REDES

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Berlusconi quer comprar três canais de TV à espanhola Prisa


As negociações entre a Mediaset e a Prisa para a integração da Telecinco, Cuatro e Digital Plus correm a bom ritmo.
O império detido por Sílvio Berlusconi passaria a controlar o novo grupo da espanhola Prisa, o Sogecable, que detém os três canais de televisão, segundo é avançado pelo jornal «El Confidencial».

O interesse do primeiro-ministro italiano pelo Sogecable não é novo. No princípio do ano entrou na luta pela Digital Plus, mas a Prisa decidiu não aceitar nenhuma das propostas.

Segundo as fontes contactadas pelo «Confidencial», a «Mediaset é o único actor no mercado televisivo espanhol que tem capacidade financeira para proceder a uma operação desta índole».

O caminho ideal para Berlusconi «passaria por adquirir uma participação de controlo na integração da Telecinco e Sogecable, compensando a Prisa com acções e absorvendo para da sua dívida», esclarecem fontes a «El Confidencial»

Esta opção seria uma «jogada de mestre», dizem os especialistas contactados pelo jornal: «Berlusconi aproveitaria a sua posição de força - a dívida de 1.950 milhões de Sogecable que vence a 31 de Março - para saldá-la sem desembolsar praticamente dinheiro vivo».

domingo, 18 de outubro de 2009

10o fotos do casal mítico John Lennon e Yoko Ono feitas por Henry Pessar



Le Marché Bironem Saint-Ouen apresenta uma exposição de 10o fotos do casal mítico John Lennon et Yoko Ono feitas por Henry Pessar na passagem deles por Paris em 1969. até 25 de outubro.
As fotos apresentam um tour do casal,em compras ou a passeio pela cidade de Paris
by Le liberation http://bit.ly/2FPJ6v

sábado, 17 de outubro de 2009

Google terá livraria digital no primeiro semestre de 2010


http://bit.ly/4hAK6j
por LusaOntem

O Google anunciou, hoje, o lançamento de uma "livraria digital" com títulos que se poderão ler em qualquer aparelho de leitura, o que pode ampliar o sector dos livros electrónicos, dominado até agora pelo leitor Kindle, da Amazon.
A Google Editions (Edições Google) arranca no primeiro semestre de 2010, em colaboração com os editores que já são parceiros da empresa, com uma oferta de meio milhão de livros electrónicos.
Na Feira do Livro de Frankfurt, o Google voltou a defender o seu projecto de digitalização de livros, que se tem convertido numa preocupação para diversos editores, segundo quem será muito mais difícil assegurar o respeito pelos direitos de autor no futuro.
Contrariando essa ideia, o director do departamento jurídico do Google, David Drummond, assegurou que "o projecto criará uma nova plataforma para os titulares de direitos de autor".
David Drummond disse ainda esperar que as alterações introduzidas por sugestão dos editores norte-americanos sobre o projecto de digitalização permitam a aprovação do mesmo pela Justiça dos Estados Unidos.
No que respeita à Europa, o responsável admitiu que não se pode extrapolar o acordo feito com os EUA e que se devem procurar outras formas de consenso, à luz da legislação sobre direitos de autor existente em cada país.
Tags: Ciência, tecnologia

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Yoani Sánchez


Yoani Sánchez,blogueira Generacíon Y, lhe foi dado Prêmio Maria Moors Cabot, através da Universidade de Columbia, em Nova York. Yoani, contudo o governo de Cuba não autorizou a receber o mesmo prêmio dado pelos EUA. Fato igual ocorreu, na Espanha, na ocasião que ganhou o prêmio Ortega y Gasset em 2008, não podendo também recebê-lo.



obs

"De Cuba com carinho", de sua autoria como arremate de suas postagens foi lançada no Brasil através da Editora Contexto.

Obama, Nobel da Comunicação?


FRANCESCO MANETTO, articulista do Jornal El PAis , Madrid, argumenta que na verdade o prêmio é muito mais pela difusão nos meios de comunicação, em todos os seus variados suportes, em que o Presidente Obama, usa e argumenta, construindo um marketing pessoal e político, e neste, na busca de um multilateralismo e mensagens de paz Desta feita o articulista julga a razão do prêmio.
Por outro lado o mesmo articulista ironiza o fato argumentando que sendo o presidente o chefe do maior exército do mundo casa com o que disse o colunista e prêmio Pulitzer Thomas L. Friedman que ironizava o fato e, a este propósito, nas páginas do Herald Tribune disse:" que se o presidente encontrara uma maneira de repartir os soldados que estabilizaram Afganistão e Pakistão sem transformar o país em um Vietnam, então mereceria um Nobel, mas de Física."
Paulo A C Vasconcelos
http://bit.ly/18PgOA

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Doc Lisboa mostra pujança do género documental



por EURICO DE BARROS


Começa hoje e vai até dia 25: a sétima edição do DocLisboa apresenta cerca de 200 filmes que mostram uma atenção especial aos vários aspectos da crise mundial.

Um crítico de cinema inglês queixava-se na semana passada de que o documentário já estava a rapar o fundo do tacho do género, a propósito da estreia de Died Young, Stayed Pretty, um filme sobre os coleccionadores fanáticos de posters de concertos de rock. Se passarmos os olhos pelos grandes jornais americanos e europeus em dia de estreias de cinema, reparamos que se estão a fazer documentários com temas tão de nicho como os viciados em máquinas de jogos de vídeo que se estafam a tentar estabelecer recordes mundiais da especialidade (The King of Kong) ou a vida dos flamingos desvendada até ao mais ínfimo detalhe (The Crimson Wing: Mystery of the Flamingos).
Mas se como alguém escreveu, o documentário, numa definição ampla, "está a progredir continuamente, e não tem fronteiras precisas", na sua tarefa contínua de retratar o real em todas as suas manifestações, então filmes como os citados, por mais desconcertantes, inesperados ou micro-especializados que sejam, fazem todo o sentido e mais não estão do que a expandir as fronteiras do género. E nestes últimos anos, por factores diversos, entre económicos, técnicos, políticos e das próprias circunstâncias do real, desde as grandes comoções político-económico-ecológicas até às mais pequenas alterações do quotidiano social, familiar e pessoal, a maré do documentário não tem parado de subir.
Basta passarmos os olhos pela programação da sétima edição do DocLisboa, que começa hoje e vai até ao dia 25 (Culturgest, cinemas São Jorge e Londres, www.doclisboa.org), para vermos como o género documental está pujante, a mexer por todos os lados e a interessar-se por tudo e mais e alguma coisa, contrastando com a crise criativa e de inventividade que varre o cinema de ficção.
No DocLisboa 2009 há filmes sobre portugueses que fizeram a vida na Angola colonial, perderam tudo na descolonização e começaram de novo no Brasil (Acácio, da brasileira Marília Rocha), e sobre um professor turco numa remota aldeia curda (On the Way to School, de Orhan Eskikoy e Ozgur Dogan); sobre uma orangotango fêmea que vive há 40 anos no Jardin des Plantes de Paris (Nénette, de Nicolas Philibert) e sobre o organismo estatal que faz a triagem das cartas enviadas pelos iranianos ao presidente Ahmadinejad (Letters to the President, de Petr Lom); sobre um septuagenário americano, antigo pugilista e corretor de apostas da Mafia, cuja história um realizador português se lembrou de contar (Bobby Cassidy-Counter Puncher, de Bruno de Almeida); sobre a construção de uma casa e os que a erguem, ao longo de ano e meio (Gente da Casa, de Carlos Gomes e Ruy Otero) e sobre a tia do realizador Michel Gondry, que foi professora numa zona rural e isolada de França por 40 anos (The Thorn in the Heart); a indústria da pornografia na Sérvia (Made in Serbia, de Mladen DorDevic), uma senhora alemã que vai ao mesmo cabeleireiro há 4 décadas (In Terms of Perms, de Catherine Bode), ou o quotidiano da companhia de ballet da Ópera de Paris (La Danse, de Frederick Wiseman).
São cerca de 200 filmes este ano, para ver durante 11 dias. E ainda ficou muito real de forahttp://bit.ly/36X29M

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lançamento “Filosofia da Computação e da Informação”





Para onde está nos carregando a carruagem tecnológica? O progresso tecnológico facilita ou dificulta nossa busca pela felicidade? A comunicação virtual é mais rica ou mais pobre que a comunicação cara a cara? Seria ético construir um robô capaz de amar? É possível educar pela Internet? Como deve ser tratado o cyberestupro?

Neste livro, reflito sobre os efeitos gerados pela computação e pelas tecnologias da informação em áreas como realidade virtual, inteligência artificial, linguagem, comunicação, educação, artes, ética, direitos autorais e administração. Utilizando uma ampla e diversificada bibliografia, exploro os pontos de contato entre a filosofia, que surgiu com os pré-socráticos no século VI a.C., e a computação, que surge apenas no século XX. Onde, por exemplo, se encontram o Morfeu de Matrix e o filósofo francês René Descartes.

O livro é um convite a uma viagem para todos aqueles que se interessam por filosofia ou computação, passando por filmes, músicas, sites, games, legislação e vários outros elementos da sociedade da informação.

Filosofia da Computação e da Informação foi escrito com muito carinho e tenho certeza de que você vai gostar.

O lançamento está confirmado:

23/10/2009 - Sexta-feira - das 19:00 às 21:30 horas
Livraria Cultura
Market Place Shopping Center (ao lado do Shopping Morumbi)
Av. Chucri Zaidan, 902
Fone: (11) 3474 4003

Com coquetel e quitutes, vou agitar também uma música - conto com você por lá, e pode espalhar à vontade!

CHINA como convidada de honra na feira de Frankfurt

Logo Oficial

Constituiu-se fato polêmico, no mundo, a CHINA como convidada de honra, na maior feira de livros, de Frankfurt -Alemanha-, entre outras coisas pela não defesa aos direitos humanos
Saiba mais: http://bit.ly/KW5ba

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Diana Krall o reconhecimento do público português


Depois do Carnaval em pleno Outubro que o brasileiro Seu Jorge trouxe ao Campo Pequeno, a arena lisboeta recebeu este sábado a diva do jazz Diana Krall. Num concerto de gala, o ambiente foi bem diferente, mas a música brasileira acabou por ser o ponto comum entre os dois espectáculos.
O novo disco da canadiana está repleto de passagens pelo universo da bossa nova - desde o tema título «Quiet Nights», versão de «Corcovado», até «The Boy From Ipanema», variação de «A Garota de Ipanema», ambos de Tom Jobim.

