REDES

sexta-feira, 19 de março de 2010

Luta por legitimação

Quase sete anos depois da edição da lei que torna obrigatórios os conteúdos de história e cultura africanas e afro-brasileiras, os negros continuam lutando pelo reconhecimento de suas contribuições culturais e por aceitação no espaço escolar

Rachel Cardoso



O Supremo Tribunal Federal será palco, no primeiro semestre deste ano, de debates sobre as cotas raciais em universidades - divisor de opiniões sobre a chaga do racismo no país. O fato de o tema ter chegado a tal instância é um indício de sua efervescência na sociedade. É a primeira vez na história nacional que o assunto marca presença na mais alta corte federal. Mas chega com atraso de pelo menos duas décadas em relação a países de passado igualmente escravista, como os Estados Unidos, onde uma agenda pós-racial, em que a educação tem papel de destaque na promoção da igualdade social, desaguou na eleição do primeiro presidente negro do país, o democrata Barack Obama. Por aqui, o martelo da Corte pode funcionar como um divisor de águas para as políticas públicas na medida em que poderá significar a admissão do racismo e constituir-se no primeiro passo para o reconhecimento dos prejuízos que ele produz, além de afirmar a constitucionalidade ou não das medidas de ações afirmativas.

É nesse cenário que aparece hoje a questão da inserção social do negro, quadro que ganha contornos próprios no ambiente escolar, espaço ora de ratificação de preconceitos, ora de inflexão de costumes e visões. Trata-se de uma situação complexa, cujas raízes estão diretamente relacionadas a uma cultura da ignorância. De modo geral, faltam conhecimento, referência e memória à população em geral, dentro e fora da sala de aula. "Percebemos muitas atrocidades no contato diário com os professores que nos visitam", diz a coordenadora do Núcleo de Educação do Museu AfroBrasil, Renata Felinto. "Muitos educadores tratam as leis que incluem a história afro-brasileira no currículo escolar como modismo. Em função disso, quase nada mudou."
Ainda está presente no imaginário coletivo a imagem do homem negro como indolente, mas ao mesmo tempo mais forte do que os outros, o que teria sido a causa de sua escolha para a escravidão. Confundido com a malandragem no passado, está associado à criminalidade nos dias de hoje, avalia a educadora. "No cotidiano, o senso comum é que o negro é sempre um suspeito em potencial. As mulheres, por sua vez, são vistas como úteis para prestar serviços domésticos como babás, empregadas e cozinheiras, feias, porque fora do padrão de beleza branco", lembra Renata.

Não há percepção coletiva de que o histórico de falta de oportunidades leva ao reforço do estigma. O que explica em parte a ideologia do branqueamento. Vide o caso do escritor Machado de Assis, que, mulato, perdeu, para alguns, contato com seu universo de origem. "Quanto mais erudito menos negro", explica Renata. "Símbolos como a capoeira, a feijoada, o carnaval, o samba e até as mulatas são destacados como diferenciais da cultura brasileira no exterior, mas internamente ninguém assume a própria origem e o que se exalta é sempre a ascendência europeia."

Até quando o assunto é samba há polêmica. É consensual a importância do negro e de seu universo festivo e religioso na formação daquela que viria a ser considerada a música símbolo do país. Nessa linha, o samba é visto como um movimento de continuidade e afirmação dos valores culturais negros, uma cultura não oficial e alternativa, que seria uma forma de resistência cultural ao modo de produção dominante da sociedade do início do século 20. Mas há quem lembre a expropriação cultural do negro, exemplificada na estratégia da sociedade branca dominante, que enfraqueceu o caráter étnico das associações carnavalescas dos negros e do próprio samba como gênero musical, impedindo que se tornassem elementos de construção de uma consciência negra. Como aponta o historiador Marcos Napolitano em A síncope das ideias (Perseu Abramo, 2007), o samba foi objeto de disputa simbólica assim que se constituiu como fenômeno da indústria cultural, ainda nos anos 30 do século passado. De um lado, o governo Vargas buscando apropriar-se dos símbolos populares e associá-los ao trabalho; de outro, os sambistas que transitavam nas margens do sistema e cantavam a vida boêmia....leia mais-MATÉRIA INTEIRA = clicando no título-UOL-

quinta-feira, 18 de março de 2010

Conteúdo digital é tema de palestra PublishNews





Produção de conteúdo digital é tema de palestra
PublishNews é um dos convidados do evento organizado pelo curso de
Produção Editorial da Anhembi Morumbi

Lançamentos
PublishNews - 18/03/2010 - Redação


Neste sábado (20), o curso de Produção Editorial da Universidade Anhembi Morumbi promove, em São Paulo, o debate sobre a produção de conteúdo digital, interativo e personalizado já como uma realidade no mercado editorial. Realizado em parceria com a SBS Internacional, o evento é aberto ao público e acontece no Campus Vila Olímpia (Rua Casa do Ator, 275 - Sala 611 – mezanino - São Paulo/SP), das 10 às 12 h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail rosolino@anhembi.br. Para a coordenadora do curso, Maria José Rosolino, o desafio apresentado aos editores e profissionais na produção de conteúdo dentro deste contexto está em repensar a sua forma de atuação em novos meios como as mídias sociais e os e-books e traduzir o conteúdo para uma linguagem mais adequada. O PublishNews estará por lá representado por Ricardo Costa. Além dele, participam: Susanna Florissi, Ednei Procópio, Silvia Abolafio e Claudio Noronha Filho.

Conheça os debatedores:
Susanna Florissi, licenciada em Vernáculo e Francês pela Universidade Católica de Pernambuco, com pós-graduação em Teoria da Literatura na PUC de Campinas. Proprietária da Torre de Babel Idiomas, sócia da Editora Galpão e diretora da SBS Internacional e da Hub Editorial;

Ednei Procópio, membro da Comissão do Livro Digital da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e há dez anos especialista em livros eletrônicos. É editor e sócio-fundados da Giz Editorial, selo paulistano que publicou mais de 180 livros em versão impressa e eletrônica;

Silvia Abolafio, designer formada pela Fundação Armando Álvares Penteado, proprietária da Cia. De Desenho Multimeios, empresa especializada em comunicação, web, projeto gráfico de livros para grandes editoras. Criadora da revista digital O Q Design e da Revista Siriguela;

Ricardo Costa, formado em análise de sistemas, foi produtor de legendagem e dublagem da HBO e também gerenciou o departamento editorial e marketing do canal. Editor do Publishnews, também é agitador cultural e organizador de eventos internacionais;

Claudio Noronha Filho, membro do PMI Chapter São Paulo e bacharel em Ciência da Computação pela Unip (SP). Trabalha há 15 anos com Tecnologia da Informação, atuando em projetos de desenvolvimento da área junto às organizações no Brasil, Índia e Estados Unidos como SBS, FIA/USP, SERT-SP, GRUPO IBOPE, entre outra

quarta-feira, 17 de março de 2010

Documentários nacionais sobre os anos 1960 e 70 abrem o É Tudo Verdade em SP e no Rio


estadão








Documentários nacionais sobre os anos 1960 e 70 abrem o É Tudo Verdade em SP e no Rio
Da Redação

Documentário ''Uma Noite em 67" resgata a final do Festival da Música Popular exibido pela TV Record em outubro de 1967
TRAILER DE "UMA NOITE EM 67"
O Festival É Tudo Verdade divulgou nesta quarta-feira (17) os títulos que abrem a programação. Os escolhidos são "Uma Noite em 67", de Renato Terra e Ricardo Calil, que estreia em São Paulo em sessão fechada no dia oito de abril, e "Segredos da Tribo", de José Padilha, exibido no Rio. Ambas as produções transitam em momentos das décadas de 1960 e 1970. Enquanto a primeira resgata a final do Festival da Música Popular exibido pela TV Record em outubro de 1967, a segunda aborda a atuação de antropólogos que pesquisaram a cultura da tribo dos ianomâmis na Venezuela, entre os anos 60 e 70.

A 15ª edição do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, sob direção de Amir Labaki, acontece de oito a 18 de abril em SP e de nove a 18 de abril no Rio. As sessões são gratuitas em todas as salas de cinema participantes do festival. Veja aqui alguns dos filmes da programação já divulgados.

segunda-feira, 15 de março de 2010

ACERVO DO METRO DE SÃO PAULO BY REV. LIVRARIA CULTURA






































Uma visitação de 3 milhões de pessoas seria o sonho dourado de qualquer museu, galeria ou instituição cultural. Mas há um espaço não enquadrado nesses modelos onde a façanha acontece diariamente. Para tanto, basta que cada passageiro do metrô de São Paulo contemple, em sua rotina, algumas das 90 obras de arte instaladas pela Companhia do Metropolitano em 35 das 56 estações da cidade. Trata-se de um passeio tão promissor quanto frequentar um museu de acervo contemporâneo. É uma fatia desse período da arte brasileira os nomes ali representados desde 1978, numa iniciativa repetida, em menor grau em outras capitais. Enquanto o Rio de Janeiro dá novos exemplos de adesão a essa manifestação de arte pública, Recife e Porto Alegre ainda se mostram tímidas, mas mais atuantes do que Brasília, onde o metrô local realiza apenas exposições eventuais.

O epicentro da implantação dos primeiros trabalhos na capital paulista não por acaso é a Praça da Sé, local remodelado em função do metrô, que recebeu em seus amplos saguões esculturas de Alfredo Ceschiatti e Marcelo Nitsche, murais de Claudio Tozzi, Mário Gruber e Renina Katz e um painel de Waldemar Zaidler. A partir daí, sempre em parceria com a iniciativa privada, o projeto se expandiu para as quatro linhas da cidade. Algumas obras se tornaram referência, caso da famosa serigrafia com 44 rostos anônimos que ocupa as paredes de vidro da estação Sumaré – instalação de Alex Flemming realizada em 1998. “Quando fiz essa obra sobre a miscigenação tão feliz que há no Brasil, eu não tinha ideia do alcance que teria junto ao público”, afirma Flemming. “Eu estava acostumado com exposições em galerias e museus e tive um susto já na inauguração da estação, pois, a partir daquele momento, o trabalho pertencia aos milhares de usuários do metrô; depois, fui lá várias vezes e vi as pessoas interagindo.” Para a seleção desses e outros nomes, como Antonio Peticov, Cícero Dias, Tomie Ohtake e Wesley Duke Lee, a empresa mantém um comitê de seleção com representantes da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Museu de Arte Moderna, por exemplo. “A prioridade é a arte brasileira”, diz Aluizio Gibson, chefe do departamento de marketing. “Levamos em conta a representatividade artística e o quanto a obra vai impactar a população.” Os trabalhos podem chegar prontos ou ser executados no local, a exemplo do mural de Alberto Nicolau na estação Sacomã, a mais nova aquisição. “Pensamos também na manutenção; afinal, é um ambiente hostil, sujeito a problemas.” Em boa parte das estações, é necessário adquirir o bilhete para conferir os trabalhos.

