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domingo, 24 de agosto de 2008

O capitalismo e seus bastidores onde escondem a miséria e a exploração mo maior estado do Brasil SP



Cortador de cana trabalha em canavial em Charqueada
O capitalismo e seus bastidores onde escondem a miséria e a exploração no maior estado do Brasil SP, nao se obedece as leis trabalhistas nem a nenhuma recomendação nacional e internacional. Onde fica o direito a vida e ao trabalho digno.?Se fora no Nordeste isto seria escandaloso pois seria em estados pobres e aqui , como ficamos?
PAULO VAS


A morte cansada
Com produção em alta e salários em queda, excesso de trabalho ronda canaviais

Joel Silva/Folha Imagem
Cortador de cana trabalha em canavial em Charqueada


DOS ENVIADOS AO INTERIOR DE SP

Se dinheiro chama dinheiro, como dizem, então pobreza chama pobreza -e tragédia agoura tragédia. Procurada em Guariba para conversar sobre o marido, morto após passar mal no canavial em 2005, Maildes de Araújo se põe a falar do morto de duas semanas antes: o cunhado, também cortador de cana.
José Pindobeira Santos tinha 65 anos. Colheu cana até o ano retrasado. "Ele reclamava da barriga, de cólicas", diz a filha Ivanir, faxineira. Voltava da lavoura com dor na virilha. Nunca se tratou ou foi tratado.
Pindobeira morreu de obstrução intestinal e broncoaspiração. Não se sabe até que ponto a lida na roça baqueou sua saúde. Nos anos 1960 já cortava cana nos arredores de Guariba.
Seu concunhado Antonio Ribeiro Lopes, o marido da baiana Maildes, veio ao mundo em julho de 1950, três dias antes do fracasso supremo do futebol pátrio, a final da Copa. Migrou de Berilo (MG), município da paupérrima região do Vale do Jequitinhonha.
Em acidentes registrados -a subnotificação é considerável-, o facão rasgou-lhe perna e joelho. Dores no ombro direito o afastaram da roça. Penava com dor de cabeça. O empenho no trabalho desencadeava cãibras na barriga, nas pernas e nos braços. Sofria da doença de Chagas, mas não o licenciaram.
Era funcionário da usina Moreno. Sucumbiu no campo e o levaram para o hospital. Causa da morte: "cardiopatia chagásica descompensada".
Lopes integra a relação de duas dezenas de canavieiros mortos no interior paulista de 2004 a 2007, o caçula com 20 anos. A lista foi elaborada pela Pastoral do Migrante -há mais mortes, não contabilizadas.
Dela não constam acidentes de trabalho -em 2005, de cada mil trabalhadores no cultivo da cana, 48 sofreram acidente ocupacional, registraram as pesquisadoras da USP Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes e Andrea R. Ferro.
Naquele ano, segundo o Ministério do Trabalho, morreram de acidentes 84 pessoas no setor sucroalcooleiro, incluindo lavoura e indústria (3,1% das mortes por acidentes de trabalho no Brasil). O Ministério Público do Trabalho investiga a razão dos óbitos e sua associação com o caráter exaustivo do corte manual.
Relatório de 2006 da Secretaria de Inspeção do Ministério do Trabalho enumera dezenas de irregularidades em empresas nas quais trabalhavam os lavradores que morreram.
Uma é o não-cumprimento do descanso de uma hora para o almoço. Os cortadores comem em dez, 20 minutos, para logo empunhar de novo o facão. Eles ganham por produção. Nenhum laudo atesta que a atividade foi decisiva para os óbitos. Seria difícil: dos oito esquadrinhados pelo ministério, só em dois houve necropsia.
O texto da Secretaria de Inspeção afirma: "As causas de mal súbito, parada cardiorrespiratória e AVC [acidente vascular cerebral], descritas nas certidões de óbito, não são elementos de convicção que justifiquem a morte natural, como alegam as empresas".
Há indícios sobre por que morrem os canavieiros.
Em 1985, os cortadores do Estado produziam em média 5 toneladas diárias de cana. Em 2008, são 9,3 toneladas, 86% a mais. Há 23 anos, um lavrador recebia R$ 6,55 por tonelada e R$ 32,70 por jornada. Em 2007, 1.000 kg valeram R$ 3,29. A remuneração por dia, R$ 28,90 (menos 12%).
A produtividade disparou e o salário caiu. Com a mecanização acelerada do corte e a expansão do desemprego, ficam os mais eficientes. O homem compete com a colheitadeira.
Os números de 1985 e 2007 são do Instituto de Economia Agrícola. Atualizados para reais de agosto de 2007, encontram-se em artigo dos pesquisadores Rodolfo Hoffmann (Unicamp) e Fabíola C.R. de Oliveira (USP).

"Penoso" e "desumano"
José Mário Gomes morreu em 2005 aos 44 anos. Era empregado da usina Santa Helena, do grupo Cosan, líder da produção de cana no planeta. "O óbito ocorreu nos períodos de maior produtividade, com picos alternados", informa o Ministério do Trabalho.
Valdecy de Lima trabalhava na usina Moreno, como Antonio Ribeiro Lopes. Em 7 de julho de 2005, desabou na roça. Morreu aos 38 anos, de acidente vascular cerebral. Em 17 de junho, decepara 16,5 toneladas.
A Moreno alega que as mortes de Antonio e Valdecy "não ocorreram em decorrência do esforço do trabalho". A Cosan diz que as causas do óbito de José Mário "ainda estão sendo investigadas pelos órgãos competentes. A empresa prestou todos os atendimentos necessários e colocou seu departamento de serviço social à disposição da família do colaborador. A Cosan cumpre rigorosamente a legislação trabalhista".
O Ministério Público do Trabalho relaciona as mortes à rotina "penosa" e "desumana" e prepara ação contra o pagamento por produção, quando o grosso da remuneração depende do desempenho. É preciso acumular em oito meses, a duração da safra, o suficiente para 12 -a maioria é dispensada na entressafra.
Usineiros e segmento expressivo dos trabalhadores desejam manter o sistema.
O afinco para cortar mais e mais provoca situações como uma acontecida em 2007. Sob o sol, em dia de temperatura máxima de 37ºC à sombra, nove trabalhadores foram hospitalizados após se sentirem mal em uma fazenda de Ibirarema.
Reclamavam de cãibras e vomitavam. Algumas usinas fornecem no campo bebidas reidratantes para a mão-de-obra suportar o desgaste.
Em áreas de corte manual, os canaviais costumam ser queimados antes da colheita. O fogo queima a palha da cana, e restam apenas as varas, o que facilita o trabalho. Quando o facão golpeia as varas com fuligem, o pó se espalha, entra pelo nariz e gruda na pele. A plantação recebe agrotóxicos. O lavrador não costuma receber máscara.
Em tese de doutorado na Unesp, a bióloga Rosa Bosso constatou que o nível de HPAs, substâncias cancerígenas, expelidos na urina de quatro dezenas de trabalhadores era nove vezes maior na safra do que na entressafra.
Em temporada sem colheita, Antonio Lopes sobreviveu como carregador de sacas de açúcar. Maildes o conheceu na lavoura da cana, onde o namoro engatou. Ainda hoje a viúva se orgulha: "Ele não era de enjeitar serviço".


Riqueza e senzala
Estado mais rico do país tem casos de trabalho escravo; procurador fala em "apartheid" nos canaviais

DOS ENVIADOS AO INTERIOR DE SP

Q uando os fiscais do Ministério do Trabalho e os procuradores do Ministério Público do Trabalho partem para diligências nos canaviais, as chances de encontrarem irregularidades equivalem às dos clientes dos serviços de "pesque-pague" disseminados pelo interior paulista fisgarem tilápias sem dificuldades: nos lagos, há profusão de cardumes; no campo, as condições de trabalho dos cortadores estão longe de cumprir plenamente a lei.
Mesmo sem os instrumentos legais de investigação à disposição dos servidores públicos, os repórteres não passaram por lavoura onde não houvesse infrações.
Em Taiaçu, os trabalhadores saíram para a roça de madrugada, em ônibus com luzes dianteiras e traseiras queimadas.
Em Serra Azul, não havia água gelada, banheiros móveis, área coberta para as refeições e muitos canavieiros não usavam alguns EPIs (equipamentos de proteção individual).
Em Pederneiras, uma lavradora estava com luva cirúrgica de borracha, não de couro com reforço metálico, como determina a norma de segurança.
Ela pegou as luvas emprestadas com uma amiga que atuou como mata-mosquito na campanha de combate à dengue.
Uma das luvas foi cortada pelo facão na véspera, ferindo um dedo (o acidente não foi registrado, o que contraria a legislação). As botinas com bicos metálicos de boa parte dos peões estavam destruídas.
Em Limeira, também não se viram alguns EPIs. Idem em Piracicaba e Charqueada. Em Dois Córregos e Guariba, cortadores vivem em pardieiros sem conforto e limpeza -falta até papel higiênico.
Em Agudos, em uma rescisão contratual, um casal apresentou os contracheques comprovando remuneração inferior a um salário mínimo mensal. Marido e mulher ainda deviam mais de R$ 100 cada um ao contratador de mão-de-obra, que retinha documentos dos funcionários havia três meses.
Hoje são proibidos e ficaram mesmo para trás os caminhões que transportavam os bóias-frias da cana em São Paulo. Mas perduram frotas de ônibus deteriorados e inseguros, sem autorização para rodar.
As empresas são obrigadas a fornecer de graça equipamentos de segurança. Às vezes não fornecem e às vezes cobram.
São pequenos inconvenientes, se comparados aos episódios de "redução a condição análoga à de escravo".
O crime é tipificado pelo Código Penal. Ocorre quando se submete alguém a "trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto". A pena é de multa e reclusão de dois a oito anos, além de sanção correspondente à violência.

