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terça-feira, 26 de novembro de 2019

"barriga vazia para cima"- "Se a gente não der o amor ele apodrece dentro de nós”


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Sempre sem apresentações seu faro linguístico é suficiente.Capturas do Face

O filósofo Deleuze distingue duas noções: “sujeito” e “agente”. Todo sujeito se opõe a um objeto: o sujeito seria o polo ativo, ao passo que o objeto é considerado passividade que se manuseia, mede, compra , vende... ou mesmo se descarta virando lixo. 
Mas o que é um agente? O agente pode ser qualquer coisa que favoreça um agenciamento. Por exemplo, uma música pode ser o agente de um agenciamento. Também pode ser o agente de um agenciamento uma paisagem, um livro, um quadro... O agenciamento expressa uma relação onde há um encontro que suspende as dicotomias sujeito/objeto, subjetividade/objetividade, atividade/passividade.
Há um poema de Manoel de Barros que narra a potência que pode ter um agenciamento: o agente do poema é um pote que o poeta encontra jogado fora de "barriga vazia para cima". Não faz muito tempo esse pote deve ter sido o centro das atenções: todos ficavam felizes e o queriam perto. Ele assim era tratado por guardar algo que despertava interesse: ele era um pote cheio de sorvete... Tamanha deve ser a dor que ele sente agora, abandonado . Rejeitado pelos homens, apenas a natureza quis o pote. A natureza nunca despreza: ela recebe e regenera, preenche vazios - disso também já sabia Espinosa. “Inútil”, o objeto-pote já não servia para nada, a não ser para metamorfoses, pois é isto que a natureza produz em tudo aquilo que, ao receber os cuidados dela , sofre um contágio, uma comunhão: "depois desse desmanche em natureza, as latas podem até namorar com as borboletas", pressagiou o poeta.
Tempos depois, o poeta teve que passar pelo mesmo lugar ermo. Lembrou do pote e se preparou para rever aquela imagem triste do sofrimento. Porém, nesse intervalo de tempo , sem que o poeta soubesse, um passarinho passou voando “atoamente” sobre o pote e cuspiu uma semente em seu ventre vazio. Ali já havia areia e cisco que a natureza depositou : “as chuvas e os ventos deram à gravidez do pote forças de parir". E onde antes crescia o vazio, um poema vivo o pote partejou: do ventre do pote um pé de rosas desabrochou... "Se a gente não der o amor ele apodrece dentro de nós”, agradeceu o poeta ao pote por essa lição que dele recebeu sob a forma de rosas, num singular agenciamento. E repletos estavam agora o pote e o poeta com a beleza que se oferta sem nada pedir em troca .
“Quando uma ideia nos fecunda , também sofremos angústia de parto ” (Plotino)

Alberto Fernández en Conversando con Correa por RT

La moda del año es autoproclamarse El Frasco, medios sin cura:


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Preta Ferreira no Entre Vistas

Bolsonaro prepara a repressão - Discutindo a semana n° 17 (24.11.19)

Mineradoras já cobiçam as reservas da Amazônia




Por Hyury Potter, no The Intercept Brasil

Outras Palavras,como sempre, traz-nos importantes focos,caso das transnacionais de olho na Amazônia,leiam:



Mineradoras já cobiçam as reservas da Amazônia
Corporações transnacionais e políticos protocolam pedidos para explorar Unidades de Conservação. Governo fere a lei e recebe os interessados. Forma-se uma fila macabra, que aguarda possível mudança da lei para devastar tudo


