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sábado, 12 de setembro de 2009

Escritor Antônio Olinto morre de falência múltipla dos órgãos




Morreu na madrugada deste sábado (12) o escritor Antônio Olinto. Segundo a Academia Brasileira de Letras, ele teve falência múltipla dos órgãos, e morreu em casa, por volta de 4h30, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O acadêmico tinha 90 anos.
O corpo do acadêmico será velado no Petit Trianon da ABL a partir das 10h, e às 16h será sepultado no mausoléu acadêmico, no Cemitério de São João Batista, em Botafogo, também na Zona Sul. Olinto, que foi casado com a escritora Zora Seljan, falecida no Rio em 2006, não teve filhos.
Sua obra abrange poesia, romance, ensaio, crítica literária e análise política.
O presidente da ABL, acadêmico Cícero Sandroni, determinou luto oficial por três dias. Na próxima quinta-feira (17), será realizada a sessão de saudade, ao final da qual o presidente declarará aberta a vaga de Olinto, assim como o prazo de 30 dias para o recebimento de candidaturas. Segundo o estatuto da ABL, haverá trinta dias para o registro dessas inscrições. Ao final desse tempo, a direção marcará a data para eleição do novo acadêmico.
“Este é um dia de profunda tristeza para a nossa casa. Perde o Brasil um de seus mais ilustres intelectuais, e a Academia um de seus mais atuantes membros”, declarou Cícero Sandroni.
Carreira
Olinto nasceu em Ubé, Minas Gerais, em 1919. O acadêmico estava na Academia Brasileira de Letras desde 1997.
Foi crítico literário de O Globo por 25 anos e colaborou em jornais de todo o Brasil e de Portugal. Em 1952, a convite do Departamento de Estado dos Estados Unidos, percorreu 36 estados norte-americanos fazendo conferências sobre cultura brasileira.
A Academia diz também que o poeta e ensaísta teve publicados na década de 50 quatro volumes de poesia e dois de crítica literária.
Olinto dirigiu e apresentou os primeiros programas literários de televisão no Brasil, na TV Tupi, e em seguida nas TVs Continental e Rio.
O escritor foi casado com a escritora e jornalista Zora Seljan. Quando Antonio Olinto foi crítico literário de O Globo, Zora assinava a crítica de teatro no mesmo jornal. Zora Seljan faleceu no Rio de Janeiro em 25 de abril de 2006.
Em 31 de julho de 1997 foi eleito para a ABL na Cadeira nº 8, sucedendo o escritor Antonio Callado. Foi eleito para o cargo de diretor-tesoureiro nas gestões de 1998-99 e 2000. Nos últimos anos, segundo a ABL, proferiu ainda conferências em seminários no Brasil e no exterior.
Quando o Jornal de Letras sendo Antonio Olinto o editor-chefe da nova fase. Em setembro, a Embaixada do Brasil na Romênia inaugurou em Bucareste a Biblioteca Antonio Olinto.
Em 2001 foi nomeado pelo então prefeito do Rio, César Maia, para o cargo de Diretor Geral do Departamento de Documentação e Informação Cultural, da Secretaria das Culturas.
Recebeu o Prêmio Machado de Assis, em 1994, pelo conjunto de obras, da Academia Brasileira de Letras.
Do G1 - Rio de Janeiro

    sexta-feira, 11 de setembro de 2009

    A experiência do cinema e do audiovisual brasileiro

    A experiência do cinema e do audiovisual brasileiro hoje


     
    A Universidade Anhembi Morumbi e o Mestrado em Comunicação convidam para o evento Encontros de Comunicação Contemporânea: I Simpósio de Estudos de Cinema e Audiovisual, entre os dias 16 e 18 de setembro.
    As mesas de debate reunirão importantes pesquisadores acadêmicos de São Paulo e de outros estados, assim como especialistas, críticos e realizadores, para debater A experiência do cinema e do audiovisual brasileiro hoje.
    Dentre os convidados, destacam-se as presenças de Jorge Furtado, diretor de filmes e de televisão; Paulo Morelli, realizador da O2 Filmes; e Inácio Araújo, crítico de cinema do jornal Folha de S. Paulo.
    Para conferir a programação completa, clique aqui.
    Inscreva-se gratuitamente e participe!
    Data: 16 a 18 de setembro
    Abertura: 16 de setembro, às 19h
    Local: Auditório Theatro Casa do Ator – Unidade 7
    Endereço: Rua Casa do Ator, 275 – Vila Olímpia

    Belo Horizonte tem novo evento, segundo os organizadores, para entrar no calendário cultural: o Salão Internacional de Humor Gráfico

    O iraniano Massoud Shojai Tabatabai, da revista Iran Cartoon, está em BH para o evento

    A partir de hoje, Belo Horizonte tem novo evento, segundo os organizadores, para entrar no calendário cultural: o Salão Internacional de Humor Gráfico, em cartaz até 18 de outubro, na Casa do Baile. A estreia traz exposições de artistas brasileiros e de outros países, mesas-redondas, projeção de vídeos, oficinas e ações visando estimular o surgimento de novos talentos. A mostra principal, cujos premiados serão anunciados às 20h, traz cerca de 150 obras – de artistas de várias nacionalidades – e tem como tema o lixo, desde o produzido cotidianamente até o espacial, passando pelo atômico, o eletrônico, o gasoso etc. O encontro, avisam os organizadores, supre lacuna significativa: Minas, com forte tradição na área, não tinha um salão dedicado ao humor.

