REDES

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Com Chávez, a política inundou o Festival de cinema de Veneza

Chávez, com o diretor Oliver Stone. O cineasta elogiou o venezuelano.
http://www.revistaenie.clarin.com/

OCUPAÇÃO UEINZZ

PROGRAMAÇÃOOCUPAÇÃO UEINZZSETEMBRO 2009

DIA 09 - QUARTA
21h Finnegans UEINZZ

DIA 10 - QUINTA
14h filme Eu sou curinga, o enigma! (52’)
18h conferência Jean Oury
21h Finnegans UEINZZ

DIA 11 - SEXTA
14h filme Sobreviventes (52’)
19h conferência Miriam Chnaiderman
21h Finnegans UEINZZ

DIA 12 - SÁBADO
14h filmes Coisas Mínimas (1:44’);O invisível (Entrevista com Oury 44’)
17h filme Zero de Conduta (43’)
18h conferência Jean Oury
21h Finnegans UEINZZ

DIA 13 - DOMINGO
14h filmes Enquête sobre nosso entorno - Alejandra Riera/Ueinzz - (todos os fragmentos - 180’)17h Fórum UEINZZ
20h Finnegans UEINZZ

DIA 15 - TERÇA
14h filme La Borde ou o direito à loucura (60’)
18h filme sobre Tosquelles
19h conferência Joris De Bisschop

DIA 16 - QUARTA
14h filme Min Tanaka em La Borde (24’)
19h conferência Cássio Santiago e Elisa Band
21h Finnegans UEINZZ

DIA 17 - QUINTA
14h filme O divã de Félix (17’)
19h conferência Laymert Garcia dos Santos
21h Finnegans UEINZZ

DIA 18 - SEXTA
14h filmes Dizem que sou louco (12’);Os dentes de macaco (14’)
19h conferência Celso Favaretto
21h Finnegans UEINZZ

DIA 19 - SÁBADO
14h filme Min Tanaka em La Borde (24’)
19h conferência David Lapoujade
21h Finnegans UEINZZ

DIA 20 - DOMINGO
14h filme Entrevista com Guattari (As pulsões) (32’)
16h Fórum UEINZZ18h conferência Juliano Pessanha
20h Finnegans UEINZZ com a Orquestra de Cegos de Lívio Tragtenberg

• Para as conferências, as senhas serão distribuídas com uma hora de antecedência na unidade.• As conferências de Jean Oury (dias 10 e 12) e de David Lapoujade serão transmitidas ao vivo na Internet, pelo site do Sesc (www.sescsp.org.br).



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Auditório Ibirapuera apresenta "Afrocantos" Coro Luther King em




( A Missa Luba e cantos tradicionais africanos )

Solista: Mouna Amari ( Tunísia )
Com Ivan Vilela e sua viola caipira
participação Especial Fabiana Cozza
grupo de percussão Djembedon - Tambores Africanos
Regência: Martinho Lutero Galati
Em parceria com o Hospital Premier
DOMINGO - 13 de setembro - 11h00
Cantos africanos e afro-brasileiros acompanhados de tambores originais africanos e de percussão brasileira. Um encontro de culturas, religiões e tradições com o pano de fundo musical da "Missa Luba", composição dos anos 60, originária do Congo que se baseia nas partes cantadas da missa cristã em latim como tapete para a percussão dos mágicos tambores da Guiné - o Djembe, o Dumdum e seus companheiros. Primeira obra musical verdadeiramente sincrética do "ritual" africano, exemplo típico de criação coletiva, baseada em cantos tradicionais congoleses, a Missa Luba foi executada recentemente por artistas importantes da tradição canora africana como Miriam Makeba e Angelique Kidjo. Uma estrutura de rara simplicidade e beleza, que permite conjugar elementos musicais de tradições e culturas diversas.
Para este concerto, a Rede Cultural Luther King de São Paulo, sob direção do Maestro Martinho Lutero Galati, apresenta uma versão da Missa Luba que agrega as três principais religiões da África e da América: cristã, muçulmana e a tradicional animista, acrescida de cantos rituais do Kenya, África do Sul, e pérolas do repertório afro-brasileiro.
Participação Especial de Mouna Amari - cantora, compositora e alaudista muçulmana residente na Tunísia - uma das mais importantes instrumentistas de LUD: o pai de todos os instrumentas de cordas dedilhadas do ocidente. Participa também Ivan Vilela e sua Viola caipira, um grupo de percussionistas africanos e brasileiros, o DJEMBEDON, e o Coro Luther King com 80 vozes.
Um alegre e vigoroso intercâmbio entre nações distantes, estreitamente ligadas, encurtando as distâncias culturais entre os dois continentes: África e América.

Una explicación de Google News para lavarse la cara El gigante informático cuenta en un vídeo destinado a periodistas cómo funciona su controvertido buscador de noticias


