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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Essa história está diferente: dez contos para canções de Chico Buarque

Livro sobre músicas de CHICO BUARQUE decepciona.
Essa história está diferente: dez contos para canções de Chico Buarque inclui histórias de autores como Luis Fernando Verissimo, João Gilberto Noll, Xico Sá, Rodrigo Fresán, Mario Bellatin e Mia Couto. Entre as músicas contempladas na obra estão Construção e Ela faz cinema. Os eventos serão realizados nas unidades da Caixa Cultural de cada cidade e terão a presença de alguns dos autores, além de Bressane.
Lamentável!
Contos demasiados extensos , apesar de bons autores e boas idéias

Brasil en argentino

Brasil en argentino
Autor de una obra que vincula el arte de los dos colosos del Mercosur, Schwartz reflexiona sobre vanguardia y política.
Por: FRANCO TORCHIA
CITA. Schwartz participará el jueves de un coloquio en Proa.
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Nombre propio y cita ineludible del circuito académico latinoamericano, Jorge Schwartz imaginó a fines de los 70 un diálogo inédito entre la obra y la vida de Oliverio Girondo y la del poeta brasilero Oswald de Andrade. A partir de allí, su propia vida y su propia obra crítica no han cesado de tender líneas insospechadas entre Brasil y la Argentina. Antes de llegar a Buenos Aires donde participará el próximo jueves del Coloquio Internacional El Universo Futurista en Proa respondió algunas preguntas de Ñ.

-¿Cómo definiría la relación entre vanguardia y política en el caso sudamericano?

-De la misma forma que en América Latina importamos las vanguardias, también hemos reproducido muchas de sus tensiones.
No ya por un afán de imitación, sino por las alianzas políticas internacionales y las crisis sociales que surgen en las primeras décadas del siglo XX en nuestros países. En literatura una de las cuestiones hoy consideradas históricas y muy estudiadas es, en la Argentina, el caso clásico de Boedo y Florida; más que la literatura propiamente dicha, son las revistas de época las que mejor han retratado el "eco" de las vanguardias europeas. Así como se acusa a las vanguardias estéticas de ser un fenómeno de importación internacional, lo mismo ocurre con los movimientos políticos; la revista Claridad, inspirada en Clarité de Henri Barbusse, o La campana de palo, son el mejor ejemplo de la internacionalización de los conf lictos de izquierda. La tensión política / poética surge de forma muy distinta en las innumerables revistas. La mejor, para mí, fue la peruana Amauta de Juan Carlos Mariátegui.

- ¿Qué permanece y qué se perdió de las "aventuras" de Girondo y de Andrade?

-Para sorpresa mía, estos autores crecieron a lo largo de las últimas décadas, y la reedición permanente de sus obras son la mejor prueba de su permanencia.
Lo que sin duda se ha perdido es exactamente esa "aventura", o sea, la fusión arte / vida. La mayor parte de los escritores, así como los intelectuales, pasan hoy por los filtros académicos, por el fenómeno del mercado, por las ferias comerciales y por los agentes literarios. Hubo una especie de esterilización de las costumbres y del sentido de la vida cotidiana.
Cuando leemos las memorias de estos escritores, es impresionante ver cómo se visitaban, las correspondencias que mantenían, costumbres hoy anuladas por el inmediatismo de Internet. No estoy contra la modernidad, pero siento que estamos en otro planeta y que si existen todavía "aventuras", están en otro lugar.

-¿Qué reflexión le merecen los campos artísticos contemporáneos de Brasil y la Argentina?

-Brasil tuvo artistas que estarían hoy asombrados de enterarse que sus obras son disputadas a siete dígitos, y que murieron prácticamente sin recursos: Tarsila do Amaral, Ismael Nery o el propio Oswald de Andrade. Es verdad que gran parte de mis trabajos vincula el Brasil a la Argentina, aunque en Las vanguardias latinoamericanas busqué un perfil continental más amplio. Por ser hijo de una fotógrafa o por el intenso placer que puede causar el ejercicio de la mirada, llegué a la cultura del ekfrasis; en mis cursos en la universidad y en los ensayos, siempre aproximé la palabra a la imagen. El primer resultado fue la muestra De la Antropofagia a Brasilia. Hace dos años me invitaron a dirigir el Museo Lasar Segall en San Pablo. Nos dedicamos a la difusión de Segall y del expresionismo. Por todo esto, pienso que hoy el arte brasileño tiene mucho más difusión en la Argentina que en cualquier otro momento.

-A más de veinticinco años de la publicación de "Vanguardia y cosmopolitismo en la década del 20", ¿qué revisión puede realizar de ese texto considerado clásico?

-Fue una gran novedad en su momento comparar y contrastar las vanguardias argentinas con las brasileñas, hermanar a Oliverio Girondo con Oswald de Andrade. Creo que establecí como método comparativo el análisis de momentos culturales y lenguajes en principio distantes entre sí.
Pero pienso que en su momento lo estético prevaleció por sobre lo ideológico, en vez de una lectura de cuño más social, como podría haberlo hecho en aquel momento inspirado en Lucien Goldman o en Pierre Bourdieu. Pero no creo, hasta hoy, que alguna ideología pueda sustituir la penetración del análisis literario.