Resgates e libertações
Desde 1995, quando entrou em ação, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho "resgatou" -é o verbo oficialmente empregado- 30.036 trabalhadores no Brasil. As indenizações somam R$ 42 milhões. São raras as condenações judiciais.
O recorde foi batido no ano passado, com 5.999 "libertações", outra expressão adotada pelo governo. Neste ano, até junho, 2.269 pessoas foram encontradas em condições análogas à de escravo.
Fiscais e procuradores se transformaram em uma espécie de caçadores de escravos ao contrário -não para confiná-los, mas para livrá-los da desgraça. Em São Paulo, é comum eles exigirem que empresas paguem a viagem de volta de migrantes contratados em seus Estados para o corte de cana.
A maioria -3.117- dos libertados em 2007 no país trabalhava no setor sucroalcooleiro, como a Folha informou em fevereiro passado.
Em Brasilândia (MS), na usina e na fazenda da Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool, 831 empregados indígenas foram descobertos em situação qualificada como degradante.
Neste ano, 55 funcionários de outra usina da CBAA foram descritos pelo Ministério do Trabalho como vítimas de servidão por dívida, o que configura trabalho escravo.
Ao contrário da maioria das autuações, concentradas nas regiões de expansão da fronteira agrícola no Norte e no Centro-Oeste do Brasil, esta aconteceu no Estado de São Paulo, em Icém.
A companhia, do grupo J. Pessoa, nega responsabilidade por problemas. Em seu site, afirma que "busca garantir sustentabilidade na produção e relações responsáveis no crescimento, visando sempre a melhoria e a qualidade de vida dos seus colaboradores e de seus familiares".
Empresas do grupo foram excluídas do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, um programa de organizações que se comprometem a não aceitar esse crime em sua cadeia produtiva.
O procurador do Trabalho Luís Henrique Rafael destacou em ação civil pública o que considera abismo entre os componentes contemporâneos e arcaicos do negócio da cana e seus derivados: "A tecnologia de ponta que se observa nas usinas contrasta com as "senzalas" nos canaviais, explicitando bem o verdadeiro apartheid, fruto da inescrupulosa equação de distribuição das rendas geradas pelo tal "petróleo verde'".
A Organização Internacional do Trabalho mantém no Brasil o Projeto de Combate ao Trabalho Escravo.
O procurador Mário Antônio Gomes coordena "inquérito-mãe" sobre o que chama de degradação do trabalho nos canaviais de São Paulo. Para ele, "o nível de educação mais baixo [dos cortadores] facilita a exploração".
O combate ao trabalho degradante é limitado pela escassez de recursos. Na região de Ribeirão Preto, há dois procuradores para acompanhar 39 usinas. É pouco, mas, graças (também) às ações de fiscalização, hoje está quase erradicado um fenômeno do passado, o trabalho infanto-juvenil no corte da cana no Estado.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Caymi

by uol. folha
Ter sido educado por essa coisa tão despojada de ambição, tão cheia de amor, tão mulherengo, tão criativo, tão acreditando que este país é o país, sem até tempo para se decepcionar com as grandes falcatruas que acontecem... Ter sido educado por este homem me fez tão bem, me faz tão mal", disse Dori. "Mas eu dentro da minha incapacidade de ser tão grande, queria que ele me levasse em vez de eu levar ele", afirmou. Para Dori, "este País não podia perder Caymmi, Jorge Amado, Ary Barroso, Guimarães Rosa dori caymi em frase em enterro do pai

sábado, 16 de agosto de 2008

MORRE CAYMI


JA SE PODE CANTAR CHORANDO, AI AI QUE SAUDADE EU TENHO DA BAIA.MORRE O CANTOR DOMAR BAIANO,O MAR AGORA É MENOR E CANTA MENOS PAULOACV


O cantor e compositor baiano Dorival Caymmi morreu neste sábado aos 94 anos, por volta das 6h, em sua casa no Rio de Janeiro, segundo informações da TV Globo. As causas foram insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos.

Reprodução

Compositor Dorival Caymmi morreu aos 94 anos no Rio de Janeiro
Nascido em Salvador em 30 de abril de 1914, Caymmi mudou-se para o Rio no final dos anos 30, mas nunca deixou de retratar a Bahia em seu trabalho.

Escreveu mais de cem composições. Entre seus sucessos estão "O que É que a Baiana Tem?", imortalizada na voz de Carmen Miranda, "Maracangalha", "Rosa Morena".

Teve três filhos, todos também cantores: Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Nana Caymmi.

JULIANO GARCIA PESSANHA



Conheci a obra de Juliano Garcia Pessanha, lendo Certeza do Agora, devorei parte numa noite em Perdizes,na casa de amigos, e logo na manhã seguinte levava para minha casa os demais-Ignorância do Sempre, e Sabedoria do Nunca.Admiráveis!
É o novo em estilo, coragem, enfim, como um "anormal" como assim foram os bons poetas, para dizer cuspir fatos engendrar circunstâncias, e por cima organizar.Além disso o autor nos afeta com seu carinho de bem cuidado e gosto passeando pela Literatura de qualidade,seja prosa ou verso, e alinhando-se dialogalmente com a filosofia.Olha, é para ler com olho guloso e nao lavar as mãos para nao perder o cheiro da poética, que tem odores diversos e chega a dar barato, dos bons.

MEIO NORTE CHARGE


http://www.meionorte.com/chargesdomoises

FERNANDO LUGO


de la República del Paraguay.

Fernando Lugo asumió ayer la presidencia de la República, puso fin a 61 años de coloradismo e inició una nueva página en la historia del Paraguay. De camisa, sin saco y corbata y calzando una sandalia franciscana, con voz potente y firme, juró fidelidad a Dios y a la Patria. Delineó algunos criterios que marcarán la senda de su administración. Habló de conjugar honestidad y austeridad, y aseguró que “terminó el Paraguay exclusivo para algunos, secretista y con fama de corrupción”. Prometió ser implacable con los ladrones del pueblo.

SO NO BRASIL -A MÍDIA E SÓ JOGOS


POXA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!NÃO Há UTRA COISA A SE FALA, COMPAREM AS OUTRAS MÍDAS INTERNACIONAIS A COMEÇAR DOS AMERICANOS, ARGENTINOS E FRANCESES;
QUE É QUE É ISSO??????????????????????????????????isso é cercear o direito a informação do cidadão;que é que isso???????????????

terça-feira, 12 de agosto de 2008

MORRE IVONICE SATIE


JOVEM, NOS DEIXA IVONICE.DE GARRA, CONHECI-A NO TEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO, DEIXA UMA BRECHA,UMA LACUNA NA DANÇA DA CIDADE PAULO A CV

12/08/2008 - 10h23
Coreógrafa Ivonice Satie morre aos 57 anos em SP


Morreu, na madrugada testa terça-feira (12), a coreógrafa Ivonice Satie, aos 57 anos. Ela estava internada no hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. A artista lutava contra o câncer e teve insuficiência dos órgãos.

Ed Viggiani/Folha Imagem

Coreógrafa Ivonice Satie lutava contra o câncer e morreu nesta madrugada em SP
"Conheço a Ivonice há muitos anos e chegamos a dançar juntas. Estou muito abalada. É uma perda terrível para a dança nacional, porque ela era uma pessoa muito empreendedora. Se você falasse para ela, 'vamos fazer um espetáculo na semana que vem?', ela topava na hora. Ela dava valor à vida e o palco era a vida dela", declarou à Folha Online Liliane Benevento, diretora do Studio 3 Espaço de Dança, onde Satie trabalhou.

Entre 2003 e 2005, Satie foi diretora da Companhia de Dança do Amazonas, da qual ainda era consultora. Atualmente, era coreógrafa da Cia. Sociedade Masculina, em São Paulo.

O velório começa às 13h, no teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, São Paulo). A visitação pública estará aberta até às 17h. O enterro está marcado para esta quarta-feira (13), às 17h, no cemitério Morumbi. Ivonice Satie deixa mãe, uma filha e dois netos.

Filha de imigrantes japoneses, a bailarina começou a dançar aos nove anos, na Escola Municipal de Bailados de São Paulo. Em 1968, entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo, o atual Balé da Cidade de São Paulo, do qual foi diretora coreográfica por seis anos, na década de 90. Em 1977, ganhou o prêmio de melhor bailarina da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
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MIGUEL ARCANJO PRADO
da Folha Online BY UOL

O METRO DE SP


É INACREDITÁVEL A SITUAÇAO DO METRO DE S PAULO.ONTEM NA ESTAÇAÕ BRIGADEIRO ERA UMA RECLAMAÇÃO SÓ.A ESPERA POR UMA COMPOSIÇAÕ QUE AS 17.10, SÓ PASSAVA LOTADA PARA O PARAÍSO.PARA SE TER ACESSO HOUVE DEMORA DE 15 MINUTOS PARA SE TER ACESSO A UM TREM ;DESCASO????????????? ESTA É A POLITICA CIDADÃ DA CIDADE DE SÃO PAULO, E COMO MELHORAR O TRÃNSITO? COMO?
PAULO A C V

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

EVO TEM SIM

Mesmo com o reforço do plesbiscito,EVO continuará em luta quanto as províncias que lhe deram NÃO.DIFÍCIL.Santa Cruz é um foco pesado contra Morales.PAULO A C V


Foto 1. Festejo. La plaza Murillo fue el centro de la celebración presidencial. Evo dijo que se deben juntar la nueva CPE y los estatutos autonómicos | Foto 2. Feliz. Costas encabezó un gran festejo por su holgado triunfo electoral. Creará un organismo de seguridad y una oficina tributaria autónoma
Revocatorio. El Presidente recibió un 62,4% de respaldo a su gestión, sobre todo con votos de La Paz, Oruro, Potosí y Cochabamba. Rubén Costas consiguió 71% de apoyo, dos prefectos se van y uno tambalea
by el deber

domingo, 10 de agosto de 2008

Comienza en Lima el XII Festival de cine latinoamericano

Comienza en Lima el XII Festival de cine latinoamericano
Con mucha presencia argentina y lo más selecto del cine latinoamericano, la capital peruana recibe desde el jueves el XII Festival internacional de Cine. Mario Vargas Llosa será el presidente del jurado oficial y eje de diversos homenajes.

"La función del festival es ser una plataforma para ir enriqueciendo la cartelera con un cine de este continente, que yo me atrevería a llamar el otro cine, que no responde al típico cine de Hollywood", explicó en declaraciones a la agencia EFE el director del festival, Edgar Saba.

Con esa idea se proyectarán más de 80 largometrajes en 22 cines de Lima, entre los que destacan las últimas obras de los argentinos Pablo Trapero y Lucrecia Martel, Leonera y La mujer sin cabeza, respectivamente. El director Marcelo Piñeyro, además, será parte del jurado encabezado por Vargas Llosa.

La triunfadora del último Festival de Berlín, Tropa de elite, ópera prima del brasileño José Padilha, también podrá verse en Lima.

Y es que, según explicó Saba, la diferencia de este festival con otros de la región es que no busca exhibir lo más vanguardista y arriesgado, sino "mostrar un panorama de lo más reciente (...) Este festival tiende a mostrar simplemente lo mejor de lo que se está realizando en el cine latinoamericano".

La respuesta ha sido más que positiva y ya una semana antes del inicio del festival era imposible conseguir entradas para muchas de las películas, lo que, según Saba, hace pensar que este año se superarán los 100.000 espectadores de la edición anterior.


Vargas Llosa, presidente

El homenaje al presidente del jurado consistirá en la proyección de algunas adaptaciones de su obra, desde las más conocidas, como Pantaleón y las visitadoras del peruano Francisco Lombardi, a piezas de colección, como una versión de La ciudad y los perros realizada en la Unión Soviética en 1986.