O cruzamento do estilo musical brasileiro com o jazz valeu a Diana Krall o reconhecimento do público português. O álbum alcançou o primeiro lugar da tabela de vendas aquando do seu lançamento em Abril e o Campo Pequeno teve casa cheia na recepção à cantora e pianista.

Acompanhada de três virtuosos

Em palco, e com um belo vestido preto, Diana Krall esteve acompanhada de um trio de verdadeiros virtuosos: Anthony Wilson na guitarra eléctrica, Karriem Riggins na bateria e Ben Wolfe no contrabaixo. Vezes sem conta, a plateia aplaudiu entusiasticamente os desvios pela improvisação e solos destes três músicos.

Pena que o volume baixo do som que saía das colunas tenha feito com que, em algumas ocasiões, a música dos instrumentos ou a voz da cantora fossem engolidos pelas palmas.

De resto, Diana Krall e a sua banda não desapontaram os milhares de fãs em Lisboa. Para além da bossa nova de Jobim, houve também a de Marcos Valle em «So Nice» («Samba de Verão» no original) e a celebração de clássicos de Burt Bacharach («Walk On By») e Irving Berlin («Let's Face The Music And Dance» e «Cheek To Cheek»).

«A minha querida Lisboa»

Diana Krall falou bastante com o público, perdendo-se até, por vezes, no seu próprio discurso. Confessou o amor que tem pela cidade («A minha querida Lisboa»), revelou que gosta de actuar «assim tão tarde» porque pode «passar o dia inteiro de robe e chinelos» e partilhou ainda com a audiência a experiência de viajar em tournée com os seus dois filhos, gémeos, de dois anos e meio.

«Eles já sabem dizer boa noite e obrigado em português. Sabem falar melhor a língua do que eu», brincou.

Mas foi mesmo num português bastante aceitável, e com sotaque brasileiro, que a artista canadiana cantou «Este Seu Olhar», outra das faixas compostas por Tom Jobim e que faz parte do novo álbum «Quiet Nights». Certamente, um dos momentos mais aplaudidos da noite.

Clássicos «Cheek To Cheek» e «Garota de Ipanema»

Outro dos pontos altos foi «Cheek to Cheek», a canção do célebre verso «Heaven, I'm in heaven/and my heart beats so that I can hardly speak». Interpretada em ritmo alegre e acelerado, também esta teve direito a improvisos e floreados técnicos que fizeram as delícias da plateia.

A ovação em pé até o quarteto voltar ao palco arrancou novo elogio de Diana Krall aos portugueses: «Para a próxima, tocamos aqui durante duas semanas e só depois saímos em tournée».

«The Boy From Ipanema» fechou de mansinho uma noite descontraída que marcou o regresso da pianista a Portugal. Este domingo é a vez do Porto receber a simpatia e a bela voz de Diana Krall no Pavilhão Rosa Mota.

12-10-2009 - 16:13h Simplificação das redes passa pela inteligência artificial

O responsável pela investigação nos Laboratórios Bell, Gee Rittenhouse, disse esta segunda-feira à agência Lusa que a principal aposta nos próximos anos passa por reduzir a complexidade das redes tecnológicas com recurso a inteligência artificial, avança a Lusa.
Com a atribuição do Prémio Nobel da Física 2009 a dois investigadores reformados dos Bell Labs - Willard Boyle e George Smith - juntamente com um terceiro cientista, por trabalhos no domínio da fibra óptica e semicondutores, são já sete os prémios Nobel atribuídos a esta instituição privada de investigação, considerada uma das mais prestigiadas do mundo e principal fonte de novas tecnologias na área das comunicações.

«Há muitos problemas complexos por resolver, desafios que, sobretudo, no mundo das comunicações, levam a perguntas difíceis sobre os limites da tecnologia e da comunicação, que têm de ser respondidas», realçou.

«O objectivo é tornar as redes mais inteligentes para que estas se consigam adaptar às mudanças dos nossos tempos. Há muitas oportunidades na área da inteligência artificial, tanto ao nível das contribuições científicas, como na resolução de problemas elementares para a indústria das comunicações», afirmou Rittenhouse.

Outra grande prioridade é «tornar as redes cada vez mais amigas do ambiente através de soluções capazes de reduzir o seu consumo de energia».

Os Laboratórios Bell já produziram mais de 33 mil patentes desde que foram fundados em 1925, tendo desempenhado um papel essencial em invenções importantes como transístores, redes digitais e processamento de sinal, lasers e comunicações por fibra óptica, satélites de comunicações, telefones móveis, comutação electrónica de chamadas telefónicas e modems.
http://diario.iol.pt/tecnologia/tecnologia-redes-inteligencia-artificial-investogadores-tvi24/1095228-4069.html

Barnes & Noble lança leitor para livros eletrónicos

A livraria Barnes & Noble vai lançar o seu próprio suporte electrónico para ler livros digitais, segundo revela o jornal «The Wall Street Journal». O leitor do «e-books» (livro eletrónicos) possui um ecrã táctil, que entrará no mercado no próximo mês, desconhecendo-se ainda o preço.
Algumas informações antecipam que o modelo basear-se-á no sistema operativo Android da Google. O lançamento tem como objectivo evitar que a empresa Amazon domine o mercado dos livros digitais.

De acordo com os analistas, a implantação de lojas físicas do Barnes & Nobles nos Estados Unidos da América permitirá concorrer com a Amazon.

No passado mês de Julho, a Barnes & Nobles lançou um catálogo de livros digitais com cerca de 700.000 obras, que já podem ser lidas pelos utilizadores do iPhone.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

POR QUE O BRASIL SEDUZIU O MUNDO?


El milagro del Companhero
http://www.quepasa.cl/articulo/15_1069_9_2.html QUÉ PASSA CHILE
Por: Lorena Rubio
A un año de terminar su mandato, el éxito de Brasil no se entiende sin Lula. Convertido en una suerte de rock star, sobre él se prepara una película -la más costosa en la historia de ese país- y sus discursos tienen miles de visitas en YouTube. Y aunque los analistas internacionales advierten sobre el aumento del déficit fiscal y la ausencia de reformas trascendentales, Lula ya es un héroe nacional.
Fecha: 10 10 2009 Sección: Mundo Comentarios: 6