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sábado, 26 de junho de 2010

Mandela continua sendo o ideal da África do Sul


pensador.com



Mandela continua sendo o ideal da África do Sul
fonte: Último Segundo - Por CELIA W. DUGGER

O ícone agora é um homem bem idoso. Seu cabelo está branco e seu corpo, frágil. Visitantes dizem que Nelson Mandela se apoia pesadamente sobre uma bengala para ir até seu escritório. Ele tira os sapatos, joga-se em uma cadeira com o encosto duro e coloca cada perna em um banquinho almofadado. Sua mulher, Graça Machel, arruma seus pés “para ficarem simétricos, e lhe dá comida na boca”, diz George Bizos, seu advogado e amigo de longa data.


NYT

Nelson Mandela, sua esposa Graça Machel e seu neto Ziyanda
Manaway no aniversário de 91 anos do líder

À esquerda de Mandela há uma pequena mesa com jornais empilhados, no idioma inglês e em africâner, a língua dos brancos que o aprisionaram por 27 anos. A família e seus camaradas estão sentados à sua direita, lado em que sua audição é melhor. Sua memória está fraca, mas ele ainda ama relembrar velhas histórias, contar outras já contadas tantas vezes “como pedras polidas”, como descreveu um visitante.

“Ele tem uma tranquilidade”, disse Barbara Masekela, sua chefe de gabinete, após ter sido libertado da prisão em 1990. “Eu me vejo tentando diverti-lo, e sinto uma imensa alegria quando ele explode em gargalhadas”.

Mandela, talvez o estadista mais adorado do mundo e humorista por natureza, anunciou repetidamente o fim de sua carreira pública, mantendo sua presença apenas em concertos para homenageá-lo ou comícios políticos. Mas, recentemente, ao cancelar seus compromissos, rumores de que ele estaria muito doente causou tanto turbilhão que sua fundação divulgou um comunicado dizendo que ele estava “como se espera que qualquer pessoa de 91 anos esteja”.

Mas ainda que Mandela desapareça de vista, ele mantém um lugar vital na consciência da população do país. Para muitos, ele ainda é o ideal de um líder – carismático, magnânimo, pronto para confessar suas falhas -, de acordo com o qual seus sucessores políticos são comparados e, frequentemente, deixam a desejar. Ele é o fundador cujos valores continuam a delinear a nação.

“É a ideia de Nelson Mandela que mantém a cola que une a África do Sul”, disse Mondli Makhanya, editor-chefe do “Sunday Times”. “Quanto mais velho e frágil ele se torna, quanto mais próximo se torna o inevitável, mais ainda tememos esse momento. Há o amor do homem, mas também há a questão: quem nos manterá unidos?”

Há uma saudade dos dias felizes quando a África do Sul acabou pacificamente com o domínio branco racista, e um homem com um grande coração e com um desejo de entender o imperfeito encarnou esse momento. Por causa disso, muitos historiadores e jornalistas estão trabalhando em uma nova rodada de livros sobre Mandela.

A Fundação Nelson Mandela concordou no mês passado em vender os direitos para um livro, “Conversations to Myself” (Conversas comigo mesmo, em tradução livre), para editoras de 20 países, com base no material dos papéis particulares de Mandela – anotações em envelopes, diários, calendários de mesa, rascunhos de cartas pessoais escritas aos parentes enquanto estava preso e documentos dos anos em que foi o primeiro presidente negro eleito democraticamente na África do Sul.

Seus amigos mais antigos, resolutos na luta contra o apartheid (como era chamada a segregação racial na África do Sul), ainda o visitam. Bizos, que frequentou a escola de direito com Mandela em 1940, disse que Machel se preocupava com que Mandela ficasse sozinho quando ela não estivesse na cidade, e que ele comia bem pouco sem sua companhia. Então, de tempos em tempos, Bizos recebe uma ligação da mulher que cuida da casa deles, que o convida para o almoço.

Mandela senta na ponta de uma grande mesa, com Bizos à sua direita. Eles apreciam o prato preferido – rabada ao molho de tomate – e falam sobre os velhos tempos. Mandela conta como ele entrou uma vez em uma aula da escola de direito e se sentou perto de um colega branco com orelhas grandes, o qual imediatamente mudou de lugar e evitou sentar próximo de outro negro. Mandela queria tê-lo convidado para a 50ª reunião da turma da University of the Witwatersrand em 1999, mas o homem já tinha morrido.

“Ele repete isso de tempos em tempos”, disse Bizos. “Ele se arrepende de não ter tido a oportunidade de conhecê-lo. Ele lhe teria dito, ‘você se lembra daquele dia? Mas, por favor, não se preocupe. Eu o perdoo’”.

O desejo de Mandela é ser enterrado ao lado de seus ancestrais em Qunu, na província de Eastern Cape, onde ele passou os anos mais felizes de sua infância. Em sua autobiografia, ele descreve o lugar como pequeno, com cabanas em forma de colmeia e telhados feitos com grama.