Por Hyury Potter, no The Intercept Brasil
A Vale, um ex-governador do Amazonas e até um procurador da justiça do Rio têm algo em comum: todos estão de olho nas riquezas da floresta amazônica. Mais precisamente no que pode ser encontrado no subsolo de áreas que, por lei, devem permanecer intocadas.
Há 41 unidades federais de proteção integral na Amazônia. Nelas, é proibido realizar qualquer atividade econômica, até mesmo o plantio de novas espécies. Mas apenas dez, menos de um quarto do total, não são alvo de pedidos formais de “atividade minerária”. O Intercept se debruçou sobre os pedidos de autorização feitos na Agência Nacional de Mineração, a ANM. E encontrou 441 requerimentos para escavar regiões que deveriam ser intocadas.
As UCs, como são conhecidas, são reservas biológicas, estações ecológicas e parques nacionais criados para preservar características específicas da floresta e, em especial, impedir o avanço do desmatamento – o que até agora vinha sendo feito com sucesso. Dados de satélite mostram que o desmatamento dentro de unidades de conservação chega a ser de sete a dez vezes menor do que em áreas fora de áreas de preservação.
Ao fazer os pedidos sabendo da proibição atual, empresas e pessoas esperam entrar antes na fila e fazer pressão política pela liberação da mineração nessas áreas, algo mais próximo em tempos de presidente “garimpeiro de coração”, como já se definiu Jair Bolsonaro.
Os registros para minerar são feitos diretamente no site da ANM onde é possível acompanhar a tramitação de cada processo. Cheguei até eles por meio do cruzamento de dados entre os arquivos da ANM e do ICMBio, parte do projeto Amazônia Minada.
Segundo a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e um parecer da própria procuradoria da ANM, requerimentos dentro de áreas de proteção integral deveriam ser sumariamente indeferidos.
Mas isso não está acontecendo – pelo contrário, o número de pedidos cresceu sob Bolsonaro. Até 14 de novembro foram protocolados 40 registros, número mais alto nesse período nos últimos quatro anos.

A Vale e outras campeãs em tragédias ambientais

Entre os 347 pedidos de mineração feitos por pessoas jurídicas, há vários casos em nome de empresas bilionárias, entre elas a Vale, conhecida pelas duas maiores tragédias da história da mineração no país, ambas em Minas Gerais – a de Mariana, em 2015, e a de Brumadinho, no começo de 2019, que juntas provocaram a morte de cerca de 300 pessoas.
A Vale é autora de 18 pedidos para explorar ou pesquisar vários tipos de minérios: bauxita – matéria-prima do alumínio –, ouro, cobre, estanho e diamante. Todas as lavras – nome da área subterrânea que se pretende explorar – estão dentro de reservas biológicas no Pará e no Amazonas.
Mas a Vale não é única grande mineradora a cobiçar o subsolo amazônico. Quarto maior grupo minerador do mundo, o suíço Glencore Xstrata tem um pedido de “disponibilidade de título mineral” – ou seja, ter a prioridade na mineração – datado de 2001 para verificar possíveis minas de cobre na Reserva Biológica Tapirapé, no Pará.
Tal qual a Vale, a Glencore não tem lá um bom histórico ambiental, e de quebra é investigada por suspeita corrupção na justiça norte-americana por suas atividades na Nigéria, Venezuela e República Democrática do Congo.
Na fila também estão a gigante inglesa Anglo American – que protocolou 23 requerimentos para furar o solo em busca de cobre em quatro parques nacionais no Pará e no Mato Grosso – e a norueguesa Norsk Hydro, sócia majoritária da Mineração Paragominas, que cobiça jazidas de bauxita dentro das reservas biológicas do Amazonas e do Maranhão.
As duas também colecionam casos de desrespeito ao meio ambiente. No ano passado a Anglo foi multada em R$ 125,5 milhões pela Secretaria do Meio Ambiente de Minas Gerais após um mineroduto da empresa se romper por duas vezes em um período de 17 dias e contaminar um rio. Já a Norsk Hydro acumula quase R$ 200 milhões em multas do Ibama desde 2006 por vazamentos em barragens no Pará. Não que cuidar da natureza seja um requisito para ser autorizado a abrir novas minas – basta ser brasileiro ou ter uma empresa com endereço no país.

