REDES

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Escritor e Psicanalista Luiz Alfredo Garcia-Roza-UAI E -FLAGRA DO FACEBOOK ELTON


https://bit.ly/2Vgqq4D




GARCIA-ROZA- RIO DE JANEIRO 1936/2020

O Site Uai -https://bit.ly/2RDkWP5-  do Estado de Minas trás matéria sobre o falecimento do psicanalista, professor,Luiz Alfredo Garcia Roza.Professor da área de Filosofia e Psicanálise UFRJ .Ele foi um dos pioneiros da inserção , discussão da Semiótica no campo da Psicanálise, tomando Peirce, americano como seu substrato teórico . Após deixar a docência da UFRJ, em 1990, dedicou a literatura policial na qual obteve sucesso ganhando vários prêmios, incluso o Jabuti. Teve obras adaptadas ao cinema e tv. Deixará suas marcas em algumas gerações que o acompanhou no país e fora do mesmo.Lamentamos  em profundo seu desaparecimento!


Uai- https://bit.ly/2RDkWP5

Um dia depois de Rubem Fonseca, a literatura brasileira perde outro grande autor dos romances policiais. Nesta quinta-feira (16/4), morreu Luiz Alfredo Garcia-Roza, aos 84 anos. 

A informação foi dada pelo jornal O Globo e pela Agência Estado, que falaram com Livia Garcia-Roza, escritora e viúva de Luiz Alfredo. O escritor e psicanalista estava internado há um ano, no Rio de Janeiro, com problemas neurológicos.


Sua obra, se iniciou nos anos 1990, com O silêncio da chuva, que venceu o prêmio Jabuti, em 1997. Há ainda uma lista de títulos adaptados para a TV e o cinema, como Achados e perdidos, de 1998, e Berenice procura, de 2005.
 Formado em filosofia e psicologia, ele foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem ao menos de oito livros publicados sobre essas áreas do conhecimento.
Nos anos 1990, Garcia-Roza deixou a vida acadêmica para se dedicar à literatura, no campo da ficção policial. Ele criou o delegado Espinosa, personagem central de boa parte de suas tramas. Espinosa está presente em A última mulher, lançado em 2019 pela Companhia das Letras, o último escrito pelo autor.


Veja a lista de romances publicados por Luiz Alfredo Garcia-Roza:
O silêncio da chuva.  (Companhia das Letras, 1996) 
Achados e perdidos. (Companhia das Letras, 1998)
Vento sudoeste. (Companhia das Letras, 1999)
Uma janela em Copacabana. (Companhia das Letras, 2001) 
Perseguido. (Companhia das Letras, 2004)
Berenice procura.(Companhia das Letras, 2005)
Espinosa sem saída (Companhia das Letras, 2006)
Na multidão (Companhia das Letras, 2007) 
Céu de origamis (Companhia das Letras, 2009) 
Fantasma(Companhia das Letras, 2012) 
Um lugar perigoso (Companhia das Letras, 2014)
A última mulher (Companhia das Letras, 2019)


