en todo el país. Las pruebas previas se llevaron a cabo en 1999 y 2000, con participación de miembros de las comunidades indígenas locales y observadores indígenas de otras zonas. Durante el 2001 se buscó ampliar la participación indígena a través de cuatro reuniones regionales entre el INDEC, el INAI y representantes de organizaciones y comunidades. Se realizó, además, una reunión nacional. El objetivo de estos encuentros era alcanzar acuerdos para la participación directa de los indígenas en la capacitación de los censistas y en la difusión del censo, y crear instancias de articulación con el INDEC a fin de diseñar el contenido de la encuesta complementaria 2002 y proponer la metodología a aplicar.

Pero estos objetivos no pudieron alcanzarse plenamente por diversas razones. A pesar de las intenciones de los técnicos del INDEC, en todas las reuniones regionales la queja persistente de los pueblos indígenas fue que ellos no habían tenido participación en el diseño de la ley y su implementación. Esta queja fue más allá, y en la reunión nacional los participantes indígenas elaboraron un documento muy fuerte en contra del Censo. Además, la Comisión de Juristas Indígenas en Argentina (CJIA) presentó un recurso de amparo en el que solicitó la postergación del mismo, alegando que no habían tenido participación en las condiciones establecidas por el Convenio 169 de OIT y la Constitución Nacional (art. 75, inciso 17) Finalmente la situación desencadenó en una toma de las instalaciones del INAI por parte de distintos representantes de las comunidades indígenas; respecto al tema que nos interesa se efectuaban los siguientes reclamos:

“Los Pueblos Originarios estamos tomando las instalaciones del INAI (Instituto Nacional de Asuntos Indígenas) [dirigido por Alejandro Raúl Isla], después de haber agotado todas las instancias [de reclamación] a nivel institucional.

Con esta acción estamos exigiendo la presencia en el lugar del ministro de Desarrollo y Acción Social, Daniel Sartor, para la rápida y efectiva resolución de los siguientes puntos. Exigimos:

Postergación del censo solicitado a los Pueblos Originarios. Rediagramación del mismo con la participación de nuestras comunidades (Hace ya 22 días que se entregó un manifiesto al Estado Argentino, en el cual se le instaba a expedirse sobre el contenido de la demanda).

Inmediato cumplimiento de los acuerdos que contiene el Convenio 169 de la OIT, en su totalidad.

Mejorar los mecanismos de participación y consulta en toda política que nos involucre, cumpliendo de esta manera con la legislación nacional internacional que así lo dispone.

Es de destacar que también se efectuaron reclamos tendientes a mejorar la calidad de la salud y la educación entre otras.

Finalmente, el Censo se llevó a cabo y en algunas provincias contó con la participación directa de censistas y capacitadores indígenas. Sin embargo, muchos indígenas niegan su validez.

En la actualidad se desconoce si se habrá de llevar a cabo la encuesta complementaria debido a la falta de presupuesto. De acuerdo a la última información suministrada por el INDEC, el tema se estaría tratando de manera prioritaria, esperándose una respuesta favorable en los próximos meses.



Conclusión:

Después de haber analizado todo el material, creemos que todavía queda mucho por hacer. Si bien los intentos que se han hecho, son válidos, no han sido suficientes para obtener un conocimiento acabado de la actual situación poblacional de las comunidades indígenas.

Creemos que la ley 23.302 es impecable en su redacción, sin embargo no creemos que sea operativa en este momento, por todo lo expuesto. Será necesaria la implementación de otros mecanismos o mejor aún, de un mayor aprovechamiento de los ya existentes para lograr objetivos fecundos.

El cambio debe producirse de raíz y no solo los gobernantes y legisladores son los encargados de realizarlos.

Nosotros, desde nuestro lugar de estudiantes, de hijos, de padres, debemos comenzar una nueva era. Comprender que la diferencia es necesaria es el punto de partida del trabajo que hay que hacer. La discriminación no debe ser entendida solo en sentido negativo.

