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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Lei obriga Livrarias em Pernambuco a ter cota mínima de autores pernambucanos

Notícia reproduzida, aqui via café Colombo, valoriza autores pernambucanos, o que é de suma importância, face ao imperialismo dos grupos livreiros do país, caso da Siciliano que não segue tais regras.
É necessário democratizar o conhecimento, a literatura, sem privilégios de editoras e grupos de varejo livreiro.
Minha experiência ao visitar cidades, no Brasil, demonstra que há um preconceito pelo autor local, regional, o que determina um falso nacionalismo, e álibis de vender os melhores .
O mundo editorial ditam os melhores peo marketing cultural em demanda em mídias impressas, caso da Veja, da última semana que divulga em capa a bra do adre Marcelo Rossi.
Afora isto,as próprias livrarias recusam nomes regionais em gêneros diversificados como prosa, poesia conto etc...
Paulo Vasconcelos


Cota para livro local?
Pois é amigos. É cota disso e daquilo. Pois agora, o Recife, por iniciativa dos vereadores (que, pelo que eu fiz de coberturas lá, não são de muitas leituras. Embora há excessões, incluindo o próprio autor da lei e a vereadora Priscila Krause) possui uma lei que obriga as livrarias a possuírem uma cota de autores pernambucanos e nordestinos!

Como diz o texto de divulgação da assessoria de Daniel Coelho (PV):


A Lei nasceu de uma parceria entre o Movimento em Defesa do Livro Pernambucanos, liderado pelo escritor e professor Jacques Rimbeboim; a Academia Pernambucana de Letras, através do presidente Valdênio Porto; o Presidente da União Brasileira dos Escritores – Seccional Pernambuco, Vital Correia; e o Vereador Daniel Coelho (PV).

O Projeto de Lei, elaborado por Daniel Coelho, levou dois anos para ser definitivamente transformado em Lei. No início, a proposta foi aprovada por unanimidade na esfera legislativa. Ao chegar nas mãos do prefeito, no entanto, a matéria foi vetada. Mesmo assim, a Câmara manteve seu posicionamento inicial e derrubou o veto enviado pelo prefeito, nesta terça-feira (28). Assim, a matéria foi transformada em Lei.

A Lei estabelece que as livrarias terão que destinar 5% da totalidade de seus títulos para autores pernambucanos (2,5%) e nordestinos (2,5%). Com isso, os escritores terão melhores condições para exibir seus trabalhos. Além disso, a população terá mais acesso a toda a riqueza de nossa cultura literária.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O CASARÃO DAS ROSAS PERDE SUA VIZINHA

Na surdina dos feriados,o capital imobiliário paulista destruiu a história de São Paulo . A casa entre a casa das Rosas e o Sesc foi abaixo,ninguém viu, ninguém percebeu,mas a avenida ficou mais nua. A história foi faqueada e o poder do capital subirá em Torres . Este é o destino de uma cidade que tem o prefeito omisso a história. Cai por terra mais um pedaço da cidade, o capital ,como sempre,vence! Caiu, ninguém viu ninguém chorou mas era carnaval!!!!!!!!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CARNAMÍDIA























Neste número recente da Revista Brasileiros tratei na coluna Palavra de Brasileiros da Mídia e o Carnaval.Um Carnaval espetáculo que tomou o lugar do carnaval popular participativo, como ainda ocorre em Olinda, Recife, Santa Catarina, dos centros maiores, entre outros, afora claro cidade como São Luis do Paraitinga-SP e o interior de Minas, por exemplo.
Mas o que a mídia Televisiva faz é discorrer sobre os carnavais espetacularizados tipo broduei em que é algo fechado, pago, e puro espetáculo para as redes venderem mundo afora.
Neste Carnaval , do Rio, destacadamente, o tema primordial foram estados do Nordeste e figuras da Cultura popular de lá, mas isto é desculpa para mostrar um lado popular,enquanto tema, mas que não resgata a participação popular, ou seja, o povo não entra em passarela, é negócio .
De modo diferente, temos O Galo da Madrugada(REC PE) e O Cordão do Bola Preta,(RJ) aonde o povo esta nas ruas e não se paga, onde o espetáculo é a massa .

A mídia tenta nos enganar com esta espetacularização.
Por outro lado há os que não curtem o Carnaval e descem para o litoral, ou interior como dizemos paulistas; e os que aqui ficam não tem opção de ter eventos.
O estado do Ceará, e Pernambuco preparou eventos paralelos em música nas regiões serranas do estado para atrair um público que não quer o carnaval estereotipado.