Que un festival de cine homenajee a un escritor es, para Saba, normal ya que, explicó, "permite unir diversas vertientes de la cultura".

Recordó además que Vargas Llosa ya fue presidente del jurado del Festival de San Sebastián, y que también estuvo presente en el de Berlín, junto a la noruega Liv Ullmann.

La exposición La libertad y la vida, que se inauguraba este miércoles en Lima y que recorre la vida y obra del escritor de Conversación en la Catedral con soportes en fotografías, manuscritos e instalaciones, es otra de las apuestas del festival en torno a la figura de Vargas Llosa.

Diez obras documentales y 21 de ficción lucharán por alguno de los trofeos del festival, llamados Spondylus, y que se entregarán en la gala que finalizará el festival, el próximo 15 de agosto.

by Revista Ñ El clarin

La resurrección de Dios


La resurrección de Dios
Desde que Nietzsche popularizó la frase "Dios ha muerto" y predijo que las iglesias serían sólo su sepulcro, la religión no dejó de renacer. La diferencia, ahora, es que lo hace en el discurso político y vuelve al debate de ideas en boca de filósofos como Vattimo o periodistas como Christopher Hitchens, quien acaba de publicar Dios no es bueno.
Por: Héctor Pavón
HAY UN NUEVO RETRNO de la religiosidad. No es el primero. La diferencia es que los intelectuales discuten la religión y ésta vuelve al discurso político, permanece en géneros populares o es aludida en libros que no tratan directamente de Dios y la fe.
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En 1209 la ciudad francesa de Béziers fue saqueada y la población cátara masacrada por fuerzas papales que se encontraban bajo el mando de Simón de Montfort. Poco antes de los ataques, un oficial le preguntó a Montfort cómo debía hacer para reconocer a los "herejes" de los "verdaderos cristianos". El capitán, con sequedad, le respondió "Mátenlos a todos, Dios reconocerá los suyos".

Esos "suyos" son los que multiplican aún hoy su nombre casi como un mandamiento más. La palabra Dios está en todas partes. Y no sólo aparece por millones en Google y en las marquesinas de las cada vez más numerosas iglesias evangélicas. La omnipresencia divina trasciende en la actualidad todos los escenarios. Sale de los templos, atraviesa escritorios políticos, se desparrama en las creencias populares y se reproduce insistentemente en territorios habituales y extraños. Esto no fue siempre así. Existe un palpable retorno de la espiritualidad, los creyentes entablan diálogos más personales con lo sagrado, lo divino, aquello que está por encima de los andamiajes de las grandes religiones y también de las más pequeñas que se reproducen casi diariamente.

Para muestra veamos novedades editoriales. En los últimos meses se han publicado libros con títulos como Dios no es bueno (Debate), de Christopher Hitchens; Ganarle a Dios (Edhasa), de Hanna Krall; Dios está en el cerebro (Norma), de Mathew Alper; No ser Dios (Paidós), autobiografía de Gianni Vattimo; Las políticas de Dios (Norma), de Gilles Kepel o incluso Por qué no podemos ser cristianos (Del Nuevo Extremo), de Piergiorgio Odifreddi, entre otros que lo aluden directa o indirectamente. Esos títulos no necesariamente reflejan una referencia al estudio de la deidad, pero no han podido obviar su mención.

Una voz resuena, repercute, molesta: ¿Se trata de un retorno, regreso, resurrección del nombre divino? "Creo que se habla de otra manera", arriesga el ensayista Esteban Ierardo: "El hablar actual sobre Dios tiende a alejarse del compromiso con los dogmas o ritos de las religiones establecidas. La invocación a Dios es quizá ansia de una fuerza que dé sentido a la propia vida. Claro que la aproximación a lo divino sigue estando mediada por las grandes religiones monoteístas y por el creciente evangelismo y otros cultos (como Hare Krishna, budismo, yoga, o cultos populares, como el del Gauchito Gil). Pero ahora las vías tradicionales y colectivas de la religión conviven con la aparición de un sujeto que puede ser receptivo a varias creencias religiosas, pero sin perder por esto su independencia, su no pertenencia formal a ningún culto en particular".

La sensación, casi certeza es que este Dios que entendemos como un viejo huésped se construye y reconstruye más allá de las estructuras religiosas, mal que le pese a las instituciones de todos los credos. A veces, hasta magnifica y se mezcla con el discurso político. En mayo de 2006, el presidente de Irán, Mahmoud Ahmadinejad, envió una carta abierta al presidente de EE. UU. George Bush, sobre la política global, donde ponía en evidencia la mezcla de discursos religiosos y políticos. Era muy llamativo el lenguaje utilizado. Ahmadinejad escribía: "Si los profetas Abraham, Isaac, Jacob, Ismael, José o Jesucristo (la paz esté con él) estuvieran hoy entre nosotros, ¿cómo juzgarían tales conductas?" En obvia referencia a la actitud bélica de Bush. "Me han dicho que su Excelencia sigue las enseñanzas de Jesús (la paz esté con él) y que cree en la promesa divina de un reinado de los justos en la tierra", proseguía Ahmadinejad, recordándole que "según versículos divinos, todos estamos llamados a adorar a un Dios y a seguir las enseñanzas de los Profetas divinos" y agrega: "El liberalismo y la democracia de corte occidental no han podido contribuir a la realización de los ideales de la humanidad.

Hoy, esos dos conceptos han fracasado. Los más clarividentes pueden oír ya el ruido de la fractura y caída de la ideología y del pensamiento de los sistemas liberaldemocráticos"; y concluye: "Nos guste o no, el mundo gravita hacia la fe en el Todopoderoso y la justicia y la voluntad de Dios prevalecerán sobre todas las cosas". Pocas veces ha ocurrido que presidentes de países tan diferentes compartan vocabulario místico. George Bush había dicho anteriormente que invadía Irak porque Dios se lo había pedido y Osama bin Laden, a su vez, decía haber emprendido una guerra santa contra los Estados Unidos. Todo dios es político.

Dice el filósofo francés Michel Onfray, autor del Tratado de ateología (De la Flor) y ateo militante, que en Europa hay un retorno hacia prácticas espirituales; que en los países de Asia y Oriente hay una expansión; y que en EE. UU. , un refuerzo. "El fin de las ideologías, de los grandes discursos políticos y éticos, dejó a los hombres desamparados, y éstos se refugian en un cielo que permite todos los delirios para hacer la vida más vivible –argumenta–. No satisfecho con la prohibición de comer el fruto prohibido, Dios no cesó de manifestarse mediante interdicciones. Las religiones monoteístas no viven sino de prescripciones y de exhortaciones: hacer y no hacer, decir y no decir, pensar y no pensar... Prohibido y autorizado, lícito e ilícito, los textos religiosos abundan en codificaciones existenciales, alimentarias, de comportamiento, rituales, etcétera".

La noción de retorno no es buena, advierte Danièle Hervieu-Léger socióloga y directora de la Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de París. A mediados del siglo XX comenzó una proliferación de creencias que los grandes aparatos religiosos no controlaban. Hay desregulación, dice Hervieu- Léger, la manera en que se lleva a cabo el proceso de individualización, de subjetivación de creencias y, como, en efecto, se desmoronaron y continúan desmoronándose los grandes códigos gestionados por los aparatos religiosos. No hay retorno. Las instituciones religiosas tienen, de un modo variable según cada sociedad, cada vez menos influencia en las conciencias. Los individuos mismos fabrican todo tipo de pequeños sistemas de creencias en función de sus intereses, de su inspiración, de su disposición, de sus experiencias".


El origen de la fe

¿Cuándo nació Dios? ¿Hay origen? El sociólogo Emile Durkheim buscaba en su investigación la esencia del fenómeno religioso, es decir, las primeras noticias de la religión o de Dios y así llegó al totemismo. Anteriormente, Hegel había encontrado cómo distintos pueblos habían representado lo sagrado mediante símbolos naturales, piedras, flores, vegetales, animales. Dice el filósofo Rubén Dri que no se conoce pueblo sin religión. Esto, sin embargo, no constituye ninguna prueba de la existencia de la divinidad como se ha sostenido desde las instituciones religiosas y sus credos. Pero sí prueba que la religión forma parte esencial de la cultura humana; que no es un invento de chamanes, brujos, imanes o sacerdotes. "La religión surge de la necesidad de dar sentido a la realidad, de escapar al caos que significa el sinsentido. El hombre desde un principio no dejó de experimentar una fractura que había despedazado su integridad. Algo andaba mal. Se necesitaba una recomposición para que el caos no terminara de arrojarlo al sinsentido. Surge entonces una actividad esencialmente simbólica, destinada a otorgar sentido al grupo, etnia, tribu o pueblo y, en consecuencia, al individuo. Es la religión", escribe Dri.

Hacia los años 2900-3000 aC. aparecen las primeras oraciones de los sumerios y posteriormente esa cultura de la oración religiosa fue parte de los babilonios. El primer monoteísmo se encuentra en el culto del dios solar egipcio Atón promovido por el faraón Akenatón que gobernó entre 1358 y 1340 aC. Este dios del sol es citado frecuentemente como el ejemplo de monoteísmo más antiguo del que se tiene conocimiento y a veces puede ser citado como una influencia formativa del judaísmo temprano.



El largo entierro


En el siglo XIX Friedrich Nietzsche declamó: Dios ha muerto.

Lo escribió en dos de sus obras pilares: La gaya ciencia y Así habló Zaratustra. De allí surge el fundamento del nihilismo, como consecuencia de esa muerte. Una idea que Hegel ya había esgrimido tiempo antes. Dice Onfray: "Dios no está muerto ni agonizante, al contrario de lo que pensaba Nietzsche, porque no es mortal. Las ficciones no mueren, las ilusiones tampoco; un cuento para niños no se puede refutar. Ni el hipogrifo ni el centauro están sometidos a la ley de los mamíferos. Un pavo real, un caballo, sí; un animal del bestiario mitológico, no. Ahora bien, Dios proviene del bestiario mitológico como miles de otras criaturas que aparecen en los diccionarios en innumerables entradas, entre 'Démeter' y 'Discordia'. Así pues, Dios durará tanto como las razones que lo hacen existir; sus negadores también... ¡Parece un inmortal!"

A Dios se le atribuye omnipotencia (todo lo puede); omnisciencia (todo lo sabe); omnipresencia (todo lo abarca) y omnibenevolencia (es absolutamente bueno). Hay disidencias en cuanto al afirmar que es moralmente bueno. Christopher Hitchens en su libro Dios no es bueno dispara contra las religiones y dice: "La religión dijo sus últimas palabras inteligibles, nobles o inspiradoras hace mucho tiempo; a partir de ese momento, se convirtió en un humanismo admirable pero nebuloso, igual que le pasó, por ejemplo, a Dietrich Bonhoeffer, un valiente pastor luterano ahorcado por los nazis por negarse a actuar en connivencia con ellos. No habrá más profetas ni sabios de antiguo cuño, lo cual es la razón por la que las devociones de hoy en día son únicamente ecos de repeticiones del ayer, a veces elaboradas hasta el hilarante extremo de conjurar una terrible vacuidad".