APROVEITO PARA POR UM FLAGRA DO FACEBOOK:
Dia desses, numa manhã muita bonita, vi passar um senhor bem idoso, porém firme e altivo. Ele tinha os cabelos muito brancos, como neve a adornar altos picos. Aliás, creio que apenas em homens elevados, e que auxiliam os outros a se elevarem, deveria nascer tal cobertura branca.
Vê-lo fez reviver dentro de mim uma palavra que há muito eu não dizia. Foi a “potência-alegria” de que fala Espinosa o que senti ao saber que tal palavra ainda em mim vivia à espera de reencontrar aquele a quem ela designa e nomeia. Essa palavra não estava escrita no meu cérebro onde se acumulam teorias, ela estava guardada em meu coração ,lugar do Afeto, junto à lembrança dos seres que conheci e que me tornaram o que sou. Foi então do coração que a palavra veio subindo, já com pleno sentido, embora ainda sem se vestir com o som. Quando ela chegou à minha boca, tornou-se voz e chamou: “Mestre!!!”. Aquele senhor era um querido professor que tive há muito tempo. Ele me reconheceu , sorriu e estendeu a mão para mim, encontrando a minha que já lhe estava estendida desde a primeira aula dele que assisti . Não sei ao certo quanto tempo conversamos, o durar do afeto não o mede relógios. Quando nos despedimos, fiquei parado vendo-o ir, e pensei: ”Será que ele sabe o quanto foi importante em minha vida?”
“O aprender vem antes do ensinar”, dizia Deleuze. O autêntico professor gosta de ensinar porque, antes, amou aprender com aquele que lhe ensinou lições que não estão apenas em livros. Creio que nos tornamos professores quando o mestre que nos fez mestre não vive apenas fora, ele passa a viver dentro da gente, e com ele continuamos a aprender mesmo enquanto ensinamos. Assim, apenas sob certa perspectiva aquele meu antigo mestre se afastava de mim depois que nos despedimos naquela manhã ensolarada, pois sob outra perspectiva ele nunca de mim saiu desde que , com suas aulas, em minha vida entrou . Quanto mais o tempo passa mais se aviva em nós o que tem valor e mereceu ser aprendido .
O nome do inesquecível mestre: Luiz Alfredo Garcia-Roza.
( escrevi este texto há cerca de dois anos ao encontrar o querido mestre . Hoje , dia 16/04/2020, a dor nos pegou:o mestre nos deixou...Porém ele permanecerá em suas obras e na vida de muitos que ele cativou e potencializou. Minha eterna gratidão, mestre!)

Brasileños enfrentan la epidemia con un presidente que está contra la cuarentena...



HISPANTV -R. DE LA MADRID FALA COM TÔNUS SÉRIO DE JORNALISMO.COISA RARA NO BRASIL! https://www.hispantv.com/showepisode/detras-de-la-razon-/brasil-bolsonaro-coronavirus/58433

En movimientos extraordinarios, las plataformas de redes sociales Facebook e Instagram han eliminado los vídeos publicados por el presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, por difundir información errónea sobre la pandemia del coronavirus, y la oposición del país ha exigido que renuncie por su respuesta al brote.
En una declaración mordaz publicada, una docena de políticos prominentes de la izquierda en Brasil llamaron a Bolsonaro, apodado el “Trump tropical” por la semejanza de su personaje con el presidente de Estados Unidos, “un presidente irresponsable, Bolsonaro es más que un simple problema político; se ha convertido en un problema de salud pública. Debería renunciar”, decía el comunicado.
Y también consideró al presidente brasileño el “mayor obstáculo” para las medidas necesarias para contener la pandemia en la nación más grande y poblada de América Latina.
Ante la muerte por el coronavirus se libra otra guerra. Parece la guerra del diablo contra el ángel. En una oreja le dicen quédate en casa, no salgas y, por la otra oreja, le dicen sal de tu casa, sal a trabajar, gasta, consume. Algo muy macabro pasa en el país de la samba y el fútbol. ¿Qué? Preguntamos.
Le recuerdo que han cerrado una y otra vez todas las cuentas en YouTube, incluso hasta la de Twitter. Pero no se preocupe, aquí le ponemos el link de la que sigue abierta para este programa: https://t.co/M8G9UiRlnV
Ahí seguimos a sus órdenes y le suplico que reparta el link a todos los que pueda para que no crean que hemos cerrado y para que se siga difundiendo otra versión de la realidad diferente a la de los noticieros comerciales.
Por: Roberto de la Madrid

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Morre Rubem Fonseca, o contista por excelência da realidade brasileira.

Rubem Fonseca.
Rubem Fonseca.GUILLERMO ARIAS-https://bit.ly/3cyapwL

Presumível seu desaparecimento, face sua idade, mas já vem há tempo a ausência de contistas de sua tessitura no país..Como a brutalidade rápida,tão presente em sua obra-de contos-, morre Rubem Fonseca-1925/2020

EL PAIS TRÁS ABAIXO MATÉRIA- https://bit.ly/3cyapwL

Morre Rubem Fonseca, o contista por excelência da realidade brasileira.

https://bit.ly/3cyapwL



Rubem Fonseca, um gigante da literatura nacional e um contista por excelência, faleceu na tarde desta quarta-feira no Rio de Janeiro, a poucas semanas de completar 95 anos. O escritor sofreu um infarto em casa, no Leblon, Rio de Janeiro, e chegou a ser levado ao Hospital Samaritano, mas não resistiu.



