REDES

sábado, 25 de fevereiro de 2023

Cuba acusa a matriz de Facebook de censura y desinformación- POR LA JORNADA MX

 




El presidente de Cuba criticó la "censura" que Meta, matriz de Facebook aplicó para usuarios de la isla. Foto Afp

La jornada -México-http://bit.ly/3KyISzd    nos oferece esta matéria, o que consolida nossa percepção de NOVA COLOLONIZAÇÃO IMPERIALISTA,diante do mundo. SOMOS ESCRAVOS DE UM NOVO PANOPTICON.Dizima-se a privacidade ,as estruturas subjetivas, ideologizando-se tudo ao que interessa ao mercado ou a GRANDE ELITE INTERNACIONAL.

Domina-se um povo,desinforma-se,mais ainda, já que a TV ou mídias não progressistas já o faziam.agora soma-se nova verve comunicacional com o império do smartphone: ou AONDE VOCÊ FOR ELE VAI ATRÁS E JOGAM SEUS DADOS: VERDADEIROS OU NÃO AO MERCADO.Já não basTava o GOOGLE,el gran papa.

P.VASCONCELOS


La Habana. Cuba reaccionó este viernes con una fuerte crítica contra Meta, casa matriz de Facebook, acusándola de actuar con "doble rasero" al "censurar" cuentas en su país, al mismo tiempo que permite "operaciones de desinformación y desestabilización" contra la isla.

Meta informó el jueves que desmanteló redes de cuentas falsas en Cuba y Bolivia, que vinculó con los gobiernos de esos países y que eran usadas para difundir mensajes oficialistas y desacreditar a opositores.

"Nuestro rechazo ante nueva hipocresía y actuar cómplice de estas corporaciones con una trayectoria conocida de operaciones de desinformación y desestabilización en plataformas digitales contra #Cuba", dijo el presidente Miguel Díaz-Canel en su cuenta de Twitter.

Ben Nimmo, líder global de Inteligencia sobre Amenazas de Meta, informó el jueves en una videoconferencia con la AFP que hubo un intento de "esconder quién estaba detrás de esto", pero la investigación "encontró vínculos con el gobierno cubano".

El canciller cubano, Bruno Rodríguez, denunció por su parte "la manipulación y doble rasero con que operan consorcios transnacionales de la (des)información vs Cuba".

Indicó que Meta tiene como "encargado de sus políticas a exjefe de campaña de un senador republicano anticubano" y que la firma "sesga ideológicamente" el informe.

Meta desactivó en Cuba 363 cuentas de Facebook, además de 270 páginas y 229 grupos, así como 72 de Instagram. La operación abarcó otras redes sociales como YouTube, TikTok y Twitter.

La empresa estadounidense "debería explicar su propio comportamiento inauténtico y parcializado al permitir denigrar, estigmatizar y generar campañas de odio desde Florida vs nuestro país", añadió Rodríguez.

El responsable de la política exterior cubana advirtió que pese a los intentos por "censurar" la voz de su país e "invisibilizar la verdad", Cuba seguirá defendiendo la revolución, incluso "en el terreno digital frente al hostigamiento y las operaciones desestabilizadoras".

Cuba, de 11,1 millones de habitantes, cuenta desde finales de 2018 con internet de datos en celulares.

Tras las históricas manifestaciones del 11 de julio de 2021, cuando miles de personas se lanzaron a las calles al grito de "Libertad" y "Tenemos hambre", La Habana acusó a Washington de estar detrás de estas marchas a través de las redes sociales.

http://bit.ly/3KyISzd

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Litoral Norte (SP) fica debaixo d´água após fortes chuvas na madrugada; 19.02.23 POR NOVA IMPRENSA-

 




http://bit.ly/3IhUHXQ

As cidades do Litoral Norte foram atingidas pelas fortes chuvas que caíram durante a madrugada deste domingo. Famílias estão desabrigadas e as prefeituras fazem atendimentos em diversos bairros. Uma criança de sete anos teria morrido em Ubatuba.

Em São Sebastião, além de casos de alagamento, há trechos com quedas de barreiras e em alguns locais falta energia.