Ciencia vs. religión

Hubo un viejo enfrentamiento nunca definitivamente terminado entre ciencia y religión que no ha admitido posiciones intermedias. La teoría de la evolución era quizá el elemento más contundente en la separación entre ambos mundos. La disolución, el apartamiento de teorías como el positivismo científico y el marxismo que creían haber puesto a la religión en el terreno de lo mágico y lo ficcional, ha posibilitado un mayor diálogo entre las dos esferas.

Santiago Zabala, filósofo italiano, sostiene que después de la modernidad no quedan fuertes razones filosóficas para que un ateo rechace la religión ni para ser un teísta que rechace la ciencia. En la condición posmoderna, explica, la fe, que ya no está basada en la imagen platónica de un Dios inmóvil, absorbe estos dualismos sin encontrar en ellos ninguna razón de carácter conflictivo.

Ha habido un reto permanente y mutuo entre Iglesias y ciencia en el que temporariamente una de ellas ha tenido la pretensión de hacerse valer como única fuente de verdad. Gianni Vattimo dice que las discusiones sobre los milagros, sobre la posibilidad misma de demostrar o no la existencia de Dios, sobre la conciliación entre omnipotencia y omnisciencias divinas y libertad humana, estuvieron siempre motivadas por la idea de que "la verdad nos hará libres". Sólo podía ser la verdad objetiva. La Iglesia hizo lo mismo y aplicó esa conceptualización a los enunciados de la Biblia. Vattimo dice que en ello han incluido aquellos preceptos que expresaban la astronomía y la cosmología de los antiguos como Galileo y el heliocentrismo o la orden de parar dada al sol por Josué delante de las murallas de Jericó, entre otros. "Ya fuera para responder al desafío de la ciencia moderna, ya para sentar las bases desde las cuales predicar el cristianismo a mundos y culturas remotas, lo cierto es que la Iglesia fue desarrollando de modo progresivo toda una doctrina de los preambula fidei en relación cada vez más estrecha con una metafísica de tipo objetivista".


Dios, el retorno

En Francia ha surgido una tendencia paradójica: el ateísmo cristiano. Es la posición de algunos filósofos que dicen no creer en Dios (por lo cual son ateos), pero que suscriben a todos los valores cristianos (en lo que son, por lo tanto, cristianos y ateos). Es una idea que afirma al mismo tiempo la excelencia de los valores cristianos y la índole insuperable de la moral evangélica.

Richard Rorty ha sumado sus argumentos en un libro breve que publicó con Vattimo titulado El futuro de la religión (Paidós). Allí escribió: "Coincido con Hume y con Kant en que el concepto de 'prueba empírica' es irrelevante a la hora de hablar de Dios, pero este punto sirve por igual contra el ateísmo y el teísmo. El presidente Bush ha aportado un buen argumento cuando dijo, en un discurso destinado a complacer a los fundamentalistas cristianos, que 'el ateísmo es una fe', pues 'no puede confirmarse ni refutarse mediante argumentos o pruebas'. Pero lo mismo puede aplicarse, desde luego, al teísmo. Ni los que afirman ni los que niegan la existencia de Dios pueden reclamar, de forma plausible, tener pruebas de su parte. Ser religioso en el Occidente moderno no tiene mucho que ver con la explicación de fenómenos específicamente observables", argumentó Rorty.

Gianni Vattimo explica que habría que tomar en cuenta dos variantes para hablar del retorno de lo religioso. Por un lado, el retorno como exigencia, como nueva vitalidad de iglesias y sectas, como búsqueda de doctrinas y prácticas distintas: la 'moda' de las religiones orientales, etc. y está motivado por la inminencia de riesgos globales que nos parecen inéditos, sin precedentes en la historia de la humanidad. Empezó después de la Segunda Guerra Mundial con el miedo a una posible guerra atómica y siguió hasta el presente con el miedo a la proliferación de armas de destrucción masiva, los desmadres ecológicos, la manipulación genética, entre otros temores. Por el lado de la filosofía y de la reflexión explícita, el retorno de lo religioso parece producirse de formas muy diversas, ligadas a las vicisitudes teóricas que aparecen más bien remotas y contrastan con la inspiración, las más de las veces 'fundamentalistas', de la nueva religiosidad inspirada en los temores apocalípticos difundidos en nuestra sociedad. Por su parte, Zabala disiente: "El renacimiento de la religión en el tercer milenio no viene motivado tanto por las amenazas globales –el terrorismo o la catástrofe ecológica planetaria– como por la muerte de Dios, por la secularización de lo sagrado que ha estado en el centro del proceso a través del cual se ha desarrollado la civilización del mundo occidental".

Años atrás el filósofo argentino Enrique Marí explicaba este resurgimiento que se hacía evidente: "Hay nuevos relatos que ponen en juego soluciones imaginarias, creencias mágicas, cosas que son semejantes a los mitos, simples supersticiones, relatos vinculados a mentalidades primitivas que aparecen junto a la religión tradicional. El hombre está atormentado por los problemas que tiene que reinventar para seguir viviendo. Atormentado por su condición, el hombre recurre a la religión y a la creencia para soportar las condiciones de la vida y sus avatares. Hay un desencanto de la época, la economía no da posibilidades de respuesta.

"En Oriente y Occidente la humanidad acosada por el ímpetu tecnológico, las guerras, la discutible muerte de Dios, la falta de cielos protectores, el exceso de desencantos y los fracasos de las utopías, recurre al diálogo de características religiosas. Algunos se vuelcan al budismo, es una moda que tiene muchos seguidores en Hollywood, aunque el último grito sea la Kabbalah, una forma mística del judaísmo.

Pero el mundo de lo sagrado, ¿es una novedad? Lo sagrado no se perdió, dice la antropóloga Verónica Riera "La cuestión de la pérdida es una construcción de nuestra sociedad porque en realidad lo sagrado es ahistórico. La pérdida es relativa, depende de quién lo enuncia, el mundo de lo sagrado es dinámico y cambiante a lo largo del tiempo, en todo caso la diferencia es que ahora hay conciencia de lo sagrado".

"Si Dios creó el mundo, fue por temor de la soledad: ésa es la única explicación de la Creación", pensó E. M. Cioran. Al fin y al cabo, la religión también sirve para combatir la soledad. De dioses y mortales. by Revista Ñ El clarin

Niemeyer tiene listo el diseño de la universidad latinoamericana en la Triple Frontera


Niemeyer tiene listo el diseño de la universidad latinoamericana en la Triple Frontera
El centenario arquitecto brasileño Oscar Niemeyer sigue vigente. Señaló que para realizar el diseño de la futura Universidad Federal para la Integración Latinoamericana (Unila) en Foz do Iguaçu se inspiró en la libanesa "Constantina, la de sus sueños".

UNILA. La Universidad Federal para la Integración Latinoamericana ocupará el espacio marcado. 10.000 estudiantes cursarán en la casa de estudios en la frontera común entre Brasil, Paraguay y Argentina.
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El considerado genio de las curvas de concreto armado y precursor de la arquitectura moderna entregó esta semana los planos del campus de la universidad que Brasil planea construir en su triple frontera con Argentina y Paraguay para impulsar la integración educativa en América latina.

Y el proyecto arquitectónico con seis edificaciones en un área de 40 hectáreas se inspiró, según reconoce el centenario arquitecto, en la Universidad de Constantina, erigida en Líbano, en 1969, una de sus más famosas obras mundiales, que incluye entre sus favoritas y a la que siempre consideró como la "universidad de sus sueños".

"El diseño de la Universidad Latinoamericana tiene el mismo espíritu de la Universidad de Constantina. Fue planificada pensando en aumentar el contacto de los estudiantes con el campus, con la institución y con la academia", recordó en declaraciones a EFE el creador de los palacios y edificaciones que hicieron merecedora a Brasilia del estatus de Patrimonio de la Humanidad.

"Cuando nos encomendaron la Universidad de Constantina viajé con varios especialistas y educadores a Argelia para estudiar cómo podíamos construir una universidad más simple, más lógica y que tuviera mejor relación con los alumnos. Fue con base en esos estudios y en Constantina como diseñamos la Universidad Latinoamericana", agregó el arquitecto.

La llamada Universidad Federal para la Integración Latinoamericana es un proyecto del presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, para promover un mayor acercamiento regional.

La iniciativa prevé la construcción de un centro de educación superior para unos 10.000 estudiantes, la mitad brasileños y la mitad de otros países latinoamericanos, y que ofrecerá cursos de grado y postgrado en las áreas de ciencias y humanidades, tanto en español como en portugués.

El respectivo proyecto de ley fue presentado por Lula al Congreso en diciembre pasado, ya fue aprobado por una comisión de la Cámara de Diputados y cuenta con el respaldo de todos los partidos.

El proyecto prevé la contratación de unos 500 profesores de la región que cuenten con maestría y doctorados. La casa de estudios que será pública y gratuita pondrá énfasis en las áreas que puedan impulsar la integración regional.

La universidad será construida en un terreno ya cedido por Itaipú, la mayor hidroeléctrica en operación en el mundo y que es compartida por Brasil y Paraguay, en la ciudad brasileña de Foz de Iguazú, fronteriza con la paraguaya Ciudad del Este y con la argentina Puerto Iguazú.


Orgulloso de participar

"Se trata de una iniciativa muy importante porque ofrecerá educación a alumnos de toda Latinoamérica y promoverá la integración", afirmó Niemeyer.

El entusiasmo del arquitecto con la iniciativa es tanto que lo llevó a presentar un proyecto arquitectónico mucho más amplio que las dos edificaciones que inicialmente se había comprometido a diseñar y que apenas alojarían la biblioteca y la rectoría.

El proyecto presentado por el aún entusiasta defensor de la integración latinoamericana y del comunismo es un plan arquitectónico integrado para todo el campus con seis edificios principales destinados a la rectoría, la biblioteca, el anfiteatro y el restaurante.

Las dos otras edificaciones propuestas están destinadas a las salas de clase y a los laboratorios.

Niemeyer definió su propuesta como su "gran regalo" no sólo a Brasil sino a toda Latinoamérica.

La construcción del campus universitario propuesto por el colaborador y amigo de Le Corbusier aún depende de la aprobación del diseño por parte del Ministerio de Educación de Brasil, así como de que el Congreso autorice todo el proyecto.

