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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Quinteto Violado -QV -41 Anos. : temperando a música brasileira e internacional


(Publicado na Revista Brasileiros
.SP)












No caminho da Mata ouvi um canto,
Asa na serra respondeu
Carcará num razante em rio sêco,
....
É o canto da terra,
Orvalho na serra,
A caatinga fulorou,
Mata Branca, padroeira...( Mata Branca = Caatinga -M.Melo)

 “Quando olhei a terra ardendo, qual fogueira de S. João...”( A. Branca.L Gonzaga/H.Teixeira  ) estas e outra músicas de Gonzaga  faziam parte do nosso acervo de família.Afora isto tinha Marinês e sua Gente,Rosil Cavalcanti  e J. do Pandeiro etc..Na época era o baião que se exportava para  o sudeste.Mas aprendi com o QV,  via Marcelo Melo,(violado)pesquisador e compositor da MPB a condição universal do nosso regional..
Em janeiro de 1970 o conjunto -apresenta-se pela primeira vez, sem nome próprio Q. Violado, na F.de Filosofia  UFPE. Em 1971, apresenta-se Nova Jerusalém (F. Nova PE), daí definitivamente: "os violados .

O quinteto, reacende nossa música nos anos 70 dando um caráter clássico/popular  à nossa música , dita regional, que não entendo o porquê, afinal não há música  que não tenha um pé no regional.

O Quinteto assim diz o poeta Dourado:
...” Paulo Freire Educação
Cangaço, Lucas de Feira
Na peleja e na rima
Malazarte e Canção...
tem Quinteto Violado
O Barro de Vitalino  ... “(http://migre.me/8appP)
Ou Xico Bizerra, citado  pelo saudoso Toinho Alves -violado:
’’ …A canção é a ferramenta

para violar luares

E por todos os lugares 

enluaramos violas ..”( http://bit.ly/yHD6S8)


Afora isto, o QV, trouxe-nos a palavra musicada e a cena dos folguedos/ritmos: cavalo marinho, pastoril, forro, baião,frevo ,xote, coco, cordel-emboladas,coco,maracatus, ciranda, o bumba meu boi etc, além de cantar Vandré( com quem gravou um LP/CD),Capiba,J.do Pandeiro ,Adoniran  etc. e composições próprias

Os violados, em suas  pesquisas ,trouxeram sangue  quente e virtuose à música  brasileira, mostrando ao mundo por seu muitos discos ,CDs  DVDs, um Brasil palavrado de expressões novas e arranjos Eles, ,juntam o popular e erudito, passando por filigranas jazistícas, sem tirar o foco de valorização do nacional, em que violão,contrabaixo,viola e,flauta,e safona, bem como teclados, engendram com as  suas vozes em  um novo melódico da MPB.

O primeiro  disco-LP-, Quinteto Violado em concerto,  Philips :1972, em que se incluía A. Branca  sucesso nacional e internacional com  prêmios recebidos .

Amigos do saudoso Gonzaga,em época de cáida midiática/fonográfica  deste, o quinteto realumiou o mesmo.Ele era padrinho dos violados , como assim o foi Hermilo B. Filho e Marcos Pereira, com quem o QV participou do projeto Música Popular do Nordeste 1973.

Gonzaga, certa vez, na década de 1980 na TV Cultura, predicou o QV de “sustança”, “tutano do corredor do boi”, e também “Padim Cícero”, “Frei Damião” e “Lampião.( http://bit.ly/yjVa7g)
J. Teles, PE, jornalista, pesquisador da MPB, lançou  -LA VÊM OS VIOLADOS da Ed. Bagaço-Pe, 2011vale conferir, assim como a produção do quinteto em seu site (http://migre.me/8arVN)  

quarta-feira, 20 de maio de 2015

No voo da palavra entre bichos e gente

BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS (1944-2013)
No voo da palavra entre bichos e gente
publicado pela Revista Brasileiros SP 
foto.Carta Capital





…A gente só fantasia o que não temos. Não fantasiamos o que temos. Então, a literatura é feita de falta. O que escrevo é o que me falta. É isso que a literatura faz. A literatura é o lugar da falta. Bartolomeu Campos  de Queirós
Dra.Ebe Maria de Lima Siqueira UFG/UEG
Paulo Vasconcelos

Principiamos com Ebe Maria de Lima Siqueira[i], professora, que já publicou livro sobre Bartolomeu Campos de Queirós e, na sua tese de doutorado volta ao escritor mineiro, situando-o entre autores canônicos da literatura brasileira, independente do público para quem escrevem. dentre outros autores de literatura infanto juvenil.

