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domingo, 10 de janeiro de 2010

Com CD novo, Zefirina Bomba faz show em Campina Grande-PB




Com disco novo na bagagem e a boa e surrada viola distorcida, o power-trio Zefirina Bomba faz show para conterrâneos neste sábado, em Campina Grande, na companhia da banda pessoense Madalena Moog e a animação do DJ Mustafá. Os shows rolam no Bronx Bar, a partir das 22h, com ingressos a R$ 5.
O ZB está radicado em São Paulo já há alguns anos. De lá, vão muito ao Sul, onde o circuito para bandas independentes é quente e rentável. “É uma loucura”, depõe Ilsom Barros, vocalista e destruidor de violas distorcidas. “No Sul, o pessoal vai na internet, escuta as músicas e já chega ao show cantando as letras”, narra, com entusiasmo.
Com Guga na bateria e Edy substituindo Martin no baixo (que ficou em São Paulo), além de Ilsom, o Zefirina chega a Campina para mesclar o repertório dos dois álbuns, o festejado Noisecoregroovecocoenvenenado e o novo, Nós Só Precisamos de 20 Minutos para Rachar sua Cabeça, que sai pelo selo do trio paraibano, o Sub Folk, com distribuição da Tamborete, do Rio de Janeiro.
Produzido por Rafael Ramos (que fez discos de Pitty e Cachorro Grande), 20 Minutos... tem 21 faixas... ou melhor, 21 barulhentos ataques sonoros, calcadados em muita distorção, cozinha pesada, letras pungentes e um tempero todo nordestino. “Gravamos esse disco em mono, que era uma vontade antiga do Rafael”, revela Ilsom. “E foi tudo gravado no ‘valendo’. Praticamente todas as faixas foram feitas no primeiro take”, emenda.
O álbum, que vazou na internet antes do lançamento, sai em CD com material multimídia. No bônus, vídeos da banda pelo país, letras de músicas, fotos e registros de ensaios e demos. Mas o CD não saiu como a banda queria. “Há uma falha de fabricação, que é um espaço entre as músicas. A gente queria que fosse tudo junto, sem intervalo, por isso, vai sair uma nova prensagem”, explica Ilsom.
No dia 15, a banda volta a se apresentar em João Pessoa, de graça, na Praça Anternor Navarro, no Centro. (André Cananéa)Jornal da Paraíba
A Zefirina Bomba é uma banda difícil de definir, e esta é a sua maior virtude. Três "malucos" em cima do palco fazendo a apologia da distorção, tirando som de guitarra de um violão, fazendo surf music envenenada e flertando aqui e ali com o punk. A formação é surreal: um violão, baixo e bateria. Mas o estrago que os caras fazem com tais instrumentos é avassalador. Foi o show mais pesado da noite, e, devo confessar, se fosse jurado teria votado neles. O final foi apoteótico: o vocalista Ilson simplesmente destruiu seu violão/guitarra e o arremessou para o público. O jornalismo às vezes serve como um ótimo exercício de humildade e de aprendizado: saí absolutamente surpreso com uma banda da qual não esperava absolutamente nada.

www.reciferock.com.br

Viola "noise", rock and roll e distorção

A paraibana Zefirina Bomba é um trio, com um baixo distorcido, bateria forte e uma “viola noise” eletrificada. São três "malucos" em cima do palco - Ilson (viola), Martin (baixo) e Guga (bateria) - fazendo a apologia da distorção, em uma espécie de “hardcore” alternativo e festeiro. Em sua música, uma estranha mistura de Sonics, Dick Dale, Cascavelletes, Dead Kennedys e Luiz Gonzaga, mais João Cabral de Mello Neto e Glauber Rocha.

Formada em março de 2003, em João Pessoa, a banda Zefirina Bomba foi a grande revelação do Festival MADA, realizado em Natal, maio de 2003. Desde então, por onde o trio tem passado, além da surpresa geral, fica a certeza de tratar-se de uma das melhores bandas da nova geração do rock nordestino e nacional.
www.senhorf.com.br


Vinda de João Pessoa, a Zefirina Bomba mostrou um criativo som. Baixo distorcido, bateria forte e uma viola ensandecida. Difícil rotular a banda, que promete dar o que falar com seu som meio punk, pós-punk, noise com um quê nordestino e o vocalista detonando sua viola no fim do show. Anote o nome deles.

Luciano Matos
Site da MTV

Entre essas novidades paraibanas está também o power-trio Zefirina Bomba. Pós-punk swingado de vocal gritado e uma viola caipira-noise. Quem conferiu a apresentação do grupo no National Garage do ano passado (em Curitiba) sabe como é. Mesmo com problemas técnicos, público reduzido e sendo anunciados como uma banda pernambucana (erro geográfico já comum entre os festivais locais), eles não pararam um minuto sequer no minúsculo palco do 92 Graus. Foi enérgico.
O nome é inspirado em uma lavadeira de Catolé da Rocha (interior da Paraíba e terra de Chico César) que se chamava Zefirina. Ela ganhou o apelido de Bomba por causa das batidas que dava com as roupas molhadas nas pedras do rio. As influências mais explícitas da banda vão de MC5, passam por Tom Zé e chegam em Sly and The Family Stone. Os vocais e a viola ficam por conta de Ilsom, Martim no baixo e Guga na bateria.
Ano passado, eles lançaram uma demo-improvisada, com quatro faixas produzidas em estúdio e a última com mais de dez minutos de captação ao vivo durante uma apresentação. O groove do baixo e as distorções dão o ritmo, e dá para sentir bem a qual é o efeito da bomba. Imagine Jon Spencer Blues Explosion cantando com sotaque nordestino...

Gazeta do Povo (Curitiba-PR)

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