No obstante, el presidente de la Comisión de Implantación de la universidad, Helgio Trindade, confía en que la misma pueda comenzar a funcionar en el segundo semestre del próximo año.




by Revista Ñ El clarin AR

"ESPIRITO CULTO Christian Cravo


23/07/2008 - 17h37
Cultura e religiosidade estão na mostra fotográfica "Espiritoculto" em SPDa Redação

Fotografia feita em 1997 na cidade de Puri, na Índia, integra exposição de Christian Cravo, "Espiritoculto", em São Paulo
VEJA MAIS FOTOS DE "ESPIRITOCULTO"
A partir desta quinta (24) a Caixa Cultural Paulista apresenta "Espiritoculto", exposição de fotografias feitas durante a última década pelo brasileiro Christian Cravo durante viagens por Benin, Gana e Togo -- na África --, Haiti, Índia e Brasil.

As 58 imagens da exposição buscam explorar temas como a cultura e a religiosidade do homem em diferentes locais.

Christian Cravo já expôs no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador -- cidade onde o fotógrafo foi criado --, no Throckmorton Fine Art, em Nova York, na Billedhusets Galeri, em Copenhague, e no Museu de Arte Sacra, em Belém.

"Espiritoculto" tem curadoria do próprio Christian Cravo. A mostra fica em cartaz até 31 de agosto e tem entrada franca.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

China asegura que la renuncia de Spielberg es pura retórica


China asegura que la renuncia de Spielberg es pura retórica
JOSE REINOSO - Pekín -


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El Gobierno chino aseguró ayer que lamenta la decisión del director de cine estadounidense Steven Spielberg de renunciar a su papel como consejero artístico en los Juegos Olímpicos de Pekín, que se celebrarán el próximo agosto, pero contraatacó diciendo que detrás de las críticas que han surgido a su papel en la crisis de Darfur (Sudán) hay "motivos ocultos". Spielberg anunció el pasado martes que su conciencia no le permite seguir participando en el diseño de las ceremonias de apertura y clausura porque, tras un año de intentos, no ha logrado que Pekín modifique su postura sobre el conflicto sudanés.

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"Es comprensible que alguna gente no entienda la política de China en Darfur, pero me temo que algunas personas tienen motivos ocultos, y no podemos aceptar esto", afirmó Liu Jianchao, portavoz del Ministerio de Exteriores. "La retórica simple no ayudará". Liu insistió en que Pekín está colaborando con Naciones Unidas para resolver el conflicto, que ha provocado al menos 200.000 muertos y 2,5 millones de desplazados desde 2003.

El portavoz aseguró que las empresas chinas que operan en el país africano tienen un papel constructivo, hacen donativos y ayudan al desarrollo, por ejemplo perforando pozos de agua. Spielberg disiente. "Mientras los representantes chinos me han hecho llegar que están trabajando para poner fin a la terrible tragedia de Darfur, la sombría realidad es que el sufrimiento no disminuye", ha dicho. China compra dos tercios del petróleo sudanés, es uno de sus principales suministradores de armas, y se ha erigido en su defensor ante el Consejo de Seguridad.
by el pais

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Associação divulga lista com 25 melhores documentários de todos os tempos

O pOder da cultura dos continentes dominantes é isto quase que 50% para os Eua e o restante Europa,com destque para a frança e alemanha pacv


Associação divulga lista com 25 melhores documentários de todos os tempos
Da Redação
A Associação Internacional de Documentários (International Documentary Association, IDA) divulgou recentemente uma lista com os 25 maiores documentários de todos os tempos.


Cena de "Basquete Blues", considerado o melhor documentário de todos os tempos
O QUE VOCÊ ACHOU DA LISTA?
Segundo Francisco César Filho, cineasta e um dos selecionadores do Festival Internacional de Documentários, o ponto positivo é a ocorrência tripla dos irmãos Albert e David Maysles na lista, com o histórico "Gimme Shelter", sobre os Rolling Stones.

Ainda de acordo com "Chiquinho", o destaque negativo é a escassez de títulos não-americanos: há apenas um filme de Alain Resnais e outro de Wim Wenders entre os votados - o filme de Werner Herzog, "O Homem-Urso", é uma produção americana.


1. "Basquete Blues" (Hoop Dreams) - Steve James, 1994
2. "A Tênue Linha da Morte" (The Thin Blue Line) - Errol Morris, 1988
3. "Tiros em Columbine (Bowling for Columbine) - Michael Moore, 2002
4. "Spellbound" - Jeffery Blitz, 2002
5. "Harlan County, Uma Tragédia Americana" (Harlan County, USA) - Barbara Kopple, 1976
6. "Uma Verdade Inconveniente" (An Inconvenient Truth) - Davis Guggenheim, 2006
7. "Crumb" - Terry Zwigoff, 1994
8. "Gimme Shelter" - Albert Maysles, David Maysles & Charlotte Zwerin, 1970
9. "Sob a Névoa da Guerra" (The Fog of War: Eleven Lessons from the Life of Robert S. McNamara) - Errol Morris, 2003
10. "Roger e Eu" (Roger and Me) - Michael Moore, 1989
11. "Super Size Me - A Dieta do Palhaço" (Super Size Me) - Morgan Spurlock, 2004
12. "Don't Look Back" - D. A. Pennebaker, 1967
13. "Salesman" - Albert Maysles, David Maysles & Charlotte Zwerin, 1968
14. "Koyaanisqatsi: Vida em Desiquilíbrio" (Koyaanisqatsi: Life Out of Balance) - Godfrey Reggio, 1982
15. "Sherman's March" - Ross McElwee, 1986
16. "Grey Gardens" - Albert Maysles, David Maysles, Ellen Hovde & Muffie Meyer, 1975
17. "Na Captura dos Friedmans" (Capturing the Friedmans) - Andrew Jarecki, 2003
18. "Born into Brothels: Calcutta's Red Light Kids" - Ross Kauffman & Zana Briski, 2004
19. "Titticut Follies" - Frederick Wiseman, 1967
20. "Buena Vista Social Club" - Wim Wenders, 1999
21. "Fahrenheit 9/11" - Michael Moore, 2004
22. "Migração Alada" (Le Peuple Migrateur / Winged Migration) - Jacques Perrin, Jacques Cluzaud e Michel Debats, 2001
23. "O Homem Urso" (Grizzly Man) - Werner Herzog, 2005
24. "Noite e Nevoeiro" (Nuit et Brouillard / Night and Fog) - Alain Resnais, 1955
25. "Woodstock: Onde Tudo Começou" (Woodstock) - Michael Wadleigh, 1970

domingo, 3 de agosto de 2008

DOMENICO CLABRONE CAIXEIRO VIAJANTE ESCULTURA RETIRADA DA A V PAULISTA -


EM FRENTE AO SESC-AV PAULISTA- ESTAVA OCAIXEIRO VIAJANTE , RETIRARAM PARA O PARLAMENTO DE SÃO PAULO, PORQUE?
MAIS UMA VEZ CONFINAM-SE OBRAS E O MUSEU AO VIVO EMPOBRECE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PAPO PINGA PETISCO, São Paulo, SP e lembrança de Elis



Eu recomendo excelente presença de pessoas legais, cabeça, papo cabeça,tranquilo, boa comida, boas pingas, excelente atendimento.PACV


PAPO PINGA PETISCO, São Paulo, SP
Letícia Lins · São Bernardo do Campo (SP) · 6/12/2006 11:37 · 84 votos · nenhum ·
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overponto Um bar aconchegante, com mesas na rua e um sebo nos fundos, a decoração é nostalgica, com geladeiras antigas e muitas quinquilharias, cada vez que você for vai ver algo novo nas paredes ou no teto, a trilha sonora é garantida pelos CDs e LPs usados do sebo, claro que a pinga e o petiscos são garantidos.

Esdras -o dono- começou com uma loja de antiguidades, que depois se transformou em pizzaria. Mas o sucesso chegou mesmo com o simpático bar Papo, Pinga e Petisco, inaugurado em 2001.

"Aqui funcionava a boate Djalma's, que foi o primeiro lugar onde a Elis Regina cantou em São Paulo", orgulha-se o dono do bar.

"Cheguei aqui há cerca de 15 anos. A praça era muito diferente. Tinha muito mais violência e a iluminação pública era deficiente", lembra Esdras Vassalo.







onde fica
Praça Franklin Delano Roosevelt, 118
Seg a Qui, das 18h à 0h30. Sex e Sáb, das 18h às 2h30.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Com morte de Artur da Távola, música erudita perde aliado



A perda de Artur ou Paulo como quisermos deixa uma brecha enorme, na sobriedade , caráter, cultura e simplicidade, na política, e na música .








Com morte de Artur da Távola, música erudita perde aliado
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da Folha Online

O jornalista e ex-senador Artur da Távola morreu nesta sexta-feira aos 72 anos no Rio de Janeiro. Ele ficou conhecido por apresentar programas sobre música erudita. O jornalista era presidente da rádio Roquette Pinto, emissora pública do Estado do Rio de Janeiro.

Artur da Távola era o pseudônimo de Paulo Alberto Monteiro de Barros.

29.dez.00/Alexandre Campbell/Folha Imagem

Jornalista Artur da Távola, grande divulgador da música erudita, morreu aos 72 anos no Rio
Ele também apresentou na emissora, cuja freqüência é 94,1 FM RJ, o programa dominical "Esta Bossa Sempre Nova" e "Mestres da Música". Ele também apresentou e produziu "Vida e Obra de Rachmaninoff" às quintas-feiras.

Na rádio Senado, Távola veiculou o "Música do Brasil" e "Crônica Musical". Na rádio Cultura FM ele apresentou o "Música Clássica com Artur da Távola" aos domingos.

Távola também foi responsável pelo elogiado programa "Quem Tem Medo da Música Clássica?", na TV Senado, onde ele comentava a obra, o contexto histórico e a vida de uma série de compositores eruditos.

Além de seu trabalho com a música, Távola também era escritor. Em seu site, é possível encontrar alguns de seus poemas e de suas crônicas.

Em seu blog, o jornalista chegou a comunicar que estava doente e não iria continuar escrevendo.

Lula critica "letrados" que não investiram em políticas de alfabetização

O Sr. Presidente persiste em culpabilizar o passado,mas não se atem, ao presente
da enfermidade que assola o ensino público brasileiro; Isto sim é alarmante, e o mesmo não dá respostas a atualidade.O problema é grave e se estende de norte a sul de leste a oeste.O ensino Superior é outro retrato fatídico da privatização do ensino no país em que os matenedores pintam e bordam com o aval do Sr Ministro.Mestres e Doutores ja nao são absorvidos pela rede pública e muito menos pela privada,e quando o fazem reduzem o valor hora aula para estes.Onde está a lei que obriga a contratação de mestres e doutores em um terço do quadro?pacv



Lula critica "letrados" que não investiram em políticas de alfabetização
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colaboração para a Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condicionou nesta terça-feira a ausência de políticas de alfabetização no Brasil ao um "jeito de ver o país". Para Lula, isso deu-se por negligência de governantes anteriores que não teriam investido na erradicação do problema no país.