Conheci o Bartolomeu por intermédio da sua literatura, ainda na década de 90 e, de lá para cá, vivi na sua companhia, seja  pela literatura, seja em carne e osso pelo convívio com o poeta.
No princípio, eu cuidava de separar autor e sujeito empírico, por considerar o princípio aprendido na academia, que é claro em afirmar que não se pode confundir o homem com o autor. Entretanto, quanto mais eu me aproximava de sua obra, mais eu reconhecia nela o homem Bartolomeu. Os meninos, todos espalhados no tecido de seus  textos, reverberavam o menino Queirós: o que nasceu em Papagaio e que, desde cedo, descobriu que estava predestinado a revelar nas suas dores as dores de todos os meninos-homens do interior de Minas, do interior do Brasil, do interior de todos os lugares e de todos os tempo; o que foi, o de agora, e o que ainda virá.
O fato de ver a sua obra como exemplo de uma literatura sem fronteira foi o que me motivou a tomá-lo como objeto de estudo também na pesquisa de doutoramento. Nesse estudo, tive a oportunidade de situá-lo entre outros grandes da literatura nacional como Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e Manoel de Barros. Estes escritores se aproximam, porque suas obras estão no entre lugar dos gêneros literários, têm como linha de força a experiência vivida e possibilitam a leitura de público bem diversificado independente da idade que tenham. Vermelho amargo, por exemplo, que a crítica especializada define como livro escrito para adulto, é um livro que pode ser lido por todas as idades. A diferença é que para que ele chegue até o público infantil será necessário a presença de um bom mediador, que não esteja guiado apenas pelos manuais das editoras.
O que podemos dizer de Vermelho amargo é que, em 40 anos de produção, o círculo de memórias se fecha com uma narrativa altamente biográfica. Mas se a linha do verso é longa e o seu teor se adensa em simbologias e metáforas, o livro aponta para a necessidade de uma mediação acurada, cuidadosa, capaz de escolher melhores estratégias, o melhor momento de iniciar e de interromper a leitura para que o texto se torne uma realidade acessível ao leitor, que precisa desejá-lo, para, só nessa condição, fazê-lo seu.Vermelho Amargo coloca o poeta mineiro em sintonia com Fernando Pessoa, ambos a fingirem a dor que deveras sentem: “Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro”, Uma “dor que vem de afastadas distancias” (QUEIRÓS, 2011, p. 7-8) 
Embora tenha escrito também narrativas despretensiosas, como se estivesse apenas recordando seu percurso de alfabetização, que são, por exemplo, Diário de Classe (2003), Raul (1986), As patas da vaca (1989), O guarda chuva do guarda (2010), sua grandeza como escritor se concentra nas narrativas de caráter autobiográfico, que têm início com a publicação do livro Indez, em 1989. Indez inaugura um pacto autobiográfico que autoriza o leitor a perceber que o discurso literário é lugar de acolhimento de muitas vozes, entre elas a do autor empírico, homem como todos os outros, marcado por muitos medos, e entre eles o medo do esquecimento, que o leva a ficcionalizar-se. 
O mesmo procedimento se repete em Ciganos (1994), Por parte de Pai (1996), Ler escrever e fazer conta de cabeça (1996) O olho de vidro do meu avô (2004), Antes do Depois (2006). Em todos esses livros o que se percebe, de imediato, é uma disposição anímica que pressupõe uma projeção do estado de alma, uma vez que os sentimentos, todos os estados mais recônditos e profundos do íntimo, estão entrelaçados com a paisagem, com uma estação do ano, com um estado da atmosfera. Não há uma exigência de que a narrativa seja filtrada por uma primeira pessoa, mas o que se mantém é sempre a escolha de uma retórica intimista, diminuindo a distância entre quem escreve e quem lê.
Bartolomeu concentra o cerne de sua narrativa no fato de narrar a sua própria experiência, por fiar a memória da família, melhor alternativa para guardá-la do esquecimento, porque sua escritura, além de ter a memória como fulcro, como já lembramos, tem suas fontes na infância.
O autor escreve a contrapelo de alguns princípios da modernidade, ao trazer a experiência novamente para dentro do homem. Quer devolver ao homem aquilo de que foi expropriado pela crença de que tudo seria explicado pela ciência moderna.
Vislumbrar em sua obra a expressão do literário, que é o mesmo que lhe atribuir “esplendor estético” (BLOOM, 2005, p. 13), com a função de “revelar que habitamos a terra, não só prosaicamente – sujeitos à utilidade e à funcionalidade -, mas também poeticamente, destinados ao deslumbramento, ao amor, ao êxtase. (MORIN, 2010, p. 45)

