REDES

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Há nos Estados Unidos um cansaço da guerra?

Os Estados Unidos estão atualmente envolvidos em três guerras no Oriente Médio – no Afeganistão, no Iraque e, agora, Líbia. Os Estados Unidos têm bases por todo o mundo, em mais de 150 países. Na atualidade, mantem tensas relações com Coreia do Norte e Irã e nunca descartou a ação militar.

Por Immanuel Wallerstein, em La Jornada

uando começou em 2002, a guerra no Afeganistão teve um fortíssimo apoio da opinião pública estadunidense e um grande respaldo em outros países. A guerra no Iraque teve quase tanto respaldo da opinião pública estadunidense, quando começou em 2003, mas muito menos apoio em outros países. Agora, os EUA estão a meio caminho na Líbia. Menos da metade do público estadunidense respalda as ações e há muita oposição no resto do mundo.

As pesquisas mais recentes nos EUA mostram oposição não só à operação na Líbia, como também a permanecer no Afeganistão. Já há quem fale de um cansaço da guerra, como é compreensível que exista, já que é difícil argumentar que o país tenha saído vitorioso de qualquer um destes conflitos.

O conflito na Líbia caminha para se tornar um atoleiro prolongado. No Afeganistão, todo o mundo está tentando encontrar uma solução política, que implica a participação dos talibãs no governo e, talvez, ainda no curto prazo, que assumam o poder plenamente. No Iraque, os EUA planejam retirar suas tropas no dia 31 de dezembro.

Washington ofereceu manter 20 mil homens por mais tempo, sempre e quando o governo iraquiano solicitar. O primeiro ministro iraquiano, Nuri Maliki, poderia ceder a esta tentação, mas os sadristas (movimento nacional fundamentalista islâmico do Iraque) já disseram que se fizer isso retirarão seu apoio e seu governo cairá.

O mais interessante, porém, é o que provavelmente ocorrerá no próximo ano na política interna estadunidense, conforme nos aproximamos das eleições presidenciais. Desde 1945, o Partido Republicano tem feito campanha como o partido que respalda com força os militares, acusando os democratas de serem frouxos nesta área. Os democratas sempre reagiram buscando provar que não são moles, e, na prática, não tem havido muita diferença nas políticas reais empreendidas por esses partidos quando estão na presidência. De fato, as maiores guerras (Coreia e Vietnã) começaram no mandato de presidentes democratas.

O Partido Democrata sempre teve um grupo, considerado sua ala esquerda, crítico destas guerras, e esse grupo continua existindo e protestando. Mas, entre os políticos eleitos, estes democratas sempre foram uma minoria, que é totalmente ignorada.

O Partido Republicano estava mais unido em torno de um programa de apoio constante aos militares e às guerras, Foram raros os políticos republicanos que tiveram um ponto de vista diferente. Estes surgiram da área libertária do partido, e a pessoa mais notável que encarna esse ponto de vista é o representante Ron Paul, do Texas. Ele foi também um dos poucos políticos que pensou ser uma má ideia manter um respaldo ilimitado dos Estados Unidos a Israel.

No momento, já nos encontramos na corrida pela presidência. Barack Obama será o candidato democrata. Ninguém o desafiará dentro do partido. O panorama republicano é bem oposto. Há 10 ou 12 candidatos disputando a indicação e nenhum deles é claramente favorito. A corrida dentro do partido está totalmente aberta.

O que significa isso para a política externa? Ron Paul busca a indicação. Em 2008, quase não tinha respaldo. Agora, está em uma situação melhor. Isso se deve, em parte, a suas fortes posturas sobre as políticas fiscais, mas suas posições sobre a guerra também estão atraindo atenção. Além disso, um novo candidato entrou no ring: Gary Johnson, um ex-governador republicano do Novo México. Ele também é um libertário, ainda mais forte que Paul em assuntos relacionados com a guerra. Johnson defende uma retirada total imediata no Afeganistão, Iraque e Líbia.

Dada a vasta dispersão na direção de vários candidatos potenciais, não há dúvida de que haverá programas de televisão onde todos os candidatos republicanos falarão e debaterão. Se Johnson fizer do assunto da guerra um grande argumento de campanha, isso exigirá que os demais candidatos republicanos abordem o tema também.