Desde el pueblo y para el pueblo
Lula da Silva suele cometer errores lingüísticos cuando improvisa, pero no por ello deja de hacerlo. Por el contrario, se le reconoce su gran oratoria y despliegue ante las multitudes. Hijo de campesinos analfabetos del norte de Brasil -la zona más pobre de ese país-, se puso sus primeros zapatos a los siete años; trabajó de lustrabotas a los 12 años y a los 14 entró como aprendiz en una metalúrgica. Su trayectoria encarna la de su propio país y ha procurado dar a conocer su historia marcada por carencias, la lucha por los derechos de los trabajadores, las persecuciones políticas y cárcel que sufrió. Algunos lo han comparado con el polaco Lech Walesa, quien surgió como dirigente sindical y se convirtió en presidente. El matiz es que mientras el polaco culminó con casi nula aprobación política, Lula se encamina a despedir su gobierno en medio de vítores. Su sello, como el de Michelle Bachelet, con quien tiene gran sintonía, es el de la protección social.
La astucia del companhero
Como viejo líder sindical, el gobernante brasileño suele tratar a la gente como companhero. A los habitantes de su país también les gusta llamarlo companhero Lula, cuestión que todavía sigue causando escozor en algunos sectores de la sociedad. Y si bien su origen y trayectoria son los de un típico hombre de izquierda latinoamericano, es atípico: se reconoce que carece de una ideología maciza. "Él no tiene una formación de izquierda clásica. No leyó a Marx, Lenin o Trotsky", cuenta a Qué Pasa la autora de su única biografía autorizada, Denise Paraná. Su libro Lula, El Hijo de Brasil será la base para la película sobre la vida del jefe de Estado, que se estrena en enero y que costó US$ 10 millones. La periodista, quien trabajó con Da Silva cuando éste era líder sindical de los obreros metalúrgicos, afirma que la verdadera mentora intelectual de Lula fue su madre, Doña Lindu, que planteaba que las cosas "debían ser repartidas entre todos" y quien se hizo cargo del pequeño Luiz y sus siete hermanos, cuando su padre partió a São Paulo.
Los índices de popularidad demuestran que su cercanía con las clases más desposeídas ha surtido efecto. En noviembre de 2008, en plena crisis, su aprobación llegó a 70%. Las últimas cifras -de septiembre de este año- iban entre el 67% y 69%. Tras la designación Río de Janeiro como sede de los JJ.OO., experimentará un alza mayor.
Obstinación a toda prueba
"Él acostumbra a decir que fue muy bueno que no hubiera ganado las elecciones en 1989, porque habría hecho un gobierno pésimo", dice Denise Paraná. Su popularidad y poder político pasaron de nulos a apabullantes. Como líder de los trabajadores metalúrgicos realizó en 1980 una huelga de 41 días, que lo hizo conocido en todo el territorio. Ese mismo año fundó el Partido de los Trabajadores (PT). Las primeras elecciones abiertas de presidente en Brasil -tras 20 años de gobiernos militares y uno de transición encabezado por José Sarney- se realizaron en 1989. Lula obtuvo el segundo lugar, detrás de Fernando Collor de Mello. Éste renunció, luego de un escándalo, en 1992. Su mandato fue completado por Itamar Franco, cuyo ministro de Hacienda, Fernando Henrique Cardoso, puso en marcha el Plan Real que terminó con la inflación crónica de Brasil.
En octubre de 1994, Lula se presentó por segunda vez como candidato a presidente. Volvió a perder contra Cardoso, quien obtuvo la victoria por derrotar la inflación. Lula compitió nuevamente en 1998: consiguió el 32% de los votos y Cardoso fue reelecto. Finalmente, asumió la Presidencia de Brasil en 2003, con el mayor número de votos de la historia democrática brasileña (52,4 millones), alcanzando el 61% de los sufragios.
Inclusión y paz social
En este punto no hay dos posturas. La política social de inclusión trajo beneficios internos y también en el plano internacional a Brasil.
"Es indudable que su énfasis en profundizar la acción social del Estado generó apoyos políticos para su administración", dice Vladimir Werning, del banco estadounidense JP Morgan. El embajador de Chile en Brasil, Álvaro Díaz, coincide en esta apreciación: "Brasil se transformará en una potencia a contar de la próxima década, tanto por su expansión económica como por su política de inclusión".
Sus primeros programas, apenas asumió la Presidencia en 2003, fueron concretos: Hambre Cero, de escaso impacto -por una falta de seguimiento y porque los escándalos tuvieron en jaque al gobierno-, y Bolsa Familia. Este último es uno de los factores que explican la actual movilidad social de la sociedad brasileña. El programa, alabado por organismo internacionales, consistía en pagarles a familias de escasos recursos la salud y educación. Rindió frutos. Se estima que en los últimos siete años, 30 millones de personas en ese país -con una población que ronda los 200 millones- dejaron la pobreza. La mayor cohesión ha impedido el surgimiento de estallidos sociales de magnitud, aun cuando los "Sin Tierra" -surgidos también en el norte- protagonizan cada cierto tiempo protestas.
Orden en las cuentas fiscales
El pragmatismo es una de las características que resaltan todos quienes conocen al jefe de Estado. La mejor prueba de ello es el continuismo en la política fiscal aplicado rigurosamente en sus dos períodos en el Palacio Planalto, sobre todo en la primera de sus administraciones.
Alberto Ramos, analista senior de mercados emergentes de Goldman Sachs, lo resume de la siguiente forma: "Estuvo 20 años defendiendo medidas que difieren radicalmente de las que ha implementado como presidente". Porque si bien no hay grandes reformas impulsadas por Lula, en los círculos internacionales se destaca la baja en la inflación; una política de acumulación de reservas internacionales y por otorgar mayor autonomía al Banco Central. Esto lo ha hecho respetable en el mundo financiero global.
El nombramiento de Henrique Meirelles -un técnico de sensibilidad de derecha- a la cabeza del ente emisor, fue otra muestra de su pragmatismo político.
Y aunque en su círculo prefieren hablar de un líder que sabe conciliar "mercado y justicia social", en el mundo político fue comentado su giro socialdemócrata a fines de los 90. "Después de cuatro intentos, en su cuarta apuesta presidencial, él moderó su discurso, haciendo guiños al FMI, lo que le permitió alcanzar la magistratura", asegura un funcionario de gobierno chileno.
En 2001, Da Silva estableció una alianza con el empresario y candidato liberal, José Alencar, lo que le permitió aumentar su votación en la derecha y salir electo al año siguiente.
La suerte necesaria
No todo ha sido método y esfuerzo. El momento que vive Brasil -y su jefe de Estado- tiene bastante de suerte. Para Alberto Ramos, la situación global ayudó a todas las economías emergentes, incluida la de Brasil. "El mundo cambió muy favorablemente: los precios de los commodities se dispararon, la liquidez mundial era abundante, y la economía registró un periodo de cuatro a cinco años de crecimiento sólido, uno de los ciclos de expansión más largos desde la posguerra". Todo esto antes de que estallara la crisis, obviamente. También ayudó el fuerte consumo de los países de Asia. Pero para ser justos, el analista de Wall Street afirma que además de suerte, Lula tuvo la visión de no cambiar un modelo que funcionaba: "Reformó poco, pero tuvo mucha suerte con un entorno externo favorable, y acertó al no cambiar un modelo que funcionaba. Es más: lo profundizó", precisa Ramos. Especialmente en su segundo mandato, Lula ha creado un sistema de monitoreo de políticas públicas, que ha permitido seguir las iniciativas de corte social, con reuniones periódicas con los ministros de las distintas carteras.
Boom de la clase media
Cuando Lula asumió el poder, la clase media representaba el 42,5% de la población. Hoy, más de la mitad de la población pertenece a ese estrato. Uno de los mayores poderes adquisitivos en ese país está en este segmento, que ha disparado el consumo interno a tasas históricas. La adquisición de celulares, televisores e, incluso, automóviles, era terreno vedado para sectores importantes de la sociedad brasileña. Hoy, en cambio, las familias de este grupo ganan entre US$ 700 y US$ 3.000 según un estudio de la Fundación Getulio Vargas y tienen acceso a cierto comfort. Otro fenómeno económico-social de la era Lula es el mejoramiento en la calidad de vida de las ciudades del norte del país.
El hombre de Obama en América Latina
El presidente de Estados Unidos se ha referido a Lula como "su hombre" en la región. Y no es sólo un asunto de simpatía. No es un misterio que para la Casa Blanca, el gobernante brasileño opera como "contrapeso" a la influencia de Hugo Chávez. La cercanía con Washington ha llegado a tal punto que algunos reportes aseguran que una vez que deje el Palacio Planalto, Lula podría convertirse en el próximo presidente del Banco Mundial. Su influencia ha trascendido las fronteras latinoamericanas: uno de sus mayores esfuerzos ha sido lograr un asiento para su país en el Consejo de Seguridad de la ONU. También ha procurado influir cada vez más en el G-20. Además, luego de décadas de ser receptor de ayuda internacional, su país es uno de los donantes del FMI (este año aportará US$ 10.000 millones).
No todo lo que brilla... déficit y mayor burocracia
En Wall Street reconocen los logros del jefe de Estado, pero no dejan de ver los fríos números. "La prudencia en la política fiscal del inicio de su administración se perdió en los últimos años", advierte Vladimir Werning, quien afirma que son varios los que miran con inquietud cómo se ha incrementado el déficit fiscal en el país de la samba. Alberto Ramos agrega el aumento de la burocracia estatal, a la cual se le han destinado enormes recursos, sin redituar en eficiencia. Además, varios recuerdan los escándalos de corrupción que sacudieron a la administración Da Silva entre 2005 y 2006, que costaron, incluso, la caída de uno de sus ministros. Por eso, los últimos hechos le otorgaron a Lula más que un nuevo aire, la oportunidad de culminar su mandato -que finaliza en octubre de 2010- con altos índices de popularidad y sin la presión de no haber realizado los cambios, como una reforma tributaria y la modernización del aparato estatal.

A Encomenda do Bicho Medonho” (6.5


http://ow.ly/tKa7 by Braulio Tavares Mundo Fantasmo

(uma das obras de Seu David)

Dois filmes paraibanos foram exibidos no recente festival Cine-PE: Cabaceiras de Ana Bárbara Ramos, e o vídeo A Encomenda do Bicho Medonho de André da Costa Pinto. Este último documenta o trabalho do artesão David Ferreira, de Barra de São Miguel. Seu David é um barbeiro de 94 anos que nas horas vagas, as quais são muitas (imagine o que é ser barbeiro em Barra de São Miguel) emprega seu tempo esculpindo toras de madeira, criando umas intrincadas engrenagens que só vendo para crer. O leitor já deve ter visto, em lojas de artesanato, aquelas correntes com elos de madeira, elos que não têm emendas, porque foram esculpidos daquele jeito, uns por dentro dos outros, “deixando tudo encangado”.

Diz Seu David que a partir de certa época na vida começou a ter sonhos com um bicho que lhe mandava esculpir essas coisas; ao acordar, passou a obedecer à voz ouvida em sonho. Uma de suas filhas contradiz o pai, num depoimento: “Se ele diz que a voz manda ele fazer umas coisas tão bonitas assim, então não é bicho nenhum, deve ser é um anjo!”. Seu David faz caixas ocas, esculpidas de fora para dentro, com correntes desse tipo em seu interior, um troço tão complicado de descrever que é mais simples vocês pegarem um ônibus e irem até Barra de São Miguel para dar uma olhada.

Não duvido de que o trabalho de Seu David seja conhecido por Ariano Suassuna, e tenha servido de inspiração para um episódio do folhetim (publicado entre 1976 e 1977) As Infâncias de Quaderna. Ali, no Folheto “O Ladrão de Madeira”, o protagonista Quaderna, então um menino de dez anos, encontra um de seus irmãos bastardos que vivem soltos na fazenda de seu tio. Matias rouba madeira para esculpir umas formas fantásticas, e confessa a Quaderna que vivia tendo pesadelos em que sonhava com criaturas terríveis. O cantador João Melchíades, que vivia na fazenda, o aconselhou a esculpir esses monstros na madeira, porque assim conseguiria de certa forma domesticá-los, livrar-se de sua ameaça. E Matias diz: “Fiz, e livrei-me de novo do pesadelo; mas daí em diante fiquei assim: depois de fazer cada figura, tinha uns dias de folga e de descanso no juízo, mas aí aparecia outra visagem e eu começava a ter outro sonho que só me largava quando eu obedecia à voz de Deus.”

Um cientista diria que o Bicho Medonho que nos faz essas encomendas é o nosso Inconsciente freudiano ou junguiano, aquele tumulto indizível de impulsos atávicos que durante o sonho nosso cérebro reprocessa em termos visuais e auditivos. Como dizia Jorge Luís Borges, não é que a gente sonhe com um tigre e sinta medo; a gente sente medo, e o sonho produz um tigre para servir de explicação. Mas de onde vem o medo? De onde vêm os pedidos do Bicho Medonho? Vem, como diria Augusto, “de incógnitas criptas misteriosas” que trazemos em nossa mente. E que alguns privilegiados como Seu David conseguem traduzir num tipo de Arte que não tem (e não precisa ter) explicação.

domingo, 11 de outubro de 2009

Seu Jorge Em Lisboa

by Diário de Notícias Lisboa
O músico brasileiro trouxe os temas do seu último álbum, 'América Brasil', sucessos antigos e até um tema novo para o espectáculo de sexta-feira à noite, no Campo Pequeno, em Lisboa.

Sabem aquelas marchinhas de Carnaval que tocam nos bailes mais "brega" como Mamãe eu quero ou Cachaça? Pois foi exactamente assim, com todo o mundo aos saltos, brasileiros a sambar e portuguesa a contorcer-se como se também soubessem sambar, e a gritar pela Cabeleira do Zezé ou pela Maria Sapatão, que terminou o espectáculo de Seu Jorge, na sexta-feira à noite, no Campo Pequeno em Lisboa.
Passava das 23.30, o concerto propriamente dito já tinha terminado e até já tinha tido encore, os 14 músicos já tinham vindo despedir-se à boca do palco, mas como o público pedia mais, o brasileiro decidiu continuar a festa: "Vamos fazer o Carnaval em Lisboa?". Por esta altura, os fardados empregados da praça de touros já tinham desistido de mandar sentar as pessoas que estavam nas bancadas...
Baseado no seu último disco, América Brasil, o espectáculo abriu com as típicas cornetas da tourada e Seu Jorge e o seu "conjuntão pesadão" a entoar uns desafiadores olés, a que se seguiu a música com América do Norte, Samba Rock e Trabalhador Brasileiro. Não faltaram os mais populares temas deste álbum - Mina do Condomínio e Burguesinha - bem mo os sucessos antigos, quer os mais mexidos, como Mania de Peitão e Chatterton (de Cru), quer os acústicos Life on Mars e Rebel Rebel (versões de Bowie para a banda sonora de Peixe Fora de Água), com Seu Jorge e seu violão sozinhos no palco.
Apesar de todo o Carnaval, o músico fez questão de, como sempre, expressar as suas preocupações sociais, recitando Nego Drama dos Racionais MC's: "eu visto preto por dentro e por fora". O público cantou "bonito demais" , sobretudo em Carolina, É isso aí (aqui sem Ana Carolina) e São Gonça. E, bebendo uma "cervejinha para molhar a palavra" e desafiando a lei com um cigarro ao canto da boca, Seu Jorge aproveitou para tocar um tema de Carlinhos Brown (A Namorada), outro de Tim Maia (Sossego) e até para mostrar uma música nova, com "alto astral", que já está a tocar nas rádios brasileiras, Pessoal Particular. "É bom namorar", declarou Seu Jorge, o músico casamenteiro.