                                         Foto por Abril.Cultural

Barto foi um pássaro bigudo catando palavras sobre o tempo e, assim, buscando um reino do letrável, como ele próprio disse. Aprendeu em casa a ler e escrever antes de entrar na Escola através de seu avó paterno, este escrevinhava pelas paredes da casa toda, notícias do cotidiano e outras, as mais curiosas ou para adultos, eram escritas  no alto da parede para evitar que os netos e outros vissem, lessem. Esse fato levou o menino a ter um gosto inusitado, como por pelo avesso a palavra, ou não dar destino certo. O avó era uma figura e tanto que lhe desbocou para não ter medo de enfinhar-se pelos meandros, meios, nas canelas das palavras. Era escutador da avó que lhe contava histórias senta da num penico, arrodeada dos netos. Esse modo de vida, desprovido, e ligado à terra e a família lhe permitiu transportar para a literatura, toda uma brasilidade mineira, e que se confunde com muitas outras, dizendo de modo simples e terno a vida.
De suas entrevistas, dentre elas, destacamos uma das últimas conhecida sem 2011 ao jornalista Rogério Pereira no Teatro Paiol, Curitiba (PR), http://bit.ly/HQaEVN

Assim temos:
“Literatura – o grande patrimônio que temos é a memória. A memória guarda o que vivemos e o que sonhamos. E a literatura é esse espaço onde o quê sonhamos encontra o diálogo. Com a literatura, esse mundo sonhado consegue falar…




O texto literário é um texto que também dá voz ao leitor. Quando escrevo, por exemplo: “A casa é bonita”, coloco um ponto final. Quando você lê para uma criança “A casa é bonita”, para ela pode significar que tem pai e mãe. Para outra criança, “casa bonita” é a que tem comida. Para outra, a que tem colchão. Eu não sei o que é casa bonita, quem sabe é o leitor. A importância para mim da literatura é também acreditar que o cidadão possui a palavra. O texto literário dá a palavra ao leitor. O texto literário convida o leitor a se dizer diante dele. Isso é o que há de mais importante para mim na literatura…”

Iniciou-se à toa, pelo fantástico da palavra e imaginação, de repente, sai O peixe e  pássaro-1971-prêmio literatura Infantil.Com o livro ele desmitifica a literatura chamada Infantojuvenil. A obra é uma grande poesia, literatura para todos, sempre, como assim o apresentou Henriqueta Lisboa, que em contracapa do livro nos diz: “Sem resposta definitiva, algumas vezes me fiz esta pergunta: Como reconhecer a poesia? Muitas vezes pude identificá-la, respirá-la tocá-la, guarda-la nos olhos, nos ouvidos e coração....” Henriqueta, a grande poetisa mineira já via o futuro de Bartolomeu, a poesia. Mesmo entrando pela prosa, ele a enxertou-a de poesia, como só os bons fazem.
Com uma obra que ultrapassa 40 livros, Bartolomeu foi premiado, trabalhou com o eixo da leitura, para difusão do livro, premiado nacional e internacionalmente, nos marcou recentemente, o ano passado com sua obra Vermelho Amargo. Post mortem aparece O elefante, obra curta, mas sempre nos seu moldes do bicho e da prosa poética.