Uma vez que isso ocorra, descobriremos que os chamados republicanos do Tea Party estão profundamente divididos quanto ao envolvimento do país na guerra. Muito cedo os EUA estarão debatendo esse tema. Barack Obama descobrirá que a posição centrista que vem procurando manter moveu-se para a esquerda. Se ele quiser permanecer sendo um centrista, também deverá se mover para a esquerda.

Isso implicará uma virada importante na política estadunidense. A ideia de que as tropas devem retornar para casa tornou-se uma possibilidade séria. Alguns ficarão irritados porque os EUA estariam, assim, exibindo debilidade. E, de certa forma, isso está certo. É parte da decadência estadunidense. No entanto, lembrará aos políticos estadunidenses que lutar guerras exige um sério apoio da opinião pública. E nesta combinação de pressões geopolíticas e econômicas que todo mundo sente, o cansaço da guerra é um sério fator a se considerar daqui em diante.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Noam Chomsky: “El secretismo de los gobiernos es la defensa de esos gobiernos contra su propia población”

Ñ Digital comienza con una serie de entrevistas y análisis sobre fenómeno WikiLeaks. Aquí, una charla con uno de los intelectuales más importantes del Siglo XX y también uno de los críticos más virulentos de los Estados Unidos.

POR ANDRES HAX - ahax@clarin.com





SOBRE WIKILEAKS: "Mientras la accesibilidad a la información aumente con las modalidades electrónicas habrá más casos similares a este."
Etiquetado como:Noam ChomskyWikiLeaks
MÁS INFORMACIÓN
Carlos Fuentes: “La vida pública debe estar abierta al conocimiento del público, esconderla le corresponde al pasado”
Richard Stallman: “WikiLeaks es un modo de resistencia contra estados que odian nuestras libertades”
Jon Lee Anderson: “Me incomoda ver cómo nuestros diarios se convierten en filtros para filtraciones”
Las últimas revelaciones del sitio WikiLeaks han puesto a la comunidad internacional, a la diplomacia, al gobierno de los Estados Unidos y al periodismo mismo en un estado de debate, alerta y consternación. Aun es imposible predecir cuáles serán los efectos de las acciones actuales (pasadas y futuras) de la enigmática organización, liderada por el enigmático ¿periodista? ¿provocador? ¿activista? ¿hacker? australiano Julian Assange. A un lado del espectro de opinión se ubican los esperanzados que marcan estas acciones como un paso hacia la transparencia en las maniobras y acciones de los gobiernos del planeta. En el otro extremo se ubican los que acusan a Assange de ser casi un cómplice del terrorismo internacional; alguien que, lejos de estar cumpliendo un ideal periodístico, esta poniendo en riesgo las vidas de personas.

Entre ambas visiones se abre un debate gigantesco para el que Ñ Digital convoca a intelectuales y pensadores de distintos rubros. Este es el turno de Noam Chomsky, el lingüista más importante del siglo XX y uno de los críticos más prolíficos y feroces del gobierno de su propio país, los Estados Unidos. Desde su despacho en el Massachusetts Institute of Technology, en Cambridge, Massachusetts, contundente Chomsky ofreció algunas de sus impresiones iniciales sobre este tema que ocupa las tapas de todos los diarios del mundo en estos días.

¿Considera que lo que esta haciendo WikiLeaks es una forma legítima y ética del periodismo? ¿Y cuáles serán las consecuencias de estas revelaciones al corto y largo plazo?

Vale la pena recordar que el secretismo de los gobiernos se trata, sustancialmente, de la defensa del gobierno contra su propia población. Y en una sociedad democrática la población tendría que saber qué está haciendo su gobierno para poder monitorearlo y —de hecho— determinar qué hace el gobierno. Ahora, hay excepciones con las cuales todos están de acuerdo, pero en general el caso es así. Yo no he leído todos los cables, por supuesto, pero de lo que he visto me parece que ilustra la significancia de este punto: hay cosas en los cables que los gobiernos no quisieran que su propia población supiera.

Creo que es una forma legítima del periodismo, pero creo que se tomarán medidas severas para bloquearlo.

¿Lo sorprende el trabajo que esta haciendo WikiLeaks

No es completamente nuevo. Ha habido muchas filtraciones antes —los Papeles del Pentágono, por ejemplo, en la cual yo participé, fue muy importante y más sustancial que este último. No me sorprende. Creo que mientras la accesibilidad a la información aumente con las modalidades electrónicas habrá más casos similares a este.