    A primeira atividade paralela será lançada hoje, na abertura, com a presença de Ziraldo: é o prêmio escola, voltado a estudantes do ensino fundamental, matriculados em instituições de Minas, que terão até o dia 30 para enviar suas obras. O melhor trabalho e a escola do autor ganharão um computador. A primeira edição BH Humor recebeu mais de 1 mil trabalhos, de 46 países, inscritos nas categorias de cartum e caricatura. “Foi uma ótima ideia a escolha de tema que atinge o mundo todo e que, até hoje, não tinha sido abordado num salão de humor”, elogiou o iraniano Massoud Shojai Tabatabai, editor-chefe da revista Iran cartoon. “Cartuns, por serem linguagem compreensível em toda parte, podem ajudar na solução do problema”, acrescentou.

    “Vamos apresentar exposição com temática social relevante, que consegue mostrar que a sobrevivência da vida e do planeta está ameaçada por diversas formas de lixo”, conta o mineiro Lor, também chargista, que participou do júri de seleção. Ele elogia a qualidade do material, mas tem críticas à visão, de muitos trabalhos, do ser humano como intrinsecamente sujão – “É algo que vem do modo de vida que levamos,” diz. Conta que a onda do computador está passando e o desenho vem sendo recuperado, e saúda o prêmio escola: “É um apoio à educação, que é meta social importante e valoriza a escola, além de abrir espaço para alunos e novos talentos". Para ele, o salão de humor se soma a outros eventos internacionais da programação cultural da capital, consolidando o nome da cidade inclusive no setor turístico.

    HOMENAGEM Uma penca de nomes históricos do cartum mineiro está reunida na mostra veteranos. “É uma homenagem a quem nos inspirou a ser chargistas e a criar o salão”, explica Lute, que está à frente da organização. Ele está satisfeito com o andamento de todo o processo e explica que a proposta é tornar o evento anual. A única preocupação é com a falta de verba para um catálogo. “Mas estamos na luta”, afirma. “Trata-se de uma grande exposição, que até pelo caráter educativo do tema merecia uma publicação”, explica. A escolha do lixo como tema, ele conta, deve-se inclusive ao caráter internacional do evento, que cobrava proposta de alcance universal.

    BH Humor – Salão Internacional de Humor Gráfico de Belo Horizonte
    Abertura hoje, às 20h, na Casa do Baile, Av. Otacílio Negrão de Lima, 751, Pampulha, (31) 3277-7443. Aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 19h. 
    Até 18 de outubro. Informações: www.bhhumor.com.

    Lula quer cultura mais acessível à população



    Tornar a cultura acessível à população é uma das metas de seu governo, disse nessa quinta-feira (10) o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao inaugurar o Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte da capital cearense.
    “O povo não quer apenas comer, trabalhar. É preciso que a gente crie soluções para que as pessoas sintam-se bem onde vivem”, disse.
    No centro, serão realizadas apresentações teatrais e de cinema, com preferência para os filmes nacionais e produzidos na região. A iniciativa faz parte do Programa Mais Cultura, do governo federal.
    De acordo com a Presidência da República, mais de R$ 8 milhões serão aplicados para a instalação de mais dois espaços culturais em Fortaleza.
    Fonte: Agência Brasil
    E os outros estados presidente , onde ficam?
    Onde estão os cinemas e teatros de bairros?E o Transorte que leva aestes espaços?
    Paulo A C Vasconcelos

    quarta-feira, 9 de setembro de 2009

    Com Chávez, a política inundou o Festival de cinema de Veneza

    Chávez, com o diretor Oliver Stone. O cineasta elogiou o venezuelano.
    http://www.revistaenie.clarin.com/

    OCUPAÇÃO UEINZZ

    PROGRAMAÇÃOOCUPAÇÃO UEINZZSETEMBRO 2009

    DIA 09 - QUARTA
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 10 - QUINTA
    14h filme Eu sou curinga, o enigma! (52’)
    18h conferência Jean Oury
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 11 - SEXTA
    14h filme Sobreviventes (52’)
    19h conferência Miriam Chnaiderman
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 12 - SÁBADO
    14h filmes Coisas Mínimas (1:44’);O invisível (Entrevista com Oury 44’)
    17h filme Zero de Conduta (43’)
    18h conferência Jean Oury
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 13 - DOMINGO
    14h filmes Enquête sobre nosso entorno - Alejandra Riera/Ueinzz - (todos os fragmentos - 180’)17h Fórum UEINZZ
    20h Finnegans UEINZZ