Fila chega a paraísos fiscais

Na fila para abocanhar uma lasca dos minérios da Amazônia encontrei, inclusive, ao menos 18 offshores – ou seja, empresas com sede em locais conhecidos como paraísos fiscais, como as Ilhas Virgens Britânicas, o Panamá e o Peru, onde a tributação é menor. Todas aparecem como sócias de outras empresas brasileiras, o que as leva a contornar a tal regra do CNPJ com endereço em chão tupiniquim.

domingo, 24 de novembro de 2019

Modelo de negocio de FB y Google, una amenaza a Derechos Humanos: AI

Tanto FB como Google basan su modelo de negocio en la vigilancia de sus usuarios, lo que es una amenaza a los derechos humanos. Foto Afp

La  Jornada, México, nos oferta duas pequenas notícia,todavia muito sérias pois atentam à nossa privacidade e, por consequência, à nossos direitos humanos.

http://bit.ly/37rmPok LA JORNADA


1-Modelo de negocio de FB y Google, una amenaza a Derechos Humanos: AI


San Francisco. Amnistía Internacional hizo el miércoles una crítica enérgica al modelo de negocios "basado en la vigilancia" de los gigantes de internet Facebook y Google, considerándolo una "amenaza sistemática para los derechos humanos".
En un reporte, la ONG argumentó que al hacer que sus servicios en línea sean gratuitos, esenciales para miles de millones de personas y luego utilizar los datos personales recopilados para publicidad dirigida, estos grupos amenazan la libertad de opinión y expresión.
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Em outra parte da edição digital La JORNADA postou a matéria abaixo:

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2-Google modifica reglas de anuncios políticos en EU

La modificación de Google se da luego que Twitter prohibiera la publicidad política en su plataforma. Foto Ap


http://bit.ly/347G2t6

San Francisco. La compañía dijo que a partir de enero los anunciantes sólo podrán focalizar su publicidad política en Estados Unidos según categorías más amplias como género, edad y código postal. Actualmente, la publicidad puede enfocarse a grupos más específicos por ejemplo, usando información recopilada de registros públicos de votantes, como afiliación política.
Google reiteró que están prohibidos los anuncios con información falsa.
La compañía también requiere verificación del anunciante para un rango más extenso de mensajes políticos. Previamente, sólo los anuncios que mencionaban a candidatos o funcionarios a puestos federales necesitaban verificarse. Ahora eso también aplicará para los anunciantes que mencionan a candidatos y funcionarios estatales, así como referendos.
Google anunció su postura después de que Twitter prohibiera la publicidad política, una medida que entrará en vigor el viernes.


Milton Hatoum TUTAMÉIA entrevista

Ney Matogrosso - Bloco Na Rua (DVD Completo)

sábado, 23 de novembro de 2019

PARTE 2: DESAPARECE EVO MORALES: REVELAN SECRETO DE GOLPE, PLAN DE EEUU ...

A tela que você usa para ler este texto tem a ver com o golpe na Bolívia


Apoiador do presidente Evo Morales diante de policiais durante manifestação em Cochabamba, no dia 18 de novembro de 2019 / Foto: Ronaldo Schemidt/AFP







Resultado de imagem para Vijay Prashad
Vijay Prashad . Flickr/Google

Vijay Prashad é um intelectual indiano, historiador , jornalista jovem, 1967 , Kolkata -India, com cerca de 25 obras, sempre de inspiração marxista.Parte de sua formação é americana , lá nos EUA exerce alguns cargos na sua área.O Artigo que Brasil de Fato nos oferta é um retrato das profundezas intimas do golpe boliviano.Aponta Prashad que os olhos do mundo sobre a Bolívia é em  seu poder em mineração, em especial ao índio, "componente da tela de LCD é o índio (do latim indicum), um elemento metálico raro processado a partir de zinco concentrado", isto determinou um dos flancos ao golpe,destaque-se o Canadá via Barrick, empresa canadense, junto aos interesses americanos, melhor dizendo, coligada as EUA Este é um dos flancos entre muitos e que foi tramado pela OEA.Não à toa ocorre a entrada dos militares na A Latina em países como, além da Bolívia,Chile.Equador,Colômbia, Brasil e quiçá o Uruguai no próximo domingo.Bom o tema é amplo e o artigo toma um dos focos dele -o econômico. Vamos ao artigo pois lá teremos uma sequência que melhor decompõe o golpe, os fatos.Paulo Vasconcelos