Durante a madrugada, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, decretou estado de calamidade pública após o município registrar quase 700 milímetros de chuvas  em Juquehy e Barra do Una. “Estamos vivendo um momento caótico em todo o município. Na Topolândia tem casas que estão entrando em colapso”, avisou em sua live.

Não há registro de óbito, mas ele já anunciou o cancelamento do Carnamar, que aconteceria agora pela manhã, assim como os bailes de carnaval da matinê e noturnos.

Chuvas em Caraguatatuba

Em Caraguatatuba, moradores postaram vídeos de bairros alagados, com carros cobertos até o teto. A cidade está em Estado de Atenção desde a madrugada deste domingo (19) devido às fortes chuvas que caíram na cidade. Em apenas 12 horas o acumulado registrado foi de 232 milímetros de água, o equivalente a 232 litros por metro quadrado. Até o momento, a Prefeitura está com 15 pessoas acolhidas e 44 desalojadas que foram para casa de parentes.

Conforme a Defesa Civil, nas últimas 72 horas, o volume de chuvas foi de 250 mm, sendo a média climatológica para todo o mês de fevereiro de 287,4 mm.

Toda a equipe da Prefeitura que compõe o Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC) está em atendimento seja com remoção de famílias em áreas alagadas ou em suporte àquelas já removidas.

LEIA TODA MATÉRIA  E VEJA FOTOS, VÍDEOS  EM - http://bit.ly/3IhUHXQ

Sujos de lama e em defesa dos Yanomami: bloco reúne 17 mil pessoas no Pará por ECOA UOL

 


Com ?abadá de lama?, bloco do Pará alerta sobre genocídio Yanomami Imagem: Divulgação... -http://bit.ly/3IhdKBs

Luciana Cavalcante

colaboração para Ecoa, em Belém (PA)

18/02/2023 06h00



O genocídio do povo Yanomami será um dos temas abordados pelo bloco "Pretinhos do mangue", no município de Curuçá (PA), neste final de semana. Todos os anos a folia sustentável chama a atenção para a preservação da natureza começando pelo uso consciente do mangue, uma das principais fontes de renda do município. Para isso, os foliões fazem o próprio abadá, passando lama pelo corpo e saem pelas ruas da cidade.

5 - Divulgação - Divulgação
Com ?abadá de lama?, bloco do Pará alerta sobre genocídio Yanomami
Imagem: Divulgação

O bloco existe há 34 anos e surgiu de uma brincadeira dos amigos Everaldo Campos e Sebastião Araújo, durante o Carnaval. Outras pessoas se juntaram a eles e desde então o bloco vem ganhando tantos adeptos que já virou tradição turística na cidade. De 20 participantes na primeira edição, hoje o bloco reúne 17 mil pessoas.

http://bit.ly/3IhdKBs

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

CUSTO E DESPESA





 Todo mundo pensa que custo e despesa é a mesma coisa, mas não, existe diferença entre os dois, é muito importante para toda empresa ter noção das principais, para poder ter um controle maior sobre sua empresa.


Custo está diretamente relacionado a produção, ou seja, são todos os gatos atrelados a produção do serviço ou produto da empresa, por exemplo compra de matéria prima, pagamento de salários, contas de energia, água, entre outros.

Despesa é considerado gastos relacionados com a administração e manutenção da empresa , são gastos que não prejudica o funcionamento do negócios, claro que não são em todos os casos, depende muito do ramo da empresa, mas um exemplo de despesas é contas de telefone, comissão de vendedores, entre outros.

Quer entender melhor e ter um controle de todos os custos e despesas da sua empresa? Entre em contato com a A&V Finance agora mesmo.
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

A luta por outro futuro digital -Outras Palavras

 

Antonio Solano | Getty Images


Inteligência Artificial populariza-se… através das corporações. Este será o destino das tecnologias? É hora de propor redes comunitárias, fazer dos dados digitais um Comum e organizar trabalhadores da tecnologia. A batalha está só começando


OUTRASPALAVRAS

Publicado 14/02/2023 às 18:05 - Atualizado 14/02/2023 às 

Ben Tarnoff é escritor e cofundador da revista Logic. Autor de obras sobre trabalhadores de tecnologia e sua organização – como Voices from the Valley e The Making of the Tech Worker Movement, ele lançou recentemente seu novo livro Internet for the People: The Fight for Our Digital Future pela editora Verso.