Los intentos de conformación del Consejo de Pueblos Indígenas del INAI están así viciados de representación legítima. La selección arbitraria y la capacitación limitada a determinadas personas que concentran la facultad de representación de los intereses de los pueblos indígenas en su conjunto parecen ser, por el momento, los mecanismos habituales.

Por el otro, es necesario que los funcionarios estatales acepten que el tipo de participación que se reconoce a los pueblos indígenas y que el Estado está obligado a proteger es la que se basa en la capacidad que los mismos tienen de decidir libremente qué hacer con sus vidas y establecer de acuerdo con ello las prioridades y metodologías que mejor convengan a sus intereses.

Por último solo nos resta expresar nuestro agradecimiento a la cátedra en su conjunto, desde la Dra. Zamudio hasta todos sus colaboradores que desinteresadamente han dedicado su tiempo y conocimiento para ponerlo a nuestro servicio mostrándonos que hay una realidad distinta, que no conocemos y que muchas veces pasa desapercibida frente a nuestros ojos.





Bibliografía:

Constitución de la Nación Argentina

Constituciones Provinciales

Convenio 169 OIT

Iturralde, Diego: “Pueblos indígenas, derechos económicos, sociales y culturales y discriminación” Ponencia presentada en oportunidad de la visita al país de la Alta Comisionada de Derechos Humanos, Sra. Mary Robinson, octubre 2001.

Ley 23.302

Revista Koeyu Latinoamericano, 30 de octubre de 2001

www.indigenas.bioetica.org

www.indec.gov.ar

www.madryn.com

www.un.org

ARGENTINOS AINDA SE ACHAM EUROPEUS


Os Argentinos ainda se colocam como os europeus da América Latina.
Isto se expressa na população branca que colonizou os descendentes dos índios que são em sua maioria pobres.São vistos nas ruas, em serviços pesados junto com imigrantes da BOLÍVIA, PERU entre outros.

domingo, 4 de julho de 2010

ROBERTO PIVA FALECE



Tome-se, como referência, seu "Poema XIV", de 20 Poemas com Brócoli, dedicado ao Carlinhos:

"vou moer teu cérebro. vou retalhar tuas

coxas imberbes & brancas.

vou dilapidar a riqueza de tua

adolescência. vou queimar teus

olhos com ferro em brasa.

vou incinerar teu coração de carne &

de tuas cinzas vou fabricar a

substância enlouquecida das

cartas de amor." (20 Poemas com Brócoli, 1981)

Poeta Roberto Piva morre em São Paulo

Poeta Roberto Piva morre em São Paulo
JULIANNA GRANJEIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA




O poeta Roberto Piva, 72, morreu às 15h30 deste sábado. Ele estava internado no InCor (Instituto do Coração), em São Paulo, desde o dia 13 de maio.


Poeta Roberto Piva, que morreu em SP aos 72 anos
Segundo a assessoria do hospital, Piva teve falência múltipla dos órgãos em decorrência de insuficiência renal. O poeta sofria de mal de Parkinson há cerca de dez anos e descobriu um câncer na próstata, em metástase, durante a internação. Em janeiro, Piva já havia passado por uma angioplastia.

O caos da cidade de São Paulo era sua maior fonte inspiradora. Em "Paranoia", publicado em 1963 e relançado em janeiro deste ano, Piva mergulhou em "torres chumbo", na "constelação de cinza" da metrópole e em "almas inoxidáveis flutuando sobre a estação das angústias suarentas". Sua obra completa foi publicada em três volumes pela editora Globo.

O corpo de Roberto Piva será velado a partir das 23h no cemitério do Araçá, na região do Pacaembu (zona oeste de São Paulo). Às 11h deste domingo (4), o corpo seguirá para o crematório da Vila Alpina (zona leste).

Rebeldia

"O Piva é o poeta da rebelião. Fala-se muito da mitologia Piva rebelde andando pelas ruas de São Paulo, mas ele não era só isso. Ele trafegou pelo erotismo, pelo místico, ele transcendia", afirma Renata D'Elia, jornalista e escritora, amiga do poeta.