Prestigie Brasil de Fato  

https://www.brasildefato.com.br/


Artigo | O golpe na Bolívia tem a ver com a tela que você usa para ler este texto  (http://bit.ly/2XEvijj)

Historiador indiano Vijay Prashad analisa os interesses econômicos por trás do golpe de Estado contra Evo Morales



Read in English | Brasil de Fato
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Quando você olha para a tela do seu computador, do seu celular ou de sua televisão, você está olhando para uma tela feita de cristal líquido (LCD). Um importante componente da tela de LCD é o índio (do latim indicum), um elemento metálico raro processado a partir de zinco concentrado.
As duas maiores fontes de índio podem ser encontradas no leste do Canadá (Mount Pleasant) e na Bolívia (Malku Khota). Os depósitos do Canadá têm o potencial de produzir 38,5 toneladas de índio por ano, enquanto as minas consideráveis da Bolívia são capazes de produzir 80 toneladas anualmente.
A empresa canadense South American Silver Corporation – agora chamada TriMetals Mining – havia assinado um contrato de concessão para explorar e, posteriormente, minerar o Malku Khota. Os trabalhos começaram em 2003, dois anos antes de Evo Morales e o Movimento ao Socialismo (MAS) ganharem sua primeira eleição na Bolívia. A South American Silver conduziu diversos estudos na região, e todos encontraram depósitos substanciais que fariam dessa empresa canadense uma das maiores na indústria de mineração.
Um estudo conduzido por Allan Armitage e outros da South American Silver, entregue à companhia em 2011, mostrou que a mina de Malku Khota produziria grandes quantidades de prata, índio, chumbo, zinco, cobre e gálio. “O índio e o gálio”, dizia o estudo, “são considerados metais estratégicos, que dão ao projeto futuros potenciais positivos”. O gálio é usado em termômetros e barômetros, bem como em testes da indústria farmacêutica. O nível de riqueza que esses minerais podem representar é equivalente ao tesouro guardado no Fort Knox dos Estados Unidos.
Nacionalismo de recursos
Evo Morales venceu a eleição presidencial em 2006 com a promessa de um novo dia para a Bolívia. A chave de sua agenda era controlar os recursos do país e usá-los para melhorar a qualidade de vida das populações empobrecidas da Bolívia. Uma das grandes tragédias da Bolívia é que, desde meados do século 16, as populações indígenas tiveram que trabalhar para remover riquezas preciosas de suas terras e enviá-las para enriquecer as pessoas da Europa e, mais tarde, da América do Norte. Eles não se beneficiaram dessas riquezas.
Milhões morreram nas minas de Potosí para arrancar a prata e, mais tarde, o estanho, do solo. Para os povos indígenas que moram perto e na própria montanha, tudo está de cabeça para baixo – uma das mais lucrativas é conhecida como Cerro Rico (Morro Rico), enquanto, em espanhol, há uma frase que brinca com a ideia de que riqueza é equivalente a Potosí (vale un Potosí). A mensagem de Morales durante sua campanha foi enquadrada em torno do conceito de nacionalismo de recursos – usar nossos recursos para melhorar a vida daqueles que são privados de recursos e vida digna.
Primeiro, Morales foi atrás da indústria de petróleo e gás. É importante lembrar que seu oponente na eleição deste ano – Carlos Mesa – era o presidente pouco antes de Morales vencer a eleição em dezembro de 2005. Mesa chegou ao poder quando seu antecessor, Sánchez de Lozada, renunciou em meio à desgraça pelas manifestações em massa em 2003, quando os bolivianos exigiram mais controle sobre suas reservas de gás (a repressão estatal foi severa, com pelo menos 70 pessoas mortas nas manifestações). Em maio de 2006, pouco mais de três meses depois de assumir o cargo de presidente, Morales anunciou que a indústria de petróleo e gás havia sido nacionalizada. É importante lembrar que seu índice de aprovação estava bem acima de 80%.
A nacionalização não foi fácil, uma vez que o governo boliviano não podia desapropriar ativos, mas apenas aumentar impostos e renegociar contratos. Mesmo aqui, o governo enfrentou problemas, pois carecia de capacidade técnica para entender o setor opaco da energia. Além disso, o problema com o setor de energia é que mesmo petróleo e gás nacionalizados devem ser vendidos para as empresas transnacionais que os processam e comercializam – eles permanecem no controle da cadeia de valor. O que o governo de Morales conseguiu fazer foi garantir que o Estado controlasse 51% de todas as empresas privadas de energia que operavam na Bolívia, o que permitiu que os cofres do Estado se enchessem rapidamente. Foi esse dinheiro que foi investido para combater a pobreza, a fome e o analfabetismo.
Vingança das empresas de mineração