Um dos maiores nomes da letras brasileiras da segunda metade do século XX, algumas das obras mais consagradas de Fonseca são Agosto (1990), Feliz ano novo (1976), A cólera do cão (1963) e O cobrador (1979). Sempre lúcido e criativo, publicou há dois anos Carne crua, seu último livro de contos inéditos.

Nascido em Juiz de Fora (MG) em 11 de maio de 1925, José Rubem Fonseca mudou-se aos oito anos para o Rio, onde inaugurou uma corrente na literatura brasileira contemporânea que foi cunhada como brutalista por Alfredo Bosi, em 1975. A democratização da violência era quase um personagem a mais em suas histórias, nas quais os protagonistas eram, ao mesmo tempo, os narradores de seus infortúnios e mistérios. Seus romances têm a estrutura de narrativas policiais, muito marcadas pela oralidade, quiçá pelo fato de Fonseca ter atuado como advogado e comissário de polícia no subúrbio carioca dos anos 1950. Não à toa, muitos de seus protagonistas são delegados, inspetores, detetives particulares, advogados criminalistas. Ou escritores.

LEIA MAIS EM : https://bit.ly/3cyapwL

CÓMO EL GOBIERNO AMENAZA CON MUERTE..? “QUE SE CONTAGIEN TODOS” ¿

quarta-feira, 8 de abril de 2020

Cuando la naturaleza jaquea la orgullosa modernidad – Por Enrique Dussel



por nodal
Aprecio a estrutura do pensamento de E.DUSSEL, leiam,sugiro o artigo abaixo compartilhado por NODAL-AR




Cuando la naturaleza jaquea la orgullosa modernidad – Por Enrique Dussel

(Los conceptos vertidos en esta sección no reflejan necesariamente la línea editorial de Nodal. Consideramos importante que se conozcan porque contribuyen a tener una visión integral de la región.)