"Um grande país que há muito tempo já poderia ter sido construído não fosse a falta de visão de muitos dos nossos governantes", disse Lula durante discurso da cerimônia de formatura de alunos do programa "Todos pela alfabetização", em Salvador (BA).

"Tudo isso poderia ter sido resolvido há 40 anos, 50 anos, 60 anos... Afinal de contas esse país foi governado por muita gente letrada. O primeiro que não tem diploma universitário sou eu. Todos foram doutores que governaram esse país. Em uma demonstração de que não era ignorância não, era o jeito de ver o país: 'Tem uma parte da sociedade que não sabe ler mesmo, então deixa para lá'", afirmou Lula.

Lula disse ainda que a ações limitavam-se às crianças. "Para quê alfabetizar adultos? Vamos tentar alfabetizar só as crianças". Como se as pessoas que não tiveram oportunidade e estão com vinte, trinta, quarenta anos fossem obrigadas a ficar segregadas na ignorância porque o estado achava que elas não tinham mais jeito."

O presidente afirmou ainda que encontrou funcionários analfabetos tanto no Palácio do Planalto e como na Granja do Torto, quando assumiu a Presidência.

O programa "Todos pela alfabetização" conta recursos do Ministério da Educação e do governo da Bahia. Concentra-se em jovens a partir de 15 anos, adultos e idosos.

MEC criará novos conceitos para avaliar curso superior

/08/2008 - 09h25
MEC criará novos conceitos para avaliar curso superior
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ANGELA PINHO
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O Ministério da Educação vai criar dois novos conceitos para avaliar a educação superior. Eles servirão de base para sanções ou medidas de melhoria em cursos e instituições com desempenho ruim. Haverá ainda redução das avaliações de especialistas in loco --só os cursos considerados deficientes terão obrigatoriedade de visita.

O primeiro novo indicador é o Conceito Preliminar dos Cursos de Graduação. Ele será calculado a partir de uma média ponderada entre a nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), o IDD (Indicador de Diferença de Desempenho) e os insumos do curso --recursos pedagógicos, infra-estrutura e qualificação dos docentes.

O conceito será de 1 a 5. Segundo o Inep (instituto de pesquisas ligado ao MEC), 1 e 2 corresponderão a cursos sem condições de funcionar. Ainda em estudo pelo Inep, o Conceito Preliminar da Instituição, o segundo novo conceito do MEC, permitirá uma comparação entre universidades, faculdades e centros universitários.

A importância da Comunicação na Difusão do Livro e da Leitura


Confira nossa programação para 2008

(11) 3069-1300
R. Cristiano Viana, 91, Pinheiros - São Paulo




A importância da Comunicação na Difusão do Livro e da Leitura.
Conteúdo:Tópicos:
- Desafio da comunicação no tempo real !
- Pilares da comunicação: credibilidade;relevância e significado
- A comunicação que informa,forma e transforma
- A estratégia da comunicação e a comunicação da estratégia
- Comunicação como processo educacional
- Dilema: convicção X conveniência
Palestrante(s): Carlos Parente

Data do curso: 17/09/2008 19h30 às 21h30
Data limite para inscrição - 16/09/2008

Mercado editorial Ibero-americano vai debater o livro como fator de desenvolvimento

Representantes do mercado editorial e do setor livreiro estarão reunidos de 11 a 13 de agosto, em São Paulo, para o 7o Congresso Ibero-americano de Editores. O evento terá como objetivo discutir a importância do livro como agente indispensável no processo de desenvolvimento econômico e social dos países ibero-americanos.
O tema central do Congresso, organizado pelo Grupo Ibero-americano de Editores (GIE) em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), é “O Livro, a Leitura e a Construção da Cidadania”. Estarão presentes editores de todos os países ibero-americanos, responsáveis por políticas do livro e da leitura, escritores, agentes culturais e profissionais do setor livreiro ibero-americano em geral.
O programa do Congresso inclui conferências sobre questões como “Expansão do mercado editorial no século XXI”, “Novas tecnologias e direitos do autor” e “Educação e tecnologia para o crescimento das nações”. Além disso, estão programadas três mesas-redondas, que vão debater os temas “Panorama do Mercado editorial Ibero-americano”, “Desenvolvimento econômico e social através do livro e da leitura” e “O livro e a leitura na construção da cidadania”.
Entre os palestrantes convidados, alguns já confirmaram presença no evento, como o ministro da Cultura da Espanha, César Antonio Molina, a presidente do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe (CERLALC), Isadora de Norden, a presidente da International Publishers Association (IPA), Ana Maria Cabanellas, o presidente da Federação de Grêmios de Editores da Espanha, Jordi Ubeda, o diretor geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas do Ministério da Cultura da Espanha, Rogelio Blanco, além do presidente do Grupo Ibero-americano de Editores (GIE), Gonzalo Arboleda Palácio, e Sônia Machado Jardim, presidente eleita do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) para o mandato 2008-2011.
A abertura oficial do evento acontece no dia 11 de agosto no Memorial da América Latina, quando também serão realizadas as eleições para o próximo mandato do GIE. As conferências e mesas-redondas serão realizadas no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi nos dias 12 e 13 de agosto.
O valor das inscrições é de R$ 500 (residentes no Brasil) e US$ 250 (residentes no exterior). Mais informações pelo telefone 55 11 3069-1300 ou no e-mail congresso@cbl.org.br

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Calçada da Av Paulista e suas fruteiras 2008


















Como morador da Avenida, quero parabenizar os arquitetos responsaveis pela calçada, e o repensar do seu mobiliário urbano, da mesma.Tivemos um alargar da avenida, com uma visão mais limpa, e aberta para o dimensionamento da mesma  para o seu conjunto arquitetônico, assim como, uma elasticidade no passeio dos pedestres.

Agora um crime que há que se  registrar: é a retirada das fruteiras da avenida que eram compostas entre outras : por goiabeiras, pitanga, limão, laranja.
Uma pena!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sábado, 26 de julho de 2008

Internacional El huracán Ingrid sorprende al mundo


BY EL PAIS
Internacional El huracán Ingrid sorprende al mundo
Betancourt ha pasado de la selva a los Campos Elíseos con un 'glamour' que los siete años de secuestro en manos de las FARC no le han robado. Francia la honra y se pone a sus pies
JUAN JESÚS AZNÁREZ 26/07/2008


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Durante los frecuentes quebrantos emocionales del cautiverio, cuando los padecimientos y el desconsuelo hundieron su ánimo, Ingrid Betancourt pensó a diario en el suicidio, según propia confesión. La evocación de su madre y de sus dos hijos, el convencimiento de que la necesitaban, impidieron que se quitara la vida en la prisión selvática de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC), que la secuestró el 23 de febrero de 2002, cuando se adentró imprudentemente en tierras de esa guerrilla. La impecable operación militar del pasado 2 de julio la rescató del horror, junto a otros 13 secuestrados. La mañana de la liberación, saltó tan fuerte y tan alegremente en la cubierta del helicóptero que la devolvía a casa que la nave estuvo a punto de capotar, según su festivo recordatorio. Ingrid, de 47 años, abandonó la jungla y el cuenco para instalarse en el glamour de París, en los ambientes diplomáticos que le son propios desde sus años fáciles y adolescentes en la residencia de la calle Fox de sus padres: en el lujo si lo quisiera, entre el refinamiento intelectual y las porcelanas chinas de la burguesía ilustrada. Aunque lejanamente, emparenta con la dinastía Bettencourt, una de las primeras fortunas de Francia y dueña del grupo de cosméticos L'Oréal. Ahora, más de tres semanas después de su regreso a la vida, reflexiona sobre el futuro: "No sé qué haré; pero quiero ayudar".

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"La primera noche en París dormimos los tres juntos. Me volteaba en la cama y abrazaba a mi hija, iba al otro lado y abrazaba a mi hijo"

Algunos guerrilleros la filmaban mientras hacía sus necesidades, y luego se masturbaban. Otros la intentaron violar
La impetuosa efusividad de Ingrid Betancourt el día de la liberación, los abrazos y botes, los atropellados agradecimientos, el incontrolable llanto, la catarsis emocional de la mujer retornada a la vida no sorprendieron a los militares que la acompañaron en el vuelo hacia la libertad. La euforia era entendible porque el sufrimiento había sido extremo. Durante los seis años y cinco meses de cautiverio, la ex candidata presidencial del Partido Verde Oxígeno (izquierda) había sido maltratada física y psicológicamente, reducida a la condición de un animal encadenado. "Si quiere hacer sus necesidades, hágalas aquí, enfrente de mí", la intimidó un carcelero. El ensañamiento guerrillero y la dolosa burricie de otros secuestrados, que quisieron violarla, la pusieron a prueba. Conoció las miserias de la condición humana, pero lo peor fue el fallecimiento de su adorado padre sin verla libre. "Aquí vivimos muertos", escribió a su familia.

El pasado 30 de noviembre, las fotografías de la pieza más valiosa de las FARC dieron la vuelta al mundo. Cabizbaja, flaca, abatida, con una melena de años cubriéndole el pecho, era la viva estampa de La Dolorosa. No comía, ni quería hacerlo. Su madre, Yolanda Apulecio, temió que la muerte le pareciera una opción dulce porque los párpados entornados y tristes de su hija, su lúgubre ensimismamiento, parecían convocarla. Pero Ingrid no murió: apenas una hepatitis B y las secuelas de la malaria. Resucitó lúcida y coherente, arrebatada místicamente, soltando adrenalina a chorros. Brincó en el helicóptero, brincó en Bogotá y brinca en París, donde departe con presidentes, ex presidentes, diputados, diplomáticos, periodistas, alcaldes o artistas. La mujer acostumbrada a la cubertería de plata y a la campanilla del servicio retomó los Campos Elíseos y el alto copete; rezó en el santuario de Lourdes, recibe ofertas cinematográficas y editoriales, y devora la vida. No descarta ser presidenta de Colombia.

"Ingrid Betancourt forma parte del grupo de líderes que consideran que, ellos solos, son capaces de cambiar el mundo; el resto son complementos", dice Eduardo Chávez, que trabajó con la ex secuestrada, codo a codo, cuatro años (1998-2002). El torbellino franco-colombiano mantiene intactas su inteligencia política y su habilidad para construir mensajes. "Es una comunicadora por excelencia", agrega Chávez, director de una revista de ecología. "No sólo le presta atención al lenguaje, sino también a los gestos, a los movimientos. Eso lo sabe hacer muy bien". La selva, opina, perfeccionó sus capacidades porque tuvo mucho tiempo para pensar, estructurar y articular ideas. "La Ingrid de antes era de reacciones más fogosas. Ahora piensa más en las consecuencias de sus palabras". Pero no hay falsedad en su discurso, inoculado por su padre, el conservador Gabriel Betancourt, que fue ministro de Educación en el Gobierno del general Gustavo Rojas Pinillas (1953-1958) y embajador. "El Estado es para servir y defender a los pobres; los ricos ya tienen quien los defienda", le repetía a su hija.