Obras como as placas de aço azuladas de Amélia Toledo, instaladas na estação do Brás há uma década, são exigentes em sua preservação. Batizadas Caleidoscópio, elas têm efeito de reflexo todo especial.

“As pessoas se divertem vendo suas silhuetas; foi um dos meus primeiros projetos de aço colorido curvado na calandra, uma máquina de rolos para dobrar chapas de metal”, lembra a veterana artista. Foi Amélia, inclusive, a responsável por uma empreitada monumental na estação Arcoverde, em Copacabana, que inclui um bloco de quartzo rosa e uma seleção de granitos no chão das plataformas. Finalizada em 1998, a instalação tornou-se referência e mais de uma década depois contrasta com o novo investimento do metrô carioca na recém-inaugurada General Osório. Painéis de azulejo com até 30 metros de largura de Urbano Iglesias e Ziraldo, entre outros convidados, homenageiam símbolos do bairro, como a Banda de Ipanema e a feira hippie. “É um tipo de obra muito ligado à questão da amplitude”, diz Iglesias, arquiteto aposentado. “Quanto maior, mais o público gosta.” Como em Ipanema, temas e artistas regionais são praxe em outras cidades. Em Recife, Francisco Brennand e Lula Cardoso Ayres, duas estrelas pernambucanas, dividem o cenário das estações de superfície. Em Porto Alegre, uma das poucas e antigas obras no metropolitano diz muito da atenção de seu povo pelas tradições. O mural de 450 metros quadrados formado por 17 painéis de Clébio Sória na estação Mercado trata da história e do folclore do Rio Grande do Sul. Voltado para a rua, pode-se contemplá-lo de graça. ©

domingo, 14 de março de 2010

Los nombres de la masa


BY REVISTA Ñ ARGENTINA




Multitud hipermediática, lejos de las pasiones urgentes que caracterizaron al "pueblo", la "gente" es la figura imaginaria que representa el sueño de una multitud homogénea.
Por: Julián Gorodischer
“La gente” es puro presente que se desarrolla en una coyuntura particular.
Con la gente no se jode." Lo dejaron escrito sobre la persiana baja del local de Edesur de un barrio. ¿La gente? Es una suma de individualidades en conflicto que nace y muere apaciguada; es un grupo acotado de personas –con acotación a distrito–, que mantiene activo el ciclo de la compra: garantiza el intercambio de productos y servicios. Es, siempre, un modo productivo de la masa, que mantiene estable la cadena de consumo. Es una teleplatea, referida menos por los diarios que por las pantallas. "Firme junto al pueblo" reivindica, en cambio, Crónica a una multitud más aureada.

Después de un período de condensación de angustia, nunca euforia –porque para acompañar el triunfo deportivo está "la hinchada": masa crispada–, la gente se enoja, y suenan cacerolas. Compañeros, camaradas habían nacido para dejar la vida en la batalla. De la gente eso no se espera: reacciona a la protesta en situaciones extremas, alertada por SMS. Cuando se produce una alteración inhabitual trascendental en el orden del aprovisionamiento o gasto, entonces la gente estalla.

Casada con una coyuntura específica, devenida puro presente, agarrada a un disparador contextual puntual, la gente ignora si tendrá otra oportunidad de protestar. Aunque probablemente, la haya. En una fase previa al estallido, en estado de incomodidad ordinaria, la gente se limita a la intervención de sus componentes individuales: eleva quejas a defensorías, inocua aunque movilizada; a lo sumo, llega a la pintada. En situaciones de máximo estrés, la gente hace valer sus derechos de "cliente", y es replicada con respeto por voceros y gobernantes.

¿Con qué atributos definirla? Se reivindica como usuaria calificada de servicios públicos y privados. Sobre esa base, es referida como votante. Desde el blog de PRO –filial San Nicolás, provincia de Buenos Aires–, se opone gente a "las barras": su contracara. "Pedro tiene dignidad, Pedro está pensando su voto... Con la gente no se jode." (Rechazó –se afirma– una prebenda para asistir al acto del PJ).

Para insertarse con paciencia en el proceso de trámites y gestiones, se la construyó paciente, respetuosa de la trama burocrática en defensorías. La gente es una multitud desconcentrada (desconcertada), cautamente irritada; sus detractores la acusan de irregular y calculadora: "...solamente si les tocan el bolsillo gritan".

La gente ha sido vaciada de retóricas militantes; se confirma funcional al fin de todo gran relato, acotada a la escala de consorcio o, a lo sumo, del barrio.

¿Y el pueblo dónde?

"Todavía se escucha en las manifestaciones políticas de ciudades latinoamericanas: 'Si éste no es el pueblo, ¿el pueblo dónde está?' Esta fórmula resultaba verosímil en los años 70 cuando las dictaduras militares suprimieron los partidos, sindicatos y movimientos estudiantiles... el agotamiento de las formas tradicionales de representación y la absorción de la esfera pública por los medios masivos volvieron dudosa aquella proclama", escribió Néstor García Canclini, en Consumidores y ciudadanos.

Se renueva el stock de derechos y obligaciones disponibles por la organización colectiva de personas. La gente tiene derecho a una información clara, gratuita y oportuna –promocionan los instructivos de defensoría.

Cada vez que la gente compra un bien o contrata un servicio, le deben suministrar información cierta y detallada. La gente se realiza como sujeto colectivo virtuoso que exige facturas de compra y garantías que acompañan a los productos adquiridos, y averigua varias vías para canalizar una denuncia o un reclamo siempre por fuera del sistema judicial/ policial de coerciones posibles.

Si la gente deja una seña o solicita un recibo, que necesitará en caso de denuncia o reclamo, es porque previamente luchó obsesivamente por comprobantes de las operaciones que realiza; no firma documentos que no entiende ni aquéllos a los que le detecta una extraña separación entre renglones. Es desconfiada, levemente paranoica luego de ser azuzada por las consignas de las especialistas que arengan: "Tenés derecho a dar de baja un servicio por el mismo medio que lo contrataste". La gente reacciona.

Raíces

¿Dónde rastrear un origen para la palabra que nombra hoy a las mayorías? "La importancia política y cultural de la revista Gente es inconmensurable –advirtió José Pablo Feinmann–. Acaso hoy atraviese una etapa de oscurecimiento, de inevitable decadencia, pero nada asegura que no retorne a sus mejores momentos, sobre todo cuando la sociedad y su dirigencia la requieran y la aceptan como una esencia de la patria, de vidriera nacional, de espacio insoslayable donde reposan el ser y el sentido... ¿Farandulización de la existencia?, ¿identificación entre sociedad y 'sociedad del espectáculo'?".

Yendo más atrás, hasta la crónica de variedades de Juan José de Soiza Reilly (en recomendable antología que acaba de editar Vanina Escales): "Gentes –escribió el autor de El alma de los perros–... atribuyen a su dinero o su apellido el valor que tienen las multas en las comisarías". Salir en busca del inicio de la identificación de derecho cívico y derecho de consumidor –en tanto ideal universal de realización– exige, quizás, considerar cómo ha influido la oferta creciente de publicidad y productos.

"La principal atracción de la vida de consumo –escribió Zygmunt Bauman en Vida de consumo– es la oferta de una multitud de nuevos comienzos y resurrecciones (oportunidades de volver a nacer)". La inclusión de esa ilusión de individuo autónomo en la realidad colectiva de la decepción y el tedio se produce fatalmente en algún momento: "La estrategia de vida de un consumidor hecho y derecho –sigue Bauman– viene envuelta en visiones de un nuevo amanecer. Para utilizar una metáfora del joven Marx, esas visiones vuelan hacia el fuego como la mariposa, y no hacia el resplandor del sol universal."

Uno de los últimos matices de significación que incorporó la gente cuestiona, sin embargo, los alcances de su "nosotros inclusivo". Desde los estantes de Autoayuda, Gente tóxica, del pastor Bernardo Stamateas, lidera ventas con su propuesta exclusionista. Gente, es también, y por qué no (quizás augurio de su próxima escisión definitiva) un "otros" –plantea el best- séller. "Personas equivocadas que permanentemente evalúan qué dijiste, qué hiciste y por qué. Personas tóxicas que potencian nuestras debilidades, nos llenan de cargas y de frustraciones. ¡No permitas que nadie tenga el control de tus sueños!".

La gente da testimonio constantemente de sus rellenos múltiples: heterodoxa, permeable, versátil o –según el cristal– también hipócrita y acomodaticia. Hasta la gente referida por el pastor Stamateas puede de pronto positivizarse en un conjunto amigable al roce: "Conéctate con la gente correcta –el pronombre neutro deshace divisiones nacionales–; pero no valores ninguna de aquellas palabras o sugerencias que provienen de los tóxicos".

Calma, moderación y retraimiento. Alcance comunal y ruido acompasado a una hora acordada de antemano. "Le pedimos a la gente –decía Rodríguez Larreta, la pasada tormenta– que no cruce las calles ante eventuales anegamientos porque corre riesgo de recibir una descarga eléctrica o de caer en una alcantarilla...". Aun la más callada, licuada, de las masividades disponibles se merece un sino trágico.

sábado, 13 de março de 2010

Tolstói em família



Tolstói em família



É difícil imaginar, mas Liev Tolstói, criador de obras-primas como Guerra e paz, Khadji-Murát e Anna Kariênina, andava, falava, piscava, sorria, tinha amigos e parentes. Obviamente. Mas como? Quer dizer, é difícil pensar em como agiam figuras que ganharam proporções mitológicas, de que maneira desempenhavam funções básicas e cotidianas. Como viviam a vida, enfim.

Neste vídeo, feito em 28 de agosto de 1908, dia em que o escritor completou 80 anos, o pioneiro do cinema russo Aleksandr Osipovich Drankov flagrou momentos em família de Tolstói, ele e sua longa barba branca. Estas são as primeiras imagens em movimento de um dos maiores mestres da literatura universal, hoje sob os cuidados do Arquivo Nacional de Imagens e Fotografias da Rússia. O material foi digitalizado por Eric W. Hoffman, da Media Center of Stetson University.

O filme mostra Tolstói entre parentes e amigos, numa carruagem que o leva à estação de trem, para então seguir para Yasnaya Polyana, a casa onde nasceu e viveu, há anos transformada em museu. Nas cenas, ele entrega presentes a crianças filhas de camponeses, misturadas a uma pequena multidão que o acompanha pelo trajeto. Michael Denner, editor do portal na internet Tolstoy Studies, acredita que uma das meninas é Aleksandra L’vovna, terceira filha do escritor, que volta à cena em outro momento. Também aparece sua esposa, Sofia Andreevna Tolstaya, com flores nas mãos. Tolstói ainda caminha pela neve, anda a cavalo e, num salto no tempo, aparece por campos floridos e descansa numa cadeira de balanço.