Estamos experimentando un evento de significación histórica mundial del que posiblemente no midamos su abismal sentido como signo del final de una época de larga duración, y comienzo de otra nueva edad que hemos denominado la Transmodernidad.
El virus que ataca hoy a la humanidad, por primera vez en su milenario desarrollo –en un momento en el que puede tenerse conciencia plena de la simultaneidad (en tiempo real) verificada por los nuevos medios electrónicos– nos da qué pensar en el silencio y aislamiento autoimpuesto de cada ser humano ante un peligro que muestra la vulnerabilidad de un castillo de naipes que vivimos cotidianamente como si tuviera la consistencia de una estructura invulnerable.
El hecho ha producido un sinnúmero de reacciones de colegas filósofos y científicos porque llama profundamente la atención. Queremos agregar un grano de arena a la reflexión sobre el sobrecogedor acontecimiento.
Allá por 1492, Cristobal Colón, un miembro de la Europa latino-germánica, descubre el Atlántico, conquista Amerindia y nace así la última Edad del Antropoceno: la Modernidad, produciendo además una revolución científica y tecnológica, que dejó atrás a todas las civilizaciones del pasado, catalogadas como atrasadas, subdesarrolladas y artesanales. Lo denominaremos el Sur global; y esto hace sólo 500 años.
El yo europeo produjo una revolución científica en el siglo XVII, una revolución tecnológica en el XVIII, habiendo desde el siglo XVI inaugurado un sistema capitalista con una ideología moderna eurocéntrica, colonial (porque esa Europa era el centro del sistema-mundo gracias a la violencia conquistadora de sus ejércitos que justificaban su derecho de dominio sobre otros pueblos), patriarcal, y, como culminación, el europeo se situó como explotador sin límite de la naturaleza.
Sin embargo, los valores positivos inigualables de la Modernidad, que nadie puede negar, se encuentran corrompidos y negados por una sistemática ceguera de los efectos negativos de sus descubrimientos y sus continuas intervenciones en la naturaleza. Esto se debe, en parte, al desprecio por el valor cualitativo de la naturaleza, en especial por su nota constitutiva suprema: el ser una “cosa viva”, orgánica, no meramente maquínica; no es sólo una cosa extensa, cuantificable.
Hoy, la madre naturaleza (ahora como metáfora adecuada y cierta) se ha rebelado; ha jaqueado a su hija, la humanidad, por medio de un insignificante componente de la naturaleza (naturaleza de la cual es parte también el ser humano, y comparte la realidad con el virus). Pone en cuestión a la modernididad, y lo hace a través de un organismo (el virus) inmensamente más pequeño que una bacteria o una célula, e infinitamente más simple que el ser humano que tiene miles de millones de células con complejísimas y diferenciadas funciones.
Es la naturaleza la que hoy nos interpela: ¡O me respetas o te aniquilo! Se manifiesta como un signo del final de la modernidad y como anuncio de una nueva Edad del mundo, posterior a esta civilización soberbia moderna que se ha tornado suicida. Como clamaba Walter Benjamin, había que aplicar el freno y no el acelerador necrofílico en dirección al abismo.
La naturaleza no es un mero objeto de conocimiento, sino que es el Todo (la Totalidad) dentro del cual existimos como seres humanos: somos fruto de la evolución de la vida de la naturaleza que se sitúa como nuestro origen y nos porta como su gloria, posibilitándonos como un efecto interno.
Y, por ello, no metafóricamente, la ética se funda en el primer principio absoluto y universal: ¡el de afirmar la Vida en general, y la vida humana como su gloria!, porque es condición de posibilidad absoluta y universal de todo el resto; de la civilización, de la existencia cotidiana, de la felicidad, de la ciencia, de la tecnología y hasta de la religión. Mal podría operar alguna acción o institución si la humanidad hubiera muerto.
Se trata entonces de interpretar la presente epidemia como si fuera un bumerán que la modernidad lanzó contra la naturaleza (ya que es el efecto no intencional de mutaciones de gérmenes patógenos que la misma ciencia médica e industrial farmacológica ha originado), y que regresa contra ella en la forma de un virus de los laboratorios o de la tecnología terapéutica.
La interpretación intentada indica que el hecho mundial, nunca experimentado antes y de manera tan globalizada que estamos viviendo, es algo más que la generalización política del estado de excepción (como lo propone G. Agamben), la necesaria superación del capitalismo (en la posición de S. Zizek), la exigencia de mostrar el fracaso del neoliberalismo (del Estado mínimo, que deja en manos del mercado y el capital privado la salud del pueblo), o de tantas otras muy interesante propuestas.
Creemos que estamos viviendo por primera vez en la historia del cosmos, de la humanidad, los signos del agotamiento de la modernidad como última etapa del Antropoceno, y que permite vislumbrar una nueva edad de mundo, la Transmodernidad, en la que la humanidad deberá aprender, a partir de los errores de la modernidad, a entrar en una nueva edad del mundo.
Donde, partiendo de la experiencia de la necro-cultura de los últimos cinco siglos, debamos ante todo afirmar la Vida por sobre el capital, por sobre el colonialismo, por sobre el patriarcalismo y por sobre muchas otras limitaciones que destruyen las condiciones universales de la reproducción de esa vida en la Tierra.
Esto debiera ser logrado pacientemente en el largo plazo del siglo XXI que sólo estamos comenzando. En el silencio de nuestro retiro exigido por los gobiernos para no contagiarnos de ese signo apocalíptico… tomemos un tiempo en pensar sobre el destino de la humanidad en el futuro.
 (*) Académico, filósofo, historiador y teólogo argentino, naturalizado mexicano. Fue rector interino de la Universidad Autónoma de la Ciudad de México.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Cara de pau! O Jornal Nacional ....BOLSA FAMÍLIA