Qué WikiLeaks eligiera a medios tradicionales para editar y emitir las filtraciones en un primer instante, ¿es contradictorio con su postura filosófica de apertura?

Creo que no. Supongo que lo podrían haber subido directamente a Internet. Pero de esa manera circularía solamente dentro de la cultura de Internet y no entre un público general.

¿Cómo están manejando la información los medios estadounidenses?

Antes que nada tenemos que tener en cuenta que desde el principio hay un mecanismo de filtros muy severo. Entonces, los cables diplomáticos mismos proveen al gobierno lo que los diplomáticos quieren que sepan y lo que asumen que el gobierno mismo quiere oír. Entonces ya de entrada están muy editados, desde el principio.

Por ejemplo, uno de los cables más incendiarios salidos hasta ahora: el rey Saudita llamando por el bombardeo de Irán. Bueno. Eso fue seleccionado. No sabemos el contexto. Solo tenemos las frases que eligieron los diplomáticos.

Después hay una forma de censura mucho más severa que son los títulos de los diarios que dicen que los estados árabes están aterrorizados por Irán y que quieren que los Estados Unidos hagan algo al respeto. Bueno, hay un hecho muy significante escondido en esta cuestión: hay encuestas de opinión del occidente árabe. La más reciente fue publicado por el Brookings Institute el mes pasado —una encuesta muy cuidadosa— que mostró que en el mundo árabe el 10 por ciento de la población ve a Irán como una amenaza, mientras que un 80 por ciento ve a los Estados Unidos e Israel como una amenaza. Esto no se revela acá [en estas noticias]. Antes que nada, a los diplomáticos no les importa, no les importa la gente, solo les importan los dictadores. Al Departamento de Estado tampoco le importa, por las mismas razones, y aparentemente a los medios tampoco les importa: porque esto es información pública… Y todo esto refleja un profundo desprecio por la democracia. Y no solo en el gobierno, también en la cultura intelectual y de los medios. Esto es otro tipo de selección; selección severa. Y si miras a los otros documentos publicados ves muchos casos similares.

¿Estos cables demuestran que la administración de Obama es, en muchas formas, una continuación de la de Bush?

Sí, pero eso ya lo sabíamos.

¿Tiene algún mensaje esperanzador de cara al futuro?

Bueno, mi último libro publicado se llamó Esperanzas y perspectivas que salió primero en castellano, porque su origen fue en charlas que di en Sudamérica… La parte de esperanza es mayormente sobre Sudamérica. Creo que han estado pasando cosas de gran esperanza allí en la última década. No podemos predecir la historia humana. Pero si miras hacía atrás puedes encontrar un momento cuando parecía imposible que se abandonará la esclavitud, o que se permitiría derechos a las mujeres… Las cosas cambian. Pero cambian si la gente las cambia. No cambian solas y no cambian gracias a los líderes políticos.

Pedro Tamen vence Grande Prémio de Poesia da APE PT 04.05.2011 - Cláudia Carvalho

Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) /CTT com a obra de poesia "O Livro do Sapateiro"
O escritor Pedro Tamen venceu o Grande Prémio de Poesia 2010 da Associação Portuguesa de Escritores (APE) /CTT com a obra "O Livro do Sapateiro", editada no ano passado pela D. Quixote.
O galardão, no valor de cinco mil euros, foi instituído em 1989, tendo já distinguido, entre outros, Eugénio de Andrade, António Ramos Rosa, Natália Correia, Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Manuel Gusmão, Gastão Cruz, Manuel António Pina, José Agostinho Baptista, Ana Luísa Amaral e Fiama Hasse Pais Brandão.