Escândalos invisíveis

Por: Osvaldo Russo

A destruição de 2 hectares de um laranjal, plantado em extensa área pública da União ocupada ilegalmente por uma grande empresa privada,orquestrada pela mídia e pelos interesses do agronegócio, escandaliza. Enquanto isso, milhares de famílias estão acampadas em beira de estradas, trabalhadores são escravizados em pleno século 21 e trabalhadores rurais, líderes sindicais, religiosos e advogados são assassinados no Brasil. Mas isso não escandaliza.

Milhares de processos estão travados na justiça emperrando asdesapropriações para fins de reforma agrária e deixando sem solução os crimes do latifúndio e de sua pistolagem. Mas isso não escandaliza. As denúncias sobre casos de trabalho escravo contemporâneo atingem um recorde histórico no Brasil, de acordo com o relatório "Conflitos no Campo Brasil 2008", elaborado pela Comissão Pastoral da Terra, que registra 280 ocorrências no ano passado. Ao todo, os casos relatados pela CPT envolveram sete mil trabalhadores, 86 deles crianças eadolescentes, tendo havido 5,2 mil libertações. Mas isso nãoescandaliza.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, de 1995 a 2002, a Fiscalização do Trabalho do ministério realizou 177 operações em 816fazendas, lavrando-se 6.085 autos de infração. Já no período de 2003 a 2008, foram realizadas 607 operações, envolvendo 1.369 fazendas fiscalizadas, onde foram lavrados 16.981 autos de infração, o que significa um incremento anual de 272,1% em relação ao período anterior. Mas isso não escandaliza.

O recorde nas denúncias foi acompanhado da intensificação da ação fiscalizadora do governo federal, que declarou a erradicação e a repressão ao trabalho escravo contemporâneo como prioridades do Estado brasileiro. O Plano prevê a aprovação da PEC que altera o art. 243 da Constituição Federal, dispondo sobre a expropriação de terras – sem indenização - onde forem encontrados trabalhadores submetidos acondições análogas à escravidão e que, em muitas situações, tentam fugir da fazenda e são impedidos pelo fazendeiro. Mas os ruralistas escravocratas reagem e impedem a sua aprovação pelo Congresso Nacional. Mas isso não escandaliza.

Ideólogos do agronegócio escravocrata tentam explicar o injustificável, chegando a afirmar que "o principal objetivo desse trabalhador em eventual fuga da fazenda e posterior retorno trazendo a fiscalização trabalhista não seria apenas evitar o pagamento da dívida contraída com o empreiteiro, mas, talvez muito mais importante, receber a ‘multa’ de vários milhares de reais, comumente imposta pelo fiscal ao agricultor e em favor do trabalhador, sob a acusação de prática de ‘trabalho escravo’ por parte do fazendeiro. Além disso, os trabalhadores ‘libertados’ passam a receber seguro desemprego, sendo possível que, depois, passem a receber também Bolsa Família". Mas isso não escandaliza.

Após mais de século da assinatura da Lei Áurea, o Brasil ainda convive com as marcas deixadas pelo regime colonial-escravista e por disparates escritos por seus neoideólogos. Conforme apresentação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, de 2003, assinada pelos então ministros Nilmário Miranda (Direitos Humanos) e Jacques Wagner (Trabalho e Emprego), "a escravidão contemporânea manifesta-se na clandestinidade e é marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, racismo, clientelismo e desrespeito aos direitos humanos". Mas isso não escandaliza.

Apesar do grande aumento da produção agrícola de 1975 pra cá, os ruralistas tentam impedir a atualização dos índices de produtividade da terra para fins de reforma agrária e ameaçam o governo e os sem terra com retaliações. Mas isso não escandaliza.

Os ruralistas querem reinventar uma CPI para criminalizar o MST e intimidar o governo. Eles não querem a democracia e a justiça social. Eles querem continuar escravizando os trabalhadores rurais e impedir a reforma agrária no Brasil. Mas isso não escandaliza.

Joaquim Nabuco, O Abolicionista, dizia que a Abolição da Escravatura era indissociável da democratização do solo pátrio. Monarquistas e republicanos não lhe deram ouvidos e a concentração das terras em poucas mãos continua escandalosa. Mas isso não escandaliza.

Antes da Abolição, a rebeldia dos escravos escandalizava, mas o açoiteneles não.

sábado, 10 de outubro de 2009

A carta de Michael Moore a Obama por ter recebido o Premio Nobel da Paz

A carta de Michael Moore a Obama por ter recebido o Premio Nobel da Paz

Estimado presidente Obama,

Qué bueno que haya sido reconocido hoy como un hombre de paz. Sus rápidos, tempraneros pronunciamientos—el cierre de Guantánamo, el traer las tropas de Iraq a casa, su deseo de un mundo libre de armas nucleares, el admitir a los iraníes que derrocaron a su presidente elegido democráticamente en 1953, el pronunciamiento de un gran discurso ante el mundo islámico en El Cairo, eliminó ese término inútil de "Guerra contra el Terror", que haya puesto fin a la tortura— todo esto nos ha hecho sentir un poco más seguros teniendo en cuenta el desastre de los últimos ocho años. En ocho meses usted ha hecho un giro y ha conducido a este país en una dirección mucho más sana.
Pero...

La ironía de que se le haya otorgado este premio en el segundo día del noveno año de lo que se está convirtiendo rápidamente en Su guerra en Afganistán no pasó desapercibida para nadie. Usted está realmente en una encrucijada. Usted puede escuchar a los generales y expandir la guerra (sólo para dar lugar a una previsible derrota) o puede declarar por terminadas las guerras de Bush, y traer todas las tropas a casa, ahora. Eso es lo que un verdadero hombre de paz haría. No hay nada malo en que Usted haga lo que el último tipo no pudo hacer- la captura del hombre o los hombres responsables de los asesinatos en masa de 3.000 personas el 9/11-. PERO NO PUEDE HACERLO CON TANQUES Y TROPAS. Usted está persiguiendo a un criminal, no a un ejército. Usted no utiliza un cartucho de dinamita para deshacerse de un ratón. Los talibanes son otra cosa. Eso es un problema que debe resolver el pueblo de Afganistán -como hicimos nosotros en 1776, los franceses en 1789, los cubanos en 1959, los nicaragüenses en 1979 y la población de Berlín Este en 1989- Una cosa es cierta, todas las revoluciones llevadas a cabo por personas que desean ser libres, en última instancia, tienen que lograr la libertad por sí mismos. Otros pueden ser solidarios, pero la libertad no puede entregarse desde el asiento delantero del Humvee de otra persona.

Ahora usted tiene que finalizar nuestro involucramiento en Afganistán. Si usted no lo hace, no tendrá otra opción que devolver el premio a Oslo.

Saludos, Michael Moore

P.D. Su oposición ha pasado la mañana atacándolo por traer esa buena voluntad a nuestro país. ¿Por qué ellos odian tanto a los Estados Unidos?

Me da la impresión de que si ud descubriera la cura contra el cáncer esta tarde ellos lo hubieran estado denunciando por destruir la libre empresa, porque los centros de cáncer tendrían que cerrar. Hay otros que dicen que Ud. no ha hecho nada todavía para merecer este premio. En lo que a mí me concierne, el solo hecho de que ud se haya ofrecido para caminar en un campo minado de odio y tratar de deshacer el daño irreparable que el último presidente causó no solo es apreciado por mí y por millones, sino también un acto de verdadero coraje. Por eso ud obtuvo el premio. El mundo entero depende de EE.UU y de Ud. para literalmente salvar este planeta. No los defraude.

Tomado de www.michaelmoore. com
http://cambiosencub a.blogspot. com/2009/ 10/mensaje- de-michael- moore-obama. html

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Parabéns e críticas inundam a internet por causa do Nobel de Obama




A inesperada premiação do presidente Barack Obama com o Nobel da Paz desatou uma verdadeira enxurrada de felicitações e críticas na internet, principalmente nas redes sociais.

As comunidades no Facebook celebrando o acontecimento surgiram poucos minutos depois do anúncio, assim como uma chamada "Obama não merece o Prêmio Nobel" foi aberta por um usuário na Suíça, e em pouco tempo contava com 240 membros.

Três dos dez temas mais evocados no Twitter estavam relacionados com o anúncio e alguns dos usuários deram as boas-vindas à escolha do Comitê Nobel, enquanto outros debochavam dela.

"Parabéns, presidente Obama, por ganhar o Prêmio Nobel da Paz! Você enchou o mundo de eesperança e deve fazer com que a paz aconteça", afirma ''MMFlint''.

Mas uma grande quantidade de usuários expressou seu ceticismo quanto a um prêmio considerado prematuro.

"Obama ganhou o Nobel da Paz? Eu votei nele, mas o que ele fez de verdade? Há muito mais pessoas que mereciam isso", comenta ''StephanieJeanXO''.

As brincadeiras inevitáveis também são muitas.

"Obama ganhou um milhão de dólares pelo Prêmio Nobel, mas pediu para ser pago em euros", afirma ''jtsmith24''.

"George W. Bush foi tão ruim que os noruegueses deram o Prêmio Nobel da Paz a Obama só por ele ser presidente", escreve ''JoshFlaum''.

Obama, por sua vez, escreveu em seu Twitter apenas uma palavra: "honrado".

Fonte: Diário do Grande ABC

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cursos Cult

Nobel da Literatura para romeno-alemã Herta Müller


http://bit.ly/fKyvF by Diário de Notícias PT
por LusaHoje


A romeno-alemã Herta Müller foi galardoada com o Nobel da Literatura, prémio anunciado às 12h pela Academia Sueca.