Para informarse en Internet uno puede visitar ediciones digitales de medios de comunicación o, simplemente, entrar en Google News y encontrar jerarquizadas y extractadas las últimas noticias. El internauta quizá no pase de ahí y, si eso ocurre, una vez más será Google quien rentabilice clics gracias a un contenido ajeno. Es más, en mayo el buscador anunció que pensaba incluir publicidad en un servicio que, desde 2005, ha venido suscitando querellas y amenazas de grandes medios. Ahora Google ha lanzado un vídeo de un cuarto de hora dirigido a empresas periodísticas en el que explica cómo funciona su servicio de noticias y trata de ganarse la simpatía de los medios.
En la grabación, una programadora de Google, Maile Ohye, desgrana el funcionamiento del buscador de noticias: cuenta cómo un programa informático recolecta, agrupa y jerarquiza las noticias.
En la segunda parte la empleada de Google responde con una sonrisa a algunas de las preguntas más frecuentes que, según afirman, reciben por parte de profesionales del periodismo.
En la tercera parte del vídeo, Ohye ofrece consejos para los medios: técnicas para que sus noticias sean recolectadas y publicadas de manera más llamativa en Google News. En concreto animan a los medios a que realicen un News Sitemap periódicamente (algo así como un árbol genealógico con las últimas noticias estructuradas por secciones) y que se lo envíen a Google News cada vez que se introduzcan actualizaciones.
También se ofrecen trucos para que Google News seleccione las fotografías y vídeos de uno u otro medio. En cuanto a los vídeos, llama la atención que Google recomienda a las cabeceras que creen un canal en el portal YouTube, propiedad del mismo gigante informático. Pero este último dato es omitido en el vídeo.
La controversia
En 2005 la agencia France Presse se querelló contra Google porque éste utilizaba sin permiso sus titulares y sus fotografías. Tras años de negociaciones, en 2007 Google firmó un acuerdo con cuatro grandes agencias, entre ellas France Presse y Associated Press por el que adquiría el derecho a reproducir, previo pago, sus contenidos.
Ese mismo año, un tribunal de Bélgica resolvió que era ilegal la publicación de extractos de noticias de medios de aquel país.
Ya en 2009 Google anunció que pensaba incluir publicidad en su servicio de noticias. En mayo, la Asociación Europea de Editores de Periódicos (ENPA), de la que forma parte la Asociación de Editores de Diarios Españoles (AEDE), advirtió que se debían respetar los derechos de autor. Sin los contenidos de otros, casi siempre editores de prensa, "servicios como Google News ni siquiera existirían", decía el comunicad del escrito de ENPA.
Por último, la semana pasada la autoridad italiana de defensa de la competencia anunció que ampliaba su demanda contra Google News Italia y la hacía extensiva a la empresa matriz, Google Inc. La causa de la denuncia es, según el organismo italiano, que Google excluye de su buscador general los resultados relativos a medios que no se dejan indexar en el servicio de noticias.

sábado, 5 de setembro de 2009

Itália insulta o Brasil no caso Battisti, diz filósofo italiano Toni Negri

A Itália adota uma postura "insultante" com o Brasil no conflito em torno do ex-ativista Cesare Battisti, porque não se trata de um país desenvolvido, e mente quando diz que vivia um Estado de Direito nos anos 70. A análise é do filósofo italiano Antonio Negri, que passou mais de dez anos preso por seu envolvimento com a militância de esquerda na Itália. Negri é co-autor, com Michael Hardt, do livro "Império", publicado no Brasil em 2001 e umas das obras mais importantes e polêmicas sobre o processo de globalização. Com Giuseppe Cocco, publicou "Global - Biopoder e Luta em uma América Latina Globalizada", em 2005.Leia abaixo a entrevista completa, concedida por Negri via telefone desde Veneza.


UOL - Como o senhor vê a posição da Itália no caso Battisti?
Antonio Negri - A posição italiana é uma posição muito complexa. Como se sabe, o governo italiano é um governo de direita e é um governo que, depois de 30 anos, retomou a perseguição das pessoas que se refugiaram no exterior depois do final dos anos 70, depois do final dos anos nos quais na Itália houve um forte movimento de transformação, de rebelião. E, portanto, o governo italiano retoma hoje uma campanha pela recuperação destas pessoas. Em particular, tentou fazê-lo com a França, para conseguir a extradição de Marina Petrella [condenada por subversão pela justiça italiana] e não conseguiu porque o governo francês, a presidência francesa [Nicolas Sarkozy], impediu. Neste ponto, aparece em um momento exemplar o caso Battisti.

UOL - O que o senhor quer dizer com perseguição? É perigoso neste momento para Battisti retornar à Itália?
Negri - Eu não sei se é perigoso. Mas é certo que ele foi condenado à prisão perpétua e seria para ele uma situação muito grave.

UOL - Um dos motivos que o Brasil cita para manter o refúgio político é a ameaça de perseguição política contra Battisti...
Negri - Mas seguramente ele seria alvo de uma perseguição política e midiática.

UOL - Trata-se, portanto, de um temor com fundamento?
Negri - Veja bem, o governo italiano, depois de 30 anos, quer recuperar, para fazer um exemplo, as pessoas que se refugiaram no exterior. E que se refugiaram no exterior porque na Itália havia uma condição de Justiça que era impossível de aguentar.

UOL - O que significa esse "exemplo"? A punição de Battisti resolveria a questão da violência na Itália nos anos 70?
Negri - Precisamente. Resolveria em dois sentidos: por um lado, se recupera aquilo que eles chamam 'um assassino'; e por outro se esquece aquele que foi um Estado de Exceção, que permitiu a detenção e a prisão preventiva de milhares de pessoas durante estes anos. É necessário recordar que nos anos 70 o limite jurídico da prisão preventiva era fixado em 12 anos. É necessário recordar o uso da tortura e de processos sumários inteiramente construídos sob a palavra de presos aos quais era prometida a liberdade em troca de confissões. Este foi o clima dos anos 70. E não nos esqueçamos que nos anos 70 houve 36 mil detenções, seis mil pessoas foram condenadas e milhares se refugiaram no exterior. E se há quem duvide desses números, e que quer continuar duvidando, basta que deem uma olhada nos relatórios da Anistia Internacional naqueles anos. Portanto, essa é uma questão muito séria. O caso Battisti é, na verdade, um pobre exemplo de uma estrutura, de um sistema no qual a perseguição, insisto na palavra 'perseguição', era acompanhada por enormes escândalos na estrutura política e militar italiana. Houve uma construção, principalmente por meio de uma loja maçônica chamada P2, de uma série de atentados dos quais ainda hoje ninguém sabe quem foram os autores, atentados que deixaram milhares de mortos, por parte da direita. E o governo italiano nunca pediu, por exemplo, que o único condenado por estes atentados seja extraditado do Japão, onde se refugiou. Existe uma desigualdade nas relações que o governo italiano mantém com todos os outros condenados e refugiados de direitas que é maluca. O governo italiano é um governo quase fascista.

UOL - Se houvesse um governo de esquerda na Itália o caso seria o mesmo? [O líder da oposição de centro-esquerda] Romano Prodi faria o mesmo?
Negri - Eu não acredito que Prodi faria o mesmo, mas parte da esquerda faria o mesmo, isso é verdade.