"Não estava nada à espera disto", disse ao PÚBLICO Pedro Tamen, explicando que até se tinha esquecido da existência do prémio. "Foi uma coisa em que nunca pensei."
Segundo o comunicado da APE, o júri, constituído por Ana Marques Gastão, Fernando J. B. Martinho e Francisco Duarte Mangas, decidiu, por maioria, premiar Pedro Tamen.
"Eu vejo sempre o valor do prémio através do valor que atribuo ao júri e o júri deste prémio é constituído por pessoas por quem tenho muita consideração e isso ainda enaltece mais esta vitória", acrescenta o escritor.
Esta é a segunda vez que Tamen é distinguido com "O Livro do Sapateiro", depois de em Fevereiro ter vencido o prémio Correntes d'Escritas, no valor de 20 mil euros. O que distingue esta obra? "É uma renovação temática na minha poesia. Os livros anteriores são muito negros e este é o oposto, é uma história aberta para o mundo, para a poesia", conclui.
Pedro Tamen nasceu em Lisboa, em 1934 e, entre outras coisas, foi presidente do P.E.N. Clube Português, de 1987 a 1990 e presidente da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Escritores. Ao longo dos anos, o escritor já foi distinguido com o Prémio D. Dinis (1981), o Prémio da Crítica (1991), o Grande Prémio Inapa de Poesia (1991), o Prémio Nicola (1997), o Prémio da Imprensa e o Prémio do PEN Clube (2000).

Twingly procura de blogue

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Do blog de Emir Sader 1º de Maio

O homem se diferencia dos outros animais por vários aspectos, mas o essencial é a capacidade de trabalho. Os outros animais recolhem o que encontram na natureza, enquanto o homem tem a capacidade de transformar a natureza. Para produzir as condições da sua sobrevivência, o homem transforma o meio em que vive, pela sua capacidade de trabalho, gerando a dialética mediante a qual ele modifica o mundo e ao mesmo tempo se modifica, intermediado pela natureza.

Ao longo do tempo, a constante das sociedades humanas é a presença dos trabalhadores, sob distintas formas – escravos, servos, operários -, responsáveis pela produção dos bens da sociedade. A forma de exploração da força de trabalho é que variou, definindo o caráter diferenciado de cada sociedade.

Porém, a exploração do trabalho por outras classes sociais fez com que o trabalhador não controlasse sua força de trabalho, produzindo para a acumulação de riquezas dos outros. O trabalho foi sempre um trabalho alienado, em que os trabalhadores produzem, mas não são donos do produto do seu trabalho, nem decidem o que produzir, como produzir, para quem produzir, a que preço vender o que produzem. E tampouco são remunerados pela riqueza que produzem, recebendo apenas o indispensável para a reprodução da sua força de trabalho. Quem se apropria do fundamental da riqueza produzida é o capital, que assim acumula, se expande, se reproduz, enquanto os trabalhadores apenas sobrevivem.

Um dos fenômenos centrais para a instauração do capitalismo foi o término da servidão feudal, com os trabalhadores ficando disponíveis para vender sua força de trabalho para quem possui capital. Estes vivem do capital e da exploração da força de trabalho dos trabalhadores, enquanto estes, dispondo apenas dessa força tem que vendê-la, para poder acoplá-la a meios de produção, nas mãos dos capitalistas.

Essa imensa massa de trabalhadores que passou a produzir toda a riqueza das sociedades contemporâneas foi objeto de um processo de intensa exploração do seu trabalho, com condições brutais de trabalho, jornadas longas – de 14 ou até 16 horas. Na resistência a essas condições de exploração foi se organizando o movimento operário, tanto em sindicatos, como em partidos políticos, gerando um protagonista essencial na democratização das nossas sociedades.

A direita não perdoa os sindicatos. Na ultima campanha eleitoral brasileira e na velha mídia, os dirigentes sindicais não são tratados como representantes democráticos e legítimos dos trabalhadores, mas quase como gangsters, que se infiltram no governo para defender seus interesses contra os interesses da maioria. Faz parte do ódio que as velhas elites têm do povo brasileiro, que é trabalhador, que produz as riquezas do Brasil, que trabalha jornadas longuíssimas, é explorado pelas grandes empresas, mas não teve, até recentemente, possibilidade de fazer ouvir sua voz no país e no Estado.

Neste Primeiro de Maio, Dia dos Trabalhadores (e não do Trabalho, como insiste a velha mídia), é preciso recordar que a data vem de uma grande manifestação realizada em Chicago em 1886, pela diminuição da jornada de trabalho para 8 horas, duramente reprimida pela polícia, com a morte de vários trabalhadores.