La noche de su llegada a la capital francesa, el pasado 4 de julio, a bordo de un avión del presidente francés, Nicolas Sarkozy, durmió en la misma cama de sus dos hijos, Melanie y Lorenzo, de 22 y 20 años. Necesitaba sentirlos, estrujarlos. "Me volteaba a la izquierda y abrazaba a uno; me volteaba a la derecha y abrazaba al otro". Siempre fue así: apasionada, tozuda, vitalista, caprichosa a veces. Irrumpió en la política colombiana repartiendo condones contra el contagio de la corrupción, y denunciando en el Congreso a los diputados vinculados al cartel de Cali. La sacaron del hemiciclo casi a rastras. Su carácter no parece haber cambiado mucho. Quiere comerse el mundo y es lógico su apetito, según explica Lucía Nieto, psicóloga de la Fundación País Libre, que apoya a las víctimas del secuestro en Colombia. "Está en la etapa de la euforia, de aprovechar al máximo la alegría de sentirse en libertad. Esa hiperactividad es coherente con una mujer que tiene y ha tenido su liderazgo".

Un periodista español que la escuchó en el telediario de las nueve de la noche de France 3 la encontró "como recién salida de la ducha, arrolladora". Incansable e iluminada, cautivó a Francia, cuya nacionalidad adquirió al casarse con el diplomático Patrice Delloye. Protagonista de la vida política gala, ha sido instrumentalizada por unos y otros, aunque a veces supo imponer su voluntad. Sarkozy y su esposa, Carla Bruni, la recibieron en el aeropuerto; el Elíseo le ofreció una recepción, y le impuso la Legión de Honor. Su retrato colgaba del Ayuntamiento. La multitud que la escuchó junto al alcalde, el socialista Bertrand Delanoë, comparó su liberación con la caída del muro de Berlín.

Alojada en los lujosos hoteles Meurice, Raphael y Fouquet's, todos grand palace, Ingrid Betancourt se entrevistó con el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon; acudió al Senado, que la ovacionó; también los diputados. Visitó al ex presidente Jacques Chirac, que le dijo: "Usted ha creado en torno a su persona la unanimidad del corazón y el espíritu". Francia rendida a sus pies, enganchada. ¿Por qué? El periodista Jacques Thomet, autor del libro ¿Historia del corazón o razón de Estado?, sostiene que parte del interés oficial francés arranca de la supuesta relación sentimental, amorosa, entre la joven alumna bogotana Ingrid y su profesor de Ciencias Políticas el año 1981, el que había de ser titular de Exteriores y primer ministro Dominique de Villepin. El ex director de la agencia France Presse en Bogotá (1999-2004), añade que la diplomacia antepuso intereses personales y dañó las relaciones entre París y Bogotá. En julio de 2003, un Hércules C-130 despegó hacia Manaos (Brasil) con 11 espías. Su misión: rescatar a Betancourt. La operación, descubierta, acabó en fiasco.

Cuando Nicolas Sarkozy entendió la rentabilidad del caso siguió los pasos de Chirac y Villepin y se implicó abiertamente en la liberación. Todo acabó felizmente, pero nada es igual después de un secuestro tan atroz. Así lo entendió la Ingrid Betancourt cuando reunió a los suyos en el almuerzo parisiense del reencuentro: a su madre, ex Miss Colombia antes de dedicarse a la política, sus hijos; su hermana, Astrid; su primer marido, Fabrice Delloye; una tía y varios sus primos. Les dijo que la querían al frente de las concentraciones del pasado día 20 en Colombia contra los secuestros. "Su familia respondió que tenían derecho a compartir sus decisiones más importantes porque habían sufrido y luchado mucho por su liberación", reveló una fuente. Temían represalias de las FARC. Betancourt se quedó en París y la aplaudieron a rabiar en el concierto de solidaridad de Trocadero.

Siempre le gustó el estrellato. "Le encanta. Es una manera de ser. Ingrid es una persona muy extrovertida, maneja muy bien a los medios, se sabe comunicar", resume Clara Rojas, ex candidata a la vicepresidencia con Betancourt, también secuestrada el 22 de febrero de 2002. "Le gusta ser protagonista. Entonces cuenta su historia con todo ese énfasis que le pone... Es respetable su actitud". Acabaron distanciándose al culparse mutuamente del fracaso de una fuga. "Viéndola como está, y por las opiniones que está dando, pienso que volverá a la política. Lo lleva en la sangre".

Clara, que tuvo un hijo con un guerrillero, acaricia una pulsera con imágenes de la Virgen. Ingrid y ella se aferraron a Dios cuando la postración era profunda. Juntas rezaban el rosario y leían la Biblia. El dilema de la mujer afincada cerca del Sena es elegir entre Francia y Colombia: entre dos amores. Y en esa decisión sus hijos cuentan mucho. "Ellos le tienen temor a lo que es Colombia y han vivido fuera del país, pero Ingrid tiene una raíz muy honda en Colombia". Raíces, ambición política y temeraria determinación. Algo hará. No es fácil pararla. Tampoco el día de su viaje a la región desmilitarizada por el ex presidente Andrés Pastrana (1998-2002) para negociar la paz con las FARC.

Las conversaciones fracasaron y las autoridades le pidieron que desistiera, que peligraba. No hizo caso, invocando su solidario compromiso con el alcalde de San Vicente, del Partido Verde Oxígeno. No faltan quienes atribuyen a aquel safari oportunismo electoral: un breve secuestro la habría catapultado en la intención de voto, por debajo del 1% entonces. Las cosas cambiaron e Ingrid apenas conoce límites. "Esta señora es de temperamento volcánico; es grosera y provocadora con los guerrilleros encargados de cuidarla", escribió el comandante guerrillero Raúl Reyes, abatido hace cinco meses. Carlos Alonso Lucio, amigo de pupitre de la "grosera señora", la imaginó chocando con sus carceleros como lo haría un ajedrecista contra un boxeador.

El terrorismo de las FARC la tumbó varias veces, pero siempre se levantó antes de acabar el conteo de protección. La obligaron a marchar descalza, lastrada con cadenas colgadas del cuello; le racionaron el chusco, y se burlaron de su activismo de niñata rica. Cayeron sobre ella las siete plagas y le soplaron que su marido, Juan Carlos Leconte, de quien se ha distanciado, se la pegaba con una actriz mexicana. "¿Abusaron de usted sexualmente?", le preguntaron. "Hay cosas que deben quedarse en la selva", respondió. Pero no todos quieren ocultar los vejámenes encajados por la cautiva más famosa del planeta. Varios compañeros de secuestro embrutecidos intentaron violarla, y el ex senador Luis Eladio Pérez, liberado en enero, la defendió a puñetazos: "Algunos guerrilleros llegaron a filmarla desnuda haciendo sus necesidades y luego se masturbaron mientras veían la grabación".

La psicóloga Lucía Nieto le recomienda desaceleración y cautela para recobrar el equilibrio emocional y el sereno discernimiento. "Necesita un tiempo de elaboración, de decantación". Pero no es previsible el retiro terapéutico de Ingrid Betancourt, su alejamiento de las luminarias, porque, para ella, ocuparse, recuperar el tiempo perdido, a dentelladas si es preciso, es la mejor forma de salir adelante.


El reportaje 'El huracán Ingrid sorprende al mundo' es un reportaje del suplemento DOMINGO

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O pedestre na mão


A política é isto não vê as coisas!!!!!!!!!!!!!Aliás nunca viu haja vista se tomarmos a história da energia perpassando pela política dos bondes, onde pedestres já nocomeço do sec XX reclamavam da tomada das ruas pelos bondes e dos acidentes nas ruas com os mesmos. paulo a v




O pedestre na mão
CÁSSIO SCHUBSKY


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É impressionante que, em meio a todas as promessas sobre o tema da mobilidade (ou imobilidade), o pedestre fique totalmente esquecido
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AS ELEIÇÕES municipais estão se aproximando, e a mobilidade -talvez fosse melhor dizer a imobilidade- desponta entre os temas prediletos das candidatas e dos candidatos à Prefeitura de São Paulo (e, certamente, de outras metrópoles Brasil afora).
Pudera: trânsito infernal e sistema de transporte público precário produzem um resultado nefasto, afetando o cotidiano de todo mundo. E, apesar dos alertas dos especialistas em transporte público e planejamento urbano, ano após ano, o trânsito só piora, e a velocidade média de carros e ônibus diminui. O Metrô e os trens, por seu turno, estão cada vez mais saturados, com excesso de passageiros -novas estações vão sendo construídas, sim, a passo de tartaruga. Para completar o cenário, os recordes sucessivos de produção da indústria automobilística nacional apontam para um futuro ainda mais tenebroso.
É claro que, às vésperas do pleito municipal, não faltam malfadadas soluções milagrosas. Há quem garanta que vai construir dezenas e mais dezenas de quilômetros de metrô, com recursos que nascerão nas árvores.
Abundam promessas de implantação de centenas e mais centenas de corredores de ônibus, com dinheiro que vai brotar do chão. Sem falar nas idéias de jerico, de que o Fura-Fila talvez seja o melhor exemplo. Só falta agora o trenó do Papai Noel para melhorar o transporte de passageiros...
Pedágio nas marginais, ampliação do rodízio, mais restrição aos veículos de carga -o eleitor pode dormir tranqüilo, porque, depois das eleições de outubro, tudo vai melhorar.
Não é preciso ter nenhuma bola de cristal para perceber que, quando os votos estiverem computados, acordaremos, e o tráfego vai piorar, como num pesadelo. E certamente não teremos sonhado -pois tudo é demasiadamente real.
É impressionante que, em meio a todas as promessas, o pedestre fique completamente esquecido. Talvez eu esteja muito desinformado, mas não li, nem vi, nem sequer ouvi uma única declaração, até agora, sobre propostas de melhorias para essa larga fatia da população, ou seja, quase todo mundo, que, uma hora ou outra, ou todo dia, ou sempre, anda a pé.
Como não sou candidato a nada, porque, naturalmente, o meu negócio é batucada, ofereço, de bandeja, algumas sugestões de fácil consecução para melhorar a vida do pedestre.
Em primeiro lugar, é preciso rigor extremo com os buracos nas calçadas.
Já existe norma legal obrigando proprietários de imóveis a manter o trecho fronteiriço à sua propriedade em bom estado. No entanto, qualquer estatística no setor de fraturas de prontos-socorros e hospitais demonstra a estúpida quantidade de vítimas de lesões graves em cabeças, bacias, ombros, pernas, tornozelos, cotovelos, braços e antebraços, muitas delas causadas por calçadas esburacadas.
Como a Justiça não previne eventuais danos pessoais e é lenta para reparar os males materiais efetivamente causados, cabe à prefeitura, creio, punir os irresponsáveis. Ou seja: vamos deslocar um contingente de marronzinhos para multar os criadores de crateras no calçamento. E, se não puderem ser os marronzinhos, que sejam os azuizinhos, os verdinhos, os rosinhas -qualquer cor serve.
Ampliar as faixas de pedestres, com pinturas e repinturas, é algo tão simples que não dá para entender tanto descaso. O mesmo para os semáforos em vias movimentadas. Exemplo gritante: no entorno da praça da Sé, em larga extensão, faltam semáforos, por incrível que pareça.
Chegou-se a ensaiar a implantação de faróis para pedestres mostrando o tempo disponível para a travessia. Vi um assim, outro dia, no largo São Francisco e fiquei até animado. Doce ilusão. Nem esse existe mais. Sumiu.
Então, o negócio é correr dos carros para não ser atropelado -isso se você não for idoso ou pessoa portadora de deficiência, que padecem ainda mais que os demais pedestres.
Ora, andar faz bem para a saúde física e mental, desde que as condições para o transeunte sejam adequadas. Depois, pedestre nunca anda na contramão, nem atropela, nem sequer excede a velocidade permitida.
Por fim, há de se considerar uma grande vantagem que leva hoje o pedestre sobre o motorista que se locomove (loucomove!) por aí: quem anda a pé está fora da Lei Seca, podendo se alcoolizar e sair fazendo serenata, tropeçando no meio-fio sem que, por isso, a autoridade constituída venha a entubar-lhe um bafômetro goela abaixo (medida sóbria, aliás, cujos efeitos positivos já se fazem sentir à farta). É a volta do bêbado com chapéu-coco, fazendo irreverências mil, cambaleando nos buracos, escapando dos carros nas esquinas sem faixa ou semáforo.
Viva o pedestre, o enjeitado pelo poder público!