Nas últimas e mais fortes imagens, Liev Tolstói está morto sobre a cama. Os trechos de seu cortejo fúnebre revelam a admiração popular que o escritor despertou ainda em vida.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Pochmann recomenda aumento de idade mínima para trabalhar

Márcio Pochmann: entrada no mercado de trabalho deve ser postergada (Foto: Marcelo Casal Jr./ABr)














Pochmann recomenda aumento de idade mínima para trabalhar

"As mudanças nos levam a postergar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho para depois dos 20 anos", pregou Márcio Pochmann, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em evento sobre trabalho infanto-juvenil

Por Repórter Brasil*
O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, destacou a necessidade de "elevar a idade mínima" legalmente estabelecida (16 anos) para o início das atividades laborais "frente à sociedade que estamos construindo hoje, a pós-industrial". A recomendação foi feita durante a abertura do 3º Seminário Nacional sobre Trabalho Infanto-Juvenil, realizado em São José dos Campos (SP).

Márcio Pochmann: entrada no mercado de trabalho deve ser postergada (Foto: Marcelo Casal Jr./ABr)
"As mudanças demográficas nos levam a postergar o ingresso dos jovens no mercado de trabalho para depois dos 20 anos de idade, ao contrário do que se via na era agrícola no século XIX, que obrigava a criança a trabalhar com apenas cinco anos, em média", sustentou, em palestra nesta quinta-feira (11), o economista.

Autor de mais de 20 livros sobre inclusão social, desenvolvimento econômico e políticas de emprego, Márcio insiste que, na atual "sociedade do conhecimento" em que vivemos, não há justificativa técnica para que as pessoas comecem a trabalhar antes dos 25 anos de idade.

O presidente do Ipea ressalta que filhos de famílias ricas raramente começam a trabalhar efetivamente antes dos 25 anos de idade, depois de muito invvestimento e tempo dedicado à formação. Enquanto isso, salienta o professor do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), filhos de pais pobres são condenados a começar a trabalhar cedo, não conseguem evoluir em termos de formação e acabam ocupando postos de baixa qualificação e mau remunerados que compõem a base do mercado de trabalho.

São cerca de 37 milhões de jovens brasileiros na faixa etária de 16 a 24 anos. Metade não estuda. E, segundo o economista, os que estão na escola são trabalhadores que estudam e não estudantes que trabalham. Apenas em 2009, aproximadamente 500 mil jovens abandonarão o ensino médio para complementar a renda de seus respectivos lares.

Congresso
Mesmo com parecer favorável do relator Maurício Quintela (PR-AL), proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reduz a idade mínima para trabalhar para 14 anos foi rejeitada, em agosto de 2009, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. A lei permite a contratação apenas de aprendizes com idade mínima de 14 anos.

"Isso seria um retrocesso para o desenvolvimento do país e para os direitos da criança e do adolescente", avaliou, na ocasião, o coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil (IPEC) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes. Segundo ele, o argumento de que o trabalho ajuda a tirar adolescentes da pobreza não pode ser sustentado, pois o dever de dar condições de sobrevivência enquanto eles estudam é do Estado. "A pobreza é um elemento que explica o trabalho infantil, mas não pode justificar essa forma de trabalho", declarou.

O relator manteve posição favorável à redução. "Já existe uma situação no Brasil em que os jovens de 14, 15 e 16 anos já trabalham. Só que trabalham na informalidade", justificou. "Eu acho que a PEC restaurava o direito da juventude ao trabalho, mas ela não obrigaria ninguém a trabalhar".

Seminário
Juízes, procuradores, auditores, advogados, assistentes sociais, membros de conselhos tutelares, professores e estudantes participam do 3º Seminário Nacional sobre Trabalho Infanto-Juvenil, que continua nesta sexta-feira (12). O evento, que é uma realização conjunta da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), da Escola Judicial do TRT da 15ª Região, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de São José dos Campos, ocorre no Parque Tecnológico Riugi Kojima, no km 137,8 da Rodovia Presidente Dutra.

No segundo dia de evento, o procurador Bernardo Leôncio Moura Coelho apresenta o painel "as políticas públicas de prevenção e erradicação do trabalho infantil no Brasil". O juiz do trabalho aposentado e professor da Universidade de São Paulo (USP) Oris de Oliveira fará o encerramento do seminário, com a conferência "Desafios da erradicação do trabalho infantil".

Estão ainda na pauta temas como acidentes do trabalho na infância e na adolescência, trabalho infanto-juvenil artístico, nova legislação do estágio, consequências na esfera criminal da exploração do trabalho infanto-juvenil e violência sexual contra a criança e o adolescente.

As inscrições podem ser feitas mediante a doação de dois quilos de alimentos não perecíveis ou ao custo de R$ 10. Tudo o que for arrecadado será revertido para a Cruzada Paroquial de Assistência Casa das Meninas/Meninos e para a Obra Social e Assistencial Maria Teresa de São José - Nica Veneziane, ambas de São José dos Campos (SP).

*Com informações da assessoria de comunicação da Procuradoria Regional do Trabalho da 15a Região (TRT-15), da Caros Amigos e da Agência Brasil

quinta-feira, 11 de março de 2010

PARAÍBA OU PARAIBINHA -PRECONCEITO NA MÍDIA


COMO PARAIBANO , E COM ORGULHO DE SÊ-LO, TOMO A MIM A OBRIGAÇÃO DE CONTESTAR E MOSTRAR TAL FATO, AFINAL, A PARAÍBA É BRASIL E TERRA DE HOMENS E MULHERES DE VALOR E QUE CONSTITUEM A HISTÓRIA DESTE PAíS, COM SUAS GRANDES REPRESENTAÇOES, COMO: ASSIS CHATEAUBRIAND-, Estadista Diplomata,FUNDADOR DO MASP-SP, DA MAIOR REVISTA EM CIRCULAÇAO NO PAÍS- O CRUZERIO-Anos 50 a 60- EMISSORAS ASSOCIADAS, REDE TUPI DE TELEVISÃO- QUE INAUGURA A TV NESTE PAÍS, REAL AEROLÍNEAS - PRIMEIRA EMPRESA AÉREA;
Para que o senhor e outros aprenda e saibam:
Paraibanos ilustres
No estado surgiram notáveis poetas e escritores brasileiros: Augusto dos Anjos (1884-1908), José Américo de Almeida (1887-1980),Membro da Academia Brasileira de Letras e José Lins do Rego (1901-1957), Membro da Academia Brasileira de Letras.

A lista abaixo é de paraibanos que de algum modo trouxeram benefícios para a sociedade como pessoas públicas que se destacam artística, cultural, científica ou politicamente.

Abdon Felinto Milanês - compositor e político
André Vidal de Negreiros - militar e governador colonial. Foi também herói da Insurreição Pernambucana
Anésio Leão - poeta, escritor, político
Ariano Suassuna - romancista e dramaturgo,membro da Academia Brasileira de Letras secretário de Cultura de Pernambuco
Assis Chateaubriand - jornalista e empresário, fundador dos Diários Associados e do MASP, membro da Academia Brasileira de Letras
Augusto dos Anjos - poeta.
Braulio Tavares
Cláudia Lira - atriz.
Celso Furtado - economista, fundador da Sudene, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras.
Chico César - cantor e compositor.
Domingos Fernandes Calabar
Duarte Gomes da Silveira - herói da conquista da Paraíba.
Epitácio Pessoa - Jurista , político, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Juiz da Corte Internacional de Justiça e Presidente da República (1919-1922). Único brasileiro a ocupar a presidência dos três poderes da República, no Brasil.
Elba Ramalho - atriz e cantora.
ElizabethMarinheiro,
Elpídio Josué de Almeida - historiador e político.
Fábio Gouveia - surfista profissional.
Félix Araújo - poeta e político.
Flávio de Souza-A Plástico
Genival Lacerda - cantor e compositor.
Geraldo Vandré - cantor e compositor.
Herbert Vianna - cantor e compositor, líder da banda "Os Paralamas do Sucesso"
Higino Brito -escritor membro da Academia Paraibana de Letras
Índio Piragibe - herói da conquista da Paraíba.
Ingrid Kelly - modelo internacional.
Jackson do Pandeiro - cantor e compositor.
João Câmara - pintor.
João Pessoa - ex-governador do estado, candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas.
José Américo de Almeida - escritor, poeta, político, advogado, folclorista, professor universitário e sociólogo.
José Dumont - ator.
José Lins do Rego - romancista e membro da Academia Brasileira de Letras.
José Nêumanne Pinto - jornalista e escritor.
Kaio Márcio - nadador
Lúcio Lins - poeta.
Luiza Erundina - deputada federal (PSB) e ex-prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores.
Maílson da Nóbrega - ex-ministro da Fazenda.
Manuel Arruda Câmara - frade carmelita, além de médico e botânico(dá nome a uma rua de Recife).
Marcélia Cartaxo - atriz de teatro, cinema e televisão.
Moacir Japiassu - jornalista e escritor.
Padre Rolim - cientista, professor e missionário do Alto Sertão no século XVIII
Paulo Pontes - dramaturgo
Pedro Américo - pintor
Péricles Leal - jornalista, cartunista, escritor e pioneiro da TV no Brasil
Renata Arruda - cantora e compositora
Ranulfo Cardoso-tradutor bilingue
Roberta Miranda - cantora e compositora
Selma Vasconcelos -Poetisa
Sivuca - músico
Toddy Holland - Fotógrafo e Publicitário
Vladimir Carvalho e Walter Carvalho - cineastas
Wills Leal - jornalista
Zé Ramalho - cantor e compositor, primo de Elba Ramalho

...e outros que não cabem nesta lista, e postagem

E TODOS OUTROS QUE DÃO FORÇA A ESTE PAÍS, AFORA SER O ESTADO APONTADO PELA FRANÇA COMO EXEMPLO DE MAIOR DENSIDADE VERDE E SER O MAIOR CENTRO INOVADOR DE TECNOLOGIA NA ÁREA DE INFORMÁTICA NO MUNDO- COM A UFPB
.MEUS PROTESTO E INDIGNAÇÃO!!!!!
COLABORA NESTA DENÚNCIA PROF.RANULFO CARDOSO
11 de Março de 2010
Janildo Silva
ClickPB

Em artigo publicado em seu blog, o escritor de novelas Aguinaldo Silva, tentou justificar o fato de ter chamado um dos participantes do programa Big Brother Brasil de “paraibinha chinfrim” e usou as nuances da língua portuguesa e os costumes do Sudeste para justificar o ato que foi encarado por muitos paraibanos, a exemplo do deputado federal Efraim filho, como preconceito regional.

Em seu texto, o novelista diz que quem nasce na Paraíba não é “paraíba” ou “paraibinha”, mas paraibano e que tais expressões surgiram no Sudeste devido a baixa estatura dos habitantes deste estado.