Müller nasceu em 1953, na cidade romena Nitzkydorf, na região de Banat, e vive actualmente em Berlim. Foi distinguida por uma obra que "com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, pinta as paisagens dos desfavorecidos".
Aos 56 anos, tem publicados em Portugal, pelo menos, as obras "A terra das ameixas verdes" e "O homem é um grande faisão sobre a terra".
A última vez que um autor alemão foi distinguido com o Nobel foi em 1999, quando a academia premiou Gunter Grass.
O prémio será entregue a Herta Müller a 10 de Dezembro em Estocolmo
A laureada com o Nobel da Literatura 2009, Herta Müller, nasceu a 17 de Agosto de 1953 na cidade romena Nitzkydorf, na região de Banat, e vive actualmente em Berlim.
Proibida de publicar na Roménia por ter criticado publicamente o regime de Ceausescu, a escritora emigrou em 1987 para a Alemanha com o marido, o poeta Richard Wagner, também nascido naquela região romena.
Em 2009, Herta Müller publicou o romance Atemschaukel, na editora Hanser de Munique. Trata-se do 19.º livro publicado, entre romances, contos e ensaios.
O pai prestou serviço nas Waffen SS, a tropa de elite chefiada por Himmler na II Guerra Mundial.
Muitos romeno-alemães foram deportados para a então União Soviética em 1945, incluindo a mãe de Herta que passou cinco anos num campo de trabalho na actual Ucrânia. De 1973 a 1976, estudou literatura alemã e romena na Universidade de Timisoara, na Roménia, fez parte do Aktionsgrupp Banat, um círculo de jovens germanófonos de oposição ao regime de Ceausescu que defendiam a liberdade de expressão.
Depois de terminar os estudos, trabalhou como tradutora numa fábrica de máquinas de 1977 a 1979. Foi despedida por se ter recusado a ser informadora da polícia secreta, o que lhe valeu ser perseguida pela Securitate.
Müller começou a publicar com a colecção de contos Niederungen (1982), censurada na Roménia. Dois anos depois, publicou uma versão não censurada na Alemanha e, no mesmo ano, Drückender Tango, na Roménia. Nestes dois trabalhos, Müller descreve a vida numa pequena aldeia germanófona, marcada pela corrupção, a intolerância e a repressão.
A imprensa romena criticou negativamente estes trabalhos que foram muito bem recebidos pela crítica alemã. Por ter criticado publicamente a ditadura romena, foi proibida de publicar no seu país, Herta abandonou o país com o marido, o poeta Richard Wagner, também ele romeno-alemão.
Desde que, em 1984, foi distinguida com o Prémio Aspekte, Herta Müller tem acumulado galardões sobretudo na Alemanha. Em 1995, recebeu o prémio europeu de literatura Aristeion e foi eleita para a Academia Alemã para Língua e Poesia. Em 1998, recebeu o prémio irlandês IMPAC, no ano seguinte o Prémio Franz Kafka. Em 2003, o prémio Joseph Breitbach de literatura alemã, em 2004 o prémio de literatura da Fundação Konrad Adenauer e, em 2006, o Prémio Würth de literatura europeia.
Tags: Artes, Livros

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Sobre o romance 'Roliúde':


Ouvindo a crítica ao vivo
Pedro Rodrigues/Vetor Cultural

Cássio Cavalcante, da UBE, HF, Luiz Carlos e Cristhiano
Cristhiano Aguiar:
(Escritor, crítico e mestrando em Teoria da Literatura (UFPE), editor da revista Crispim).
Sobre o romance 'Roliúde':
1) A pertinência de refazer a história através da vida das camadas populares: a literatura nos faz viver os dramas humanos de maneira mais próxima do que a maior parte das modalidades de historiografia, portanto é interessante ver como Bibiu é um personagem do povo que revela como sentiu as transformações na sociedade brasileira nos processos de modernização do século XX;
2) Roliúde reafirma a validade de contar histórias e nos lembra que não existe apenas um tipo de memória, porém memórias (equivalentes às tantas dicções sociais possíveis);

3) A boa ideia de cruzar cultura popular e cultura de massa e mostrar que a primeira é maleável e dialoga com a segunda;

4) A importância de afirmar que Roliúde, assim como Galiléia, ou Dois Irmãos, não é regionalista, a não ser que se entenda regionalista como sinônimo de "romance de imaginário rural". Um conceito mais preciso de regionalismo implica em dizer que ele trata-se de um projeto estético e ideológico que vincula uma determinada região do país como componente fundamental da "alma nacional". Não me parece o caso de nenhum dos romances citados.

Sobre 'A Vida É Fêmea', contos:
1 - A vida é fêmea – Uma grata surpresa, pois só conhecia os textos jornalísticos e o romance Roliúde. Contudo, não posso deixar de ser sincero e afirmar que é um livro que indica um processo de maturidade, que já se encontra bem resolvido em Roliúde e certamente alcançará um maior amarração no próximo livro de Homero. Ler o trecho destacado na página 53.
2 - O caráter investigativo da obra de Homero – A vida é fêmea parece ser movido pelo mesmo impulso investigavo de outros livros de Homero. Assim como os livros de não ficção Pernambucania e Viagem ao planeta dos boatos, a ficção de Homero Fonseca partilha desta vontade investigativa. Em Roliúde, temos, por exemplo, a investigação dos impactos da modernização do Brasil na primeira metade do século XX e os seus impactos na cultura popular; no caso de A vida é fêmea, a investigação dos meandros da alma feminina e do feminino, mas a partir de um prisma peculiar.
3 - Lipovetsky e Luc Ferry – Que prisma seria esse? O fim daquilo que os dois filósofos franceses chamam de Era Sacrificial. Nos livros O homem-Deus e A era do vazio, ambos explicam que o nosso individualismo, que parece ser a marca do tempo contemporâneo, implica que não estamos mais dispostos a abrir mão de nós mesmos em prol de ideais tais como A Razão, Deus, A Nação. Isto parece bem ilustrado nas personagens de Homero, cuja tônica é justamente a investigação do feminino a partir da liberação contemporânea do desejo sem culpas. Este contexto permite também escancarar o feminino que atravessa as masculinidades. Veja, por exemplo, um dos melhores contos do livro, Da arte de ser mulher, no qual há uma ambiguidade sobre o gênero do narrador que só se revela ao final da narrativa.
4 - Sexo – É por esta investigação de vidas no fim da Era Sacrificial, que temos a tônica do sexo, revelado em suas ambiguidades e conflitos. No conto Lilás, por exemplo, temos uma personagem em conflito para abandonar a culpa da Era sacrificial e exercer a sua plena sexualidade: p.67. Neste sentido é que o caráter investigativo da literatura de Homero nos revela o sexo em tórridos detalhes, inscrevendo o livro na tradição da literatura pornográfica (linguagem que se contenta com o corpo enquanto limite) e erótica: é o exercício do corpo que nos dá uma mostra da reescritura das identidades, neste início de século XXI, e a intenção de revelar esta transformação em sua intimidade é o que justifica o uso da segunda pessoa, no lugar das tradicionais primeira, ou terceira.

Luiz Carlos Monteiro:
(Graduado em Letras, mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, poeta, ensaísta e crítico literário.)
Sobre 'A Vida É Fêmea':
Título
1)Afirmativo, centrado no presente;
2)irônico, pelo óbvio que indica (todos nasceram e nascem de fêmeas)
3)traduz exatamente o que o autor quis expressar: o presente diferenciado que caracteriza a transitação feminina no mundo urbano, a desenvoltura que cada vez mais as mulheres externam.

Tipo de narrativa
a)Contos que podem ser lidos de modo independente uns dos outros, a depender da escolha do leitor;
b)podem ser lidos também numa sequência normal, linear e lógica de leitura;
c)quando juntos em bloco, sugerem certa unidade temática que os amarra entre si, tendo a mulher como eixo central;
d)monotemáticos, cujos desfechos (ou a falta deles, que incomoda e desconcerta o leitor) vão se acumulando até formar um todo que espelha a complexidade narrativa que os norteia e identifica em algo maior. Pode-se pensar em “romance disfarçado” ou “novela dissimulada” num corpo de narrativas breves.
Diálogos, personagens
a)Todo o exterior é captado pelos diálogos entre mulheres e homens, embutidos em meio ao desenrolar da prosa; os diálogos pouco se interrompem e aparecem internamente aos parágrafos;
b)os diálogos se processam com a rapidez dos nossos dias, urgentes como a pressa da vida urbana; e se transformam posteriormente no Grande Diálogo que une os textos, estabelecendo seu sentido narrativo comum e acumulado; são unidos também pelo fio temático que contempla a condição feminina a se afirmar num mundo hostil, machista e preconceituoso
c)b) o narrador flagra, sem piedade, o homem e a mulher do jeito que eles são: entre o glamour e as fraquezas e fragilidades inerentes a eles, entre a aparência imperativa e segura que externam e a precariedade dos defeitos e misérias aflorantes.
d)Os personagens têm nomes eventuais, ocasionais e soltos em cada narrativa breve, que às vezes se entrecruzam em textos anteriores ou posteriores;
e)há narrativas em que os personagens podem aparecer inominados;
f)o narrador está ocultado e dirige-se principalmente a um “Você”, eliminando toda possibilidade de figuração dos textos em primeira pessoa;
g)o ficcionista se distancia de sua criatura mulher, ao mesmo tempo que expõe, analisa, disseca e desvenda as intimidades de sua personagem, que é uma e todas as mulheres, que é a mulher na busca de emancipação sexual e profissional, efeito que se multiplica e se estende a todas as mulheres;
h)no cenário essencialmente urbano do livro, as relações entre homens e mulheres se elastecem, fazendo crescer as possibilidades dos encontros agendados ou fugazes e dos espetáculos noturnos que as cidades oferecem; em tal cenário urbano proliferam os objetos externos da civilização e da cultura, da ostentação e do consumismo em lugares como casas, bares, aeroportos, cinemas;
i)a mulher assume facetas diversificadas e ramificações sensuais de sua persona, a depender do parceiro com o qual se envolve – desde o taxista que estuda Belas Artes ao cientista famosos e agressivo; do triângulo amoroso formado com dois amigos próximos ao marido que, ao reconhecer que faz o papel de “Amélia” na relação, rompe o casamento; do executivo que a assedia no local de trabalho ao conde aventureiro e imaginário na Londres de fins do século XVIII.
Arremate - O mundo urbano objetivo e veloz da vida contemporânea explicita e recupera o intimismo franco, liberado e sensual da mulher (ou das diversas mulheres) que atravessam as narrativas (que também podem se expandir numa só narrativa). É nos meandros desse mundo ramificado, despersonalizado e competitivo que se realiza a eficácia e o alcance do texto de A vida é fêmea.