    DIA 15 - TERÇA
    14h filme La Borde ou o direito à loucura (60’)
    18h filme sobre Tosquelles
    19h conferência Joris De Bisschop

    DIA 16 - QUARTA
    14h filme Min Tanaka em La Borde (24’)
    19h conferência Cássio Santiago e Elisa Band
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 17 - QUINTA
    14h filme O divã de Félix (17’)
    19h conferência Laymert Garcia dos Santos
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 18 - SEXTA
    14h filmes Dizem que sou louco (12’);Os dentes de macaco (14’)
    19h conferência Celso Favaretto
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 19 - SÁBADO
    14h filme Min Tanaka em La Borde (24’)
    19h conferência David Lapoujade
    21h Finnegans UEINZZ

    DIA 20 - DOMINGO
    14h filme Entrevista com Guattari (As pulsões) (32’)
    16h Fórum UEINZZ18h conferência Juliano Pessanha
    20h Finnegans UEINZZ com a Orquestra de Cegos de Lívio Tragtenberg

    • Para as conferências, as senhas serão distribuídas com uma hora de antecedência na unidade.• As conferências de Jean Oury (dias 10 e 12) e de David Lapoujade serão transmitidas ao vivo na Internet, pelo site do Sesc (www.sescsp.org.br).



    segunda-feira, 7 de setembro de 2009

    Auditório Ibirapuera apresenta "Afrocantos" Coro Luther King em




    ( A Missa Luba e cantos tradicionais africanos )

    Solista: Mouna Amari ( Tunísia )
    Com Ivan Vilela e sua viola caipira
    participação Especial Fabiana Cozza
    grupo de percussão Djembedon - Tambores Africanos
    Regência: Martinho Lutero Galati
    Em parceria com o Hospital Premier
    DOMINGO - 13 de setembro - 11h00
    Cantos africanos e afro-brasileiros acompanhados de tambores originais africanos e de percussão brasileira. Um encontro de culturas, religiões e tradições com o pano de fundo musical da "Missa Luba", composição dos anos 60, originária do Congo que se baseia nas partes cantadas da missa cristã em latim como tapete para a percussão dos mágicos tambores da Guiné - o Djembe, o Dumdum e seus companheiros. Primeira obra musical verdadeiramente sincrética do "ritual" africano, exemplo típico de criação coletiva, baseada em cantos tradicionais congoleses, a Missa Luba foi executada recentemente por artistas importantes da tradição canora africana como Miriam Makeba e Angelique Kidjo. Uma estrutura de rara simplicidade e beleza, que permite conjugar elementos musicais de tradições e culturas diversas.
    Para este concerto, a Rede Cultural Luther King de São Paulo, sob direção do Maestro Martinho Lutero Galati, apresenta uma versão da Missa Luba que agrega as três principais religiões da África e da América: cristã, muçulmana e a tradicional animista, acrescida de cantos rituais do Kenya, África do Sul, e pérolas do repertório afro-brasileiro.
    Participação Especial de Mouna Amari - cantora, compositora e alaudista muçulmana residente na Tunísia - uma das mais importantes instrumentistas de LUD: o pai de todos os instrumentas de cordas dedilhadas do ocidente. Participa também Ivan Vilela e sua Viola caipira, um grupo de percussionistas africanos e brasileiros, o DJEMBEDON, e o Coro Luther King com 80 vozes.
    Um alegre e vigoroso intercâmbio entre nações distantes, estreitamente ligadas, encurtando as distâncias culturais entre os dois continentes: África e América.

    Una explicación de Google News para lavarse la cara El gigante informático cuenta en un vídeo destinado a periodistas cómo funciona su controvertido buscador de noticias