UOL - Como o senhor vê hoje o PAC [Proletários Armados pelo Comunismo, grupo do qual Battisti fazia parte]?
Negri - O PAC era um grupo muito marginal, mas isso não significa que não estivesse dentro do grande movimento pela autonomia. Mas ouça, o problema é esse: eu acho que as coisas das quais foi acusado Battisti são coisas muito graves, mas - e isso me parece importante dizer - estas são responsabilidades compartilhadas por toda a esquerda verdadeira. Não se trata de um caso específico. O Supremo Tribunal Federal do Brasil construiu uma jurisprudência pela qual foram acolhidos outros italianos nas mesmas condições que Battisti.

UOL - E como a Itália deve solucionar esta dívida com o passado?
Negri - Isso deveria ser feito por uma anistia, mas o governo italiano nunca quis caminhar por este terreno. Talvez tudo isso tenha determinado tremendas conseqüências no sistema político italiano, porque foi retirada da história da Itália uma geração ou duas, que poderiam ter conseguido determinar uma retomada política. É uma situação muito dramática. E gostaria de acrescentar uma coisa: o a postura da Itália no confronto com o Brasil a respeito deste tema é uma postura muito insultante.

UOL - Por quê?
Negri - Trata-se de uma pressão feita sobre o Brasil, enquanto um país fraco, depois que os franceses não extraditaram à Itália Marina Petrella. Psicologicamente, trata-se de uma operação política e midiática muito pesada contra o Brasil, na tentativa de restituir a dignidade da Itália, no âmbito da busca de restituir os exilados.

UOL - O senhor acha que as autoridades italianas se sentem especialmente ofendidas pelo fato de a decisão em favor de Battisti vir de um país em desenvolvimento, antiga colônia de um país europeu?
Negri - Seguramente, porque se trata de pobres que reagem contra os ricos, contra os capitalistas.

UOL - O senhor também esteve preso?
Negri - Eu fui detido em 1979 e fiquei na cadeia até 1983, em prisão preventiva, sem processo. Em 1983, houve um eleição parlamentar e eu saí da cadeia porque fui eleito deputado, porque não era ainda condenado. Fiquei preso quatro anos e meio - e poderia ter ficado até 12. Ou seja, quando os italianos dizem que nos anos 70 foi mantido o Estado de Direito, eles mentem. E isso eu digo com absoluta precisão, com base no meu próprio exemplo: fiquei quatro anos e meio em uma prisão de alta segurança, prisão especial, fui massacrado e torturado. Pude deixar a prisão apenas porque fui eleito deputado - do contrário, eu poderia ter ficado na prisão por 12 anos, sem processo. Durante os anos que fiquei na França, exilado, eu fui processado e condenado a 17 anos de prisão, mas que foram reduzidos porque havia uma pressão pública forte em meu favor. Quando voltei para a Itália, fiquei outros seis anos presos e encerrei a questão.

UOL - Quais eram as acusações?
Negri - Associação criminosa, gerenciamento de manifestações que eram violentas nos anos 70, em Milão, em Roma, em toda Itália. Mas a primeira acusação que sofri não era de agitador político, por escrever jornais etc., mas de chefiar as Brigadas Vermelhas, o que não é verdadeiro, e de ter assassinado [Aldo] Moro, acusações das quais fui absolvido depois. Entende? Na Itália se busca desesperadamente fazer valer uma mitologia dos anos 70, que é falsa. E a direita no poder hoje busca a qualquer custo restaurar um clima de falsidade e de intimidação para não permitir que a história seja contada como foi.

UOL - Existem aí semelhanças com o governo militar no Brasil?
Negri - Isso eu não sei, porque acho que os governos militares na América Latina foram particularmente violentos. Mas o problema é outro: a questão é que a liberdade, o Estado de Direito e as regras da democracia não podem ser infringidos ou falsificados em nenhuma situação.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/politica/2009/02/15/ult5773u622.jhtm