Sobre 'Roliúde':
1)Roliúde é um grande tributo à arte de contar histórias, ao desempenho da fala e da linguagem popular, à conversação e à dicção destrambelhada do mundo aventureiro,representado no romance por Biibiu.
2)O personagem de Homero difere, por exemplo, na forma de expor a linguagem popular, do personagem Leonardo de Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antonio de Almeida, publicado em folhetim entre 1852 e 53.
3)Leonardo é levado também pelas circunstâncias, pelas situações inesperadas, embora não tenha a locução encantatória e desenfreada de Bibiu. Ambos são malandros, mas o malandro do século XIX é mais calado, ladino, inescrupuloso, apesar de viver na pele ambígua do herói que respeita as regras e leis do regime monárquico. Contudo, está sempre em confronto com tais injunções, voluntariamente ou não, no Rio de Janeiro daquela época.
4)Roliúde, apesar de situar-se mais frequentemente em cidades pernambucanas, é um romance que fala sobre várias cidades e países do mundo. Existem numerosas referências a fatos e acontecimentos históricos que o texto lembra e expõe.
5)Os fatos chegam vivos, dinâmicos, como se estivessem acontecendo no presente. Isso tudo é mérito da fala de Bibiu, que é capaz de dar nova dimensão aos fatos, de modificá-los e transformá-los de acordo com sua visão e verve.
6)O ficcionista transmite voz a Bibiu através de uma dicção que revela o extraordinário da narrativa. Narrativa que mostra-se ampla sem esquecer o detalhe, que mostra um imenso painel de acontecimentos mundiais e ao mesmo tempo as emoções, desacertos e conquistas do personagem central. Tudo isso é elaborado a partir da contação de histórias de filmes hollywoodianos.
http://www.interblogs.com.br/homerofonseca/post.kmf?cod=8935735

terça-feira, 6 de outubro de 2009

“Las venas de América Latina todavía siguen abiertas”


Con cabeza de patricio romano y conciencia de tribuno de la plebe, Eduardo Galeano tiene siempre presente una frase de José Martí: “Todas las glorias del mundo caben en un grano de maíz”. Lo dice porque la semana pasada le dieron en Madrid la Medalla de oro del Círculo de Bellas Artes. “Es una alegría, claro. No practico la falsa humildad, pero tampoco me olvido de Martí y me digo: eh, tranquilo, despacito por las piedras”. Al día siguiente, además, recibió un premio de la ONG Save the Children.

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A los 69 años, el escritor uruguayo es una piedra en el zapato de los vencedores de la historia, una especie de best seller furtivo de la izquierda. El año pasado, durante la gira española de presentación de su último libro, Espejos. Una historia casi universal (Siglo XXI), abarrotó cada salón de actos que pisó, llegando incluso a desbordar el Auditorio de Galicia, en Santiago de Compostela, con capacidad para 1.000 personas. El próximo día 14 cerrará esta nueva visita a España con una lectura de su obra en el Auditorio Marcelino Camacho de Comisiones Obreras, en Madrid.

Galeano ha conseguido levantar pasiones con libros sin género preciso, pero escritos con un estilo fragmentario y seco que él opone a “la tradición retórica del pecho inflado. Aprendí a disfrutar diciendo más con menos”, dice en su hotel madrileño de siempre, a un paso de la Puerta del Sol. Allí cuenta que su maestro, Juan Carlos Onetti, “que no daba consejos”, le dijo algo que no ha olvidado: “Como era bastante mentiroso, para dar prestigio a sus palabras solía decir que eran proverbios chinos. Un día me soltó: ‘Las únicas palabras dignas de existir son aquéllas mejores que el silencio”.

El autor de Días y noches de amor y guerra lleva años peleándose con el silencio. Ahora se pelea también con el miedo. Más que las elecciones presidenciales que se celebran en Uruguay el 25 de octubre, le interesan los dos plebiscitos que tendrán lugar ese día. Uno pretende derogar la ley que impide castigar a los militares de la dictadura: “El Estado no puede renunciar a hacer justicia porque la impunidad estimula el delito”. Hace 20 años se celebró un referéndum con igual objetivo. Y con mal resultado. “Lanzaron toneladas de bombas de miedo”, cuenta el escritor. “Se decía que si la ley se derogaba volvería la violencia, y la gente votó asustada”.

Aquel primer plebiscito de los años ochenta fue promovido por una comisión en la que, junto a Galeano estaba Mario Benedetti. Desde la muerte de éste, en mayo pasado, su amigo forma parte de la fundación que heredó el legado del poeta para promover la literatura joven: “Era un insólito caso de escritor generoso. El nuestro es un gremio egoísta que ocupa la jaula de los pavos reales. A cada uno le duele el éxito del otro. A Mario no”. Respecto a las reclamaciones del hermano de Be-nedetti, molesto con el testamento, Galeano es diplomático: “Eso está superado. De los líos de herencia no se salva nadie”.

El dinero mezclado con los líos lleva inevitablemente al fútbol, un asunto al que el escritor ha dedicado cientos de páginas, entre ellas, las que forman un clásico de la literatura deportiva: El fútbol a sol y sombra. ¿Es obsceno pagar millones de euros por un jugador? “El fútbol profesional es la industria de entretenimiento más importante del mundo. Además es un deporte que parece religión: la religión de todos los ateos. Lo que hay que tener claro es lo que decía Machado: ahora cualquier necio confunde valor y precio”.

Por otro lado, en el anecdotario diplomático internacional ha quedado grabado el hecho de que Hugo Chávez regalara a Obama el libro más popular (30 ediciones en inglés) del autor montevideano, Las venas abiertas de América Latina, un ensayo de 1971 que su propio autor describe como “una contrahistoria económica y política con fines de divulgación de datos desconocidos”. Y añade: “Lo que describía sigue siendo cierto. El sistema internacional de poder hace que la riqueza se siga alimentando de la pobreza ajena. Sí, las venas de América Latina todavía siguen abiertas”.

Galeano no cree que el presidente de Estados Unidos lo haya leído: “Lo dudo. Fue sólo un gesto. Además, la edición era en español”. La elección de Obama le pareció una victoria contra el racismo, pero le decepcionó que aumentara el presupuesto de Defensa: “Los políticos mejor intencionados terminan presos de una maquinaria que los devora”. ¿Y qué le parece su política hacia Latinoamérica? “Tiene buenas intenciones, pero hay problema de training. Los estadounidenses llevan siglo y medio fabricando dictaduras, y a la hora de entenderse con países democráticos, les cuesta. El desconcierto ante lo que ocurrió en Honduras es una muestra”.

El segundo plebiscito que espera al escritor al volver a casa busca otorgar el voto a los uruguayos que no viven allí, “¡una quinta parte de la población!”. Él mismo tuvo que exiliarse y sabe lo que es sobrevivir sin derechos: “No tenía documentos porque la dictadura me los negaba. Cuando vivía en Barcelona tenía que concurrir a la policía cada mes. Me hacían repetir los formularios y cambiar cien veces de ventanilla. Al final, en la casilla de la profesión yo ponía: escritor. Y entre paréntesis: de formularios”. Nadie se dio cuenta.
http://www.elpais.com/articulo/cultura/venas/America/Latina/todavia/siguen/abiertas/elpepucul/20091006elpepicul_3/Tes

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Escolas francesas pagam por comparecimento de alunos


Iniciativa de Martin Hirsch vem causando polêmica até no próprio governo francês
Foto: BBC Brasil/ AP


Iniciativa de Martin Hirsch vem causando polêmica até no próprio governo francês
Foto: BBC Brasil/ AP
Para lutar contra a evasão escolar, alguns estabelecimentos técnicos de ensino na França decidiram "pagar" os alunos para assistir às aulas e oferecer até ingressos de futebol. A partir desta segunda-feira (5), três escolas nos arredores de Paris oferecem prêmios de até 10 mil euros (cerca de R$ 26 mil) para a classe que menos faltar às aulas.

A iniciativa para estimular a assiduidade nessas escolas, tomada pelo secretário francês para a Juventude, Martin Hirsch, vem provocando grande polêmica no país e está sendo criticada por representantes de pais de alunos e até por membros do próprio governo.

A ministra do Ensino Superior, Valérie Pecresse, declarou no domingo que "a assiduidade é o primeiro dever de um aluno". A ministra, que afirma não ter soluções imediatas para o problema de alunos que faltam às aulas, questiona se "é preciso pagar um adolescente para que ele faça sua obrigação".

O índice de alunos que faltam regularmente aos cursos é de 11%, em média, na França. Em escolas profissionalizantes, esse número pode ser ainda mais elevado e atingir até 80%, segundo Hirsch.

Leia matéria completa na BBC Brasil.










http://bit.ly/3skIEF

La familia Lorca se reserva el derecho a identificar al poeta Reclaman a la Junta que los restos del literato permanezcan en el lugar donde presuntame


La familia de Federico García Lorca ha solicitado reservarse el derecho de identificar los restos del poeta en el caso en el que se proceda a la exhumación de la fosa de Alfacar (Granada), en el que además podrían estar enterrados los banderilleros Francisco Galadí y Joaquín Arcollas y el maestro Dióscoro Galindo.

"No impediremos exhumar los restos de Federico, aunque no nos gustaría"
Operación García Lorca

La Recuperación de la Memoria Histórica

Alegaciones de la familia Lorca sobre la exhumación del poeta

Así lo han hecho constar en la alegación presentada a la apertura de la fosa ante la Consejería de Justicia de la Junta de Andalucía, documentación en la que los herederos expresan su deseo de que no se remuevan los restos de García Lorca, si bien piden subsidiariamente poder identificar sus restos si el proceso de exhumación se lleva a cabo "y disponer de los mismos", así como el ejercicio "de cuantas acciones y derechos" pudieran corresponderles.