Bartolomeu Campos de Queirós  ou Bartô nasceu em Papagaios MG (1944-2013)
Aos  seis anos perde a mãe, passa por Divinopolis, Juiz de Fora. Em seguida Belo horizonte, onde faz Filosofia e inicia suas atividades ligadas a Educação. Será na França que escreverá seu primeiro livro O peixe e o pássaro.
Foi presidente da Fundação Clóvis Salgado/Palácio
das Artes e membro do Conselho Estadual de Cultura, ambos em Minas Gerais. Idealizou o Movimento por um Brasil Literário.
Recebeu condecorações como Chevalier de l’Ordredes Arts et des Lettres (França), Medalha Rosa Branca (Cuba), Grande Medalha da InconfidênciaMineira e Medalha Santos Dumont (Governo do estado de Minas Gerais). Ganhou ainda o Grande Prêmio da Crítica em LiteraturaInfantil/Juvenil da
AssociaçãoPaulista de Críticos de Arte (APCA), Jabuti e Academia Brasileira de Letras.











































[i]Doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal de Goiás. Professora da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária da Cidade de Goiás

segunda-feira, 11 de maio de 2015

UM POETA NACIONAL -AINDA NÃO ADMIRADO COM FORÇA PELOS BRASILEIROS, DEMÉTRIOS GALVÃO





Demetrios Galvão Teresina (PI) é historiador e poeta. Publicou os livros Cavalo de Tróia (2001), Fractais Semióticos (2005), Insólito (2011), Bifurcações (2014) e o cd Um Pandemônio Léxico no Arquipélago Parabólico (2005). Participou do coletivo poético Academia Onírica e foi um dos editores do blog Poesia Tarja Preta (2010-2012) e da AO-Revista (2011-2012), além de ter participado da produção do cd Veículo q.s.p – Quantidade Suficiente Para (2010). Tem poemas publicados em diversos portais e revistas. Atualmente é um dos editores da revista Acrobata.   e-mail: demetrios.galvao@yahoo.com.br
Demetrios é um daqueles  intelectuais brasileiros pulsantes neste país ,com fibra de sujeito obstinado,firme e de um verso certeiro de lírica densa

1) Como é sua formação e quando começa tua produção poética? Teus poetas eleitos nacionais e internacionais?

Minha formação acadêmica/profissional é em história, sou professor universitário.

Minha produção poética, minhas primeiras experiências com a escrita se dá ainda antes da universidade no final da década de 1990.  Tudo inicia com minhas caminhadas pela cidade e com as descobertas que fiz nas bibliotecas públicas. Escrevo há uns 15 anos e tenho 4 livros publicados. No inicio produzi um fanzine de poesia chamado Sintezine e fiz diversos livretos. Sempre tive no meu horizonte a perspectiva do faça você mesmo.

O meu primeiro livro, Cavalo de Tróia (2001), é um trabalho em que a mensagem é mais forte que a linguagem em si, no caso, a poesia era só o meio. A escrita na época, estava engajada com questões sociais, protestos, movimento Anarco-punk e poesia marginal. Esse foi um livro completamente artesanal, que eu fiz em casa, com a ajuda do meu irmão, e vendia em shows de rock, na universidade e em encontros de estudantes.

Já no segundo, Fractais Semióticos (2005), estabeleço um diálogo muito direto com os escritos beats do Allen Ginsberg, do Ferlinghetti, do Carl Solomon, do Jonh Fante, bem como do Roberto Piva e Torquato Neto.  Aquelas coisas de viajar e escrever sobre a estrada, a liberdade da experimentação, a descoberta do mundo e etc. Nesse livro, começo a ter uma maior preocupação com a linguagem e com os processos de escrita. No período em que escrevi os poemas do Fractais Semióticos (2001 – 2002), conheci alguns poetas de Fortaleza (CE) e consolidei para mim, a ideia de ser poeta. Esse é um livro que tem poemas que vou levar para o resto da vida, pois há uma relação forte de poesia e experiência – experimentação.