Já em outro momento, o escritor questiona qual o motivo de paraibanos não ficarem insultados quando conterrâneos são chamados de “frangos”, como referência a homossexualidade.

Veja o texto na íntegra:

“PARAIBINHA” OU PARAIBANO?

Deixa eu explicar uma coisa pra vocês: quem nasce no Estado brasileiro da Paraíba não é “paraíba” e muito menos “paraibinha”: é PARAIBANO. E não me lembro de ter me referido de forma desairosa aos paraibanos em qualquer comentário meu.

Já as palavras “paraíba” ou “paraibinha”... No Sudeste do Brasil são usadas para classificar pessoas de baixa estatura (física e não necessariamente moral). Trata-se de costume antigo, e vem da época em que as pessoas nascidas no Estado da Paraíba, de acordo com as estatísticas, eram, na média, as mais baixas do país.

Não vou aludir ao fato de que quem se ofende por ser chamado de “paraibinha” e, portanto, ser alçado às alturas de uma pessoa de baixa estatura, está sendo politicamente incorreto: os cidadãos verticalmente prejudicados, assim como os cidadãos da Paraíba – que, repito, são paraibanos, e não “paraibas” ou “paraibinhas” também são filhos de Deus e merecem todo o nosso respeito... Embora eu prefira chamar os cidadãos verticalmente prejudicados de “anões”, como se fez durante séculos e séculos.

Pois as palavras têm a sua força, e esta não pode ser anulada em nome de pruridos no mínimo discutíveis. Não me parece que algum paraibano se mostre revoltado com o fato de seus conterrâneos chamarem os homossexuais de “frangos”, por exemplo. Por que, então, se mostrar insultado quando alguém usa a palavra “paraibinha” que, claramente, não tem nada a ver com a condição de cidadão paraibano?



DIZ ELE -AGUINALDO:“PARAIBINHA” OU PARAIBANO?
Deixa eu explicar uma coisa pra vocês: quem nasce no Estado brasileiro da Paraíba não é “paraíba” e muito menos “paraibinha”: é PARAIBANO. E não me lembro de ter me referido de forma desairosa aos paraibanos em qualquer comentário meu.
Já as palavras “paraíba” ou “paraibinha”... No Sudeste do Brasil são usadas para classificar pessoas de baixa estatura (física e não necessariamente moral). Trata-se de costume antigo, e vem da época em que as pessoas nascidas no Estado da Paraíba, de acordo com as estatísticas, eram, na média, as mais baixas do país.
Não vou aludir ao fato de que quem se ofende por ser chamado de “paraibinha” e, portanto, ser alçado às alturas de uma pessoa de baixa estatura, está sendo politicamente incorreto: os cidadãos verticalmente prejudicados, assim como os cidadãos da Paraíba – que, repito, são paraibanos, e não “paraibas” ou “paraibinhas” também são filhos de Deus e merecem todo o nosso respeito... Embora eu prefira chamar os cidadãos verticalmente prejudicados de “anões”, como se fez durante séculos e séculos.
Pois as palavras têm a sua força, e esta não pode ser anulada em nome de pruridos no mínimo discutíveis. Não me parece que algum paraibano se mostre revoltado com o fato de seus conterrâneos chamarem os homossexuais de “frangos”, por exemplo. Por que, então, se mostrar insultado quando alguém usa a palavra “paraibinha” que, claramente, não tem nada a ver com a condição de cidadão paraibano?

Te cuida, Globo


Em seu blog no site da “VEJA”, Lauro Jardim comenta a última pesquisa encomendada pelo Millenium ao Instituto Análise:

Te cuida, Globo

A pesquisa que o Instituto Análise fez sob encomenda do Instituto Millenium sobre estatização tem diversos exemplos do impressionante espírito estatista do brasileiro. Uma das perguntas da pesquisa, feita com 1000 pessoas em 70 municípios brasileiros, foi sobre a Globo. Eis o que se quis saber:

- Você é a favor da estatização da Globo?

O.k., a maioria foi contra, 51% dos entrevistados. Mas é uma maioria inquietantemente apertada. Na realidade, considerando a margem de erro, o que se constata é que o brasileiros se dividem meio a meio nesta questão aparentemente simples. Ou seja, pergunta-se um disparate e a resposta é absurda: 37% dos entrevistados são a favor de uma eventual estatização da Globo (12% não souberam ou não quiseram responder).

Por Lauro Jardim

quarta-feira, 10 de março de 2010

A crise do axé

Por Alessandro

A manchete da Folha é engraçada, mas o tema é relevante. Pode ser pauta para o tema música do Brasilianas.

==

Axé faz 25 anos, cresce no Brasil e no exterior, mas perde espaço na Bahia

BRUNA BITTENCOURT
da Folha de S.Paulo

Foi Luiz Caldas quem inaugurou a axé music em 1985 com o sucesso de “Fricote”. A música do cantor, da qual até hoje ninguém conseguiu esquecer o refrão (“Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear…”), é considerada o marco zero do gênero baiano.

Neste ínterim de 25 anos, assistimos a uma lucrativa indústria se formar em torno do axé e do Carnaval –fora de época ou não–, alçando seus artistas entre os mais populares e lucrativos da música brasileira. Enquanto isso, o gênero cresceu para além de Salvador, se espalhando pelo Brasil e para fora dele. Mas, em um movimento inverso, perdeu espaço dentro da Bahia para outros gêneros.

“A axé music era avassaladoramente a mais executada, a mais ouvida, a mais pedida. Ela perdeu espaço nas ruas”, defende Milton Moura, professor de história da Universidade Federal da Bahia e estudioso do gênero. “No auge, nos anos 90, quando vendia milhões de cópias, o axé era 90%. Os outros gêneros eram muito poucos. Hoje, está mais equilibrado”, afirma o jornalista do “Correio” da Bahia Osmar Martins, que já visitou dez países acompanhando shows de artistas de axé. “Mas ele ainda é tocado o ano inteiro e, quando chega o Carnaval, ganha uma dimensão maior”, diz.

Moura cita o crescimento de gêneros como o arrocha –um “bolerão popular”–, o pagode baiano –”um desdobramento do samba de roda, que se modernizou a partir dos anos 90″– e o forró eletrônico como responsáveis pelo decréscimo –e não declínio, pontua– do axé dentro da Bahia.

“Quando outros ritmos populares começam a ficar importantes, o axé se sofistica, também através de conexões na MPB, procurando atrair um público de classe média de outros lugares”, afirma Moura, lembrando o contingente de foliões de outros Estados nos blocos de Salvador no Carnaval.

Carlinhos Brown, por exemplo, assinou parcerias com Paralamas do Sucesso, Marisa Monte e Arnaldo Antunes, além de se enveredar pela música caribenha. Daniela Mercury gravou composições de Lenine e Chico César e flertou com a eletrônica. “A Ivete diz que é uma cantora de axé. Mas se você ouve “Pode Entrar” [disco com convidados como Marcelo Camelo a Maria Bethânia], é uma cantora pop”, completa Martins. “Os nomes mais importantes hoje são aqueles que fazem sucesso fora da Bahia”, defende Moura.

Para o crítico musical Hagamenon Brito, que cunhou o termo “axé music”, esta geração de cantores é “envelhecida”, citando o Asa de Águia, que como o Chiclete com Banana, começou nos anos 80. “Os ídolos de hoje são os mesmos dos anos 90″, diz Moura. Hagamenon completa: “Para o tamanho da indústria, a renovação é pequena. Surgem novos nomes, que não viram estrelas”.

A última a se tornar uma delas, entre vários outros artistas de poucos carnavais, Claudia Leitte tateia sua identidade musical, mas já bem diferente daquele que Luiz Caldas construiu nos anos 80.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u704777.shtml

terça-feira, 9 de março de 2010

Última gravação de Zé Rodrix dá corpo a canções francamente românticas


No início dos anos 70, entre o protorrock nacional e as canções de protesto, diferentes movimentos musicais emergiam, buscando lugar entre a herança bossanovista e a conexão com um público jovemNelson Gobbi, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - No início dos anos 70, entre o protorrock nacional e as canções de protesto, diferentes movimentos musicais emergiam, buscando lugar entre a herança bossanovista e a conexão com um público jovem.

Abrigados no gênero guarda-chuva MPB, os próprios grupos e artistas ganharam rótulos que, se por um lado davam uma unidade necessária à sua entrada no mercado fonográfico, por outro não contemplavam com exatidão todas as nuances de suas propostas, a exemplo do rock rural, que reuniu nomes como O Terço, Zé Geraldo e Sá, Rodrix e Guarabyra. O trio - e posteriormente dupla, com a saída de Zé Rodrix em 1973 – construiu sua trajetória dividido entre as referências do início da carreira e a adesão à canção popular. Reunidos novamente após 2002, com o lançamento do CD e DVD ao vivo Outra vez na estrada, os três souberam manter este equilíbrio em Amanhã, disco com 12 músicas inéditas que chega às lojas quase um ano depois da morte de Rodrix.

Riqueza instrumental

O mérito mais evidente do álbum é a falta de pudor em ser popular, em que pese a sofisticação dos arranjos, que muitas vezes remetem às experiências do início de carreira, a exemplo do tema de abertura, Sonho triste em Copacabana. A produção de Tavito – que traz ao estúdio uma riqueza instrumental cada vez mais rara atualmente, até mesmo em obras de medalhões da MPB – dá corpo a canções francamente românticas, como a faixa-título, Nós nos amaremos, Logo eu saudade e Amar direito, com seu belíssimo arranjo de acordeon. Apesar de Os dez mandamentos do amor pesar demais a mão e destoar do clima do disco, todas as outras têm potencial para figurar junto a sucessos da dupla Sá e Guarabyra como Dona e Espanhola.

A vertente “rural” do trio ganha reforço com Cidades meninas, compostas sobre municípios mineiros batizados com nomes femininos, a ecológica Dia do rio e a neo hippie Caminho de São Tomé. Mesmo nas faixas de temática urbana, as quais ressaltam a origem carioca do grupo, está presente a ambiguidade das referências do campo e da cidade, a exemplo da já citada Sonho triste em Copacabana e Novo Rio, que cria um diálogo interessante entre Futuros amantes, de Chico Buarque, e outro de seus sucessos enquanto dupla, Sobradinho.

É impossível deixar de relacionar o caráter póstumo legado ao disco a uma de suas melhores composições, Marina, eu só quero viver, na qual versos românticos como “Eu não quero fazer a viagem/ Me faltam dois contos e um pouco de coragem” remetem involuntariamente à perda prematura de Zé Rodrix. Talvez, contudo, seja essa a melhor forma de homenagem, com a mesma despretensão e espontaneidade com que o trio compôs uma das melhores músicas da década de 70, Mestre Jonas.