Tarnoff conta a história da internet como uma história de privatização e propõe movimentos para desprivatizar a internet, que seja gerida pelas e para as pessoas. Em sua visão, as redes comunitárias e as cooperativas apresentam um papel nessa construção por uma outra internet.

Em conversa com Rafael Grohmann, ele fala sobre infraestruturas e materialidades da internet, metáforas para nomear as tecnologias, papel da imaginação para disputar futuros e propor alternativas, redes comunitárias, cooperativas, dados e organização de trabalhadores de tecnologia.

Qual é o papel das infraestruturas e materialidades na internet na qual vivemos hoje?

A internet é uma criação profundamente material. É composta de cabos de fibra ótica, data centers, computadores – coisas que você pode tocar, coisas que tiveram que ser construídas com peças, com essas peças feitas de materiais que foram escavados da terra. Abro o livro falando de um cabo submarino de fibra ótica chamado Marea que vai da Espanha à Virgínia, nos Estados Unidos. Quis abrir o livro com isso porque achei importante chamar a atenção para a materialidade da internet. Diria, no entanto, que acho que a materialidade da internet se tornou mais amplamente apreciada nos últimos anos. Certamente houve um período no tempo em que a ideia da internet como sendo desmaterializada, flutuando no espaço, mediada por metáforas como a nuvem, era bastante dominante nos círculos populares e acadêmicos. Considero muito da escrita na internet na década de 1990 muito influenciada pela percepção de uma falta ou perda de materialidade, enquanto acho que nos últimos anos passou a haver uma maior valorização de que a internet é feita de coisas que você pode tocar, coisas que têm uma composição física específica e uma origem física. Mas é preciso ter cuidado para não deixar o pêndulo balançar demais. Em certas pesquisas na área de STS (Science and Technology Studies), agora há provavelmente muita ênfase na materialidade, muita ênfase na infraestrutura. Isso acontece porque, em última análise, quando estamos falando sobre a internet ou computação de forma mais ampla, o hardware não importa tanto quanto o software, e você não pode realmente tocar no software. Toda essa materialidade estaria morta se não fosse animada por código.

Sobre as histórias da internet, o que há de errado com a história mainstream da internet e como reescrever a história da internet de outras maneiras?

Bem, eu não tenho certeza se existe uma história da internet mainstream. Acho que a maioria das pessoas sabe vagamente que a internet veio dos militares. Eles podem, se tiverem uma certa idade, ter memórias da internet dos anos 1990, ou possivelmente até antes, mas não há uma narrativa popular coerente sobre de onde vem a internet. Então, em certo sentido, meu livro não é uma tentativa de desafiar ou desbancar uma narrativa dominante. É dar às pessoas a narrativa pela primeira vez, o que na verdade é uma oportunidade maravilhosa porque você pode contar a história para leitores que não conhecem nenhuma versão da história. Você pode preencher alguns dos detalhes dos poucos elementos que eles podem conhecer para fornecer um contexto maior sobre como a internet surgiu da pesquisa militar dos Estados Unidos. Mas a história posterior da internet, e especificamente a privatização da internet, não está no radar da maioria das pessoas. E a história da privatização da internet também não é um assunto de muito interesse nos círculos acadêmicos.

Qual é o papel da imaginação em relação a disputar futuros e prototipar outros tipos de infraestruturas?