Mesmo internado, Piva --que fazia questão de dizer que não era piedoso-- manteve a postura rebelde. "Há dez dias, ele tentou fugir do hospital. Ele arrancou as sondas, estava bravo e queria sair fora. Ele detestava hospital, achava que era tudo magia negra", afirma Gustavo Benini, 32, companheiro de Piva há mais de dez anos.

Gustavo diz que, mesmo debilitado, Piva estava feliz com o reconhecimento maior de suas obras. "O Piva sempre foi rodeado de pessoas mais jovens. Com a internet e com a publicação de suas obras completas, ele será ainda mais compreendido do que é hoje. Tem até uma comunidade no Orkut em homenagem a ele", diz Gustavo.

Renata afirma que, enquanto Piva ficou internado no começo do ano para a cirurgia cardíaca, ele pediu para que os amigos levassem bloco e caneta para ele no hospital. "Piva sempre escrevia disfarçadamente, deve ter originais não editados", afirma o companheiro do poeta.

sábado, 3 de julho de 2010

GLAUCO MATTOSO BY NOBLAT

POEMA DA NOITE
Soneto 231 majoritário - Glauco Mattoso
Mengão ou Coringão, qual a torcida
mais roxa e numerosa do país?
Do verde o que seria, assim se diz,
se fosse do amarelo a preferida?

Governo, oposição, qual a medida
que vai quantificar tantos brasis?
A voz que vem das urnas contradiz
a popularidade reduzida.

Por mais que façam fé nos fãs ufanos,
o fato é que a torcida corintiana
não é maior que os anticorintianos.

Quanto ao poder, o povo não se engana.
Errado vota até por muitos anos.
Um dia, o saco cheio vence a grana.



Glauco Mattoso é o pseudônimo de Pedro José Ferreira da Silva (São Paulo, 29 de junho de 1951) - É um poeta brasileiro. Seu nome artístico é um trocadilho com glaucomatoso, termo usado para os que sofrem de glaucoma, doença que o fez perder progressivamente a visão, até a cegueira total em 1995. É também uma alusão a Gregório de Matos

sexta-feira, 2 de julho de 2010

SELECCION "Problema de Brasil..." MARADONA E SU EGOISMO,EPERA UN POCO MAS

¿Diego contento por la eliminación de Brasil? Nada que ver: "Tengo cosas más importantes para preocuparme". Dijo que el equipo llega en 8 puntos. Y que no hay que "comerse el chamuyo" de la goleada de Alemania a Inglaterra.

Muchos argentinos festejaron la eliminación de Brasil. Pero Maradona, al llegar a Ciudad del Cabo, puso tranquilidad: “Es un problema de ellos. Yo tengo otro negocio. Pienso en Argentina. Tengo cosas más importantes para preocuparme. No pensamos en quién pierde. Sólo en nuestro partido”.
CLIQUE NO TÍTULO E VÁ A VIDEO

ARGENTINOS NOS CHAMAM DE LARANJA-APÓS DERROTA

ELES NOS CHAMAM ASSIM, MAS NÃO QUANDO EMPRESTAMOS R E A L E S PARA ELES

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Essa história está diferente: dez contos para canções de Chico Buarque

Livro sobre músicas de CHICO BUARQUE decepciona.
Essa história está diferente: dez contos para canções de Chico Buarque inclui histórias de autores como Luis Fernando Verissimo, João Gilberto Noll, Xico Sá, Rodrigo Fresán, Mario Bellatin e Mia Couto. Entre as músicas contempladas na obra estão Construção e Ela faz cinema. Os eventos serão realizados nas unidades da Caixa Cultural de cada cidade e terão a presença de alguns dos autores, além de Bressane.
Lamentável!
Contos demasiados extensos , apesar de bons autores e boas idéias

Brasil en argentino

Brasil en argentino
Autor de una obra que vincula el arte de los dos colosos del Mercosur, Schwartz reflexiona sobre vanguardia y política.
Por: FRANCO TORCHIA
CITA. Schwartz participará el jueves de un coloquio en Proa.
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Nombre propio y cita ineludible del circuito académico latinoamericano, Jorge Schwartz imaginó a fines de los 70 un diálogo inédito entre la obra y la vida de Oliverio Girondo y la del poeta brasilero Oswald de Andrade. A partir de allí, su propia vida y su propia obra crítica no han cesado de tender líneas insospechadas entre Brasil y la Argentina. Antes de llegar a Buenos Aires donde participará el próximo jueves del Coloquio Internacional El Universo Futurista en Proa respondió algunas preguntas de Ñ.