A imagem pode conter: 1 pessoa, texto e close-up
Angela  Carrato profa.UFMG COMUNICAÇÃO


Flagra do Facebook



Cara de pau! O Jornal Nacional entrevista o economista português Ricardo Henriques, professor da UFF, que teve participação lateral no desenho do Programa Bolsa Família, e não ouve o ex-presidente Lula ou os ex-ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias e Tereza Campelo sobre o assunto. Depois o Bonner e a Renata querem que o respeitável público acredite que o JN é " imparcial".
Não é não! O JN está em guerra com Bolsonaro, mas só com ele.
A famiglia Marinho defende a pauta econômica do ministro Paulo Guedes, em especial as privatizações e desnacionalizaçoes, que estão fazendo o país retornar à condição de colônia.
O maior temor dos Marinho é que a maioria da população brasileira descubra a safadeza que fizeram e continuam fazendo com o ex-presidente Lula e com o PT.
O JN não menciona o nome de Lula, mas os programas e tecnologias sociais que estão sendo utilizados para enfrentar as duas crises que o Brasil enfrenta - desgoverno e coronavirus - são exatamente os implementados e/ ou deixados pelos governos petistas: reservas de mais de 480 bilhões de reais Programas Bolsa Familia (PBF) e Benefício de Prestação Continuada (BPC), além do Cadastro Único (CadÚnico).
Até quando a mídia corporativa, que é concessão pública, vai continuar censurando Lula, Dilma e os integrantes desses hovernos quem os brasileiros podem ou não ouvir?
* grifo deste blogueiro

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Cinco doentes graves estavam numa enfermaria.....


Elton Luiz Leite de Souza Facebook
FLAGRA DO FACEBOOK

Cinco doentes graves estavam numa enfermaria. A única comunicação da enfermaria com o mundo exterior era uma pequena janela. Perto dessa janela cabia apenas uma maca, na qual ficava um dos pacientes a narrar o mundo lá de fora, mundo este que os outros pacientes não podiam ver. “Daqui vejo o mar , até sinto sua brisa. Vocês também conseguem sentir?”, perguntava aos outros doentes. Apenas um dizia não conseguir sentir. Os que sentiam, recriavam um mar na alma e “horizontavam-se” . No dia seguinte prosseguia o paciente-narrador: “Daqui posso ver e ouvir crianças brincando numa pracinha . Vocês também conseguem ouvi-las?” . O mesmo paciente que não conseguia sentir a brisa também não conseguia ouvir as crianças . Os outros conseguiam, e algo dentro deles brincava também e regenerava. Enfim, o paciente da janela passava o dia a transpor em palavras a vida , de tal modo que suas palavras viravam remédio para quem as ouvia: elas eram cura também.
Certo dia, porém , o paciente da janela emudeceu. Chamaram a enfermeira. Ela constatou, sem surpresa, que ele havia morrido. Só então os outros souberam que o homem da janela era o mais doente entre eles. Agora, cada um queria que a própria maca fosse colocada perto da janela, aquele lugar “privilegiado” , mas concordaram que para lá fosse o doente de sensibilidade embotada . Só lhe fizeram uma exigência: continuar as narrativas. “ Farei melhor que o poeta que aqui estava !”, gabou-se.
Quando ele olhou pela janela, porém, ficou mudo...Perguntaram : “o que houve!?” Então, ele disse: “em frente à janela não há mar, paisagem ou praça. Há apenas um muro cinza... Um espesso muro cinza”, repetiu. Ele só conseguia dizer a palavra mais sem vida que existe : aquela que apenas repete o que está dado. Pois era verdade: sempre houve aquele muro.
O muro cinza simboliza tudo aquilo que nos rouba a visão de horizontes, horizontes que nos estão fora e dentro, mesmo que ainda em esboço, virtualmente. Poesia é criar palavras, sentidos e dizeres que abram linhas de fuga para a vida com força libertária mais potente do que as marretas.
“É preciso transver o mundo” (Manoel de Barros).