O Fraser Institute do Canadá – um think tank libertário fortemente financiado pelo setor de energia e mineração – publica uma pesquisa anual sobre empresas de mineração. Essa pesquisa é realizada perguntando aos executivos do setor suas opiniões sobre uma série de questões. O levantamento de 2007-2008 apontou que a Bolívia era o segundo pior país para se investir; o pior foi o Equador. Em 2010, o Índice de Facilidade para Fazer Negócios do Banco Mundial classificou a Bolívia na posição 161, de 183 países. Os diretores das empresas de mineração – de Peter Munk, da Barrick, a Antonio Brufau, da Repsol – fizeram comentários depreciativos sobre o programa de nacionalização. “Se a Bolívia continuar nesse caminho”, um banqueiro de Wall Street me disse na época, “essas empresas vão fazer questão de manter o gás natural boliviano no subsolo”. A Bolívia poderia ser embargada; Morales poderia ser assassinado.
Havia pressão diária sobre o governo do MAS, que iniciou um processo para escrever uma nova Constituição que protegesse a natureza e insistisse no uso da riqueza de recursos pelo povo. Havia uma contradição imediata aqui: se o governo do MAS desfizesse séculos de privações, teria que minerar a terra para produzir a riqueza. Uma escolha trágica aconteceu com o governo – ele não podia conservar a natureza e transformar as condições miseráveis da vida cotidiana mantendo igual nível de cautela. Ao mesmo tempo, para levar seus minerais e energia ao mercado, precisou continuar negociando com essas empresas transnacionais; nenhuma alternativa imediata estava presente.
Nacionalização
Apesar das restrições, o governo do MAS continuou a nacionalizar recursos e insistir em que as empresas estatais fossem parceiras na extração de recursos. As empresas transnacionais imediatamente levaram a Bolívia ao Centro Internacional para Solução de Controvérsias sobre Investimentos (ICSID), parte do sistema do Banco Mundial. O ICSID, formado em 1966, tem sede em Washington e compartilha uma perspectiva de negócios que espelha a do Departamento do Tesouro dos EUA.
Em 29 de abril de 2007, os líderes da Bolívia (Evo Morales), Cuba (Carlos Lage), Nicarágua (Daniel Ortega) e Venezuela (Hugo Chávez) assinaram uma declaração para criar uma alternativa ao sistema governo-investidor institucionalizado no ICSID. A Bolívia e o Equador se retiraram formalmente desse sistema dominado pelos EUA, enquanto a Suprema Corte da Venezuela declarou que ele não tinha o poder de intervir nos assuntos soberanos da Venezuela.
Em 10 de julho de 2012, o governo de Morales nacionalizou a propriedade Malku Khota da South American Silver. O CEO da empresa, Greg Johnson, disse que ficou “muito chocado” com a decisão. As ações da South American Silver caíram imediatamente; estavam sendo negociadas a US$ 1,02 em 6 de julho e caíram para US$ 0,37 em 11 de julho.
O estímulo imediato à nacionalização foi o protesto em torno da mina por garimpeiros indígenas que não queriam que esse megaprojeto abalasse seu sustento. A empresa gastou muito dinheiro para convencer 43 das 46 comunidades vizinhas a aceitar a mina, mas não conseguiu convencer os garimpeiros. “Nacionalização é nossa obrigação”, disse Morales.
Todo esse índio não chegaria em quantidades significativas às fábricas para produzir LCDs para aparelhos de televisão, monitores de computador e telefones celulares.
A South American Silver levou o governo boliviano ao Tribunal Permanente de Arbitragem, em Haia. Em novembro do ano passado, a corte determinou que a Bolívia pagasse US$ 27,7 milhões à empresa, em vez dos US$ 385,7 milhões exigidos pela TriMetals (o novo nome da South American Silver).
Golpe
Em julho de 2007, o embaixador dos EUA, Philip Goldberg, enviou um telegrama a Washington, onde destacou que as mineradoras dos EUA haviam procurado sua embaixada para perguntar sobre o clima de investimento na Bolívia. Goldberg achava que a situação das empresas de mineração não era boa. Perguntado se ele poderia organizar uma reunião com o vice-presidente Álvaro García Linera, ele afirmou: “Infelizmente, sem dinamite nas ruas, é incerto se a embaixada ou as empresas de mineração internacionais conseguirão atingir esse objetivo mínimo”.
“Sem dinamite nas ruas” é uma frase sobre a qual vale a pena refletir. Um ano depois, Morales expulsou Goldberg da Bolívia, acusando-o de ajudar os protestos na cidade de Santa Cruz. Pouco mais de uma década depois, foi a “dinamite” que tirou Morales do poder.
O nacionalismo de recursos não está mais na pauta da Bolívia. O destino de Malku Khota é desconhecido. O destino da sua tela está garantido – ela será substituída pelo índio dos depósitos de Huari Huari e Potosí. E os benefícios dessa venda não serão para melhorar o bem-estar da população indígena da Bolívia. Eles enriquecerão as empresas transnacionais e a antiga oligarquia do país.
Edição: Revista Opera | Tradução de Pedro Marin para a Revista Opera