    Para informarse en Internet uno puede visitar ediciones digitales de medios de comunicación o, simplemente, entrar en Google News y encontrar jerarquizadas y extractadas las últimas noticias. El internauta quizá no pase de ahí y, si eso ocurre, una vez más será Google quien rentabilice clics gracias a un contenido ajeno. Es más, en mayo el buscador anunció que pensaba incluir publicidad en un servicio que, desde 2005, ha venido suscitando querellas y amenazas de grandes medios. Ahora Google ha lanzado un vídeo de un cuarto de hora dirigido a empresas periodísticas en el que explica cómo funciona su servicio de noticias y trata de ganarse la simpatía de los medios.
    En la grabación, una programadora de Google, Maile Ohye, desgrana el funcionamiento del buscador de noticias: cuenta cómo un programa informático recolecta, agrupa y jerarquiza las noticias.
    En la segunda parte la empleada de Google responde con una sonrisa a algunas de las preguntas más frecuentes que, según afirman, reciben por parte de profesionales del periodismo.
    En la tercera parte del vídeo, Ohye ofrece consejos para los medios: técnicas para que sus noticias sean recolectadas y publicadas de manera más llamativa en Google News. En concreto animan a los medios a que realicen un News Sitemap periódicamente (algo así como un árbol genealógico con las últimas noticias estructuradas por secciones) y que se lo envíen a Google News cada vez que se introduzcan actualizaciones.
    También se ofrecen trucos para que Google News seleccione las fotografías y vídeos de uno u otro medio. En cuanto a los vídeos, llama la atención que Google recomienda a las cabeceras que creen un canal en el portal YouTube, propiedad del mismo gigante informático. Pero este último dato es omitido en el vídeo.
    La controversia
    En 2005 la agencia France Presse se querelló contra Google porque éste utilizaba sin permiso sus titulares y sus fotografías. Tras años de negociaciones, en 2007 Google firmó un acuerdo con cuatro grandes agencias, entre ellas France Presse y Associated Press por el que adquiría el derecho a reproducir, previo pago, sus contenidos.
    Ese mismo año, un tribunal de Bélgica resolvió que era ilegal la publicación de extractos de noticias de medios de aquel país.
    Ya en 2009 Google anunció que pensaba incluir publicidad en su servicio de noticias. En mayo, la Asociación Europea de Editores de Periódicos (ENPA), de la que forma parte la Asociación de Editores de Diarios Españoles (AEDE), advirtió que se debían respetar los derechos de autor. Sin los contenidos de otros, casi siempre editores de prensa, "servicios como Google News ni siquiera existirían", decía el comunicad del escrito de ENPA.
    Por último, la semana pasada la autoridad italiana de defensa de la competencia anunció que ampliaba su demanda contra Google News Italia y la hacía extensiva a la empresa matriz, Google Inc. La causa de la denuncia es, según el organismo italiano, que Google excluye de su buscador general los resultados relativos a medios que no se dejan indexar en el servicio de noticias.

    sábado, 5 de setembro de 2009

    Itália insulta o Brasil no caso Battisti, diz filósofo italiano Toni Negri

    A Itália adota uma postura "insultante" com o Brasil no conflito em torno do ex-ativista Cesare Battisti, porque não se trata de um país desenvolvido, e mente quando diz que vivia um Estado de Direito nos anos 70. A análise é do filósofo italiano Antonio Negri, que passou mais de dez anos preso por seu envolvimento com a militância de esquerda na Itália. Negri é co-autor, com Michael Hardt, do livro "Império", publicado no Brasil em 2001 e umas das obras mais importantes e polêmicas sobre o processo de globalização. Com Giuseppe Cocco, publicou "Global - Biopoder e Luta em uma América Latina Globalizada", em 2005.Leia abaixo a entrevista completa, concedida por Negri via telefone desde Veneza.


    UOL - Como o senhor vê a posição da Itália no caso Battisti?
    Antonio Negri - A posição italiana é uma posição muito complexa. Como se sabe, o governo italiano é um governo de direita e é um governo que, depois de 30 anos, retomou a perseguição das pessoas que se refugiaram no exterior depois do final dos anos 70, depois do final dos anos nos quais na Itália houve um forte movimento de transformação, de rebelião. E, portanto, o governo italiano retoma hoje uma campanha pela recuperação destas pessoas. Em particular, tentou fazê-lo com a França, para conseguir a extradição de Marina Petrella [condenada por subversão pela justiça italiana] e não conseguiu porque o governo francês, a presidência francesa [Nicolas Sarkozy], impediu. Neste ponto, aparece em um momento exemplar o caso Battisti.

    UOL - O que o senhor quer dizer com perseguição? É perigoso neste momento para Battisti retornar à Itália?
    Negri - Eu não sei se é perigoso. Mas é certo que ele foi condenado à prisão perpétua e seria para ele uma situação muito grave.

    UOL - Um dos motivos que o Brasil cita para manter o refúgio político é a ameaça de perseguição política contra Battisti...
    Negri - Mas seguramente ele seria alvo de uma perseguição política e midiática.

    UOL - Trata-se, portanto, de um temor com fundamento?
    Negri - Veja bem, o governo italiano, depois de 30 anos, quer recuperar, para fazer um exemplo, as pessoas que se refugiaram no exterior. E que se refugiaram no exterior porque na Itália havia uma condição de Justiça que era impossível de aguentar.

    UOL - O que significa esse "exemplo"? A punição de Battisti resolveria a questão da violência na Itália nos anos 70?
    Negri - Precisamente. Resolveria em dois sentidos: por um lado, se recupera aquilo que eles chamam 'um assassino'; e por outro se esquece aquele que foi um Estado de Exceção, que permitiu a detenção e a prisão preventiva de milhares de pessoas durante estes anos. É necessário recordar que nos anos 70 o limite jurídico da prisão preventiva era fixado em 12 anos. É necessário recordar o uso da tortura e de processos sumários inteiramente construídos sob a palavra de presos aos quais era prometida a liberdade em troca de confissões. Este foi o clima dos anos 70. E não nos esqueçamos que nos anos 70 houve 36 mil detenções, seis mil pessoas foram condenadas e milhares se refugiaram no exterior. E se há quem duvide desses números, e que quer continuar duvidando, basta que deem uma olhada nos relatórios da Anistia Internacional naqueles anos. Portanto, essa é uma questão muito séria. O caso Battisti é, na verdade, um pobre exemplo de uma estrutura, de um sistema no qual a perseguição, insisto na palavra 'perseguição', era acompanhada por enormes escândalos na estrutura política e militar italiana. Houve uma construção, principalmente por meio de uma loja maçônica chamada P2, de uma série de atentados dos quais ainda hoje ninguém sabe quem foram os autores, atentados que deixaram milhares de mortos, por parte da direita. E o governo italiano nunca pediu, por exemplo, que o único condenado por estes atentados seja extraditado do Japão, onde se refugiou. Existe uma desigualdade nas relações que o governo italiano mantém com todos os outros condenados e refugiados de direitas que é maluca. O governo italiano é um governo quase fascista.