No livro, tentei defender o valor político e as perspectivas políticas da imaginação. Ao fazê-lo, baseio-me no trabalho de Angela Davis e outros pensadores abolicionistas nos Estados Unidos, que muitas vezes afirmam que falhas de imaginação levam a falhas práticas. Assim, de uma perspectiva abolicionista, o fracasso em imaginar um mundo além das prisões levou gerações de reformadores a reinventar a prisão de diferentes maneiras. Uma iteração atual é o chamado encarceramento digital (e-carceration), em que os indivíduos não estão mais encarcerados em um lugar físico, mas têm um dispositivo de monitoramento eletrônico preso a eles, e a lógica da prisão continua, mas a prisão agora é o mundo – a prisão foi virada do avesso. Eu tento transportar esses insights para o reino da internet e colocar a questão: que tipo de trabalho imaginativo pode ser necessário para realmente transformar a internet? Quando pensamos nas empresas e nos sistemas computacionais que atualmente controlam e organizam a internet como Google, Facebook, Comcast e outros, precisamos pensar em como poderíamos criar uma internet na qual não tenhamos simplesmente versões diferentes dessas entidades, mas entidades de um tipo inteiramente diferente. Então, seguindo o fio fornecido por Angela Davis, a questão não é simplesmente substituir o Facebook por um pseudo-Facebook – por um Facebook nacionalizado ou cooperativizado, digamos – mas por uma constelação de entidades que nos permitem conectar de uma maneira completamente diferente. Isso soa um pouco abstrato, mas acho importante ressaltar que a imaginação tem uma base material, ou seja, a imaginação como uma busca humana só pode acontecer se houver recursos provisionados para apoiar essa busca. No livro, faço algumas sugestões sobre como esse tipo de trabalho de imaginação coletiva e materialmente apoiada e incorporada pode se parecer. Isso não é sobre cada um de nós sentado sozinho em nossos quartos sonhando com uma nova internet. Em vez disso, trata-se de um processo que une as pessoas no espaço e lhes dá as coisas de que precisam para descobrir umas com as outras de que maneiras é uma internet que atenda melhor às suas necessidades.

Eu gostaria de retomar um ponto sobre as metáforas que usamos para pensar a internet e as tecnologias. E você coloca que “plataformas não existem”. O que você quer dizer com isso?

Antes de entrarmos na parte da plataforma, pode ser útil dar um passo atrás e falar brevemente sobre por que as metáforas são importantes. Isso nos traz de volta ao início de nossa conversa, à materialidade da internet. É claro, a internet é composta de coisas que você pode tocar, mas, como mencionei, o código do software, as instruções que os computadores estão executando, são, em última análise, o elemento mais importante, e isso não é algo que você pode tocar porque é o que é composto de, no nível mais fundamental, uma série de elétrons que estão sendo interpretados como zero ou um. Tudo na computação que é construído sobre esses elétrons é uma abstração. Abstrações são ferramentas que usamos para pensar em coisas que não podemos ver, coisas que não podemos tocar, coisas que não podemos perceber com nossos sentidos. Neste contexto, as abstrações não são simplesmente auxiliares para a compreensão, elas são a compreensão. Quando pensamos nos complexos sistemas computacionais desenvolvidos por Google, Facebook, Amazon e outros como plataformas, estamos entendendo a arquitetura, o papel, a composição, a economia política dessas entidades de maneiras muito particulares e que, em última análise, favorecem os interesses das grandes empresas de tecnologia. É por isso que me oponho ao termo. O termo plataforma evoca uma sensação de abertura, uma sensação de imparcialidade que funciona em benefício dessas empresas porque elas querem transmitir essa impressão. Mas, na verdade, como sabemos, essas empresas estão intimamente envolvidas na organização de nossa vida online. Elas realizam um tipo de soberania. Elas não são simplesmente plataformas nas quais as interações ocorrem. São arquiteturas que coordenam essas interações para propósitos específicos, acima de tudo com fins lucrativos.

Em seu livro, você coloca as redes comunitárias como uma alternativa a essas infraestruturas e imaginações. Quais são as redes comunitárias, suas potencialidades e também suas limitações?