Que a jornada é praticamente a mesma, embora as condições tecnológicas para explorá-la tenha avançado gigantescamente e, com ela, os lucros das grandes empresas que exploram os trabalhadores. Um momento propício para avançar no projeto de redução da jornada de trabalho, para fazer um mínimo de justiça ao esforço heróico e anônimo dos milhões de trabalhadores que constroem o progresso do Brasil.

domingo, 1 de maio de 2011

El escritor argentino, autor de 'El Túnel' y 'Sobre héroes y tumbas', falleció a los 99 años.

"Siempre tuve miedo al futuro, porque en el futuro, entre otras cosas, está la muerte", había dicho algunas vez Ernesto Sábato. Ese futuro llegó ayer y el 'Maestro' como todos lo llamaban con un convencimiento fuera de toda discusión, aún para los que disentían de sus posturas filosóficas y políticas, perdió definitivamente ese, uno de sus grandes miedos. El autor de
'Sobre héroes y tumbas' falleció ayer a los 99 años, víctima de una bronquitis, según lo anunció su compañera, Elvira González Fraga.
El deceso del reconocido escritor tuvo lugar a las 1:30 de la madrugada en su casa del barrio bonaerense de Santos Lugares, en vísperas de un homenaje que tendrá lugar hoy en la Feria del Libro de Buenos Aires.
"Ernesto tuvo una buena vida porque fue muy querido", explicó Elvira a los periodistas. Las escenas de consternación y de pausible dolor comenzaron a ganar a intelectuales y a personalidades de la política, pero mucho a sus vecinos del barrio en donde vivió (con algunas interrupciones) desde 1945 y al que le había dedicado mucho de su tiempo.
Su hijo, el cineasta Mario Sábato, anunció que se cumplirá una de sus voluntades, la de ser velado en el modesto club de su barrio, ubicado frente a su casa, el Defensores de Santos Lugares, para que "me vaya acompañado de los vecinos y que me recuerden, a veces un poco cascarrabias, pero, sobre todo, un buen tipo", habría dicho el escritor.
En efecto, la capilla ardiente se abrió al caer la tarde y sus vecinos de siempre fueron los primeros en ingresar.
Polifacético y polémico, Sábato fue reconocido en todo el mundo no sólo como el autor de una de las novelas más importantes y mejor logradas del Siglo XX, como la crítica internacional había catalogado a 'Sobre Héroes y Tumbas' (1961), sino también como un activistas a favor de los derechos humanos y de los que más sufren, algo que sobresalió durante los nueves meses en que presidió la Comisión Nacional por la Desaparición de Personas (Conadep), con el informe "Nunca más" en 1984, recién acabada la dictadura militar o en su vasta obra ensayística.
Su papel contra la dictadura había comenzado después de que uno de sus ensayos que componían el volumen 'Apologías y Rechazos' fuera censurado, lo que le valió innumerables críticas, lo mismo que haber aceptado junto a Jorge Luis Borges una invitación del dictador Jorge Videla para compartir un almuerzo en 1977.
Aún así, se erigió en un luchador incansable de la democracia y de los que sufren, hasta convertirse en un militante incasable de la condición humana.
Había jurado que iba a luchar por eso hasta su muerte, este científico desengañado de la física, que supo trabajar al lado de Marie y Piere Curie en su instituto en París y que a los 40 años abandonó la ciencia para dedicarse a la literatura. También incursinó en la plástica gracias a su amigo el cubano Wilfrido Lamm, para quien vivir era "construir futuros recuerdos".
Desde Madrid, la directora del Instituto Cervantes, Carmen Caffarell, consideró su 'Informe sobre ciegos', una de las obras capitales, al tiempo que lo definió como "uno de los grandes, un inmenso escritor que abandonó las matemáticas y la física, por la literatura, para intentar recrear la armonía de la ciencia en los seres humanos".
Había sido galardonado con varios premios internacionales como el Cervantes y el Menéndez y Pelayo.
El centenario
Junto al de la Feria del Libro de hoy, sus amigos y familiares venían organizando el festejo de sus 100 años, que los hubiese cumplido el próximo 24 de junio.
Los últimos años los pasó en su casa, casi sin salir, y como estaba prácticamente ciego, había abandonado la escritura y la lectura.
Ayer, esa inmensa obra que supo levantar en casi una centuria, surgió a borbotones de recuerdos y de aplausos. El futuro había llegado y don Ernesto Sábato le perdió definitivamente el miedo para ingresar en el parnaso más selecto de los argentinos.
Los premios especiales para Sábato
Recibió uno de los más cálidos homenajes a un hombre de las letras en Argentina, en el 2004, durante el III Congreso de la Lengua, cuando el escritor José Saramago le dedicó el discurso, que arrancó prolongados aplausos de los asistentes y lágrimas de Sábato. "Cuando lo fui a visitar a Santos Lugares, dijo Saramago, ofrecí a Sábato el 'Ensayo sobre la ceguera', él quiso saber qué ciegos eran estos míos y yo le hablé de los suyos. ('Informe sobre ciegos'). Regresé años después a Santos Lugares, luego fuimos coincidiendo aquí y allí del mundo, en Madrid, en Badajoz, en Lanzarote, cada vez más próximos el uno del otro en la inteligencia y en el corazón, él, hermano mayor, yo, sólo un poco más joven, dos seres que, en el exacto momento en que finalmente se encontraron, comprendieron que se habían estado buscando". El otro premio pudo verse ayer cuando sus humildes vecinos lo recordaron como uno más en el barrio.
JOSÉ VALES
Corresponsal de EL TIEMPO
BUNOS AIRES