No Ceará, no carnaval, o jazz e o blues vão compor a trilha sonora de milhares de pessoas em Guaramiranga, no Ceará. Distante cerca de 123 km de Fortaleza, a cidade serrana está localizada sobre o maciço de Baturité, a 865 metros de altitude.
Ravi Coltrane (EUA) se apresentará com Gadi Lehavi (Israel) | foto: John Rogers
Em sua 13ª edição, o Festival Jazz & Blues de Guaramiranga, no Ceará, divulgou as atrações de 2012. Durante quatro dias (de 18 a 21/02), Guaramiranga vai receber músicos de Cuba, Israel, Estados Unidos, Bélgica, Argentina e Brasil, que se apresentarão nos palcos e praças da pequena cidade cearense. A organização do evento prevê um público de 12 mil pessoas durante o período momino.(http://bit.ly/bUHtqH)
Em Pernambuco, Garanhuns faz Jazz Festival com figuras tais como: Stéban Sumar (Chile), Tico Santa Cruz (RJ) e Andreas Kisser (SP), com Uptown Band (PE), Magic Slim (EUA), com Blues Special Band (Argentina) e Big Time Orchestra (PR).
Temos ai uma cultura mesclada, que atende a população, será que São Paulo, não desce do seu altar mor e copia as coisas boas do Nordeste , afinal tudo é Brasil.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

M E L.. D A .. P A L A V R A: Cato vento

M E L.. D A .. P A L A V R A: Cato vento: Outro dia encontrei um poeta,famoso,dizem, Perguntei:o o que é ser poeta? Disse-me ele:nada! Sou,sou um homem que cata ventos,no tempo, quan...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

BRANQUIAMENTO -Sua rodinha,seus brancos, também é de cor!!!! Sabia?

Nega e nego do cabelo duro,espichado,colorido o pente que te penteia é o pente do calor,das sombras das árvores,brasileiras que restam.
É o pente de ouro que tu ajudaste a cavar o ouro para o país e sobretudo para Europa.
É o pente que arruma o cabelo desarrumado pelo canavial,espetado por pelos da CANA DE AÇÚCAR, que os senhores de engenho de Sampa e Pernambuco plantaram e roubaram o lucro de nós e boicota o etanol.
O teu pente fica junto com o espelhinho de bolso dos times brasileiros e que nós colocávamos e colocamos no bolso traseiro,assentando nossa bunda grande de nego e nega brasileira sinsinhô, sobre ele e na cadeira.
E que conversa é essa de BRANQUIAMENTO,desde a transamazônica ao desemprego agora de uma Europa falida que comeu nosso bagulho de preço e agora quer mandar branco para estar empregado na PETROBRÁS,enquanto se dá as costas aos nossos negros haitianos, que conversa do além é esta?
Branco europeu que pegar em maquina digital, servir a foxcom, mas não carrega o lixo dela,nem o esgoto de Sampa,coisa feita na maioria por nós negros ,mulatos, morenos,do pauzão,pauzinho ou grossinho -ficamos noites a fio ganhando ninharia e doença e que madama do morumbi, ipanema, alphavile e higienópolis e, e digo mais os donos de Hyundai não respeita o carro do lixo , onde estamos colhendo a merda, a camisinha e obs das filhas periguetes, pois estamos a empatar o trânsito.
Sua rodinha,seus brancos, também é de cor!!!! Sabia?
Para de branquear pois tua roda não é branca nem nos EUA,NEM PARIS,NEM NA TERRA DA MERKEL E DO DECADENTE JUAN CARLOS DE SPAIN FALIDA,FECHA-TE e calate teus cus.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Recife x Bahia e Carnaval

O carnaval baiano já foi um grande carnaval,culturalmente falando,engajado com suas raízes e com seu povo, como foi o do Rio.Hoje degringolou e o capitalismo midiático,claro,apoiado pela indústria-anunciante,comeu suas raízes e o povo,que apenas olha, e não ultrapassa os cordões dos ABADAS,e faz broduei,como a coca fez o suco de caju cair do pé e deixou enganar as novas gerações.
Em Recife,o grande baiano Antonio Risério,grande crítico da mutação carnavalesca baiana foi convidado para opinar sobre a cidade e seu Carnaval,defendo seus frevos e maracatus.
Beth Carvalho,convidada este ano por Recife será que vai puxar o maracatus de dona Santa ou o samba de Cartola?
O que será,que será,que o João do PT e o governador de PE tramam?
Estão com medo do cordão do Bola Preta do Rio?
Sabe-se das disputa entre o GALO DA MADRUGADA E O CORDÃO DO BOLA PRETA.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ORLANDO TEJO