Há variedades desse tipo de coisa em todo o mundo, mas nos Estados Unidos temos mais de 900 redes de banda larga de propriedade pública ou cooperativa. A maioria delas é de propriedade de um município, mas muitas são de propriedade e gerenciadas pelos próprios usuários, no caso de redes de propriedade cooperativa. Existem duas vantagens principais para as redes comunitárias sobre suas contrapartes corporativas. A primeira é que elas tendem a oferecer um serviço melhor a um custo menor do que os gigantes da banda larga aqui nos Estados Unidos, como a Comcast. A razão é bastante óbvia: essas organizações são capazes de investir em infraestrutura e priorizar necessidades sociais, como conectividade universal, em vez de canalizar dinheiro para as mãos de executivos e investidores. A segunda principal vantagem dessas redes comunitárias é que elas criam a possibilidade de codificar ou programar práticas democráticas em sua operação cotidiana. Assim, por exemplo, no caso das redes de propriedade cooperativa, estas são organizações geridas democraticamente. Os membros-proprietários votam em eleições regulares para decidir quem fará parte do conselho que administra a rede. As redes comunitárias dão às pessoas a oportunidade de participar das decisões que as afetam diretamente, decisões que pertencem a uma infraestrutura essencial de suas vidas, a internet. E no final das contas, acho que essa última qualidade de redes comunitárias é o que acho mais valioso, porque aponta o caminho para organizar uma internet em linhas muito diferentes. Há, como você apontou, limitações aqui. As redes comunitárias são organizações locais. A internet não é local. Ela existe em muitas escalas e intervenções nessas escalas também são necessárias. Há as redes mais profundas da Internet, os chamados backbones, que também precisam ser tratados. Mas como um conjunto existente de experimentos – e 900 não é um número pequeno – é um ponto de partida muito promissor para o que pode parecer desprivatizar os canais da internet e reorganizá-los para atender às necessidades humanas e não ao lucro privado.

Como você relaciona esta perspectiva sobre redes comunitárias com o cooperativismo de plataforma? E quais políticas públicas são necessárias para isso?

No livro, divido a internet em duas camadas, a camada inferior e a camada superior. Isso é uma redução, eu sei, mas é útil para meus propósitos. A camada inferior eu chamo de “canos”, a infraestrutura física da internet, o material que move os pacotes de um computador para outro. As redes comunitárias, a meu ver, são o caminho mais promissor para desprivatizar os canos, ou seja, criar uma internet onde as pessoas e não o lucro governem. Quando mudamos para a chamada camada de aplicativos da internet, para a camada em que a internet é experenciada, as estratégias de desprivatização tornam-se mais diversas e mais complexas porque este é um domínio da internet mais diversificado e mais complexo. O Facebook é muito mais complexo que a Comcast. O Facebook também é muito mais diferente da Amazon do que a Comcast da AT&T. Então, o que isso significa como uma questão de estratégia é que temos que nos adaptar ao novo terreno e desenvolver um conjunto de intervenções comparativamente complexas e diversas. Também não temos experimentos tão maduros nessa camada superior da internet. Não há um equivalente óbvio do modelo de rede comunitária nesta dimensão. O que temos, no entanto, são um punhado de comunidades interessantes, como a comunidade de cooperativismo de plataforma e a comunidade da web descentralizada, que estão desenvolvendo diferentes tipos de serviços online, que, apesar de suas inevitáveis ​​limitações, apontam o caminho para o que uma internet diferente na camada de aplicativos pode parecer. O cooperativismo de plataforma, como você sabe, é a tentativa de construir serviços online de propriedade cooperativa ou governados cooperativamente, e há vários experimentos interessantes nesse sentido em todo o mundo. A comunidade da web descentralizada é uma designação um pouco mais vaga, mas compreende projetos como o Mastodon, um projeto de software de código aberto que permite que as pessoas executem sites de mídias sociais independentes que podem ser gerenciados cooperativamente pelos próprios usuários e também para federar esses servidores para criar uma rede mais ampla. A desprivatização não é monolítica. Ela assume diferentes recursos e segue diferentes direções dependendo da camada da internet da qual estamos falando.

Qual é o papel dos dados nesses arranjos alternativos?