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CÁSSIO SCHUBSKY, 42, bacharel em direito pela USP e em história pela PUC-SP, é editor e historiador.

domingo, 20 de julho de 2008

Velório de Dercy Gonçalves é aberto ao público no Rio de Janeiro até as 18h


Velório de Dercy Gonçalves é aberto ao público no Rio de Janeiro até as 18h
Da Redação
Com Agência Estado

A comediante Dercy Gonçalves faz careta durante festa em comemoração ao seu aniversário de 100 anos na Casa Petra, em São Paulo (06/06/2007)
DERCY FOI AO BINGO ANTES DE MORRER
VEJA FOTOS DA CARREIRA DE DERCY GONÇALVES
CONHEÇA A TRAJETÓRIA DA ATRIZ
A FESTA DOS 100 ANOS
JOÃO GORDO ENTREVISTA DERCY GONÇALVES
VEJA "CÉLIA & ROSITA", O ÚLTIMO CURTA
DEIXE SUA MENSAGEM SOBRE A ATRIZ
Amigos, parentes e fãs de Dercy Gonçalves acompanham neste domingo (20) o velório do corpo da atriz e comediante no saguão da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, no centro da cidade. Dercy, que tinha 101 anos, morreu na tarde de sábado (19).

A primeira atriz a chegar ao velório foi a ex-vedete Virgínia Lane, de 88 anos, a melhor amiga de Dercy. "Fiz questão de ser a primeira. Quero que ela saiba que eu fui a primeira a cumprimentá-la. Ela vai para um lugar onde daqui a pouco eu também vou estar. Éramos muito amigas. Lembro que ela me dizia: você vai longe com essas longas pernas", disse Virgínia.

O velório começou por volta das 10h30, com a chegada da única filha da atriz, Maria Dercimar Senra, que avisou que não gostaria que o clima fosse fúnebre, porque Dercy gostaria que sua morte fosse como uma festa.

Entre as coroas de flores enviadas à família, há uma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia. A presença do governador Sérgio Cabral é aguardada para a tarde de hoje. O velório estará aberto ao público até as 18h.

O corpo de Dercy deixará a Alerj por volta das 10h desta segunda-feira (21), quando partirá para Santa Maria Madalena, onde ela nasceu. Lá será velado no Clube Montanhês. O enterro está previsto para o meio-dia de terça-feira, quando se comemorará o dia da padroeira da cidade.

Na hora do sepultamento será tocado o samba que a Viradouro fez, em 1991, em homenagem à atriz. "Ela sempre disse que gostaria de morrer no dia da padroeira. Como morreu poucos dias antes, faremos o enterro neste dia", disse Nestor Lopes, presidente do Museu Dercy Gonçalves, em Santa Maria Madalena.

Insuficiência respiratória
Dercy foi internada por volta das 4h de sábado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com pneumonia grave. De acordo com a assessoria do hospital, às 11h a atriz recebeu a visita de sua filha e ainda estava lúcida. Durante a tarde, seu estado de saúde piorou para um quadro de sepse pulmonar e insuficiência respiratória, e os médicos a declararam morta às 16h45.

Carreira
Dercy Gonçalves foi uma das pioneiras da teledramaturgia brasileira, e atuou em novelas até 1992, com "Deus Nos Acuda", da TV Globo. Sua estréia no teatro aconteceu em 1929, na cidade de Leopoldina (MG), em dueto com o ator Eugênio Pascoal. No Rio de Janeiro, faz carreira no teatro de revista na década de 30 e nos anos 40.

No ano de 1943, estréia no cinema com o filme "Samba em Berlim", e desde então participou em mais de 30 filmes. O último lançado em vida foi o curta-metragem "Célia & Rosita", de 2000. Dercy ainda participou de "Nossa Vida Não Cabe Num Opala", longa de Reinaldo Pinheiro premiado no Cine PE em maio deste ano, que ainda não foi lançado comercialmente.

Conhecida por seu humor debochado e pelos palavrões, tornou-se sinônimo de improviso e irreverência. Nascida Dolores Costa Gonçalves, em Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro, adotou em 1927 o nome artístico de Dercy Gonçalves para tentar a carreira de cantora.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O jogo entre o aparente e o invisível na pintura



O jogo entre o aparente e o invisível na pintura
Masp abre hoje Virtude e Aparência, mostra que abrange 500 anos de arte

Camila Molina
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O público de hoje ''já perdeu o código para entender a arte figurativa também'', diz o curador do Masp, Teixeira Coelho, em frente do óleo sobre madeira Ressurreição de Cristo (1499-1502), de Rafael, uma das obras-primas do museu e uma das primeiras peças adquiridas pela instituição. Dentro da tradição da história da arte, muito antes e mesmo depois da ruptura moderna e contemporânea, sempre foi algo intrigante para o espectador ''ver além da representação pictórica imediata, disposta à superfície da obra'', como define o curador, ou descobrir o que está ''entre o visível e o invisível''. E é disso que trata a mostra Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno), que começa hoje no Masp, como a terceira exposição dentro do projeto de remodelamento expositivo do rico acervo do museu, proposto pelo curador da instituição.

Veja imagens da exposição

Virtude e Aparência é um segmento enxuto, com cerca de 40 obras (pinturas e apenas duas esculturas) que perpassam período que vai da pré-renascença até o século 18. A exposição, que tem como suporte cenográfico as paredes vermelhas, está no segundo piso do Masp, agora se juntando às duas mostras temáticas abertas anteriormente, já abrigadas no espaço expositivo e que propõem uma maneira diferente de apresentar a coleção do museu (não mais pela organização por países) - a primeira delas, A Arte do Mito (com curadoria de Roberto Magalhães), foi inaugurada no ano passado (tem paredes azuis); e A Natureza das Coisas, com paisagens e naturezas-mortas, está em cartaz desde abril (tem paredes verdes). O ciclo, muito bem-feito, ficará completo, a partir de outubro, com a mostra Olhar e Ser Visto (A Arte do Retrato), que vai reunir, como diz o título, os retratos e auto-retratos da coleção do museu, o segmento mais denso do acervo.

O termo Renascimento, como define Teixeira Coelho em seu texto, foi usado em diversos momentos da história da arte para indicar os períodos de reavaliação do papel da arte. Nos primeiros núcleos da mostra Virtude e Aparência, estão, inevitavelmente, as obras dos períodos mais remotos, dos séculos 13, 14 e 15, em que as cenas religiosas falam de uma virtude inalcançável, com os retratos de madonas com o menino Jesus e anjos - obras de Maestro de San Martino alla Palma, Maestro Del Bigallo, Sandro Botticelli, Giovanni Bellini - ou de santos - São Sebastião na Coluna (Perugino e ateliê) e São Jerônimo Penitente no Deserto (Andrea Mantegna) - ou da Ressurreição de Cristo, de Rafael (esta, curiosamente, acompanhada de um vídeo em que os signos presentes na pintura são decodificados para o espectador, assim como são apresentados raios-x da obra para se entender o processo de criação do pintor).

Mas, ao longo da mostra, a questão da virtude vai se transformando aos olhos: ela deixa de ser apenas o mote para uma representação. Não se trata de apenas remetê-la ao religioso, mas entender que, durante os tempos, os temas das obras também chegaram ao terreno do mundano, do cotidiano e dos conflitos (e em muitos casos os personagens têm, sim, ''carnalidade'') - O Suicídio de Lucrécia (1625, atribuído a Guido Reni); O Casamento Desigual (1525, Metsys) Piquenique Durante a Caçada (1723, Lemoyne), A Educação Faz Tudo (1775-80, Fragonard). A mostra se faz dentro desse terreno da ''passagem'' em que ''as obras de arte dizem mais do que retratam'', que carregam ''um discurso invisível''. ''Antes, com os santos, era retratada gente melhor que a gente; depois, seres iguais ou piores e essa é uma grande mudança na arte'', diz Teixeira. Mesmo assim, a virtude da técnica é inabalável.

Agora, como ressalta Teixeira, por que não apenas se firmar no prazer de ver a beleza do vestido do Retrato de Dama com Livro Junto a Uma Fonte (1785), de Vestier? Nesse jogo ambíguo vai se fazendo a mostra, que tem como obra emblemática o quadro Alegoria da Sabedoria e da Força: A Escolha de Hércules (c. 1750), cópia de Veronese feita por François Boucher, peça que estava havia cerca de sete anos na reserva técnica do museu. ''Ela tem a vontade da passagem da moral, mas o carnal, a beleza, as idéias'', afirma o curador.

Serviço
Virtude e Aparência (A Caminho do Moderno). Masp. Avenida Paulista, 1.578, 3251-5644. 3.ª a dom., 11 h às 18 h (5.ª até 20 h). R$ 15 (3.ª grátis) by uol