O Insólito (2011) é um livro que consigo apurar um trabalho de deslocamentos, produzindo situações não habituais. Busco provocar no leitor a sensação de estranhamento, mexendo com as coisas que estão assentadas em lugares definidos. Nesse momento, me preocupo bem mais com a possibilidade de criar imagens a partir da linguagem poética, o que vai consolidar e marcar a minha poesia. Daqui em diante as imagens ganham o centro da minha escrita e o meu desejo se lança na tormenta do surrealismo, principalmente com as leituras que fiz do Murilo Mendes, Jorge de Lima, Claudio Willer, Floriano Martins, Afonso Henriques Neto, Breton e Vicente Huidobro. Insólito é um investimento poético-estético no onírico, penso o livro como um álbum de fotografias não convencionais, como uma série de pinturas que explodem.

O Bifurcações (2014) reafirma em mim e na minha poesia a força das imagens e a convicção no diálogo com o onírico e a imersão no surrealismo, a fuga da realidade óbvia e das situações dadas. Nesse livro, tive um violento encontro com Bylan Thomas e uma aproximação com alguns poetas da minha cidade, Rubervan Du Nascimento e Adriano Lobão. No percurso de criação me bifurquei diversas vezes e trouxe para a superfície dos textos um pouco do meu labirinto doméstico, do meu processo de se tornar pai e da relação que tenho com minhas criaturas encantadas. Nesse livro alterno momentos suaves com regiões mais tensas, formando uma geografia com acidentes planejados, mas que exige uma caminhada sem mapas. Não entrego nada de graça para o leitor. Nas andanças por minhas bifurcações aparecem os mestres Vicente Huidobro e António Ramos Rosa, que estão ali para dão algumas senhas para o leitor. No Bifurcações faço uso da poesia para esticar o mundo e criar possibilidades que a história não consegue alcançar. Possibilidades afetivas irmanadas no calor das palavras.

Atravessando a produção do livros, tem também as atividades que desenvolvi no coletivo Academia Onírica juntamente com alguns poetas e artistas de Teresina. Nesse grupo realizamos diversos encontros poéticos (saraus) e editamos um blog – poesia tarja preta, a AO-Revista (com duas edições) e um cd de poesia e música chamado veículo q.s.p – quantidade suficiente para. As atividades do coletivo duraram entre janeiro de 2010 e janeiro de 2012.

Hoje, edito uma revista chamada Acrobata que trata de literatura e audiovisual, juntamente com o poeta Thiago E e o pesquisador de cinema Aristides Oliveira. A revista se encontra na terceira edição e articula em suas páginas poesias, contos, ensaios, entrevista, tradução. A Acrobata é uma revista editada em Teresina, mas que tem colaboradores de diversas partes do Brasil e do mundo. Por ela já passaram: Augusto de Campos, Sérgio Cohn, Afonso Henriques neto, Ademir Assunção, Luís Serguilha, Marcelino Freire, Bruno Azevedo, Micheliny Verunschk, dentre outros.

2) Há alguma crítica á tua obra--quem......quantos livros?

Existe pouca coisa escrita sobre minha poesia. Penso que os 2 textos que tratam da minha poesia de uma forma bacana são as apresentações dos meus livros. A do Insólito, feita pelo poeta Rubervan Du Nascimento, e a do Bifurcações, feita pelo poeta Afonso Henriques Neto. Ainda não vi ninguém se interessando por escrever sobre meu trabalho.

3) Há alguma poesia inédita?-claro após este último-

Já tenho um conjunto de textos que começam a dar forma a um novo livro, que acredito não tradará a aparecer. No último ano a minha produção poética ficou bastante intensa e tem muita coisa que não entrou no Bifurcações.

4) Quem são teus poetas daí ?

Torquato Neto e Mário Faustino são os dois principais. Mas tenho uma relação muito próxima com a poesia do Rubervam Du Nascimento e também com os meus contemporâneos como o Thiago E, o Kilito Trindade e o Adriano Lobão. Também gosto muito de acompanhar os poetas mais novos e de saber o que estão escrevendo. Cito o Rodrigo M Leite e a Renata Flávia.