21:39 - 08/03/2010

Mulheres tiram a roupa para protestar contra presidente mexicano




Cinco mulheres ficam nuas como protesto no México Foto: AFP
Agência AFP

CIDADE DO MÉXICO - Cinco mulheres ficaram nuas na segunda-feira à noite dentro da Câmara dos Deputados, na capital mexicana, para pedir a revogação do mandato do presidente Felipe Calderón, informou a agência de notícias do Legislativo do México.

- Nos despimos para desnudar o governo de Calderón - indicava um cobertor exibido pelas nudistas que gritavam "fora Felipe Calderón", frase que também foi escrita em seus corpos, indicou a Notilegis, agência legislativa de notícias.

As mulheres entraram na Câmara com a ajuda de Gerardo Fernández Noroña, deputado do Partido do Trabalho (esquerda) e se manifestaram nuas com capuzes negros para não serem identificadas.

Elas protestaram em nome do "Comitê Nacional Civil para a Revogação de Mandato" do presidente Felipe Calderón e pediram uma consulta nacional em maio, acrescentou a Notilegis.

Em seu manifesto, as manifestantes se referiram às mulheres assassinadas em Ciudad Juárez, às presas de consciência, às estupradas pelo Exército em operações de combate às drogas e às que são proibidas de abortar.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para ONU, Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do mundo

by JC Recife Pe leia mais lá


A Lei Maria da Penha, que tornou mais rigorosas as penas contra crimes de violência doméstica, é considerada pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem) uma das três leis mais avançadas do mundo, entre 90 países que têm legislação sobre o tema.

Em vigor desde 2006, a lei trouxe várias conquistas, entre elas facilitou a tramitação das ocorrências de violência doméstica e familiar contra mulheres com a criação de juizados e varas especializadas. A primeira foi criada em Cuiabá, onde atualmente existem duas varas, cada uma com cerca de 5 mil processos em tramitação.

Segundo a juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara de Cuiabá, a implantação da lei aumentou o registro de ocorrências.

“As pessoas estão convencidas de que dá resultado, que não acaba em cesta básica. Hoje se prende por ameaça, antes que vire homicídio. Bater em mulher era cultural. Estamos mudando essa cultura”, afirmou a juíza.

Já a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MDFT), Laís Cerqueira, destaca que a Lei Maria da Penha esbarra no aspecto punitivo.

“A sociedade ainda não consegue ver a violência doméstica como um ato de violação aos direitos humanos. Temos uma legislação avançada. Garante-se a proteção, mas há dificuldades no aspecto punitivo. Existe resistência em se punir o homem como autor da violência”, destacou.

A mulher vítima de agressão deve se dirigir a uma Delegacia Especial para Mulheres (Deam). Após o registro, a delegacia tem 48 horas para encaminhar a ocorrência ao juizado ou à vara especial que terá prazo igual para analisar e julgar o caso.

Segundo a promotora, hoje as mulheres podem registrar ocorrências policias de forma tranquila e pedir medida de proteção, como o afastamento do marido do lar, a proibição de contato e da visita aos filhos e a perda do porte de arma. Entretanto, em alguns casos, os prazos de tramitação da ocorrência não são cumpridos e muitas mulheres desistem da acusação.

“Na prática esse pedido [de medidas de proteção] não é avaliado pelo juiz sem ter uma audiência com a mulher, para verificar qual o tipo de agressão, se é realmente necessário tirar o homem de casa. Isso, na minha avaliação, já é uma violação à lei”, argumentou.

A promotora considera um retrocesso a decisão sobre a Lei Maria da Penha tomada no dia 24 de fevereiro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A determinação é de que o Ministério Público só poderá propor ação penal nos casos de lesões corporais leves com a presença da vítima.

“A alegação é de que sendo uma lesão leve, como olho roxo ou braço quebrado com recuperação em menos de 30 dias, o Ministério Público não pode agir independentemente da vontade da vítima, pois estaria interferindo na autonomia da mulher e talvez impedindo uma reconciliação”, criticou Laís Cerqueira.

O Ministério Público do Distrito Federal pretende ir ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão

Fonte: Agência Brasil

domingo, 7 de março de 2010

Mulheres sem terra reocupam fazenda no Agreste do Estado

Publicado em 07.03.2010, às 14h08

Com a reocupação, na manhã deste domingo, da Fazenda Uberaba, no município de Bonito, no Agreste pernambucano, mulheres sem-terra ligadas ao MST deram início à Jornada de Lutas das Mulheres da Via Campesina, em comemoração ao Dia da Mulher. Neste ano, o tema da jornada é "contra o agronegócio e contra a violência: reforma agrária e soberania alimentar"

A Fazenda Uberaba é reivindicada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) desde 2004. EsTa foi a quinta reocupação. De acordo com Gilberta Araújo, da coordenação regional, as mulheres lideraram a reocupação acompanhadas de crianças e com o apoio de alguns homens. "Cortamos a cerca, entramos e até agora não houve problemas", afirmou ela, que disse aguardar a vinda da proprietária, ainda hoje para negociar.

Os sem terra permanecem, de acordo com Gilberta, em uma estrutura desativada, onde funcionava uma estrebaria de cavalos. Enfrentam dificuldade para conseguir água e forte calor, sob sol forte

A direção estadual do MST prevê novas ações das mulheres até a noite desta segunda-feira (8)

A UNE na Ditadura Militar

No apogeu militar, a União Nacional dos Estudantes, caracterizada como Movimento Estudantil desempenhou o papel de oposição ao autoritarismo e luta pela liberdade democrática. Juntamente com as Uniões Estaduais Estudantis, as UEE’s, a UNE foi posta na ilegalidade devido ao incêndio causado por participantes do movimento militar e passou a atuar na clandestinidade a partir de 1966.
Nesse período tudo o que era de ordem estudantil ficou em posse do Ministério da Educação (MEC), consequentemente, qualquer movimentação estudantil contra a Ditadura ficaria no poder do Estado.

Em 1966 o presidente Castelo Branco criou o Movimento Universitário para o Desenvolvimento Econômico e Social (Mudes).

Neste contexto as passeatas e organizações estudantis se tornaram ainda mais reprimidas, devido a isto, os estudantes se sentiram motivados a agir cada vez mais, contra a opressão e violência da Ditadura. Com este apoio estudantil, a UNE decretou a segunda greve geral e elegeu o dia 22 de setembro como o Dia Nacional da Luta contra a Ditadura. Em 1968, a terceira greve geral estudantil promovida pela UNE, teve como objeto de luta, a morte do estudante Edson Luís Lima Souto, no fechamento do restaurante Calabouço, o que mais tarde derivou na Passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro, e em outros movimentos desencadeados a partir dessa morte, que segundo historiadores, foi a primeira vítima da Ditadura Militar.

Devido ao decreto do Ato Institucional nº5 (AI-5), em dezembro de 68, houve uma mudança na atuação dos estudantes manifestantes da UNE, já que grande parte fora preso ou exilado devido ao decreto, a União passou a agir de forma mais discreta, como por exemplo, uma missa de dois anos da morte do estudante Edson Luís.

sábado, 6 de março de 2010

A Academia e os novos tempos


por Estadão leia mais lá

Marcos Vinicios Vilaça


O século 21 trouxe uma necessidade ainda maior de se ampliarem os trajetos no sentido de que a Academia Brasileira de Letra seja mais vista e ouvida. Há - e está bem aos nossos olhos - uma geração que parece ter nascido com controle remoto e mouse à mão. Basta um clique e a tela muda. Portanto, é vital que nos afinemos com os moços.

Desde a adoção do alfabeto na Grécia antiga, passando pela invenção da imprensa com os tipos móveis do Renascimento, não há nada mais revolucionário do que a chegada do digital. Até ontem, por exemplo, toda plataforma para ler era modulada de forma passiva e indireta pela luz do sol ou pela lâmpada. Hoje, o fundo emite luz e nós teclamos sobre seu fluxo, e o fundo sobre o qual aparecem letras e imagens é fonte de luz ativa.

Nada anula a atração de elucidar o alcance dos novos usos. E uma Academia de Letras também está obrigada, na contemporaneidade, a refletir sobre linguagem e tecnologias, do contrário ficará como sombra, ao perder a fonte de irradiação.

A Academia examina mais opções na internet, twitter, e-books e tudo mais que este século nos trouxer de novo. Independentemente do kindle, mesmo que se argumente que o leitor com ele se dispõe a carregar nas mãos 3.500 livros, e mesmo que exija pouco espaço para até milhares de livros, sabemos que não serão superados os incomparáveis prazeres táteis e cerebrais dos livros de papel. Ainda assim, claro está que, se não preenche o imaginário da leitura literária, não nos enganemos sobre a força que o e-book exercerá no futuro em relação ao livro didático.

Não somente por isso, mas também, e principalmente, por isso, nós nos tornamos uma casa aberta a toda forma de cultura. Unir a literatura a todas as formas de manifestação cultural, como artes plásticas, desenho, cinema, música e teatro, entre muitas outras, mais novas ou não, é o objetivo da casa. Temos, de letras, o sentido das humanidades, não apenas o de letras literárias.

Mais de um século separa as obras de um Degas, por exemplo, da era digital. No entanto, em muitos museus essas obras e a computação estão integradas em perfeita combinação artística. Especialistas temem que o homem esteja a inaugurar uma cultura autodestrutiva - uma cultura da incultura. É possível que haja nisso alguma razão. É também possível que haja nisso algum exagero. Mas uma coisa é certa: nada anula a atração de elucidar o alcance de novos usos.

O tempo presente nos põe em alerta sobre o que significam para a cultura as instantaneidades da comunicação. Diversidade cultural é fator de coesão, e não caminho de fragmentação. Cultura há de ser, portanto, a unidade dos momentos, o que é bem diferente de ser mera unicidade. Por isso pretendemos estabelecer de forma gradual, ininterrupta e coesa uma aliança com o País que ainda está chegando. Sem esse enlace, no futuro não haverá como preservar a tradição. Seremos pó. E as cinzas não aquecem.

A Academia reivindica, por sua representatividade, que nada pode ser decretado no âmbito da cultura sem que passe pela nossa casa. Damos exemplos: direito autoral é assunto que deveremos afinar, a internet não pode aparecer como plataforma hostil ao arrepio dos direitos do usuário, a proteção à obra não pode inibir a sua apropriada divulgação no equilíbrio do interesse econômico e do interesse público.

Este ano a Unesco se dedicará ao que denominou "Ano da Aproximação das Culturas". Nada mais aliciante. A indiferença no que toca às diferenças culturais mata a capacidade de compreender. A diversidade é fator de enriquecimento mútuo. Nada de amnésia. A memória alimenta a capacidade criadora. Essa compreensão, esse conhecimento nos põem aptos a fazer da cultura um fator de emancipação, de descobrimento e de justiça.