Twitter? Isso não é, tipo assim, coisa de velho? gazeta do povo paraná


http://sitemeu.net/ve4fi7/

Resistência dos adolescentes em usar a ferramenta da moda é sinal de que há concepções erradas sobre o público da internet
Publicado em 31/08/2009 | NEW YORK TIMES
Nova Iorque - Kristen Nagy, uma jovem de 18 anos de Sparta, Nova Jérsei, envia e recebe 500 mensagens de texto por dia. Mas nunca usa o Twitter, embora publique diálogos e observações equivalentes. “Eu só acho [o Twitter] esquisito e não creio que alguém precise saber o que eu estou fazendo a cada se gundo da minha vida”, diz.
A relutância de Kristen em usar o Twitter é um sentimento compartilhado por outros na sua faixa etária, mas não parece ameaçar o serviço de microblgs. Ape nas 11% dos seus usuários estão entre 12 e 17 anos, de acordo com a consultoria comScore. A explosão de popularidade do Twitter tem sido puxada por um grupo mais velho. E esse sucesso destruiu um conceito bem difundido de que os jovens são o caminho para popularizar as inovações, especialmente na internet.
A concorrência existe, mas sofre
Com um crescimento tão impressionante, surpreende que o Twitter ainda não tenha tido concorrentes à altura na internet. Vários outros sites do gênero surgiram, mas nenhum que pudesse sair da sombra do original. Não que eles sejam ruins. A questão é que, quando se trata de comunicação, o tamanho do público é essencial. Por isso, quem surge primeiro – no caso, o Twitter – consegue arregimentar um número maior de usuários, e essa massa de ouvintes faz com que mais e mais pessoas procurem esse canal.
“O modelo tradicional de early-adopters diria que os adolescentes e estudantes universitários são importantes para a adoção de uma tecnologia”, diz An drew Lipsman, diretor de análise na comScore. Os adolescentes, afinal, conduziram o crescimento inicial de redes sociais como Fa cebook, MySpace e Friendster.
O Twitter, no entanto, provou que um site pode decolar a partir de um outro grupo demográfico e tornar-se muito popular. “Ele está desafiando o modelo tradicional”, observa Lipsman.
De fato, apesar de os adolescentes terem dado o empurrão inicial das redes sociais hoje eles respondem por 14% dos usuários do MySpace e apenas 9% do Facebook. À medida que a web se torna madura, o mesmo ocorre com os seus usuários. Por isso muitos analistas acreditam que o triunfo do Twitter representa um novo modelo para o sucesso na rede.
Os adultos estiveram à frente do crescimento de muitos serviços que se consolidaram na web. O YouTube atraiu adultos jovens e depois cidadãos idosos antes que os adolescentes se empilhassem sobre ele. A base inicial de usuários do Blogger era de adultos e o LinkedIn construiu uma rede social de sucesso tendo profissionais como público-alvo.
O mesmo ocorre com equipamentos. Os videogames eram inicialmente destinados às crianças, mas o Nintendo Wii rapidamente en controu um caminho para os asilos de idosos. Kindle, o leitor de livros eletrônicos da Amazon, capturou primeiro a atenção dos adultos e muitos outros aparatos, dos iPhones aos serviços de GPS, são apenas para adultos.
Da mesma forma, o Twitter não atrai a turma mais jovem. Al guns, por exemplo, usam o Fa cebook desde que conheceram a internet e têm as mensagens de texto nos celulares como principal forma de comunicação. Eles simplesmente não sentem necessidade de usar o Twitter.
Outra razão para o desinteresse é o fato de que a vida dos adolescentes praticamente orbita em torno de seus amigos. A ideia original dos fundadores do Twitter era que ele servisse para que o usuário mantivesse contato com seus conhecidos, mas ele mostrou-se um instrumento melhor para difusão de ideias, questões e perguntas – ou ainda uma forma excelente de divulgar um produto, uma necessidade que adolescentes definitivamente não têm.
Wendy Grazier, moradora do Arkansas e mãe de duas adolescentes, diz que as filhas acham o Twitter “palha” (fraco, ou sem gra ça). Mesmo assim, elas pediram à mãe para seguir astros pop como Miley Cyrus e Taylor Swift, para que ela lhes conte o que as celebridades andam escrevendo. Mas por que não se dignam a fa zer isso por si próprias? “Ele parece ser, tipo assim, uma coisa profissional, e não uma coisa que um ado lescente deva usar”, diz Mi randa Grazier, de 16 anos. “Acho que posso entrar quando for mais velha.”
A natureza pública do Twitter é particularmente sensível para os usuários abaixo de 18 anos. Algumas vezes eles querem es conder de seus pais o que estão fazendo. Mais frequentemente, temem que seus pais restrinjam sua interação com estranhos pela web.
Muitos jovens usam a internet não para saber dos assuntos do momento, mas para expressar-se e formar suas identidades, diz Andrea Forte, da Univer si dade de Drexel, que estudou o uso de re des sociais por estudantes do Ensino Médio americano. Para ela, talvez a experiência do Twit ter possa encorajar novas empresas a olhar de modo mais realista os dados sobre quem usa a rede e partir em busca de uma audiência mais ampla. “Pensar nas populações mais velhas é uma atitude inteligente. É o opos to de correr eternamente atrás daqueles entre os 15 e os 19 anos”, afirma.

Cursos privados concentram 74% das notas ruins no Enade



Entre os 7.329 cursos superiores avaliados em 2008 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), 1.752 obtiveram notas ruins. Desse total, 74% são de estabelecimentos privados. O Ministério da Educação (MEC) divulga nesta sexta-feira (4) a nota de todos as graduações avaliadas.
Esses cursos registram notas 1 ou 2 no Enade. Mais de 1,5 mil também registrou notas 1 ou 2 noConceito Preliminar de Curso (CPC). Esse indicador engloba a nota no Enade e outros fatores que contribuem para a qualidade da formação do aluno, com o corpo docente, a infraestrtura e o projeto pedagógico da instituição. O Enade tem um peso de 60% no CPC. O conceito vai de 1 a 5, sendo 1 e 2 considerados insatisfatórios, 3 razoável e 4 e 5 bons.



sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Preparing to spend a “millionaire ticket” from offshore

The government has unveiled plans to give the state the lion’s share of the money from vast new oil discoveries. Will this wealth be invested or squandered?

BY TRADITION Brazil invests little and saves less. Brazilians like to borrow and spend, and ao inferno with the future. This may be a legacy of stubbornly high inflation for most of the second half of the 20th century. It may also be an inheritance from further back. Eduardo Giannetti, an economist and philosopher, thinks that the Brazilian ethnic mixture of indigenous nomads, Portuguese settlers seeking a quick fortune and Africans brought to the country in chains bequeathed an entrenched habit of spending now and saving some other time. Whatever the cause, the discovery in 2007 of potentially vast new offshore oil deposits deep beneath the Atlantic seabed will be a crucial test of Brazil’s moral fibre: depending on how it is used, this new wealth could help the country overcome poverty and underdevelopment, or exaggerate its spendthrift ways.
After almost two years in which his government has pondered the question, on August 31st President Luiz Inácio Lula da Silva unveiled four new bills setting out how the windfall should be gathered and spent. His rhetoric on what he called “independence day” was triumphalist. The oil deposits were “a gift from God,”“a millionaire ticket” and “a passport to the future.” But he also pointed to the problems that oil has caused some economies, and explained how Brazil plans to avoid them. The bills, which have to be approved by Congress, will not affect existing exploration and development contracts held by Petrobras, the state-controlled oil company, and five foreign oil companies. These contracts govern parts of the Tupi field, which contains between 5 billion and 8 billion barrels of oil. But plenty of oil and gas would fall under the new laws. Officials believe that in all, there may be up to 50 billion barrels of oil and gas offshore—enough to turn Brazil into an oil giant.