180 Anos de Machado de Assis" (01/08/2019)

"El litio jugó un factor importante en el golpe... Evo Morales a Correa:.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

TRUMP,TRAMPA,TRAMA, PENTENCOSTAIS ...QUID PRO QUO

DAILY SOUND FURY





A Aliança entre estes fonemas ou expressões envolvem os estados traficantes de poder e capital.
São grandes cartéis de estados como verdadeiros narcotraficantes monetários- os grandes bancos,empresas etc.
Imaginem  quem pode estar nesta roda globalizada?
A dica foi dada EUA e os outros aliados?
As elites mundiais - Soros, Rothschild só?
Ou entra GOOGLE,FACEBOOK,? COMO?
A TRAMPA é grande e entra os escravos,aliados menores de A. Latina,Caribe,Antilhas,Asia ,África,ORIENTE MÉDIO e faz o grande QUID PRO QUO SALAD TRUMP NARCO?
E os meios de comunicação que alimentam o narcotráfico do discursos destes?
A lei o direito ainda existem? São decorrente do estado narco do quid pro quo?
Quem ousa decifrar :TRAMPA,TRAMA PENTENCOSTAIS ...QUID PRO QUO?
E como ficam Rússia, China, Irã?
OS sintomas são na A.Latina: CHILE,COLÔMBIA,PERU. EQUADOR. BOLÍVIA...AH! BRASIL?
DECIFREM OU TERMINAMOS DE SER DEVORADOS POR QUID E DEPOIS, PRO E FINALMENTE QUO!