Nós nos orgulhamos muito de que a Academia seja em grande parte o contraste dentre dois homens inseparáveis: Machado de Assis, o humilde que se fez aristocrata das letras; e Joaquim Nabuco, que, pertencendo à hierarquia do Império, se fez humilde, para melhor escutar os gritos de liberdade.

A Academia comemorará, como não poderia deixar de fazê-lo, o centenário de morte de Joaquim Nabuco, com permanente curiosidade e completa empatia, tal como fez em relação a Machado de Assis. Estamos a promover ciclo de conferências e reedição de algumas de suas obras. Iremos a Londres e a Washington para comemorações especiais com a intelectualidade dessas cidades, nas quais serviu como embaixador. Nabuco, como homem público, é precioso emblema de ética na política.

Como um operador da transformação social, trouxe o povo para o combate pela liberdade. Temos certeza, certeza acadêmica, de que os brasileiros estarão ainda mais convencidos da sabedoria dele, recordando o que, em 1909, escreveu no Diário pessoal: "O corpo pode ser demolido, não o seja nunca o espírito." E juntos atentaremos para a lucidez de quem, há cem anos, enxergando da vida o claro/escuro e mesmo já com a voz a falhar, segredou ao médico que o atendia: "Doutor, pareço estar perdendo a consciência... Tudo, menos isso!..."

Temos certeza, também, à sombra desses dois exemplos clássicos, que aos intelectuais compete lutar para que se impeça concentração de poder, com amargo sabor totalitário. Democracia não é só o voto na urna, mas, igualmente, o acesso cotidiano à justiça e à repartição dos frutos do crescimento econômico e do desenvolvimento social. A Academia não se senta, nem se sentará, na plateia para se ausentar do palco. Sem deixarmos de ser gente, queremos ser a Academia. Não permitiremos a atitude tribal de fechar a casa. Há muito fizemos a abertura. Sua claridade tem de estar em movimento. Irreversivelmente.

Marcos Vinicios Vilaça é presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Folha e os direitos humanos



http://www.novae.inf.br
Chico Villela













A Folha trilha com veemência o caminho da Veja, tomada pelo que Luis Nassif chama (alguns) de ‘jornalistas de esgoto’. Irmana-se assim ao grupo Globo na falsificação sistemática da informação em defesa de interesses, sempre identificados, de empresas e governos e candidatos, seus ou favoráveis ao império, ou do próprio império, como se registra na edição do dia 27/2/2010.

Cuba, Lula e direitos humanos
A visita de Lula a Cuba, marcada pelo seu comportamento dúbio ante a presença de presos políticos e dissidentes e a morte do preso de consciência Orlando Zapata Tamayo (que comentei e condenei um dia antes de essa imprensa grande reagir), agora vem sendo explorada ad nauseam, em harmonia com seus atos de falsificação jornalística que visam à campanha a presidente. A regra clara é: destruir Lula e o PT para destruir Dilma, principalmente agora que Dilma encostou em Serra e Aécio espera para decidir mais tarde, de olho na desistência de Serra e na abertura de seu caminho para a candidatura, ocasião em que seria praticamente imbatível. A missão da Folha é facilitada por declarações oportunistas, como a do assessor internacional Marco Aurélio Garcia em Cuba, de que direitos humanos são problema em todo o mundo. São, claro, mas isso não pode servir de escudo a gestos de omissão.

Essa história, tudo indica que ficará em foco na Folha durante muito tempo: rende condenações e votos contra Lula, e na edição de hoje rendeu muitas páginas, editorial e matérias. Mas a debilidade reside em que a questão dos direitos humanos na Folha refere-se sempre aos adversários do império: para a Folha, há problemas de DH na China, na Rússia, no Irã, em Cuba, na Venezuela, em Mianmar, por aí. A questão da liberdade de imprensa, cara à Folha e aos senhores da Sociedade Interamericana de Imprensa, donos de reservas e monopólios dos meios, falsifica com lente grande a questão da Venezuela, por exemplo, ignorando que Chávez tem feito mais para democratizar a imprensa do que todos esses senhores ilustres juntos. Hoje, primeiro dia de março, esses senhores da grande imprensa fazem reunião e festa com seus promotores, agentes e servos remunerados em São Paulo, sob as asas do suspeito Instituto Millenium.

Aliados fascistas e os DH
A julgar pelo noticiário e análises da Folha, que, insista-se, reproduz poucos meios dos EUA e uma e outra imprensa britânica, nos EUA, não há problemas de direitos humanos. Nem no Egito, aliado dos EUA e governado pelo ditador retrógrado e torturador (veja uma mostra rápida de alguns deles) que caminha para seus trinta anos de tirania e promete fazer do filho o sucessor, criando uma dinastia familiar, como na ditadura de Cuba; na Colômbia, domínio de traficantes (veja e baixe a biografia do presidente-traficante) e tropas paramilitares e, ao lado do México, principal aliado estratégico dos EUA na América Latina; na Arábia Saudita, reino muçulmano ditatorial da corrente sunita, a mais repressiva do islã; em Israel, que joga hoje o jogo apoiado pelos EUA de tratar os palestinos como foram tratados pelo regime nazista, como se vê neste ensaio fotográfico (até a linguagem vai se aproximando); na Georgia, que aboliu a liberdade de imprensa sem que os leitores da Folha sequer tomassem conhecimento; na Índia, aliada estratégica dos EUA, que adota sistemas sociais de castas de cores pré-medievais e acumula problemas de DH de toda ordem; no Uzbequistão, outro aliado estratégico dos EUA, embora pendular e chantagista, que adotava até há pouco a técnica inquisitorial de fritar em óleo fervente prisioneiros enviados pela CIA; todos, sem exceção, aliados do império e modelos de drásticas violações de DH nunca noticiados pela Folha.

Direitos humanos nos EUA
Problemas de DH nos EUA? Na pátria da democracia? Após os atentados false flag em 2001, o instituto jurídico do habeas corpus foi abolido pela lei mais fascista já aprovada num país ocidental após o fim da Segunda Guerra, o Patriot Act do regime Cheney-Bush. O habeas corpus tem uma história de cerca de 800 anos, desde o século XIII, com destaque para sua fixação no território que hoje é ocupado pelo Reino Unido na ilha inglesa. Espalhou-se, vingou, e é reconhecido pela maior parte dos países. Mas nunca vi a Folha referir-se ao fato de o instituto do habeas corpus ter sido abolido nos EUA a partir do Patriot Act de 2001.

Nem ao fato de a violação ilegal e inconstitucional do sigilo de correspondência, e-mail e telefone ter operado e ainda operar no país, sob o governo de democratas. Um país em que os dados pessoais e da obra, de um leitor que a retira em biblioteca, mesmo de universidades, terem de ser compulsoriamente informados à polícia política não é, definitivamente, uma democracia. E que há mais de 100 mil cidadãos (dados de 8 meses atrás) proibidos de viajar em aviões? Quantos leitores da Folha conhecem esses fatos pelas páginas do jornal?

O direito à defesa nos EUA também desapareceu, como se pode ver em outro artigo deste blog e no site referido. A organização e operação de centros de tortura, exaustivamente documentada na imprensa livre mundial, e que continua sob BHObama, sempre foi ignorada pela Folha. A morte sob torturas de três jovens em Guantánamo, na mesma manhã de junho de 2009, foi ignorada pela Folha e pela imprensa dos EUA, que a Folha reproduz e copia, com destaque para seu conveniado The New York Times. Da mesma forma, a construção pela Halliburton de cerca de 600 centros de detenção equipados com áreas de eliminação física de dissidentes (são tantos os sites que remeto o leitor ao menu), em vários pontos, sempre isolados e afastados de centros urbanos, no território dos EUA, sempre foi assunto tabu para a Folha.

E a Folha, que celebra a questão, obscena e condenável, dos prisioneiros políticos de Cuba, nem sequer noticiou o assassinato da principal ativista contra os golpistas de Honduras, com aspecto de obra de profissionais. As notícias dão conta de que sua morte levou marca registrada do serviço de inteligência israelense, que assessora os gorilas hondurenhos, apelido revivido pelos militares locais dependentes do Pentágono e de especialistas israelenses em morte de dissidentes. Assuntos tabus para a Folha são aqueles não noticiados pela grande mídia associada dos EUA. Pobre jornal.

Diplomacia ou corretagem?
A Folha faz parecer natural, e não um ato de escândalo digno de um governo Arruda, um alto funcionário diplomático em missão oficial de governo dos EUA dirigir-se ao Brasil para vender produtos de suas empresas. Na página A10 de hoje, a manchete é: “EUA dão última cartada para vender caças”. A foto e legenda que ilustram a reportagem são de “William Burns, subsecretário para Assuntos Políticos dos EUA”, que tenta chantagear o Brasil com a afirmação de que a compra de seus Boeing facilitaria a negociação para a compra de 200 SuperTucanos da Embraer pela Marinha.

Ao repórter sua voz: “[...] o recado foi enviado de forma diplomática e discreta, pela delegação que prepara a visita na semana que vem da secretária de Estado, Hillary Clinton, a Brasília. O subsecretário [...] esteve ontem com o ministro Nelson Jobim (Defesa)”. Desconheço o que a Folha pensa sobre discrição. A reportagem não esclarece a diferença fundamental entre as propostas: os EUA não transferem tecnologia, querem ser eternos fornecedores; os outros proponentes, Suécia e França, transferem tecnologia, oferecem assessoria, compartem futuros projetos, configuram novas alianças armadas estratégicas, ao largo do poder imperial, e isso se inclui nos preços.

Os EUA recentemente vetaram a venda de aviões da Embraer brasileira à Venezuela: para o império, os aviões têm “componentes euamericanos”, e esse fato não garantiiria a reposição ao país inimigo. O nome disso nos meios de bandidos etraficantes é chantagem, mas, para a “diplomacia do império” e para a imprensa que a apóia, é apenas tema corriqueiro de noticiário.
Essa mistura de negócios com diplomacia sempre foi, por mais de um século, marca registrada do império, e, para eles, é postura aceita, tanto quanto o Pentágono abrigar conselheiros sobre ciência e tecnologia avançadas que são representantes de empresas. Para os EUA, e para a Folha, isso é o dia-a-dia. Anormal, para a Folha, é Lula apoiar a legítima aspiração do Irã de dominar o ciclo nuclear, tanto quanto o Brasil vem fazendo, e em que já se encontra bastante adiantado, com desenvolvimento de tecnologia própria.

Diferenças e semelhanças
Israel detém tecnologia nuclear, abriga cerca de (estimativas nesse campo são variadas e difíceis, mas há aproximações) de um mínimo de 200 artefatos aptos a explodir. Desenvolveram sua tecnologia com assistência dos EUA. É um país amigo.
O Irã a duras penas vem tentando dominar o ciclo nuclear. É membro do Acordo contra a Proliferação de Armas Nucleares, patrocinado pela desacreditada ONU. EUA e Israel nunca foram membros do Acordo. Mas essa realidade não impede que há anos o Irã venha sendo chantageado e ameaçado por sua “pretensão em ter a bomba”. O Irã não é um país amigo, nem dos EUA, nem da Folha.