One bill declares the oil in the new fields—dubbed pré-sal because they lie beneath a shifting layer of salt—the property of the state, rather than of the companies that buy concessions. In each block, half of any oil produced would go to the state. The remaining half would be subject to a production-sharing agreement between Petrobras and any companies that partnered it, in proportion to their costs. Another bill creates a new state oil company called Petrosal to represent the state’s interests in each block. In theory this will be a small entity, staffed by technicians. In practice it may swell, particularly if it is controlled by politicians, as they may stuff it with supporters. The state will also inject the monetary equivalent of 5 billion barrels of oil into Petrobras, with the aim of ensuring it has the financial muscle to remain the dominant operator. Since 60% of Petrobras’s shares are traded on the market, this capital boost will dilute existing shareholders. The company’s share price fell sharply on the day of the announcement, wiping $7 billion from its market value. In addition, the government plans to set up a social fund to spend Petrosal’s billions.
Officials have argued that the discovery of so much oil in the Tupi field has eliminated geological risk. That, they say, merits guaranteeing the state a fatter slice of the revenues. But this could have been done by tweaking the existing arrangements, for example to impose a higher royalty. The pré-sal fields are technologically complex and expensive to develop. Two recent wells, one drilled by Britain’s BG Group and the other by America’s Exxon Mobil, proved dry. Some industry experts question the decision to scrap the current rules in which concessions are overseen by the National Petroleum Agency (ANP). “You have a system that has worked well for ten years and is transparent, in a country that often has problems with corruption in public works projects,” says Marilda Rosado, a former director of both the ANP and Petrobras and currently a partner in a Rio law firm, “and you decide to scrap it?”
The reason for doing so, according to Mauricio Tolmasquim, head of the state-run Energy Research Company (EPE), is to give the government more control over the oil business. EPE looked at the regulatory regimes in the 20 countries with the biggest oil reserves. Only three—the United States, Canada and Brazil—operate a pure concession system with minimal state involvement, it found. The new set-up, says Mr Tolmasquim, would allow the government to take things such as the exchange rate into account when it takes decisions on exploration.
Even if Congress heeds Lula’s plea to act speedily, it cannot approve the bills until December. In practice, they may become bogged down by wrangling. One of the new measures reduces the share of oil revenues that go to the states and municipalities closest to the fields, aiming to spread the wealth more widely. That is reasonable but will face political resistance. José Serra, the governor of São Paulo and the man opinion polls tip to succeed Lula in a presidential election next year, has urged Congress not to rush. The government spent 22 months coming up with its proposals, so congress and society should also be given time to debate them, he says. It would certainly suit his campaign if they did. Conversely, the electoral chances of Dilma Rousseff, Lula’s chosen candidate, might be boosted by speedy approval.
There are still many details to be sorted out. The proposed social fund was originally conceived as being earmarked for education and infrastructure spending. It was supposed to be inspired by Norway’s oil fund, most of which is saved. Now its mandate has spread to the environment, culture and even the financing of new industries. The worry is that the money will be spent today rather than saved or invested, further bloating a state whose revenue is already equivalent to 36% of GDP, compared to 20% in Mexico.
Of course, these are nice problems to have. And Brazil is better placed to deal with them than many other countries. Still, as Lula pointed out, what looks like a winning lottery ticket can all too easily become a curse. Anyone who has been following the recent corruption scandals in Brazil’s Congress will know that such a disaster is well within the powers of the country’s lawmakers.

Fonte: http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=14370680&fsrc=rss#.

Polêmica para eleição de diretor da Unesco


Os intelectuais franceses Claude Lanzman e Bernard-Henri Lévy mostraram sua indignação pela intervenção de Henri Guaino, conselheiro e redator dos discursos de Nicolas Sarkozy, a favor da nomeação do próximo diretor geral  da Unesco  o ministro de Cultura egípcio Faruk Hosni, por ser não simpatizante aos judeus.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Saramago encerra seu Blog

foto bu El pais
http://bit.ly/4BKmR
O escritor Português que vinha mantendo um blog desde 2008, e que já previa lançar uma obra com o conteúdo daquele, desta vez saiu de verdade , como uma despedida, disse"até outro dia,mas não creio que volte sinceramente"
Para mim essa investida no Blog foi cmo uma tentativa de escrever algo que talvez seja uma experiência sua -digitalmente flaando ou quiça, uma forma de se obrigar a escrever talvez cansando-se do ritual-digital.

El Raval de Juan Goytisolo


http://bit.ly/NMacC

El Raval de Juan Goytiso

lo

O escritor publica livro com cartas inéditas do autor francés Jean Genet

http://bit.ly/NMacC

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Críticas no Brasil a lei das mídias: "Cercena la libertad de expresión"


15:25|En un fuerte editorial, el diario Estado de Sao Paulo, uno de los más prestigiosos, sostiene que la iniciativa kirchnerista busca ejercer el "control estatal de los medios de difusión", así como "ocurría en tiempos de la dictadura militar".

Por: San Pablol. Corresponsalía

En una destacada editorial de su página 3, el diario Estado de Sao Paulo criticó el proyecto de ley de radiodifusión del gobierno de Cristina Kirchner. El matutino paulista sostuvo que el proyecto "avanza en la dirección de cercenar la libertad de expresión y del control estatal de los medios de difusión, recordando lo que ocurría en tiempos de la dictadura militar, al contrario de lo dicho por la Presidenta".

Afirma que Cristina "mantiene una relación conflictiva con la prensa argentina, que cuestiona varios de los aspectos de la administración federal". De acuerdo con la editorial, "lo que la prensa hace y ha hecho, en Argentina y en otros países, es analizar los actos del gobierno criticándolos cuando precisan ser criticados. Este es su papel en la democracia".

El diario Estado sostiene que es clara la intención de cercenar "los grupos empresariales del área de comunicación contrarios al gobierno". Indica que el proyecto de ley "limita a 10 el número de licencias para operación de TV abierta o de cable por empresa, cuando la ley actual permite que una empresa opere hasta 24 emisoras". Y añade: "Las que no estuvieran encuadradas en la nueva regla tendrán plazo de un año para cumplirlas. No por casualidad, una de las empresas en esa situación es la editora del diario Clarín, uno de los mayores críticos de la administración Kirchner".