    UOL - Se houvesse um governo de esquerda na Itália o caso seria o mesmo? [O líder da oposição de centro-esquerda] Romano Prodi faria o mesmo?
    Negri - Eu não acredito que Prodi faria o mesmo, mas parte da esquerda faria o mesmo, isso é verdade.

    UOL - Como o senhor vê hoje o PAC [Proletários Armados pelo Comunismo, grupo do qual Battisti fazia parte]?
    Negri - O PAC era um grupo muito marginal, mas isso não significa que não estivesse dentro do grande movimento pela autonomia. Mas ouça, o problema é esse: eu acho que as coisas das quais foi acusado Battisti são coisas muito graves, mas - e isso me parece importante dizer - estas são responsabilidades compartilhadas por toda a esquerda verdadeira. Não se trata de um caso específico. O Supremo Tribunal Federal do Brasil construiu uma jurisprudência pela qual foram acolhidos outros italianos nas mesmas condições que Battisti.

    UOL - E como a Itália deve solucionar esta dívida com o passado?
    Negri - Isso deveria ser feito por uma anistia, mas o governo italiano nunca quis caminhar por este terreno. Talvez tudo isso tenha determinado tremendas conseqüências no sistema político italiano, porque foi retirada da história da Itália uma geração ou duas, que poderiam ter conseguido determinar uma retomada política. É uma situação muito dramática. E gostaria de acrescentar uma coisa: o a postura da Itália no confronto com o Brasil a respeito deste tema é uma postura muito insultante.

    UOL - Por quê?
    Negri - Trata-se de uma pressão feita sobre o Brasil, enquanto um país fraco, depois que os franceses não extraditaram à Itália Marina Petrella. Psicologicamente, trata-se de uma operação política e midiática muito pesada contra o Brasil, na tentativa de restituir a dignidade da Itália, no âmbito da busca de restituir os exilados.

    UOL - O senhor acha que as autoridades italianas se sentem especialmente ofendidas pelo fato de a decisão em favor de Battisti vir de um país em desenvolvimento, antiga colônia de um país europeu?
    Negri - Seguramente, porque se trata de pobres que reagem contra os ricos, contra os capitalistas.

    UOL - O senhor também esteve preso?
    Negri - Eu fui detido em 1979 e fiquei na cadeia até 1983, em prisão preventiva, sem processo. Em 1983, houve um eleição parlamentar e eu saí da cadeia porque fui eleito deputado, porque não era ainda condenado. Fiquei preso quatro anos e meio - e poderia ter ficado até 12. Ou seja, quando os italianos dizem que nos anos 70 foi mantido o Estado de Direito, eles mentem. E isso eu digo com absoluta precisão, com base no meu próprio exemplo: fiquei quatro anos e meio em uma prisão de alta segurança, prisão especial, fui massacrado e torturado. Pude deixar a prisão apenas porque fui eleito deputado - do contrário, eu poderia ter ficado na prisão por 12 anos, sem processo. Durante os anos que fiquei na França, exilado, eu fui processado e condenado a 17 anos de prisão, mas que foram reduzidos porque havia uma pressão pública forte em meu favor. Quando voltei para a Itália, fiquei outros seis anos presos e encerrei a questão.

    UOL - Quais eram as acusações?
    Negri - Associação criminosa, gerenciamento de manifestações que eram violentas nos anos 70, em Milão, em Roma, em toda Itália. Mas a primeira acusação que sofri não era de agitador político, por escrever jornais etc., mas de chefiar as Brigadas Vermelhas, o que não é verdadeiro, e de ter assassinado [Aldo] Moro, acusações das quais fui absolvido depois. Entende? Na Itália se busca desesperadamente fazer valer uma mitologia dos anos 70, que é falsa. E a direita no poder hoje busca a qualquer custo restaurar um clima de falsidade e de intimidação para não permitir que a história seja contada como foi.

    UOL - Existem aí semelhanças com o governo militar no Brasil?
    Negri - Isso eu não sei, porque acho que os governos militares na América Latina foram particularmente violentos. Mas o problema é outro: a questão é que a liberdade, o Estado de Direito e as regras da democracia não podem ser infringidos ou falsificados em nenhuma situação.

    Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/2009/02/15/ult5773u622.jhtm

    Twitter? Isso não é, tipo assim, coisa de velho? gazeta do povo paraná


    http://sitemeu.net/ve4fi7/

    Resistência dos adolescentes em usar a ferramenta da moda é sinal de que há concepções erradas sobre o público da internet
    Publicado em 31/08/2009 | NEW YORK TIMES
    Nova Iorque - Kristen Nagy, uma jovem de 18 anos de Sparta, Nova Jérsei, envia e recebe 500 mensagens de texto por dia. Mas nunca usa o Twitter, embora publique diálogos e observações equivalentes. “Eu só acho [o Twitter] esquisito e não creio que alguém precise saber o que eu estou fazendo a cada se gundo da minha vida”, diz.
    A relutância de Kristen em usar o Twitter é um sentimento compartilhado por outros na sua faixa etária, mas não parece ameaçar o serviço de microblgs. Ape nas 11% dos seus usuários estão entre 12 e 17 anos, de acordo com a consultoria comScore. A explosão de popularidade do Twitter tem sido puxada por um grupo mais velho. E esse sucesso destruiu um conceito bem difundido de que os jovens são o caminho para popularizar as inovações, especialmente na internet.
    A concorrência existe, mas sofre
    Com um crescimento tão impressionante, surpreende que o Twitter ainda não tenha tido concorrentes à altura na internet. Vários outros sites do gênero surgiram, mas nenhum que pudesse sair da sombra do original. Não que eles sejam ruins. A questão é que, quando se trata de comunicação, o tamanho do público é essencial. Por isso, quem surge primeiro – no caso, o Twitter – consegue arregimentar um número maior de usuários, e essa massa de ouvintes faz com que mais e mais pessoas procurem esse canal.
    “O modelo tradicional de early-adopters diria que os adolescentes e estudantes universitários são importantes para a adoção de uma tecnologia”, diz An drew Lipsman, diretor de análise na comScore. Os adolescentes, afinal, conduziram o crescimento inicial de redes sociais como Fa cebook, MySpace e Friendster.
    O Twitter, no entanto, provou que um site pode decolar a partir de um outro grupo demográfico e tornar-se muito popular. “Ele está desafiando o modelo tradicional”, observa Lipsman.
    De fato, apesar de os adolescentes terem dado o empurrão inicial das redes sociais hoje eles respondem por 14% dos usuários do MySpace e apenas 9% do Facebook. À medida que a web se torna madura, o mesmo ocorre com os seus usuários. Por isso muitos analistas acreditam que o triunfo do Twitter representa um novo modelo para o sucesso na rede.
    Os adultos estiveram à frente do crescimento de muitos serviços que se consolidaram na web. O YouTube atraiu adultos jovens e depois cidadãos idosos antes que os adolescentes se empilhassem sobre ele. A base inicial de usuários do Blogger era de adultos e o LinkedIn construiu uma rede social de sucesso tendo profissionais como público-alvo.
    O mesmo ocorre com equipamentos. Os videogames eram inicialmente destinados às crianças, mas o Nintendo Wii rapidamente en controu um caminho para os asilos de idosos. Kindle, o leitor de livros eletrônicos da Amazon, capturou primeiro a atenção dos adultos e muitos outros aparatos, dos iPhones aos serviços de GPS, são apenas para adultos.
    Da mesma forma, o Twitter não atrai a turma mais jovem. Al guns, por exemplo, usam o Fa cebook desde que conheceram a internet e têm as mensagens de texto nos celulares como principal forma de comunicação. Eles simplesmente não sentem necessidade de usar o Twitter.
    Outra razão para o desinteresse é o fato de que a vida dos adolescentes praticamente orbita em torno de seus amigos. A ideia original dos fundadores do Twitter era que ele servisse para que o usuário mantivesse contato com seus conhecidos, mas ele mostrou-se um instrumento melhor para difusão de ideias, questões e perguntas – ou ainda uma forma excelente de divulgar um produto, uma necessidade que adolescentes definitivamente não têm.
    Wendy Grazier, moradora do Arkansas e mãe de duas adolescentes, diz que as filhas acham o Twitter “palha” (fraco, ou sem gra ça). Mesmo assim, elas pediram à mãe para seguir astros pop como Miley Cyrus e Taylor Swift, para que ela lhes conte o que as celebridades andam escrevendo. Mas por que não se dignam a fa zer isso por si próprias? “Ele parece ser, tipo assim, uma coisa profissional, e não uma coisa que um ado lescente deva usar”, diz Mi randa Grazier, de 16 anos. “Acho que posso entrar quando for mais velha.”
    A natureza pública do Twitter é particularmente sensível para os usuários abaixo de 18 anos. Algumas vezes eles querem es conder de seus pais o que estão fazendo. Mais frequentemente, temem que seus pais restrinjam sua interação com estranhos pela web.
    Muitos jovens usam a internet não para saber dos assuntos do momento, mas para expressar-se e formar suas identidades, diz Andrea Forte, da Univer si dade de Drexel, que estudou o uso de re des sociais por estudantes do Ensino Médio americano. Para ela, talvez a experiência do Twit ter possa encorajar novas empresas a olhar de modo mais realista os dados sobre quem usa a rede e partir em busca de uma audiência mais ampla. “Pensar nas populações mais velhas é uma atitude inteligente. É o opos to de correr eternamente atrás daqueles entre os 15 e os 19 anos”, afirma.