Temos que encontrar uma maneira coletiva de pensar sobre os dados. Os dados não têm nenhum valor em um nível individual. Seus dados como uma única pessoa não são particularmente interessantes, pelo menos na escala em que essas empresas tendem a operar. Seus dados só são interessantes quando são reunidos com muitos dados de outras pessoas e analisados ​​de forma agregada para obter certos insights em nível de população que podem ser usados ​​para ganhar dinheiro, como por meio de publicidade direcionada ou outros meios. As grandes empresas de tecnologia não pensam em dados de forma individualizada, pensam de forma coletiva. Então devemos pensar também de forma coletiva. E um dos problemas com as várias soluções políticas que foram buscadas principalmente na União Europeia, mas também em certa medida em todo o mundo, é que elas dependem de um modelo individualizado de propriedade de dados. A principal lei europeia de proteção de dados, a GDPR, fala sobre “titular de dados” que têm direito a certos direitos. Não é a maneira correta de pensar sobre isso conceitualmente. Também produz resultados práticos bastante decepcionantes. Um dos direitos garantidos pela GDPR é o direito de solicitar seus dados de uma empresa, para que você possa ver quais informações eles têm sobre você. Há algum valor limitado nisso, mas o que você não está obtendo lá é uma imagem real de como esses dados são monetizados. Você também não está recebendo nenhuma alternativa real de onde você poderia colocar esses dados. Se eu baixar um arquivo zip grande de meus dados de um site, mesmo que eu tenha conhecimento técnico para interpretá-lo, não terei nenhuma noção real de como esses dados interagem com os dados de outras pessoas para gerar o tipo de insights que podem ser monetizados e, crucialmente, não tenho nenhum outro lugar onde possa colocar esses dados. Não é como se eu pudesse retirar meus dados e conectá-los a outro lugar. Então, isso é um longo caminho para dizer que não podemos pensar em dados de forma individualista porque não é assim que as empresas pensam sobre isso. Precisamos de soluções coletivas e precisamos de soluções coletivas que criem espaço para alternativas não comerciais.

LEIA TODA  MATÉRIA E APOIE OUTRAS PALAVRAS EM:  http://bit.ly/3lERutG

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

PAI DO REAL CRITICA JUROS ALTOS - 🔴 ICL NOTÍCIAS 2 - 13/FEVEREIRO ÀS 19H


Olha o REAL DO REAL,NO JURO ALTO, A MÍDIA ACORDOU OU.....
TEM BALÃO?
O ICL COMENTA...VEJA

O MAR SOU EU .....ADRIANE GARCIA

 

acervo da autora 
 
acervo da autora


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Nada diz o poeta senão apregoar uma falta e assim envergar um mundo, fabulando para ser real e assim pintando-o de cor de água, e deste modo eles: “trafegam a água, de cá para lá, de lá para cá, no constante de carregar o mundo”, como se assim possível fosse. Mas o que não pode o poeta, esse sujeito que mesmo delirante sobre a palavra assumidamente, diz com seu olho cego o que o cerca?

Adriane Garcia é um polvo, um dourado de nadadeiras amplas de Belo Horizonte/MG, formada em História, Teatro e Arte-educação. Colabora no site Escritoras Suicidas, Zona da Palavra e Literaturabr. Já publicou no Rascunho, Germina, Eutomia, Vox, Cult, Vida Secreta, Vossa Senhoria e no caderno Pensar do Jornal Estado de Minas. Em 2013 venceu o concurso nacional de literatura do Paraná, Helena Kolody, categoria poesia, com o livro “Fábulas para adulto perder o sono”, com segunda edição pela editora Confraria do Vento (2017). Em 2014, publicou “O nome do mundo”, pela editora Armazém da Cultura e em 2015, “Só, com peixes”, pela Confraria do Vento. Em 2016 participou da Coleção Leve um Livro, com “Embrulhado para viagem”. Tem online, pela Revista Vida Secreta, o e-book “Enlouquecer é ganhar mil pássaros”. Participa de diversas antologias. Foi curadora do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, 2017.

Pelo seu perfil vemos uma nadadeira entre pedras, sem linhas, mas como a mesma diz: com espinha, a espinha do poeta que fala entre as águas e mares de palavras e não importa a geolocalização, importa ser e para tanto dizer, e assim se faz, se erige numa coluna armada estilística e constrói essa coisa chamada literatura, ou melhor, a arte.

Não apodrecemos mais rápido pela ilusão, pela arte, por esta ressureição que essa coisa nos faz pulular, e assim Adriane é vasta, numa linha curva que perpassa a história, o teatro, a educação como arte educadora e fabula na letra e outras linguagens, o que para nós é de extremo ganho.

