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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Centrais sindicais pedem negociação com Dilma sobre salário mínimo

POR GAZETA DO POVO PR
Paulinho da Força ameaçou entrar na Justiça se não houver negociação. Deputado se reuniu com Luiz Sérgio e pediu mínimo de R$ 580

G1/GLOBO.COM
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O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, disse nesta quarta-feira (12), após se reunir com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, que as centrais sindicais vão entrar com uma "enxurrada de ações" na Justiça contra o governo se não houver abertura de negociações sobre o reajuste do salário mínimo.

Ele pediu uma audiência com a presidente Dilma Rousseff e afirmou que reivindica aumento do mínimo para R$ 580, reajuste de 10% para os aposentados e correção da tabela de imposto de renda de 6,43%, conforme a inflação do ano passado. Antes de deixar o governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva editou uma medida provisória estabelecendo salário mínimo de R$ 540 para 2011.

“O governo está quietinho, mas se não abrir negociações até segunda-feira as centrais vão entrar com uma enxurrada de ações contra o governo na Justiça”, disse. O argumento para as ações seria, de acordo com Paulinho da Força, a não-correção da tabela que, para ele, significa um "confisco" de salários.

O deputado explicou ainda que o acordo com o governo de que o reajuste do mínimo teria como base a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto também previa a revisão dos termos após quatro anos. O prazo para uma reavaliação do acordo terminou, segundo o deputado, em dezembro de 2010. Ele afirmou que as centrais não admitirão salário mínimo abaixo de R$ 580 e disse que a MP de Lula será alterada no Congresso Nacional.

“Acho que o governo vai perder no Congresso. Vamos contar com a insatisfação da base aliada com a distribuição de cargos no segundo escalão. E se não houver correção da tabela [de imposto de renda] isso será um confisco”, disse. O deputado também reclamou da falta de acesso das centrais e movimentos sociais à presidente Dilma. “Dilma está numa redoma. O governo não deixa chegar nela.”

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