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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Xadrez do fim do governo Bolsonaro

Não necessita falar muito, a matéria já explicita por si mesma o nível de ignomínias do falso líder e hoje segunda, 21.09.2019 -apedrejado pelos sindicalistas suíços no Forum de Davos. Eles pedem a morte de Bolsonaro!


Sindicalistas suíços pedem "morte a Bolsonaro" em ato contra Fórum Econômico →



Do nobre mestre Luiz B. L. Orlandi:
“Estou pensando neste artigo de um excelente examinador da situação política.
Prezadas e Prezados,
Um artigo do Luís Nassif, intitulado
Xadrez do fim do governo Bolsonaro
mostra que os Bolsonaro elevam a outro patamar o nível da corrupção na política brasileira, com prováveis ramificações nas milícias do Rio de Janeiro.
O artigo está aqui:
E aqui, um resumo dos fatos e dos números em jogo:
- No dia 07/01/2018, a Folha lançou as primeiras suspeitas sobre Flávio. Identificou 19 operações imobiliárias dele na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra da Tijuca.
- Novembro de 2010, uma certa MCA Participações, que tem entre os sócios uma firma do Panamá, adquiriu 7 de 12 salas de um prédio comercial, que Flávio havia adquirido apenas 45 dias antes. Conseguiu um lucro de R$ 300 mil.
- 2012, no mesmo dia Flávio comprou dois apartamentos. Menos de um ano depois, revendeu lucrando R$ 813 mil apenas com a valorização.
- 2014 declarou à Justiça Eleitoral um apartamento de R$ 566 mil. Em 2016 o preço foi reavaliado para R$ 846 mil. No fim do ano, a compra foi registrado por R$ 1,7 milhão. Um ano depois, revendeu por R$ 2,4 milhões. Isso é que é talento imobiliário.
Movimentações bancárias atípicas postas em evidência pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a pedido do Ministério Público do RJ:
- Segundo o jornal O Globo, o famoso e oculto segurança de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, movimentou R$ 7 milhões em sua conta em três anos. Vejam:
- Queiroz depositou dez cheques de 4 mil reais na conta de Michele Bolsonaro. A alegação do capitão de que era uma dívida contraída com ele e que ele não tinha tempo para ir ao banco é de uma inquietante estupidez: Queiroz poderia ter feito o depósito em nome de Bolsonaro, sem perda de tempo do creditado.
- Flávio Bolsonaro recebeu 96 mil reais a partir de depósitos em dinheiro de 2 mil reais no caixa automático da Assembleia Legislativa Estadual do Rio de Janeiro (ALERJ), aparentemente parte da operação "rachid" ou "rachadinha", em que funcionários dos gabinetes da ALERJ pagavam pedágio ao primogênito, com devolução de parte de seus salários. Para quem não leu, eis o link do artigo do Estadão:
- E há, enfim, esse misterioso pagamento, por Flávio Bolsonaro de um título bancário da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 1.016.839. Sem destinatário identificado...
Veremos o que a Receita Federal terá a dizer sobre tudo isso...
Milícias:
Sobre o envolvimento dos Bolsonaro com as milícias e grupos de extermínio, o artigo de Luís Nassif fornece várias linhas de evidência e quadros sinóticos, impossíveis de resumir.
Limito-me a transcrever dois trechos de dois discursos singelos de Jair Bolsonaro, quando eleito deputado federal, proferido na Câmara dos Deputados Federais, em 2003 e em 2008, nos quais ele defende a entrada das milícias no RJ:
12/VIII/2003:
Eleito deputado federal, em 12/08/2003, Jair Bolsonaro proferiu discurso na Câmara defendendo a entrada das milícias no Rio de Janeiro.
Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um Parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio, porque no meu Estado só as pessoas inocentes são dizimadas.
Segundo discurso, 17/XII/2008:
No dia 17/12/2008, outro discurso defendendo os milicianos das críticas de Marcelo Freixo, do PSOL, marcado para morrer.
Nenhum Deputado Estadual faz campanha para buscar, realmente, diminuir o poder de fogo dos traficantes, diminuir a venda de drogas no nosso Estado. Não. Querem atacar o miliciano, que passou a ser o símbolo da maldade e pior do que os traficantes.
- Sobre Flávio Bolsonaro:
"eleito deputado estadual em 2007, com 43.099 votos, Flávio Bolsonaro passou a integrar a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio. Na época, foi visto com uma camiseta com os dizeres "Direitos Humanos, a excrescência da vagabundagem”.
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Em suma, a tese central do artigo de Luís Nassif é que os militares não vão querer assumir o desgaste dos escândalos de corrupção e das simpatias declaradas e prováveis interações dos Bolsonaro com as milícias. Bolsonaro foi útil. Agora, o capitão virou um fardo e não tem mais serventia. Luís Nassif defende bem sua hipótese no artigo. Vale a pena lê-lo. Se non è vero, è ben trovato.
A favor do artigo, valeria lembrar que já há mais de 45 militares instalados no primeiro e segundo escalão do governo Bolsonaro, e confortavelmente ao abrigo de qualquer reforma da Previdência. Os militares estão em cargos de chefias de sete ministérios, em cargos-chave na Secretaria-Geral da Presidência e em órgãos estratégicos para o país como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e em Itaipu, sendo que o Exército tem a maioria dos membros militares do governo: até anteontem eram 18 generais e 11 coronéis da reserva em diversas áreas. Segundo a FSP, “Militares já se espalham por 21 áreas do governo federal”.
Isso é só o começo...
Abraços,
Luiz.
JORNALGGN.COM.BR
“A verdade iniciou sua marcha, e nada poderá detê-la”. Emile Zola, analisando os movimentos da opinião pública no caso Dreyffus. Há uma certeza e uma incógnita no quadro político atual. A certeza, é