A loucura da poesia é assumir nossa carapaça de sujeitos desnorteados e nessa gagueira aliviar-se, ser, virar coisas como peixes, escada, língua de água, o transmutar-se em outros para olhar, ver, sentir, ser peixe, escada, língua etc. ver sendo e não sendo. Ou seja, ser útil sem rezar no desmanche dos objetos da religião do consumo, a literatura se presta a isto ao menos, e este é o maior dos capitais: ser dizendo, pensar, criar, sem a não verdadeira calda do humano que o capitalismo que nos afoga. Poesia é o desmantelo para crer. O peixe é meu, é seu, ponho no ombro, na esquina, na cédula e desdigo o falso real, ou melhor, o contradigo para poetar.
Só com peixes (2015), Adriane encontra a desculpa esmolambada e rica de ser e dizer do amor, do líquido, do concreto, até chegar a uma cauda poética, como aqui vemos:

Se o canto funcionasse/E o homem descesse a escada/Se o amor não se afogasse/Nem ficasse pintado de azul/Não seria a sereia rouca/Arrancando as escamas /Dacauda.
(2015, p.44)


Adriane Garcia faz rupturas indeléveis; na sua lírica, ela doma a palavra, tira seu pavio e o acende naquilo que digo ser uma poeisis desmedida e séria, desloca sentidos, faz piruetas, expatria o primeiro sentido do signo imprestável e o pinta de outras cores:

“Há dias uma ordem interior manda/Que ela vá ao aquário/Conversar com peixes/A sua língua de água/seu corpo lixa de areia (2015, p.450)
ou
a saudade do sal não se repara/Com a imersão difícil/Nesse oxigênio sujo”
(2015, p.69)

Mas fizemos uma palavra/palavra, em que podemos sentir um pouco mais a poeta, ou seja, cheirar seus sais de pensamentos e eis aqui alguns dos trechos:

Arte educadora, e como foi isso?

Eu já trabalhava como voluntária em escolas públicas, dando aulas de iniciação teatral para adolescentes. Ao mesmo tempo, concluía minha graduação em História, pela UFMG. Ficava muito dividida (mas talvez a palavra certa seja “complementada”) entre a História e o Teatro, e isso acabou definindo minha vontade de fazer pós-graduação em arte-educação. O mais interessante é que, no fim das contas (risos), eu acabei fazendo um trabalho de conclusão de curso ligado à desmemória da história da cidade.


A história, o teatro e o ensino da arte....

Exatamente. É para mim um trânsito, um trânsito complementar. Ensinar teatro para adolescentes da escola pública (fiquei cerca de 10 anos nesse trabalho), ou para deficientes visuais na escola pública (passei um ano trabalhando no Instituto São Rafael), era não só ensinar/aprender arte, mas saber o que socialmente, historicamente, significava contribuir de alguma forma para que a educação tivesse mais qualidade, mais diversidade, que a arte se estabelecesse como um direito, sempre. Ao mesmo tempo, aprender, ler história e ter contato com a dramaturgia permitiam não só que eu me tornasse cidadã mais consciente como, ao mesmo tempo, me tornasse mais capacitada como oficineira de teatro. É um trânsito com o qual eu me sinto privilegiada por poder exercer. Hoje, não pratico mais essas oficinas, mas faço esse trânsito por meio de leituras, e somo isso com a filosofia, com a literatura; principalmente com a poesia.

A poesia e o salpicar do humano...

A poesia me surpreende todos os dias. Quando conheço um poeta antigo que ainda não conhecia, a poesia me surpreende. Quando conheço um poeta novo, cujo poema move algo em mim, me surpreendo. Recentemente, fui curadora do FLIBH (juntamente com Francisco de Morais Mendes) e um dos saraus que se apresentaram foi o Sarau das Manas (coletivo de meninas adolescentes da região periférica de BH). Uma delas leu um poema autoral onde descrevia, de dentro, a vida de uma mulher presidiária. Eu me surpreendi. A poesia me surpreende porque acorda algo em mim, vive me acordando. A poesia me humaniza.