Cuestiona que en casos como esos, "las empresas no puedan alegar derechos adquiridos para mantener las concesiones que poseen por la legislación actual en vigor. Tendrán que deshacerse de ellas, desistiendo de inversiones realizadas en el pasado y transfiriendo los bienes y derechos al precio que el comprador acepte pagar". Concluye: "Es una amenaza a la seguridad jurídica".

by El clarin http://bit.ly/baUrq

    segunda-feira, 31 de agosto de 2009

    Philippe Dubois

    Philippe Dubois faz palestra sobre "As tensões da fotografia: entre o real e a ficção" nesta terça, às 14h, na ECA-USP.
    Um dos principais pesquisadores da atualidade no campo da estética da imagem e da figura, com contribuições decisivas na reflexão sobre a fotografia, o cinema, o vídeo e o domínio digital. Foi professor da Universidade de Liège e, desde 1988, é professor da Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle), onde é diretor da Unidade de Formação e Pesquisa "Cinema e Audiovisual". Tem extensa obra publicada em revistas de vários países, com ensaios sobre Jean-Luc Godard, o cinema moderno e as relações entre arte e tecnologia.By Cosak )

    FLIPORTO

    Chomsky: EUA apoiaram três golpes na América Latina neste século

    por James Suggett, em 28.08.2009, no site Venezuelanalisys.comMérida -- O autor americano, dissidente intelectual e professor de linguística do Instituto de Tecnologia de Massachussetts, Noam Chomsky, encontrou-se pela primeira vez com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, e analisou a política do hemisfério durante um fórum transmitido nacionalmente pela TV na segunda-feira.
    Chomsky é bem conhecido na Venezuela por suas críticas ao imperialismo americano e por seu apoio às mudanças políticas progressistas em andamento na Venezuela e em outros paises da América Latina em anos recentes. O presidente Chávez regularmente faz referencias a Chomsky em seus discursos e recomenda publicamente a leitura de um dos livros do autor, de 2003, chamado "Hegemonia ou Sobrevivência: A busca americana pelo domínio global"."Hegemonia ou sobrevivêncvia; nós optamos pela sobrevivencia", disse Chávez em uma entrevista coletiva de boas vindas ao autor. Ele comparou as teses de Chomsky às teses da autora socialista Rosa de Luxemburgo do início do século 20, "Socialismo ou Barbárie", e se referiu a Chomsky como "um dos maiores defensores da paz, um dos grandes pioneiros por um mundo melhor".Através de um intérprete, Chomsky respondeu que "escreve sobre paz e critica as barreiras à paz; isso é fácil. O que é mais difícil é criar um mundo melhor. E o que me excita sobre finalmente visitar a Venezuela é que posso ver como um novo mundo está sendo criado".Durante o forum de segunda-feira, que foi transmitido pela TV estatal VTV, Chomsky citou o golpe em Honduras, que começou em 28 de junho, como o terceiro apoiado pelos Estados Unidos na América Latina só neste século, depois da tentativa contra Chávez em 2002 e da derrubada de Jean-Bertrand Aristide no Haiti, em 2004.O acordo que vai permitir aos Estados Unidos aumentar sua presença militar em bases colombianas "é apenas parte de uma tentativa muito mais ampla de Washington de restaurar sua capacidade de intervenção", disse Chomsky.
    De acordo com ele, a região tem capacidade de se unir e formar uma "zona da paz", na qual forças militares estrangeiras sejam impedidas de operar. "A Venezuela pode apresentar esta proposta, mas não pode fazê-lo sozinha", ele disse.
    "As transformações que a Venezuela está fazendo em busca de criar um outro modelo sócio-econômico poderiam ter um impacto global se esses projetos forem bem sucedidos", disse o renomado autor.
    A Aporrea.org, um site de análise de notícia popular na venezuela, descreveu Chomsky como orientado por "um socialismo libertário" e "veementemente anti-stalinista" ao introduzir uma entrevista com o autor na qual Chomsky disse que a política externa do presidente Barack Obama é parecida com a do segundo mandato do ex-presidente George W. Bush.
    Chomsky tratou desse tema durante a conferência de segunda-feira, dizendo sobre Obama que "ele poderia ter muito a oferecer à América Latina se quisesse, mas não deu nenhum sinal de que pretende fazê-lo". Ele citou a postura indecisa dos Estados Unidos em relação ao golpe em Honduras como prova.
    Chomsky também tratou das questões de liberdade de imprensa e de expressão nos Estados Unidos. "O sistema sócio-econômico dos Estados Unidos é desenhado de forma a que o controle da mídia fique nas mãos da minoria que é dona das grandes corporações... como resultado os interesses financeiros desses grupos estão sempre por trás da assim-chamada liberdade de expressão", ele disse.Chomsky afirmou que a crescente frustração com o governo de Obama nos Estados Unidos era previsível, já que a mídia corporativa vendeu a candidatura de Obama com o slogan de "Mudança na qual podemos acreditar", mas omitou as propostas concretas de mudanças que ele pretendia e o governo Obama se demonstrou incapaz de instituir as mudanças.
    Chomsky estava acompanhado em Caracas do co-fundador da South End Press e da ZMagazine e operador do sistema ZCom, Michael Albert, e do co-fundador da Venezuelanalysis.com, sociólogo Gregory Wilpert.