La familia plantea asimismo en el escrito presentado, al que tuvo acceso Europa Press, que se considere la posibilidad de habilitar los terrenos donde se ubican las fosas como un lugar autorizado para el enterramiento, "facilitando el reconocimiento y protección de la totalidad de las víctimas que allí yacen", puesto que en los parajes situados entre Víznar y Alfacar podrían yacer miles de represaliados.
el pais http://bit.ly/R6p4D

Dia do Docente em Espanha por Zapatero

Hoy celebramos el Día Mundial de los Docentes, instituido por Unesco hace 15 años para rendir homenaje al profesorado y al papel esencial que desempeña para una educación de calidad. Es un día para compartir logros y, también, para aceptar la responsabilidad de solventar, entre todos, carencias.


José Luis Rodríguez Zapatero



Ha llegado el momento para un Pacto Educativo que mire al futuro con ambición

Maestros y maestras, profesoras y profesores españoles:

Nuestro país ha cambiado tanto en las últimas décadas que quizás algunos hayan olvidado que en los años 70 del siglo XX, España tenía, aún, personas analfabetas, que el acceso a la Educación no era universal, y que el nacimiento en uno u otro lugar podía ser tan determinante como la familia a la hora de planificar una existencia.

Porque los sueños solían ser, para tristeza de muchos, del tamaño de sus precarias posibilidades.

Hemos avanzado mucho. Hoy nuestro sistema educativo se abre a toda la población y, fruto de este progreso, de este gran éxito colectivo, contamos con las generaciones mejor preparadas de la historia de España. Me habréis oído repetirlo, porque creo que es necesario valorar y reconocer el camino realizado para ser plenamente conscientes del que todavía queda por recorrer.

Pero nuestros logros educativos tendrán la dimensión que seamos capaces de trazar juntos y, por ello, creo firmemente que ha llegado el momento para un Pacto Educativo. Mi propósito es impulsar un acuerdo social y político que mire el futuro con ambición, con la ambición de un país que aspira a la excelencia y sabe que tiene en la educación la palanca principal para alcanzarla, un país que quiere que cada persona pueda llegar tan lejos en su formación como le lleven en su voluntad y su esfuerzo, sin otras limitaciones.

Para alcanzar ese nuevo horizonte educativo, cada Administración tendrá que asumir plenamente la responsabilidad que constitucionalmente le corresponde, cumplir con eficacia su papel. Desde 2004 el Gobierno de España ha doblado el presupuesto educativo, pero soy muy consciente de que para llegar más lejos, como es nuestro propósito, Comunidades Autónomas y Administración General del Estado debemos aumentar la inversión. Y no sólo la financiación es importante, también será necesario que toda la sociedad propicie el mejor de los entornos, para que vuestra tarea docente y el aprendizaje de los alumnos se desarrollen en las mejores condiciones y con la mayor calidad.

Nunca España había tenido tanto potencial de futuro y nunca antes nuestro porvenir había dependido tanto de la educación, del conocimiento, de nuestra capacidad creadora e innovadora, que son la base del bienestar y de un nuevo modelo de crecimiento económico.

Sin vosotros, maestros y maestras, profesoras y profesores, sin el esfuerzo que día a día entregáis y enseñáis a la sociedad española, no habríamos podido llegar hasta aquí. Y no podemos construir un mejor futuro sin vosotros.

Por eso seguiré poniendo todo mi empeño en demostrar que la grandeza de un país debe medirse por el prestigio que se concede a sus maestros.

Sólo me queda daros las gracias.

José Luis Rodríguez Zapatero es presidente del Gobierno español.
http://bit.ly/5bvXC

domingo, 4 de outubro de 2009

UM ADEUS EM PORTUNHOL PARA UMA PRODIGIOSA POETISA DO CANTAR , DA ALMA , DA LIBERDADE E DA CULTURA DOS POVOS LATINOS


Además de una voz prodigiosa, tenía cualidades como la honestidad intelectual y el compromiso artístico. Prestigiosa, con el tiempo se erigió en un símbolo de la lucha por la libertad.
Parodiando LORCA:


VAI-TE MERCEDES MAS LA CANCION LATINA NON ECOARÁ MAS E TANTO E EL MAR TE CELEBRARÁ CON LOS MONTES TU ETIERNO ECO DE TU GARGANTA

Los 40 años de Anagrama, una fiesta del libro en Barcelona



Con el emblema de la independencia editorial, el encuentro reúne una ´cumbre´ internacional de autores y editores en homenaje a Jorge Herralde, titular de la firma.
Por: Josep Massot. Especial para La Vanguardia y Clarín
CUMBRE Un batallón de editores rodea a Herralde. Foto La Vanguardia.
¿Qué sería de mí en España sin Herralde ?", se preguntaba ayer Antonio Tabucchi y después de una pausa subrayada por un gesto cómico, añadía: ¿Y que sería Herralde sin mí? ¿Sin nosotros? Ha hecho un trabajo magnífico". El ánimo celebratorio por los 40 años de Anagrama contagió el encuentro del editor con sus cómplices habituales de otras editoriales europeas y con los autores –Amis, McEwan, Tabucchi, Echenoz, Sharpe...– que convirtieron su catálogo en una referencia regularmente infalible.

Herralde, últimamente también memorialista, dedicó el mediodía a sus invitados extranjeros "para celebrar una fiesta del libro, sin coloquios ni simposios sobre el futuro del libro, ni apocalipsis ni crisis con k". Por la noche, la fiesta se amplió a más de 400 personas, esta vez sí con políticos ( Tresserras y Hereu ), y con una numerosísima presencia de escritores.

Pocas veces se habían visto juntos en Barcelona a autores de todas las generaciones (Castellet, Gimferrer o Fernández Porta), de varios rincones de la Península (Justo Navarro, Luis Magrinyá, David Trueba...), de distintos países (Claudio Magris, Rodrigo Fresán, Jon Lee Anderson, Yasmina Reza, Arundhati Roy....), disciplinas otras (Wagensberg, Llovet, Óscar Tusquets...) y, algo menos frecuente, autores castellanos en cháchara con catalanes (Pàmies, Màrius Serra, Ada Castells Carme Riera...). A ellos se sumaron académicos, periodistas culturales, editores, libreros, distribuidores, y traductores para celebrar con Jorge Herralde y Lali Gubern los cuarenta años de su editorial.
Pero no fue sólo una fiesta de aniversario. Tuvo también algo de conjura espontánea a favor de la edición independiente y de conjuro contra la asfixiante banalización cultural impuesta por los grandes conglomerados. Jon Lee Anderson , periodista del " New York Times " y autor de libros como "La caída de Bagdad", recordaba "cómo en EE.UU. entre los años 80 y 90 han desaparecido casi todas las editoriales y librerías independientes, de manera que en establecimientos como Barnes and Noble, los libros expuestos no son seleccionados por criterios literarios, sino que son espacios comprados por las editoriales. Es inquietante comprobar cómo las presiones económicas se imponen incluso en la blogosfera a costa de la libertad de expresión: Google se convierte en censor en China por razones de lucro".

Anderson cree que uno de los antídotos contra las cada vez más irresistibles presiones económicas en la edición, los medios de comunicación o internet pasa por editoriales independientes. "No todos los grandes conglomerados funcionan como McDonalds, pero cuando absorben a una editorial independiente la dejan como simples marcas. Etiquetas vacías de contenido". Jon Lee Anderson prepara ahora un reportaje sobre los gánsters de Rio de Janeiro, otro sobre el reyezuelo de Somalia y un libro sobre Cuba.
Una de las máximas de Herralde es que en una editorial de calidad son tan importantes los libros que se publican como aquellos que se descartan. Gana la coherencia del catálogo y reafirma la confianza en los lectores. El primer libro que abrió la colección de narrativa extranjera de Anagrama fue uno firmado por Jane Bowles, En los años 80 incorporó a los nuevos autores británicos, justo cuando la novela inglesa dejó de nuevo de ser sólo inglesa. Ian McEwan fue uno de los primeros en ser fichados por la escuadra Herralde y ayer recordaba cuánto le impresionó el apoyo del editor catalán a un autor aún desconocido. Y eso que, como Burroughs martilleaba a Allen Ginsberg para que le retirara la etiqueta de beatnik, McEwan insistía a Herralde en que dejara de citarle en la alineación del british dream team. Le ha hecho caso y de la metáfora del fútbol pasa ahora a la naval y les llama la Gran Armada Británica.

sábado, 3 de outubro de 2009

Álex Francés



No dos sino dos, exposición del fotógrafo valenciano Álex Francés.
La Fundación Chirivella Soriano de Valencia acoge desde ayer, y hasta el próximo 10 de enero, No dos sino dos, una relectura de la obra del valenciano Álex Francés basada en su fascinación por el cuerpo humano.

Palestras e espectáculos evocam legado de Amália


Palestras e espectáculos evocam legado de Amália
por Lusa11 Setembro 2009

Palestras e espectáculos evocam Amália Rodrigues a partir de Outubro no Teatro S. Luiz, em Lisboa, numa iniciativa conjunta com os museus Berardo e do Fado, quando se completam dez anos sobre a morte da fadista.
Considerada uma das melhores vozes do mundo, Amália foi "um dos ícones da cultura portuguesa do século XX", afirma uma nota do S. Luiz, onde se realizam duas palestras no Jardim de Inverno do Teatro: dia 06, "Amigos de Amália", e no dia seguinte "Património Amália, que futuro?".
Nuno Vieira de Almeida modera a conversa de dia 06 com Duarte Pinto Coelho, João Braga, José Manuel dos Santos, Leonilde Henriques(Lili), Mané Bobone, Maria João Avillez e Vítor Pavão dos Santos.
O ponto de partida da conversa é dado por Vieira de Almeida: "Conversar sobre Amália Rodrigues pode ser um contínuo de lugares comuns. Pode também ser uma tentativa de compreender melhor uma artista complexa, sem protagonismos nem afirmações de personalidade dos intervenientes.E é por este caminho que queremos seguir".
Dia 07 o ponto de partida de Rui Vieira Nery é: "Vamos conversar sobre isso mesmo - sobre tudo o que Amália nos deixou e tudo aquilo com que a sua memória marca ainda hoje as nossas vidas".
Segundo o musicólogo, "dez anos após a sua morte, a presença de Amália Rodrigues na cultura portuguesa mantém-se inalterada, como se ainda a tivéssemos entre nós em plena actividade. A herança de Amália transcende em muito o seu legado material".
Nesta mesa-redonda participam Jean-François Chougnet (director do Museu Berardo), Sara Pereira (directora do Museu da Fado), Américo Lourenço (Fundação Amália), Vítor Pavão dos Santos (historiador de teatro), José Carlos Alvarez (director do Museu do Teatro), Manuel Bairrão Oleiro (director do Instituto dos Museus e Conservação), e David Ferreira (editor discográfico).
Dias 09 e 10, também no Jardim de Inverno, "Fadistas cantam Amália Rodrigues", um espectáculo concebido pelo poeta e fadista Helder Moutinho que procura recriar os serões de tertúlia e fados na casa da fadista.
Os dois espectáculos têm início marcado para as 23:30 e comtam com a participação dos fadistas Celeste Rodrigues, irmã de Amália, Joana Amendoeira e João Ferreira Rosa, que serão acompanhados por Pedro Amendoeira (guitarra portuguesa), Diogo Clemente e Pedro Pinhal (viola de fado), e Paulo Paz (contrabaixo e baixo).
O grupo de acompanhadores completa-se com Joel Pina Pina (viola baixo) que acompanhou Amália desde finais da década de 1950 até ao fim da sua carreira e o guitarrista José Fontes Rocha que além de ter acompanhado Amália, foi autor de vários arranjos para fados seus.
Paralelamente, estará patente uma exposição, em colaboração com o Museu Colecção Berardo, de cinco fotografias de Amália Rodrigues que serviram para capas de LP seus.
O Museu Berardo apresentará ainda uma exposição intitulada "Amália, Coração Independente".
De Outubro e até Dezembro o Museu do Fado tem previsto várias iniciativas, designadamente o ciclo "Memórias de Amália na televisão", coordenado por Bruno de Almeida, o espectáculo de teatro "Amália em Nova Iorque", com encenação de Miguel Abreu e interpretação de Maria José Pascoal.
Diário de Noticias Lisboa