Cecília Meireles -O batuque da poesia -Folha de SP

Desenho de Cecília Meireles



A Folha de SP, por L.Antonio Simas ,nos brinda com uma matéria que relembra a grande poeta, por vezes esquecida.Cecília Meireles Mulher múltipla nas linguagens, viajou o mundo ,mas enterneceu-se com a diversidade do seu país.
Cecília Meireles (1901-1964) poeta, professora, jornalista e pintora brasileira. Com mais de 50 obras publicadas. (ebiografia)

Cecília Meireles -foto por ebiografia 


Em uma conferência no início dos anos 1930, Cecília Meireles retratou o legado africano na vida cotidiana do Rio de Janeiro

http://bit.ly/2D7JSqm Leia mais na Folha
01nov2019 01h32
Meireles, CecíliaBatuque, samba e macumba: estudos de gesto e de ritmo 1926-1934
Global • 112 pp • R$ 59,90
Batuque, samba e macumba, o livro de Cecília Meireles relançado pela Global, é de certa maneira tributário de um dado da biografia da artista: Cecília nasceu no bairro carioca do Rio Comprido, em 1901, e mudou-se ainda criança para Estácio de Sá, onde cresceu e estudou. A região é marcada no Rio por ter sido berço de um tipo peculiar de samba e pela quantidade de terreiros de umbanda e omolocô, a chamada “macumba carioca”, que espalhavam a sonoridade de seus tambores pelas esquinas e ladeiras que levavam ao Morro de São Carlos.
O Brasil republicano das primeiras décadas do século 20 — refiro-me aos donos do poder e aos intelectuais — parecia não saber o que fazer com a presença dos descendentes de africanos escravizados e a fortíssima presença das culturas oriundas da diáspora na nossa formação. Havia certo consenso de que a solução para o problema da identidade nacional brasileira passava pelo branqueamento.
Um intelectual respeitado naqueles tempos foi Oliveira Vianna, sabichão que escreveu Evolução do povo brasileiro em 1923. Segundo ele, a chance do Brasil era a nação embranquecida: a imigração europeia, a fecundidade dos brancos, maior do que a das raças inferiores (negros e índios), e a preponderância de cruzamentos felizes, nos quais os filhos de casais mistos herdariam as características superiores do pai ou da mãe branca, garantiriam ao país um futuro brilhante e branquelo.
Enquanto eugenistas como Oliveira Vianna vociferavam e clamavam pela redenção do Brasil pela Europa, o Rio de Janeiro fervilhava em sonoridades, cheiros, temperos, vestimentas, formas de celebrar a vida e louvar os mortos derivadas das encruzilhadas em que as Áfricas plurais se encontraram do lado de cá do Atlântico.
São essas africanidades cariocas que, para desespero dos eugenistas, Cecília busca retratar em uma série de desenhos e na conferência “Batuque, samba e macumba”, no início da década de 1930. Fazendo uso de lápis de cera, aquarela, carvão e nanquim, ela pinta a presença das baianas no cotidiano carioca, com suas batas engomadas, colares, pulseiras, panos das costas, sandálias, turbantes e figas de guiné.
Retrata também os bambas batuqueiros, ritmistas dos ranchos, blocos e cordões carnavalescos; valentões das rodas de pernada da praça Onze, herdeiros das antigas maltas de capoeiragem dos tempos do Império. O carnaval popular, muitas vezes reprimido pelos agentes da força pública, aparece em Cecília com as marcas do folguedo e da cordialidade. No texto que ilustra o carnaval dos bambas, a autora chega a falar em uma índole boa e conciliadora dos negros, que se provocavam nas danças de umbigada sem que, todavia, ninguém caísse.
Finalmente, a última parte do trabalho procura retratar a macumba. A expressão, popularíssima no Rio à época, servia para designar uma série de ritos afro-brasileiros, dos candomblés que cultuavam orixás aos terreiros de umbanda que louvavam caboclos, pretos velhos, crianças e exus. Na mesma época, a expressão “macumba” chegava com força à nascente indústria fonográfica brasileira. Em outubro de 1930, para ficar em apenas alguns exemplos, Elói Antero Dias (o Mano Elói) e Getúlio Marinho (o “Amor” do Estácio) gravaram, acompanhados pelo Conjunto Africano, a faixa “Macumba (Ponto de Ogum)”.  