    Cursos privados concentram 74% das notas ruins no Enade



    Entre os 7.329 cursos superiores avaliados em 2008 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), 1.752 obtiveram notas ruins. Desse total, 74% são de estabelecimentos privados. O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta sexta-feira (4) a nota de todos as graduações avaliadas.
    Esses cursos registram notas 1 ou 2 no Enade. Mais de 1,5 mil também registrou notas 1 ou 2 noConceito Preliminar de Curso (CPC). Esse indicador engloba a nota no Enade e outros fatores que contribuem para a qualidade da formação do aluno, com o corpo docente, a infraestrtura e o projeto pedagógico da instituição. O Enade tem um peso de 60% no CPC. O conceito vai de 1 a 5, sendo 1 e 2 considerados insatisfatórios, 3 razoável e 4 e 5 bons.



    sexta-feira, 4 de setembro de 2009

    Preparing to spend a “millionaire ticket” from offshore

    The government has unveiled plans to give the state the lion’s share of the money from vast new oil discoveries. Will this wealth be invested or squandered?

    BY TRADITION Brazil invests little and saves less. Brazilians like to borrow and spend, and ao inferno with the future. This may be a legacy of stubbornly high inflation for most of the second half of the 20th century. It may also be an inheritance from further back. Eduardo Giannetti, an economist and philosopher, thinks that the Brazilian ethnic mixture of indigenous nomads, Portuguese settlers seeking a quick fortune and Africans brought to the country in chains bequeathed an entrenched habit of spending now and saving some other time. Whatever the cause, the discovery in 2007 of potentially vast new offshore oil deposits deep beneath the Atlantic seabed will be a crucial test of Brazil’s moral fibre: depending on how it is used, this new wealth could help the country overcome poverty and underdevelopment, or exaggerate its spendthrift ways.
    After almost two years in which his government has pondered the question, on August 31st President Luiz Inácio Lula da Silva unveiled four new bills setting out how the windfall should be gathered and spent. His rhetoric on what he called “independence day” was triumphalist. The oil deposits were “a gift from God,”“a millionaire ticket” and “a passport to the future.” But he also pointed to the problems that oil has caused some economies, and explained how Brazil plans to avoid them. The bills, which have to be approved by Congress, will not affect existing exploration and development contracts held by Petrobras, the state-controlled oil company, and five foreign oil companies. These contracts govern parts of the Tupi field, which contains between 5 billion and 8 billion barrels of oil. But plenty of oil and gas would fall under the new laws. Officials believe that in all, there may be up to 50 billion barrels of oil and gas offshore—enough to turn Brazil into an oil giant.

    One bill declares the oil in the new fields—dubbed pré-sal because they lie beneath a shifting layer of salt—the property of the state, rather than of the companies that buy concessions. In each block, half of any oil produced would go to the state. The remaining half would be subject to a production-sharing agreement between Petrobras and any companies that partnered it, in proportion to their costs. Another bill creates a new state oil company called Petrosal to represent the state’s interests in each block. In theory this will be a small entity, staffed by technicians. In practice it may swell, particularly if it is controlled by politicians, as they may stuff it with supporters. The state will also inject the monetary equivalent of 5 billion barrels of oil into Petrobras, with the aim of ensuring it has the financial muscle to remain the dominant operator. Since 60% of Petrobras’s shares are traded on the market, this capital boost will dilute existing shareholders. The company’s share price fell sharply on the day of the announcement, wiping $7 billion from its market value. In addition, the government plans to set up a social fund to spend Petrosal’s billions.
    Officials have argued that the discovery of so much oil in the Tupi field has eliminated geological risk. That, they say, merits guaranteeing the state a fatter slice of the revenues. But this could have been done by tweaking the existing arrangements, for example to impose a higher royalty. The pré-sal fields are technologically complex and expensive to develop. Two recent wells, one drilled by Britain’s BG Group and the other by America’s Exxon Mobil, proved dry. Some industry experts question the decision to scrap the current rules in which concessions are overseen by the National Petroleum Agency (ANP). “You have a system that has worked well for ten years and is transparent, in a country that often has problems with corruption in public works projects,” says Marilda Rosado, a former director of both the ANP and Petrobras and currently a partner in a Rio law firm, “and you decide to scrap it?”
    The reason for doing so, according to Mauricio Tolmasquim, head of the state-run Energy Research Company (EPE), is to give the government more control over the oil business. EPE looked at the regulatory regimes in the 20 countries with the biggest oil reserves. Only three—the United States, Canada and Brazil—operate a pure concession system with minimal state involvement, it found. The new set-up, says Mr Tolmasquim, would allow the government to take things such as the exchange rate into account when it takes decisions on exploration.
    Even if Congress heeds Lula’s plea to act speedily, it cannot approve the bills until December. In practice, they may become bogged down by wrangling. One of the new measures reduces the share of oil revenues that go to the states and municipalities closest to the fields, aiming to spread the wealth more widely. That is reasonable but will face political resistance. José Serra, the governor of São Paulo and the man opinion polls tip to succeed Lula in a presidential election next year, has urged Congress not to rush. The government spent 22 months coming up with its proposals, so congress and society should also be given time to debate them, he says. It would certainly suit his campaign if they did. Conversely, the electoral chances of Dilma Rousseff, Lula’s chosen candidate, might be boosted by speedy approval.
    There are still many details to be sorted out. The proposed social fund was originally conceived as being earmarked for education and infrastructure spending. It was supposed to be inspired by Norway’s oil fund, most of which is saved. Now its mandate has spread to the environment, culture and even the financing of new industries. The worry is that the money will be spent today rather than saved or invested, further bloating a state whose revenue is already equivalent to 36% of GDP, compared to 20% in Mexico.
    Of course, these are nice problems to have. And Brazil is better placed to deal with them than many other countries. Still, as Lula pointed out, what looks like a winning lottery ticket can all too easily become a curse. Anyone who has been following the recent corruption scandals in Brazil’s Congress will know that such a disaster is well within the powers of the country’s lawmakers.