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

o maior festival de Anime, Mangá, RPG e Games de Minas Gerais, o Anime Festival BH 2009


De volta a Belo Horizonte o maior festival de Anime, Mangá, RPG e Games de Minas Gerais, o Anime Festival BH 2009. Com organização da Animecon, de São Paulo (SP), o evento acontece nos dias 10 e 11 de outubro (sábado e domingo), no Chevrolet Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230).

Na programação estão atividades para todas as faixas etárias, entre seis e 30 anos. Além do bate-papo com os dubladores e o concurso tradicional de Cosplay, no qual o ganhador leva para casa R$ 1.000,00 em dinheiro, também será realizada a primeira etapa do concurso"Melhor Cosplayer Mineiro". Nesse concurso, só os cosplay do Estado poderão participar. O vencedor de todas as fases ganha R$ 2.000,00 em dinheiro e será conhecido no Anime Festival BH 2010.
Nome do Evento: Anime Festival BH 2009
Onde: Chevrolet Hall (Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230).
Data Inicial:10/10/2009
Data Final: 11/10/2009
Hora Inicial:12:00
Hora Final:20:00
Entrada:15 reais - meia

Categoria:Artes Visuais

Ato Político-Cultural na estréia do filme "Salve Geral"

SALVE A VERDADE E A JUSTIÇA!!! O ESTADO NO BANCO DOS RÉUS!!! CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE POBRE E NEGRA!!!

Sexta-feira, 02 de Outubro de 2009, às 18hsem frente ao Espaço Unibanco de Cinema (Rua Augusta, 1475 - próximo à esquina com a Av. Paulista)--- pedimos para que tragam velas, tambores, fotos e camisetas das vítimas históricas do Estado Brasileiro (em particular das vítimas dos "Crimes de Maio" de 2006) ---"

Nós não queremos saber de ficção, queremos saber da realidade!"
Débora, mãe de vítima dos ataques da polícia em maio/200602 de outubro de 2009.

Aqui estamos mais um dia. E a história se repetindo como farsa trágica. Nós seguimos sem ter nada o quê comemorar...Nós, familiares, amigos e amigas das vítimas dos ataques da polícia durante uma das maiores chacinas da história brasileira, os "Crimes de Maio" de 2006, não fomos ouvidos durante a produção deste filme hollywoodiano que hoje é lançado sobre a nossa história: "Salve Geral". Não fomos consultados nem convidados pra mais essa festa que os homens armaram pra nos convencer... Viemos contar nossa história real, que também daria um filme...Há pouco mais de três anos, o chamado "estado democrático de direito", por meio de seus agentes policiais e pára-militares, promoveu um dos mais vergonhosos escândalos da história brasileira. Durante o mês de maio de 2006, em uma suposta resposta ao que se chamou na imprensa de "ataques do PCC", foram assassinadas no mínimo 493 pessoas, entre mortos e desaparecidos. Sendo que a imensa maioria delas - mais de 400 jovens negros, afro-indígena-descendentes e pobres – executados sumariamente pela polícia militar do Estado de São Paulo. Somos centenas de mães, familiares e amigos que tivemos nossos entes queridos assassinados covardemente, e até hoje seguimos sem qualquer satisfação por parte do estado brasileiro: os casos permanecem arquivados sem investigação correta para busca da Verdade dos fatos; sem Julgamentos dos verdadeiros culpados (os agentes do estado brasileiro); sem qualquer proteção, indenização ou reparação por parte do estado que nos tirou os nossos jovens. Um estado que ainda insiste em nos sequestrar também o sentimento de Justiça!O desprezo pela memória e pela história fez ainda que o dia de estréia deste filme "Salve Geral", feito com base na nossa dor e que deverá concorrer ao Oscar no ano que vem, coincidisse também com outra data que é um marco emblemático da injustiça e da violência do Estado Brasileiro contra seus próprios cidadãos pobres, indígena-descendentes e negros em particular. Há exatos 17 anos, no dia 02 de outubro de 1992, os agentes policiais do Estado de São Paulo protagonizaram uma outra matança em série, desta vez na Casa de Detenção de São Paulo, covardemente contra pessoas sob a sua custódia: seres humanos sem qualquer possibilidade de defesa. Um episódio sangrento que ficou conhecido como "Massacre do Carandiru" e que teve ao menos 111 pessoas assassinadas por agentes policiais, segundo os números oficiais. Outro crime em série do Estado Brasileiro que permanece sem investigações corretas, sem julgamento ou condenação dos verdadeiros culpados - a começar pela alta cúpula do estado, Fleury e cia. Sem qualquer reparação para as vítimas e seus familiares. Outro episódio que, no entanto, a indústria cultural conseguiu fazer mais dinheiro em cima da dor das vítimas: produzindo filmes espetaculares, séries televisivas, livros e outras mercadorias descartáveis. A Verdade e a Justiça que é bom: mais uma vez não compareceram na estréia...Relembramos hoje, portanto, que em apenas dois episódios sangrentos só aqui em São Paulo, MAIS DE 600 VÍTIMAS POBRES E NEGRAS. Isso para não falar das violências e execuções sumárias cotidianas que atingem sobretudo as periferias urbanas de todo país: uma pesquisa divulgada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos, UNICEF e Observatórios de Favelas, no dia 21/07/2009, afirma que se as estatísticas permanecerem como estão, mais de 33.5 mil jovens terão sido executados no Brasil no curto período de 2006 a 2012. Os estudos ainda apontam que, os jovens negros apresentam risco quase três vezes maior de serem executados em comparação com os brancos. Tantos casos e números que são ainda mais impressionantes do que todos os absurdos cometidos durante a ditadura civil-militar brasileira pelo mesmo estado brasileiro, só que agora seus agentes matam em nome da "democracia" e da "segurança". Casos com contornos de crueldade que só mudam o endereço de região para região do país: a Chacina da Candelária e de Vigário Geral no Rio de Janeiro (1993), o Massacre de Corumbiara em Rondônia (1995), o Massacre de Eldorado dos Carajás (1996), a Chacina da Baixada Fluminense (2005), a chacina do Complexo do Alemão (2007) a chacina de Canabrava, de Plataforma e a matança generalizada em Salvador na Bahia (2006-2009), entre outros tantos casos no dia-dia do povo pobre brasileiro. A imensa maioria deles sem investigação correta, muito menos punição dos seus verdadeiros responsáveis.Nomes e números que jamais conseguirão traduzir o sentimento de perda e de dor irreparável das famílias todas: repetimos para nos fazer ouvir que só aqui em São Paulo, durante estes dois episódios de matança estatal (o "Massacre do Carandiru" e mais recentemente os "Crimes de Maio de 2006"), foram mais de 600 famílias destruídas e outras milhares dilaceradas pela dor da perda de seus entes queridos.

ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR O FIM DO GENOCÍDIO CONTRA A CLASSE POBRE, A POPULAÇÃO INDÍGENA-DESCENDENTE E NEGRA DO BRASIL!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR O FIM DO CHAMADO "AUTO DE RESISTÊNCIA" ou "RESISTÊNCIA SEGUIDA DE MORTE", FARSAS LEGAIS QUE TEM INSTITUÍDO E DADO NA PRÁTICA O AVAL PARA UM VERDADEIRO ESTADO DE SÍTIO NO BRASIL!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR O DESARQUIVAMENTO E A FEDERALIZAÇÃO DAS INVESTIGAÇÕES SOBRE OS ATAQUES DA POLÍCIA EM MAIO DE 2006, DURANTE OS "CRIMES DE MAIO"!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR QUE O ESTADO BRASILEIRO E SEUS AGENTES VÃO PARA OS BANCOS DOS RÉUS!!!
ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR A VERDADE E A JUSTIÇA HISTÓRICA SOBRE TODAS AS MORTES COMETIDAS PELO ESTADO, E A PUNIÇÃO DE TODOS OS RESPONSÁVEIS!!!ESTAMOS AQUI PARA EXIGIR VOZ, PROTEÇÃO, ASSISTÊNCIA, INDENIZAÇÃO E REPARAÇÃO A TODAS AS FAMÍLIAS DE MORTOS E DESAPARECIDOS, SOBRETUDO PARA AS MÃES E COMPANHEIRAS DE VÍTIMAS!!!
EM NOME DA MEMÓRIA DE NOSS@S FAMILIARES E NOSS@S AMIG@S MORT@S OU DESAPARECID@S PELO ESTADO BRASILEIRO
Assinam esta convocatória: ASSOCIAÇÃO AMPARO DE FAMILIARES E VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA"MÃES DE MAIO" DA BAIXADA SANTISTAJUSTIÇA GLOBAL - RJMOVIMENTO NACIONAL POPULAÇÃO DE RUA - Seção SP (MNPR-SP)
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM-TERRA DE SP (MST-SP)
REDE DE COMUNIDADES E MOVIMENTOS CONTRA VIOLÊNCIA - RJSETTAPORT - SANTOS-SPSINDICATO DOS BANCÁRIOS DE SANTOS-SP

Mais informações: http://www.maesdemaio.blogspot.com/