A Filosofia e teus preferidos

Nietzsche porque me fez ter medo de lê-lo. Ajudou-me numa desconstrução importante. Eu fui criada com coisas muito católicas, minha avó me levou a catecismo e, apesar de ser sempre questionadora, obviamente, coisas muito ruins ligadas ao Cristianismo estavam em mim. Ler Nietzsche me libertou de muitas coisas, me deu medo e depois coragem. Eu vi que pensar não era pecado (risos), que pecado nem existia.

Spinoza porque me enlouqueceu. Achei aquilo tudo muito destruidor, sabe? Muito parecido com outras concepções de universo e até de Deus. Tão mais aproximado do Budismo, ou do Hinduísmo, não cabia mais ali um deus à imagem e semelhança do homem. E a sua ideia dos afetos, eu achei aquilo tão parecido com a poesia, bebendo do mesmo mistério. Aliás, o próprio Spinoza me pareceu um personagem da poesia, imaginar que esse homem excomungado pela igreja judaica fazia lentes para se enxergar melhor. Pensar que ele faz isso até hoje.



A poesia e teus eleitos

Ah, meus eleitos. Primeiro Cecília, porque foi dela o primeiro livro de poesia que peguei na vida (Ou isto ou aquilo). Depois Drummond, ele esteve comigo por toda a minha adolescência e me acompanha para sempre, salvou-me de uma imensa solidão (eu não nasci numa família letrada, nem tínhamos livros, portanto não tinha muita escuta para o que eu descobria com a literatura ou para as indagações que surgiam dali. Até lia para minha mãe poemas dos livros que me emprestavam na biblioteca escolar, mas estava todo mundo muito ocupado, sobrevivendo e cuidando para que os filhos sobrevivessem às condições muito difíceis).

Mas eu poderia citar muitas e muitos poetas. Há várias e vários poetas contemporâneos que admiro hoje (vivos). E tem-me encantado bastante a poesia falada, a poesia que é feita pelos excluídos de nossa sociedade.




Poesia política e contemporaneidade-

Tem um poeta contemporâneo que eu creio que, de alguma forma, me influenciou muito recentemente. Há uns cinco anos que conheço sua poesia. É Alberto Lins Caldas, nascido em Gravatá, Pernambuco. Acho que foi Lins quem me chamou a atenção mais imediata para o fato de que é estranho uma poesia recatada e do lar em tempos como estes. A poesia de Lins é feita de beleza, mas sobretudo de combate. Alia um conhecimento histórico, filosófico imensos a um discurso rebelde, revolucionário. Lins escreve sem compaixão (e talvez por uma compaixão extrema). Essas coisas todas vão nos transformando, não é? Estar no mundo, sobretudo ouvir. Agora quero ouvir, quero ouvir o que não sei e de onde eu não sei. Quem tem feito uma poesia política vigorosa no país são os poetas anônimos, que moram nas periferias das tantas cidades. Em livros, tenho visto poetas muito boas tratando de temas urgentes, cito aqui (sempre fazendo injustiça, pois há mais) a poeta carioca Bruna Mitrano, que levanta questões sobre mulher, violência e aborto; a poeta mineira Lisa Alves, cujos poemas dialogam com a política no Brasil e no mundo; a poeta mineira Simone Teodoro também tem desenvolvido um trabalho muito bom em relação ao feminismo, à homofobia, aos excluídos da cidade, que vivem aparecendo em seus poemas; Simone de Andrade Neves acabou de escrever um “Missa do envio”, no qual olha para a festa do divino e trabalha, no presente, uma tradição rural mineira; Ricardo Aleixo lançou recentemente “O antiboi”, livro que discute política, racismo. Claro que não quero, com isso, dizer que não sinto um prazer imenso em ler poesia com outras temáticas, temáticas introspectivas, inclusive. Há tanta beleza e universalismo nisso, mas ultimamente, a poesia solidária tem me chamado mais atenção do que a solitária.

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Só com Adriane, com peixes,não , queremos mais, mais e mais caldos de sua poesia de uma mulher madura e que sabe tanger a lírica como um maestro de montanhas, mas podera, ela vem de lá, das cadeias de planaltos inclinados a peixe, mas como ela mesmo disse ao telefone avilta a fala dos cardumes.




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ANDRÉ RONCAGLIA - Inteligência Ltda. Podcast #724