    JORNALISMO CLOACA


    O velho moralismo dos tempos de Carlos Lacerda está a todo vapor neste agosto que termina. No dia 24 último, quando completavam 55 anos do suicídio de Getúlio Vargas liguei o rádio ao acordar e levei um susto. Um jornalista da CBN bradava indignado contra a compra pelo Palácio do Planalto de toalhas de rosto e de banho de fio egípcio. Imaginei que tinha recuado no tempo ou estava tendo um pesadelo. Naquela crise de agosto de 1954, a UDN (União Democrática Nacional), que de democrática não tinha nada, pois vivia pregando o golpe, falava em mar de lama no Catete etc e tal. Agora, entre outras acusações, a CBN, do sistema Globo de rádio, se indignava contra as toalhas de fio egípcio. Os políticos da UDN que passaram o tempo todo na porta dos quartéis tentando convencer a oficialidade sobre a necessidade de derrubar Getúlio Vargas, depois Juscelino Kubitschek e em seguida João Goulart, deixaram herdeiros neste 2009. Agora passam o tempo todo denunciando, criando fatos com repercussão na mídia conservadora hegemônica com o visível objetivo de desviar a atenção de temas relevantes relacionados com o futuro de um Brasil soberano. E o 24 de agosto remete a Era Vargas, que FHC jurou riscar do mapa, à Carta Testamento e ao suicídio de Getúlio, às riquezas petrolíferas nas mãos dos brasileiros, à IV Frota estadunidense rondando as riquezas petrolíferas do pré-sal e assim sucessivamente. Aí surge o tal comentarista da CBN, do sistema Globo de rádio, para “denunciar” os gastos com as toalhas de fio egípcio, numa repetição grotesca da rádio Globo em 1954. Aí vem o colunista político Merval Pereira (será coincidência?) bradar contra a Era Vargas com um comentário intitulado “filhote do getulismo”, comparando o sindicalismo daquela época com o atual. O objetivo de Pereira é um só: palanque de uma candidatura tucana. O colunista de O Globo é de fato um filhote de um colunista reacionário dos anos 50 - recentemente elogiado pelo próprio Merval - de nome João Neves da Fontoura, que até o fim da vida escreveu contra o seu ex-correligionário Getúlio Vargas e criticava tudo o que passava por perto de nacionalismo. Enfim, tais reflexões fazem parte da história contemporânea brasileira, que ainda precisa ser contada sem a visão distorcida do conservadorismo. Mas se o leitor imagina que as distorções e manipulações midiáticas se resumem a Era Vargas ou aos veículos de imprensa das Organizações Globo, enganam-se. Na edição de 26 de agosto último, a revista Isto É, no mais puro estilo Veja, editou matéria exemplo típico de manipulação da informação, que pode ser denominada “jornalismo cloaca”. Com o título “O lobista de Chávez”, a matéria de página inteira, assinada por Claudio Dantas Siqueira, mentia de cabo a rabo, exatamente com o objetivo de induzir o leitor a se posicionar contra a Telesul, um importante canal televisivo de integração, e o governo da República Bolivariana da Venezuela. A raivosa Isto É queimava o combativo jornalista Beto Almeida com informações mentirosas, porque ele participa como diretor independente, ou seja, sem representar qualquer país, da diretoria da Telesul. De quebra, a matéria “informava” que o Governador Roberto Requião fez um convênio com o canal de integração, apresentando um telejornal da Telesul na TV E do Paraná. O jornalismo cloaca da Isto É ainda por cima selecionou o senador tucano Álvaro Dias para questionar o jornalista Beto Almeida, que também é dos quadros da TV Senado, onde ingressou por concurso. E assim sucessivamente. Não é à toa que alguns analistas vêem o dedo de algum serviço de inteligência na elaboração de matérias como a apresentada pela Isto É. Cabe agora a própria revista responder a tais insinuações e apresentar alguma justificativa para demonstrar que o objetivo da matéria foi apenas jornalístico. Podem crer que vai ser uma tarefa impossível, pois pela forma como foi escrita está na cara a origem da pauta. Por estas e muitas outras, chegou a hora de os brasileiros tomarem conhecimento da necessidade urgente de abrir a discussão sobre a questão da democratização dos meios de comunicação. O que não pode mais ser permitido é os barões da mídia continuarem manipulando ao bel prazer e toda vez que são questionados responderem com acusações infundadas, misturando alhos com bugalhos, ou seja, liberdade de expressão e de imprensa com liberdade de empresa. A hora é essa! Em tempo: a briga Globo x Record deveria sensibilizar os parlamentares em Brasília a criarem uma CPI sobre a mídia. Seria a oportunidade de os brasileiros conhecerem com mais detalhes as graves acusações que foram divulgadas de um lado e do outro.

    Belchior e o jornalismo de Ali Kamel

    Mauro Carrara

    Tempos atrás, narrei publicamente algumas desventuras daquele tido como “o mais pior dos jornalistas brasileiros”.

    Entre muitos profissionais e observadores da imprensa, o estatístico Ali Kamel constitui-se em referência singular de apuração preguiçosa, texto confuso e aplicação ladina de lógicas de conveniência.

    O sabujo da família Marinho subiu ao cume da Vênus Platinada valendo-se da escada magirus da obscenidade, especialmente na execução de serviços de comunicação encomendados pela direita brasileira.

    Detalhe: a referência nada tem a ver com “O Solar das Taras Proibidas”. Deixemos em paz o astuto Casanova de Roberto Mauro.

    Convém, no entanto, notar como o amoroso e eterno pupilo de Henrique Caban logrou, no tempo presente, impor seu “modus informandi” às Organizações Globo e, por tabela, a significativa parcela da inculta mídia monopolista do país.

    Exemplo formidável tivemos na edição de 23 de Agosto do Fantástico, o caduco programa dominical da emissora carioca.

    Inventou-se ali uma estória (sim, agora sem “h”, mesmo) sobre o desaparecimento de um “grande astro da MPB”.

    O sumido (ninguém sabe, ninguém viu) seria Belchior, o inspirado cantor e compositor cearense, moço de Sobral, ex-repentista, autor de jóias da música brasileira como “Apenas um rapaz latino-americano” e “Paralelas”.

    A longa matéria misturava fraseados de trama noir e música incidental de suspense hitchcockiano. Por meio de depoimentos pinçados e uma edição bem tesourada, a Globo induziu o brasileiro a cogitar até mesmo de uma abdução.

    No dia seguinte, por exemplo, no comércio popular da Rua 25 de Março, no Centro de São Paulo, um pirateador de CDs afirmava que o artista encontrava-se numa base militar em Vênus, na qual cientistas cabeçudos escaneavam sua mente de poeta.

    Naquele final de tarde, o hábil prosador admitia já ter vendido 16 cópias de álbuns do artista.

    O que o telespectador engole

    Ora, nos delírios narrados por Patrícia Poeta e Tadeu Schmidt, o folhetim da Globo manteve-se caninamente fiel à doutrina kameliana do jornalismo “testador de hipóteses”.