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O adorado artista plástico Ai Weiwei foi abduzido pelo governo chinês



















As elites chinesas são grandes compradores de arte e sensíveis à comunidade artística internacional. Vamos gerar um apelo para a principais galerias e artistas pararem de organizar exposições na China até que o Ai Weiwei seja solto:



O artista chinês conhecido e amado no mundo todo Ai Weiwei foi abduzido pelas forças de segurança da China. Todo vestígio da vida e da arte de Ai foi apagado da internet chinesa, e sua única esperança pode ser uma manifestação global por sua libertação.

Temeroso pelos protestos pró-democracia que têm varrido o mundo, o governo tem reprimido centenas de artistas, intelectuais, estudantes e cidadãos chineses críticos ao governo. Mas ao redor do mundo, artistas e amantes da arte começaram a se manifestar em solidariedade a Ai.

A elite chinesa é uma grande consumidora de arte contemporânea, e está planejando uma grande feira de arte em Beijing. Se artistas e galerias internacionais permanecerem distantes da China até que Ai seja libertado, eles atingirão o regime. Vamos construir uma onda global massiva de apoio para que os principais artistas e galerias parem de exibir suas obras na China até que Ai Weiwei seja libertado. Nós entregaremos a petição na próxima Bienal de Veneza e em outras mostras:

http://www2.avaaz.org/po/artists_for_ai_weiwei/?vl

Dezenas de galerias e artistas de mais de 15 países estão neste momento se preparando para a Beijing Art Expo e outras mostras. Nós apresentaremos nossa petição a todos os artistas e galerias proeminentes, e apresentaremos suas respostas em nosso site, mobilizando o mundo artístico a se posicionar fortemente em favor de Ai e de todas as outras pessoas presas por expressarem suas opiniões.

A China por vezes parece imune à pressão internacional, mas o ativismo artístico poderá funcionar. Quando estrelas do esporte permaneceram distantes da África do Sul, chamaram a atenção para o regime brutal de apartheid, apressando a libertação de Nelson Mandela. Junto com artistas e marchands internacionais nós podemos conseguir agora alcançar o mesmo efeito.

O crime de Ai Weiwei foi se manifestar contra a corrupção e a injustiça na China. Por princípio ele se demitiu da equipe que estava projetando o estádio olímpico "Ninho de Pássaro", criticou a corrupção por trás das escolas pobremente construídas que mataram crianças no terremoto de Sichuan e expressou esperança de que as revoluções no Oriente Médio possam levar à mudança na China. Agora ninguém sabe onde ele está sendo mantido e porquê. Vamos convocar artistas e galerias a se unirem pela libertação de Ai Weiwei:

http://www2.avaaz.org/po/artists_for_ai_weiwei/?vl

Os pais de Ai passaram 16 anos em um campo de trabalhos forçados por seus princípios. Naquele tempo a China estava isolada do mundo, mas agora os tempos mudaram. As nossas vozes contam - vamos usá-las agora por Ai e pelos artistas vocais da China, e pela nova China que eles estão lutando para criar.