O Brasil adotou, finalmente, postura de dignidade e clareza nesta e noutras questões. Mas a visita oficial da esposa traída, pela agente do Mossad Monica Lewinski, do ex-presidente Clinton é abordada pela Folha sob ângulo diferenciado. Na sua página A4 da edição de hoje, sob a manchete arrogante “EUA vêem ‘erro’ em apoio do Brasil ao Irã e elevam pressão”, com foto de aperto de mãos empilhadas de Lula e Ahmadinejad, a Folha lista os pontos de “controvérsia”:

1. Caças. Veja o comentário acima, com o adendo da Folha de que a secretária Hillary Clinton também se empenhará na venda dos seus caças.

2. Bases na Colômbia. A cândida Folha anota: “EUA e Colômbia expandiram seu acordo militar, elevando o contingente americano no país. O Brasil pediu garantias e reclamou da reativação da Quarta Frota que, segundo Lula, alcança o pré-sal”. O império de bases, que tem nas sete bases colombianas mais um pequeno capítulo, e definição perfeita para o atual império em decadência, jamais foi abordado pela Folha, nem sequer em seu dominical ‘caderno de análises’ Mais!.

3. Honduras. O texto do verbete é um primor de desinformação: “De mãos atadas após o ‘abrigo’ ao presidente deposto Manuael Zelaya em sua embaixada, o Brasil pediu ajuda aos EUA para, depois ,discordar da solução apontada: acatar as eleições”.

Sem comentários: nada disso é verdadeiro. Os EUA espernearam, plantaram críticas em muitas mídias, mas o Brasil manteve o asilo; e deixou a embaixada, sob supervisão de diplomata, nas mãos dos asilados, que tiveram apoio de muitos populares que se transferiram para lá. A Folha deveria ter vergonha de suas afirmações: chegou a manter um repórter, dentro da embaixada, que forneceu relatos, de elevada dignidade humana, sobre os asilados e o seu próprio papel; e, agora, escreve esse lixo editorial.

4. Irã. O texto é claro na denúncia da ilegalidade absoluta e da prepotência do império: “Lula recebeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad e deu apoio a um programa nuclear com fins pacíficos. Os EUA acusam o Irã de buscar armas e articulam novas sanções ao país”. O Irã é acusado, segundo a Folha e os EUA, de buscar armas. Israel já as tem, centenas. Mas o Irã não pode buscar essas armas. Mais claro, impossível. Lembra o caso do Iraque, que poderia ter armas de destruição em massa. Como disse em blog anterior, cuidado com o ímpeto de esfaquear seu vizinho, que poderia vir a ameaçá-lo um dia. A teoria da “guerra preventiva”, herança dos neocons fascistas da era Cheney-Bush, mantém-se como doutrina estratégica do inerme governo BHObama. A Folha ecoa.

5. Algodão. O Brasil ganhou direito na OMC de usar 830 milhões de dólares em retaliação contra subsídios ilegais dos EUA. Sugiro mandar os EUA transferirem os recursos ao Haiti. Desde que se retirem, e retirem também do país seus 20 mil soldados armados até os cotovelos. O Haiti, assunto do item 6, não cabe neste espaço: o império exacerbou sua loucura e exagerou na dose.

Mas a Folha é insuperável. Na mesma página A4 em que esses temas se alinham, e da qual me abstenho de comentar a barafunda jornalística do texto da matéria, há um pé de página em que o enviado especial dos EUA , citado ao início deste texto, fala sobre os direitos humanos: “É preciso ser direto sobre abuso, afirma americano”. O box do artigo foi entregue ao fantasma FHC. Serra despenca serra abaixo, e é preciso ressucitar até mesmo o viajante FHC (claro: com Serra ameaçado por Dilma, é preciso dar a palavra ao PSDB, e até mesmo ao caquético FHC). Que, até agora, não se manifestou contra a proibição da marcha do orégano em São Paulo. Logo ele, que vem fazendo esforços até pessoais pela causa!

(Chico Villela)

Em tempo: durante a maior parte dos eventos sociais do terremoto do Haiti, a imprensa dos EUA sempre privilegiou a questão da propriedade e focou saques e destruição, ignorando os milhões de gestos sociais de solidariedade. A Folha de hoje, 1º de março, dia da reunião celebratória dos seus pares em São Paulo, traz manchete repugnante: “Chile põe Exército nas ruas contra saques”. Além de foto de quase meia página, de três saqueadores dentro de um centro de compras semidestruído. Como se tudo se resumisse a colocar tropas contra saqueadores, perante mais de 1 milhão de pessoas em necessidade de sobrevivência e em desdobrados gestos de clemência e compaixão.

A grande imprensa é exemplar, sempre. Num momento em que se celebra, e o povo vivo celebra, a solidariedade, a salvação e o abrigo de vizinhos e pessoas em necessidade, milhares de demonstrações de solidariedade e desprendimento, e até mesmo os esforços do governo Bachelet de socorrer as populações com pelo menos água e comida, a imundície da Folha se revela em sua primeira página. O sentimento único possível é de nojo. Nassif tem razão: os empresários e jornalistas de esgoto estão à solta.

Turismo interativo emociona hóspedes da Pousada da Paixão















Os hóspedes da pousada podem estrear como figurantes do espetáculo
Foto: Divulgação



Foto: Divulgação
Para aquelas pessoas que além de assistir sempre quiseram participar de uma encenação da Paixão de Cristo, uma boa opção é se hospedar na Pousada da Paixão, em Nova Jerusalém, no Agreste pernambucano.

No local, o descanso no feriadão está aliado à emoção da data, além da estreia no teatro. A pousada foi criada originalmente para hospedar os atores e atrizes que atuam na recriação dos último passos de Jesus na Terra, mas há oito anos vem ofercendo a opção para o hóspede ser figurante do maior espetáculo ao ar livre.

A construção que fica instalada dentro das muralhas da cidade-teatro continua recebendo os atores principais do elenco do espetáculo. Para dar o clima e animar os visitantes a serem atores por um dia, a Pousada da Paixão conta com um cenário semelhante ao da Jerusalém dos tempos vividos por Jesus.

A proposta é a seguinte: em dois dias e duas noites de hospedagem, o vistante assiste a uma encenção no primeiro dia e, caso se interesse em participar, na manhã seguinte, eles ensaiam e recebem as instruções necessárias dos monitores para, à noite, devidamente caracterizados, estrearem como figurantes.

Para quem for fã de algum ator que faça parte do elenco, a melhor notícia: os hóspedes recebem credenciais especiais para ter acesso aos mesmos ambientes que os atores.

Balanço do grande Festival de Violão do Piauí



Por Ricardo Sahão

Estive no Piaui para participar do 6 Festival Nacional de Violão do Piauí .

Moro em Londrina e viajei 8 horas de avião para chegar a Terezina onde acontece um dos melhores festivais de violões do mundo e o sul maravilha ainda não sabe disso ou por estar dormindo sobre seu próprio umbigo ou por falta de cultura musical.

Este festival começou e se mantém em constante aprimoramento técnico e musical graças ao empenho do prof. Cineas Santos e do violonista Erisvaldo Borges.
A primeira edição do FENAVIPI ocorreu em dezembro de 2004.

Além dos shows específicos, recitais e ‘masterclass’, patrocina concurso nacional de interpretação violonística, do qual participam candidatos de todo o Brasil e até do exterior.
A realização do 6 Festival Nacional de Violão do Piauí de 25 a 28 de fevereiro de 2010 consagra este desejo de transformar o Piauí em um celeiro de instrumentistas fato que observamos graças a qualidade dos candidatos a instrumentistas e a alta performance dos convidados.

Este festival celebra Teresina como capital brasileira e mundial da musica instrumental para violão.

Os participantes Xuefei Yang ( China), Tommy Emmanuel ( Austrália), Paul Galbraight ( Escócia), Nonato Luiz ( Ceara) , Fabio Zanon (São Paulo) , Carlos Barbosa Lima (Brasil), Nicolas de Souza Barros (Rio de Janeiro), Roberto Corrêa (Minas Gerais) , Franciel Monteiros (São Paulo) e Henrique Annes (Pernambuco) encantaram a platéia com suas apresentações.

Aconselho a vocês procurarem na internet textos e vídeos destes artistas para sentirem a grandeza deste festival.

Na noite de abertura , o violonista e percussionista australiano Tommy Emmanuel arrebatou o público com seu modo único de tocar violão com blues, jazz, spiritual, folk, rock, jazz com agilidade e precisão na execução de músicas que ganham uma nova dimensão em suas mãos através de seu estilo “free style”.

O violão dedilhado com arte inigualável, e o mesmo violão fazendo as vezes de tamborim, zabumba e percussão.

Tommy Emmanuel tem uma carreira de 40 anos consagrada como um virtuoso do violão popular e se apresentou pela primeira fez no Brasil em Teresina para um público que ficou encantado com sua performance.

Tommy ensinou na aula de Masterclass como ele toca o violão, como dedilha, como usa a palheta, como constrói os sons harmônicos, como compõe, como vive.

Esbanjou simpatia deu uma aula de filosofia de vida distribuiu centenas de autógrafos , assinou CD, DVD autografou violões (inclusive o meu) conversou com todo mundo e tirou fotos.
Quem viu não esquece.

A chinesa Xuefei Yang demonstrou técnica impecável e controle total do instrumento interpretando musicas clássicas e musica popular brasileira.

Carlos Barbosa Lima interpretou musicas próprias e brasileiras que compõem seu repertório eclético e universal.

É um dos expoentes da boa música instrumental brasileira divulgando o Brasil no exterior.

Renato Correa que é compositor, instrumentista e pesquisador da viola no Brasil nos brindou com belas musicas do nosso cancioneiro popular.

Cada instrumentista deu o melhor de si enriquecendo o festival com suas apresentações e aos ouvintes com seus estilos e sons diferentes e mágicos.

A gente fica encantado de ver e ouvir esta ótima música feita longe dos grandes centros de produção em massa que só atendem aos interesses das grandes gravadoras.

O Piauí tem hoje uma platéia educada e sensível para ver e ouvir artistas que se apresentam tocando violão em pequenas salas de concerto devido ao aprimoramento musical desenvolvido nos últimos anos.

As apresentações feitas em pequenos teatros com calorosa interação entre público e artista resgata o que de melhor tem nas artes, o momento mágico entre o músico e a platéia.

Ver, ouvir e conversar com estes músicos é tão gostoso como comer pão caseiro feito na hora pela mamãe.

Realmente o FENAVIPI oferece uma qualidade de músicos e de platéia como as melhores capitais do mundo.