O olhar curioso e amoroso de Cecília soa como um grito em defesa da liberdade de culto

Com certa ingenuidade, Cecília acaba reproduzindo nos textos que acompanham os desenhos algumas visões sobre o complexo religioso afro-brasileiro um tanto marcadas pelo binarismo da percepção de mundo judaico-cristã. Faz isso, por exemplo, quando divide a macumba entre o canjerê (culto de origem banto baseado na invocação dos ancestrais) e o candomblé, considerando que a diferença entre eles é que um trabalha para o bem e outro para o mal. Apresenta ainda uma visão um tanto mecânica do sincretismo entre entidades africanas e santos católicos, desconsiderando as complexidades do processo que amalgamou orixás e santos cristãos na diáspora, e retrata Exu e Oxalá a partir da dualidade entre o diabo e deus, coisa que sabemos impertinente na cosmogonia dos iorubás.
A despeito dessas questões, salta do belíssimo trabalho de Cecília Meireles o desejo de resolver o problema brasileiro a partir do recorte da cultura. Se a história do Brasil é marcada pelo signo da tragédia, a cultura resultante disso seria capaz de nos redimir. A poeta busca valorizar amorosamente o legado africano na nossa formação, ainda que resvalando em uma visão que não consegue, muitas vezes, superar percepções folclorizantes e pitorescas desse legado, sobretudo quando aborda o complexo religioso que dele deriva. 
Feita a observação, é necessário reconhecer o inestimável valor da reedição de Batuque, samba e macumba. Pelo olhar, traço e pena de Cecília passeiam pembas, guias, atabaques, assentamentos, vestimentas de entidades, transes, passos de samba, chocalhos, ganzás, coroas de orixás. Num momento em que terreiros eram constantemente invadidos e objetos sagrados eram apreendidos pela polícia, o olhar curioso e amoroso de Cecília soa como um grito em defesa da liberdade de culto. Nos dias de hoje, quando novamente centenas de terreiros são vítimas do terrorismo religioso e do racismo, é esse mesmo grito que precisa ecoar.
Por fim, confesso especial predileção pelo trecho em que Cecília aponta o terreiro como o local para as cerimônias das macumbas, a não ser quando há uma consulta dos brancos aos orixás nos “palacetes da Zona Sul” do Rio. A menina Cecília, crescida no pé do Morro de São Carlos, bem distante desses palacetes da Zona Sul, matou a charada sobre certa elite brasileira: mesmo quando aparentemente pretende integrar, a turma do palacete não consegue deixar de olhar o mundo a partir do alpendre de uma casa-grande fascinada e amedrontada com os sons que saíram das senzalas para nos civilizar.

Whipala Somos: Hablaremos de la Whipala y su significado


A bandeira Whipala não só representa a Bolívia,mas todos originários da terra Latina,Caribe e Antilhas inteire-se do seu significado, divulgue.Veja o significado de suas cores.O golpe da Bolívia atinge a todos do mundo e em especial a nós do Brasil.Tupi-guarany.Somos Whipala!

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

URGENTE BOLÍVIA MASACRE SOS TO WORLD