-¿Cómo definiría la relación entre vanguardia y política en el caso sudamericano?

-De la misma forma que en América Latina importamos las vanguardias, también hemos reproducido muchas de sus tensiones.
No ya por un afán de imitación, sino por las alianzas políticas internacionales y las crisis sociales que surgen en las primeras décadas del siglo XX en nuestros países. En literatura una de las cuestiones hoy consideradas históricas y muy estudiadas es, en la Argentina, el caso clásico de Boedo y Florida; más que la literatura propiamente dicha, son las revistas de época las que mejor han retratado el "eco" de las vanguardias europeas. Así como se acusa a las vanguardias estéticas de ser un fenómeno de importación internacional, lo mismo ocurre con los movimientos políticos; la revista Claridad, inspirada en Clarité de Henri Barbusse, o La campana de palo, son el mejor ejemplo de la internacionalización de los conf lictos de izquierda. La tensión política / poética surge de forma muy distinta en las innumerables revistas. La mejor, para mí, fue la peruana Amauta de Juan Carlos Mariátegui.

- ¿Qué permanece y qué se perdió de las "aventuras" de Girondo y de Andrade?

-Para sorpresa mía, estos autores crecieron a lo largo de las últimas décadas, y la reedición permanente de sus obras son la mejor prueba de su permanencia.
Lo que sin duda se ha perdido es exactamente esa "aventura", o sea, la fusión arte / vida. La mayor parte de los escritores, así como los intelectuales, pasan hoy por los filtros académicos, por el fenómeno del mercado, por las ferias comerciales y por los agentes literarios. Hubo una especie de esterilización de las costumbres y del sentido de la vida cotidiana.
Cuando leemos las memorias de estos escritores, es impresionante ver cómo se visitaban, las correspondencias que mantenían, costumbres hoy anuladas por el inmediatismo de Internet. No estoy contra la modernidad, pero siento que estamos en otro planeta y que si existen todavía "aventuras", están en otro lugar.

-¿Qué reflexión le merecen los campos artísticos contemporáneos de Brasil y la Argentina?

-Brasil tuvo artistas que estarían hoy asombrados de enterarse que sus obras son disputadas a siete dígitos, y que murieron prácticamente sin recursos: Tarsila do Amaral, Ismael Nery o el propio Oswald de Andrade. Es verdad que gran parte de mis trabajos vincula el Brasil a la Argentina, aunque en Las vanguardias latinoamericanas busqué un perfil continental más amplio. Por ser hijo de una fotógrafa o por el intenso placer que puede causar el ejercicio de la mirada, llegué a la cultura del ekfrasis; en mis cursos en la universidad y en los ensayos, siempre aproximé la palabra a la imagen. El primer resultado fue la muestra De la Antropofagia a Brasilia. Hace dos años me invitaron a dirigir el Museo Lasar Segall en San Pablo. Nos dedicamos a la difusión de Segall y del expresionismo. Por todo esto, pienso que hoy el arte brasileño tiene mucho más difusión en la Argentina que en cualquier otro momento.

-A más de veinticinco años de la publicación de "Vanguardia y cosmopolitismo en la década del 20", ¿qué revisión puede realizar de ese texto considerado clásico?

-Fue una gran novedad en su momento comparar y contrastar las vanguardias argentinas con las brasileñas, hermanar a Oliverio Girondo con Oswald de Andrade. Creo que establecí como método comparativo el análisis de momentos culturales y lenguajes en principio distantes entre sí.
Pero pienso que en su momento lo estético prevaleció por sobre lo ideológico, en vez de una lectura de cuño más social, como podría haberlo hecho en aquel momento inspirado en Lucien Goldman o en Pierre Bourdieu. Pero no creo, hasta hoy, que alguna ideología pueda sustituir la penetración del análisis literario.

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