O Piauí existe, é lindo

Tem um povo acolhedor

Uma comida saborosa

Uma música contagiante

E o ano que vem tem o 7 Festival Nacional de Violão do Piauí.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Produtor de 'Guerra ao Terror' é barrado do Oscar

Punido por desrespeitar regras da Academia, produtor terá que ver o Oscar pela TV..Foto: Divulgação







Um produtor do filme "Guerra ao Terror" não poderá comparecer à cerimônia da entrega dos prêmios do Oscar, programada para domingo. O motivo foi que ele violou as regras da disputa, ao enviar um e-mail pedindo apoio a seu filme e criticando um concorrente.

Os encarregados do Oscar informaram ontem que, caso "Guerra ao Terror" vença na categoria "Melhor Filme", o produtor Nicolas Chartier poderá pegar sua estatueta somente em outra data. O comitê executivo da área de produtores da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas impôs a sanção.

Chartier enviou e-mails no dia 19 do mês passado para alguns integrantes da academia. Ele pediu votos para "Guerra ao Terror" e "não para um filme de US$ 500 milhões", em uma alusão a "Avatar", também indicado a "Melhor Filme".

Outras mensagens eletrônicas posteriores, publicadas pelo jornal "Los Angeles Times", mostravam Chartier pedindo aos que votam no Oscar que colocassem seu filme em primeiro e "Avatar" em último, na lista dos dez indicados.

Chartier se desculpou posteriormente pelo comportamento, afirmando estar "profundamente arrependido". Os filmes "Guerra ao Terror" e "Avatar" são os campeões de indicações nesta edição do Oscar, com nove cada um.

Fonte: Agência Estado

Diretório municipal põe mais lenha na fogueira eleitoral PT X PT // Presidente da legenda no Recife critica proposta de acordo para evitar prévias

Barreto: "Tem muita discussão antes de se avaliar os candidatos ao Senado" Foto: Glauco Spíndola/DP/D.A Press - 8/8/05BY D PE












Enquanto o PT nacional vem procurando esfriar os ânimos entre as tendências do ex-prefeito do Recife João Paulo e o secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, a reunião do diretório do partido no Recife pode colocar mais "lenha na fogueira". A tática eleitoral e a conjuntura municipal estão entre os pontos que serão discutidos no encontro programado para sábado. O novo presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, já deu o tom de como será a discussão.


Barreto: "Tem muita discussão antes de se avaliar os candidatos ao Senado" Foto: Glauco Spíndola/DP/D.A Press - 8/8/05
De acordo com ele, não há a menor possibilidade de o PT nacional se posicionar em favor de Humberto para ser o candidato do PT ao Senado na chapa do governador Eduardo Campos. Humberto e João Paulo se reúnem amanhã, em Brasília, para tentar encontrar uma solução para o impasse. "Essa hipótese não existe. O PT não vai dizer que sim ou que não. Nacionalmente, o partido tem outras tarefas eleitorais. Esse pato ainda vai cozinhar muito antes de ser servido. Tem muita discussão antes de se avaliar os candidatos ao Senado", afirmou.

O encontro do PT no Recife será realizado no Sindicato dos Bancários, no centro do Recife, a partir das 9h. Os petistas também discutirão a nova composição da executiva, o calendário geral do partido para 2010 e os detalhes da festa de posse do diretório municipal. Segundo Oscar, a discussão sobre eleição está concentrada na candidatura da presidenciável Dilma Rousseff. "A escolha não será da forma que algumas pessoas pensam que será. É preciso definir quem serão os aliados, qual a chapa da oposição, as alianças e a tática. É um arranjo nacional", destacou.

Oscar não poupou críticas à alternativa apresentada por Humberto para evitar prévias e escolher consensualmente o candidato do PT ao Senado. O secretário das Cidades propôs que aquele que não fosse indicado pudesse ser contemplado no futuro, nas eleições de 2012 e 2014. " Se ele (João Paulo), eu ou Maurício (Rands) não estivermos presente nessa chapa majoritária não significa que fomos colocados em segundo plano. Teremos a eleição de 2012 e 2014. Quem não disputar a majoritária vai concorrer à eleição de deputado federal", afirmou o petista na ocasião.

Ontem, o novo presidente do PT no Recife considerou a sugestão como equivocada ao condicionar um projeto político a um acordo. "Cada eleição é uma eleição. É complicado quando se começa a embutir uma eleição dentro da outra. A gente não sabe nem como fica o mundo. No calendário maia o mundo se acabará em 2012", afirmou. Em sua avaliação, as pessoas querem rebaixar o significado da eleição. "As pessoas se enganam ou não querem fazer o debate republicano de propostas, mas acordos de poder, de ocupar espaço. Cada um dá à política o alcance de sua visão. A nossa é mais larga. Estamos empenhados na reeleição de Eduardo, de Dilma e na manutenção das forças populares do comando do estado".

Mudança de foco na indústria do livro Editoras se preparam para as transformações provocadas pelo mundo digital

Livro de Rubem Fonseca, O seminarista estará disponível para iPhone no mesmo dia do lançamento da versão em papel. Foto: Reproducao da Internet/www.elhablador.com











Mudança de foco na indústria do livro Editoras se preparam para as transformações provocadas pelo mundo digital; Ediouro anunciou parceria com o Google para disponibilizar acervo do selo no site de busca











Uma neblina ainda encobre o futuro da indústria do livro, mas algumas editoras já começam a se movimentar, tateando no escuro na tentativa de viabilizar seus negócios em meio as transformações do mundo digital. Durante o Continuum - Festival de Arte e Tecnologia do Recife este mês, a editora Ediouro anunciou uma parceria com o Google que vai disponibilizar o acervo do selo, que chega a 10.100 obras, no site de busca.


Livro de Rubem Fonseca, O seminarista estará disponível para iPhone no mesmo dia do lançamento da versão em papel. Foto: Reproducao da Internet/www.elhablador.com
"O acesso será parcial, inicialmente em 20%. O objetivo é tornar a informação disponível na internet para depois converter em venda de livros, que antes não eram encontrados", explica Newton Neto, diretor executivo da Singular Digital, responsável pela publicação de livros digitais da Ediouro. O acordo é apenas um sinal da mudança de foco da editora, que, a partir de novembro, passa a investir em livros digitais.

"O livro O seminarista do Rubem Fonseca, estará disponível para iPhone no mesmo dia do lançamento da versão em papel", adianta o diretor executivo. Outra linha de ação do selo é a transferência de recursos de divulgação do meio tradicional para o digital. "Acreditamos em marketing digital. Vamos apostar em links patrocinados, ação em redes sociais, produtos digitais inovadores, entre outros", revela Newton Neto.

Quem também aderiu à ferramenta do Google foi a editora Senac São Paulo, que desde 2005 tem disponibilizado seus títulos. A editora hoje oferece cerca de 750 livros, com acesso a 20% das obras. "A visualização não permite impressão e download. É feito um direcionamento para sites varejistas, onde o livro físico poder ser adquirido", analisa Marcus Vinicius Barili Alves, gerente corporativo da Senac-SP.

Segundo ele, com a adesão, as vendas da editora cresceram em torno de 10%. "A degustação digital é uma boa ferramenta, pois atinge um público potencial maior, que ultrapassa a livraria e os pontos tradicionais de venda, podendo atingir leitores em diversos países", garante Alves.

Outro exemplo de mudança é o da editora virtual Mojo Books, criada em 2007, que vem produzindo conteúdo e publicando e-books, em PDF, de histórias ficcionais inspiradas em discos e músicas. Com um lançamento por semana, o catálogo da Mojo conta com 126 e-books, 220 singles e 7 histórias em quadrinhos, fora as coleções Specials (relacionadas a festivais) e Mojo+, que foca mais nos escritores.

Ao todo, mais 300 autores já contribuíram para a Mojo, incluindo o pernambucano Marcelino Freire inspirado no disco Getz/Gilberto. "Esperamos que tenha alguma ligação com o disco, mas isso é subjetivo. Privilegiamos ideias originais, interessantes literariamente", explica Danilo Corci, um dos criadores do site.

Para ter acesso a esses livros, as pessoas precisam se cadastrar no site e baixa-los de forma gratuita. "O brasileiro não tem o hábito de pagar por conteúdo na internet, por isso, em princípio pretendemos manter os livros gratuitos por algum tempo. Agora, com a chegada dos e-readers, este cenário tende a mudar e vamos nos adequar ao modelo", pondera Corci. (Thiago Corrêa)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Incentive as crianças a ler em bibliotecas de São Paulo

Do Guia da Folha online

Abertas diariamente, as bibliotecas da capital paulista não só oferecem familiarização com a leitura, como promovem atividades especiais. Leia sobre duas delas:

Biblioteca Hans Christian Andersen

A tradicional biblioteca, inaugurada na década de 1950, foi reformada recentemente e ganhou um acervo especializado em contos de fadas. Além da coleção de 17 mil títulos infanto-juvenis, o espaço recebeu novos livros e foi decorado com motivos infantis e estantes no formato de castelos e arco-íris. Conta com uma programação constante de teatro e narração de histórias para os pequenos. Informe-se sobre o local.

Biblioteca Municipal Monteiro Lobato

A mais antiga biblioteca infantil da cidade, criada em 1936, possui cerca de 30 mil títulos infanto-juvenis. Também abriga um acervo com livros, cartas, fotografias e objetos pessoais de Monteiro Lobato --que costumava contar histórias a crianças na biblioteca--, além de um arquivo histórico de literatura infanto-juvenil e livros didáticos e uma gibiteca, inaugurada no final de fevereiro. Informe-se sobre o local.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Comienza la feria de tecnología CeBit con empresas de más de 160 países

La CeBit, feria organizada en Hannover (Alemania), fue inaugurada por Angela Merkel, canciller federal alemana, y José Luis Rodriguez Zapatero, presidente de España, pues este será el país invitado especial de la edición 2010.

Con el propósito de innovar en la propuesta de este evento y hacer frente a otras ferias internacionales de tecnología como el reciente Congreso de Móviles en Barcelona y el CES en Las Vegas, en enero, la CeBit se organiza este año en distintas áreas temáticas para hacer énfasis en tecnología y consumo.

Bajo el lema de "Mundos Interconectados", esta feria contará con exposiciones sobre educación en línea como uno de los aspectos centrales. Así mismo, los electrodomésticos inteligentes, mejores velocidades en conexión a Internet, tecnología 3D y ahorro de energía serán parte de los temas de este evento.

Por ser el país invitado de este año, España cuenta con 86 empresas participantes y 11 comunidades autónomas, organizadas en un pabellón institucional. Dentro de sus temáticas estarán los efectos especiales y la telemedicina.

Google y Amazon hacen parte de las firmas con reconocimiento mundial que estarán participando en la feria, mientras otras como Microsoft, Sony y Facebook no cuentan con representantes en el evento.