    Afinal, a teoria do desaparecimento era verossimilhante, o que mestre Kamel considera suficiente para a construção de uma boa matéria.

    O estatístico, aliás, já cometera experiências do gênero em “Veja” e na própria Globo, com destaque para os malabarismos argumentativos destinados a atirar no colo de Lula a responsabilidade pela tragédia com o avião da TAM, em Congonhas, em 2.007.

    No caso de Belchior, a reportagem foi tratada como pândega por vários profissionais gabaritados da Central Globo de Jornalismo. Era o "se colar, colou". Riu-se da figura do trouxa engolidor de bobagens, o típico Homer Simpson boneriano.

    Nas redações da emissora, pórém, a pauta se converteu em batata quente. Ninguém queria assumir a execução da suíte.

    Durante a semana, os fatos comprovaram que os súditos de Kamel testam hipóteses, levianamente, ou são péssimos apuradores.

    Nos dois anos do suposto “sumiço”, Belchior foi visto, fotografado e gravado em vídeo por dezenas de pessoas, entre jornalistas e cidadãos comuns.

    Uma cantora lírica encontrara o cantor em duas ocasiões, em setembro do ano passado, em São Paulo.

    Dois meses depois, ele aparecera no bairro do Coqueiral, no Recife, para participar de um evento do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase.

    Bastava aos jornalistas do Fantástico “testar um Google” para encontrar as matérias dos jornais pernambucanos sobre a participação de Belchior na cerimônia.

    Em 9 de Fevereiro, em Brasília, posara para fotos ao lado de outro famoso amante do bigode, ninguém menos que José Sarney.

    O “sumido” distribuira ainda autógrafos para admiradores em lugares como aeroportos e restaurantes, no Brasil e no Uruguai. Tudo recente, recentíssimo.

    Aliás, que fugitivo, abduzido ou desencarnado daria palhinhas em shows, participaria de atividades de ONGs e visitaria o presidente do Senado?

    A edição de 30 de Agosto do Fantástico, portanto, tinha de colocar dar um fim honroso a mais essa alucinação kamelista.

    A batata quente caiu nas mãos da dedicada Sônia Bridi. Coitada.

    E lá foi a galega comer pó nas estradas do Uruguai e, convertida em emissária da assistência social, dar plantão na porta de uma pousada em San Gregorio de Polanco.

    Tomou um chá de cadeira. Coitada de novo.

    Belchior apresentou-se já de noite à câmera da Globo. Afirmou que considerava “estranha” a reportagem sobre seu suposto desaparecimento. E disparou uma fleumática reprovação: “aquilo não tinha nenhuma relação comigo”.

    Com um sorriso de mofa nos lábios, concluiu: “eu vivo em São Paulo”.

    Ao que tudo indica, o simpático Belchior deu um tempo para escapar de falsos amigos e parentes chatos. É possível ainda que, inadimplente, tenha revivido seu personagem latino-americano, aquele “sem dinheiro no bolso”. Normal, normalíssimo.

    Não por acaso, o jornalismo kameliano faz estardalhaço em torno de fatos inexistentes, mas cerra os olhos ao embuste dos bandalhos mal dissimulados.

    A Globo não sabe, por exemplo, quem é o marido de Lina Vieira, desconhece seu padrinho demista cara-de-pau e nem desconfia dos interesses da ninfa da Receita no factóide da “agilização”.

    Vamos testar uma hipótese? A empresa da família Marinho continuará enfiando gente em seu Triângulo das Bermudas, e Ali Kamel seguirá educando os truões da mídia imprensaleira. Vale uma aposta?

    domingo, 30 de agosto de 2009

    Empresa americana vai assessorar tucanos na CPI da Petrobrás. Como é que é?

    O Conversa Afiada recebeu o e-mail abaixo de uma fonte ligada à indústria do petróleo:
    “O Senador Alvaro Dias declarou que o partido está em negociação com uma empresa de Houston, nos Estados Unidos, para auxiliar seu trabalho na CPI da Petrobras. E diz mais “Foi a única empresa até agora que topou nos ajudar porque não é daqui e deve trabalhar para as concorrentes da Petrobrás. Na próxima semana devemos ter muito mais munição”.As motivações do PSDB aos poucos vão ficando claras. Para atacar um patrimônio nacional busca apoio em uma concorrente nos Estados Unidos, país que tem enorme interesse no enfraquecimento da Petrobras, já que pretende que suas empresas de petróleo ganhem importante fatia do pré-sal. Para isso contam com um senador tucano, que se dispõe a fazer o jogo do capital internacional contra a empresa brasileira.
    Depois de tentar mudar o nome da empresa para PETROBRAX, agora os tucanos se dispõem a prestar relevantes serviços aos concorrentes de nossa maior empresa. Mas, sobre isso, a imprensa não fala uma linha.
    Álvaro Dias deverá se encontrar com representantes de uma empresa de Houston na próxima semana para fechar contrato de investigação sobre a Petrobras. Dias deixou subentendido que a investigação que ficará a cargo da tal empresa pode ultrapassar a análise dos documentos enviados à CPI. O senador falou sobre essa questão com jornalistas do Globo, Estadão e Folha. Mas não deu detalhes.
    Outro senador que estaria envolvido nos contatos com a empresa é Sérgio Guerra, mas ele se nega a falar sobre o assunto.”
    O Conversa Afiada, na segunda-feira, perguntará ao senadores Álvaro Dias e Sérgio Guerra os termos da colaboração dos tucanos com a empresa americana para desestabilizar a Petrobrás e meter a mão no pré-sal.
    O Conversa Afiada convida os amigos navegantes a fazer o mesmo.
    O e-mail de Álvaro Dias é: alvarodias@senador.gov.br
    E o telefone de seu gabinete é: (61) 3303-4059/4060
    O e-mail de Sérgio Guerra é: sergio.guerra@senador.gov.br
    E o telefone de seu gabinte é:(61) 3303-2382/2383O Conversa Afiada pedirá ao presidente da CPI, senador João Pedro (PT-AM), que interpele os dois tucanos sobre esse ato que, se verdadeiro, seria uma forma de traição.