Hoje, visitando o Recife, e revendo o Clube Náutico, no Café Delta, e estando com o genro-(Jornalista Antonio Martins) do grande paraibano, ORLANDO TEJO,lembrei-me da minha adolescência, e da valorização da palavra brasileira no pensamento de Tejo, um homem a frente de seu tempo, e da validação das nossas diferenças, o que nos faz mais ricos.
Um poeta que nos trouxe um outro grande poeta, ZË LIMERIA-vide livro-O poeta do Absurdo-.
Saudades deste homem de fibra que enfrentou o preconceito e desvelou os recônditos da palavra dos poetas, tidos como marginais, e que no entanto, são o sangue de uma nova língua.
Aproprio-me aqui de Ricardo Meira que já o lembrou.






COLADO DE RICARDO MEIRA
No ramo da propaganda e em outras áreas profissionais como: informática e administração, o exagero no uso de estrangeirismos é uma pratica recorrente, principalmente, por aqueles consultores empolados que sempre usam o mesmo tipo de paletó, corte de cabelo e vocabulários repletos de termos em inglês, desnecessários, diga-se de passagem.

Esta prática não é recente, o poeta campinense, Orlando Tejo, autor do famoso livro “Zé Limeira: o poeta do Absurdo”, trabalhou um tempo como redator da Fregapane & Associados, uma agência de publicidade do Recife. Aborrecido e indignado com aqueles que insistem em vilipendiar a língua portuguesa, escreveu, de improviso, um bem humorado poema, que, embora tenha sido escrito em 1979, ainda está bastante atual.

NÃO AGUENTO MAIS.

Eu saí da Paraíba,
Minha terra tão brejeira,
Pra fazer publicidade
Na Veneza Brasileira
Onde a comunicação
É toda em língua estrangeira.

É uma ingrizia só
O jeito de se falar,
O que a gente não compreende,
Passa o tempo a perguntar
E assim como é que eu vou
Poder me comunicar?

É bastante abrir-se a boca
O “inglês” fala no centro,
Nessa Torre de Babel
Eu morro e não me concentro…
Até parece que estamos
De Nova Iorque pra dentro!

Lá naquele fim de mundo
Esse negócio tem vez
Porque quem vive por lá
O jeito é falar inglês,
Mas, se estamos no Brasil
O jeito é falar Português!

Por que complicar a guerra
Em vez de se esclarecer?
E se “folder” é um folheto
Por que assim não dizer?…
Pois quem me pedir um “folder”
Eu vou mandar se folder.

Roteiro é “story board”
Nesse vai e vem estrangeiro,
Parece até palavrão
Que se evita o tempo inteiro...
Porque seus filhos das putas,
A gente não diz roteiro?

Estão todos precisando
Dos cuidados do Pinel
Será feia a nossa língua?
É chato nosso papel?
Por que esse tal de “out door”
Substituir painel?

É desrespeito à memória
De Camões que foi purista
E esse massacre ao vernáculo
Não aguenta o repentista
Pois chamam “lay out-man”
O homem que é desenhista!

Matuto da Paraíba,
Aqui juro que não fico,
Onde até se tem vergonha
De um idioma tão rico...
Por que se chamar de “free-lancer”
Um sujeito que faz bico?

Publicidade de rádio
Apelidaram de “spot”
E tem outras besteiradas
Que não cabem num pacote.
Acho que acabou o tempo
De acabar esse fricote!

Por exemplo: “body type”
“Midia”, ”top”, “merchandising”,
“Checking list”, “past up”
(Que se diga de passagem)
“Briffing”, “Top de Marketing”,
Tudo isso é viadagem!

Já é hora de parar
com esse festival grosso
Para que o nosso idioma
Saia do fundo do poço.
Para isso eu faço esse “raff”,
Isto é –perdão ! – esboço!

Nota: o texto acima foi baseado em informações obtidas do site http://www.luizberto.com, cujo autor é amigo de Orlando Tejo e costuma escrever causos do poeta de Campina Grande.
POSTADO POR RICARDO MEIRA ÀS 22:50
MARCADORES: NORDESTE, POESIA MATUTA