    Fonte: http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=14370680&fsrc=rss#.

    Polêmica para eleição de diretor da Unesco


    Os intelectuais franceses Claude Lanzman e Bernard-Henri Lévy mostraram sua indignação pela intervenção de Henri Guaino, conselheiro e redator dos discursos de Nicolas Sarkozy, a favor da nomeação do próximo diretor geral  da Unesco  o ministro de Cultura egípcio Faruk Hosni, por ser não simpatizante aos judeus.

    quarta-feira, 2 de setembro de 2009

    Saramago encerra seu Blog

    foto bu El pais
    http://bit.ly/4BKmR
    O escritor Português que vinha mantendo um blog desde 2008, e que já previa lançar uma obra com o conteúdo daquele, desta vez saiu de verdade , como uma despedida, disse"até outro dia,mas não creio que volte sinceramente"
    Para mim essa investida no Blog foi cmo uma tentativa de escrever algo que talvez seja uma experiência sua -digitalmente flaando ou quiça, uma forma de se obrigar a escrever talvez cansando-se do ritual-digital.

    El Raval de Juan Goytisolo


    http://bit.ly/NMacC

    El Raval de Juan Goytiso

    lo

    O escritor publica livro com cartas inéditas do autor francés Jean Genet

    http://bit.ly/NMacC

    terça-feira, 1 de setembro de 2009

    Críticas no Brasil a lei das mídias: "Cercena la libertad de expresión"


    15:25|En un fuerte editorial, el diario Estado de Sao Paulo, uno de los más prestigiosos, sostiene que la iniciativa kirchnerista busca ejercer el "control estatal de los medios de difusión", así como "ocurría en tiempos de la dictadura militar".

    Por: San Pablol. Corresponsalía

    En una destacada editorial de su página 3, el diario Estado de Sao Paulo criticó el proyecto de ley de radiodifusión del gobierno de Cristina Kirchner. El matutino paulista sostuvo que el proyecto "avanza en la dirección de cercenar la libertad de expresión y del control estatal de los medios de difusión, recordando lo que ocurría en tiempos de la dictadura militar, al contrario de lo dicho por la Presidenta".

    Afirma que Cristina "mantiene una relación conflictiva con la prensa argentina, que cuestiona varios de los aspectos de la administración federal". De acuerdo con la editorial, "lo que la prensa hace y ha hecho, en Argentina y en otros países, es analizar los actos del gobierno criticándolos cuando precisan ser criticados. Este es su papel en la democracia".

    El diario Estado sostiene que es clara la intención de cercenar "los grupos empresariales del área de comunicación contrarios al gobierno". Indica que el proyecto de ley "limita a 10 el número de licencias para operación de TV abierta o de cable por empresa, cuando la ley actual permite que una empresa opere hasta 24 emisoras". Y añade: "Las que no estuvieran encuadradas en la nueva regla tendrán plazo de un año para cumplirlas. No por casualidad, una de las empresas en esa situación es la editora del diario Clarín, uno de los mayores críticos de la administración Kirchner".

    Cuestiona que en casos como esos, "las empresas no puedan alegar derechos adquiridos para mantener las concesiones que poseen por la legislación actual en vigor. Tendrán que deshacerse de ellas, desistiendo de inversiones realizadas en el pasado y transfiriendo los bienes y derechos al precio que el comprador acepte pagar". Concluye: "Es una amenaza a la seguridad jurídica".

    by El clarin http://bit.ly/baUrq