“Foi nos campos”, ele escreve, “que eu aprendi como acertar pássaros no céu com estilingue, pegar mel silvestre, frutas e raízes comestíveis, a beber leite quente e doce tirado da teta da vaca, a nadar no riacho límpido e gelado e a pescar peixes com pedaços de arame retorcido e afiado”.


Por CELIA W. DUGGER

quinta-feira, 24 de junho de 2010

AFRICA A COPA E AS MARCAS DA COLONIZAÇÃO

Os estádios, ruas, nomes de cidades guardam a marca do período colonial da África são nomes como:Estádios da Copa – Soccer City – Ellis Park Stadium, salva-se alguns com nomes Africanos.
Terrível colonização que alijou a língua e ainda bem que o costumes, alguns salvaram-se , e por ironia dado a Miséria em que vivem ainda , como nós aqui também,em São Paulo, Rio , enfim no Brasil todo.
Aqui o pior é que fora as marcas Portuguesas, Parque D.Pedro, Cassa da Marquesa etc. etc.Entram os nomes americanos face a mídia, maldita que exonera nossa cultura para por nomes americanos ou outros estrangeiros em ruas e nomes de prédios, edifícios nem se fala.
Isso é um país subdesenvolvido e calamos!!!!!!!!!!!!!!!!!

A loucura segundo Tchekhov e a (in)sanidade escandinava

A loucura segundo Tchekhov e a (in)sanidade escandinava BY EXPRESSO PT


Em onda de adaptações de contos, enquanto se espera pela ante-estreia de Embargo, de António Ferreira, a partir de um conto de Saramago (amanhã às 21.00), passou pelo Fantas uma curta de animação brasileira, sem grande graça, inspirada num poema de Goethe, e um filme russo, mais fascinante do que fantástico, a partir de um conto de Tchekhov.
Manuel Halpern
15:41 Quarta-feira, 3 de Mar de 2010

Ala 6, de Karen Shakhnazarov, aborda um dos temas predilectos da literatura russa: a loucura. E parte para uma reflexão, em formato original, sobre as ténues linhas de fronteira da demência. Dr. Ravin, o médico-louco, leitor de Dostoievsky que era epiléptico, e de outros excêntricos, reflecte: 'Enquanto houver hospícios tem que estar alguém encerrado lá dentro'. E parte, com o seu paciente louco-profeta, para amplas reflexões filosóficas, apesar de "não haver uma filosofia russa", e citações de escritores em conversa amena: "Se a eternidade não existir o homem um dia há-de inventá-la".
A forma faz o filme. Passa-se essencialmente no hospício, é certo. Mas antes de mais é um filme cru, sem meios, em que a sugestão de documentário é dada pela sua construção sustentada em depoimentos recolhido por uma câmara amadora. E o mundo inteiro quer saber do estado de saúde do Dr. Ravin.

Numa sessão tardia, passou um outro filme de bom nível, fazendo jus à onda de filmes escandinavos que têm passado em Portugal, e também à moda dos livros policiais nórdicos. Num formato moderno e ousado, com uma estrutura narrativa deliberadamente infantilizada, Deliver us from Evil, de Ole Bornedal, aproxima-se de um Fargo - a parvónia da Dinamarca faz lembrar a parvónia da América, não se por as realidades serem efectivamente parecida se por a realizadora querer fazer esse paralelo. O mais interessante é a forma como o realizador desmonta as personagens e a apatia feliz da província norueguesa, mostrando um ódio e uma violência latente que faz com que, de um momento para o outro, uma sociedade se possa desfazer nos mais vis complexos, o chauvinismo, a homofobia, o homicídio. Um filme de vikings bêbedos, ociosos e sanguinários, que alerta para os perigos dos sociedades felizes, e marca o regresso da realizadora ao Fantasporto.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O são joão que é nossa marca-no NE- vinda de lá, agora é pensado na cidade do Porto PT

Pois é herdamos, mas agora temos uqe ensinar a eles , enquanto evento turístico- nos fale Campina Grande, Caruaru, Segipe e Ceará, destcadamente , mas todo o NOrdeste.
Paulo A C Vasconcelos


Porto vai internacionalizar S. João

O vereador do Turismo, Inovação e Lazer da Câmara do Porto anunciou hoje, segunda-feira, que a autarquia está desenvolver "um conceito" para tornar o S. João numa marca que possa ser internacionalizada.

"Queremos fazê-lo porque o S. João é genuíno, é autêntico, é do Porto e só pode ser vivido aqui pelos que cá vivem e por aqueles que nos visitam", disse o vereador.

Vladimiro Feliz falava no Congresso Internacional de Turismo, organizado pelo Instituto de Ciências Empresariais e do Turismo do Porto.

"É preciso consolidar a marca Porto, dar-lhe escala, criar uma forma mais estruturada de promover a cidade. Nesse sentido, estamos a desenvolver um conceito, que vamos apresentar brevemente, após a realização do S. João deste ano", referiu.

"Não queremos que o S. João seja a noite de 23 ou a semana em torno do dia 24, queremos organizar uma oferta integrada, que vá do dia 01 ao dia 30 junho", sustentou.

O objetivo, acrescentou Vladimiro Feliz, é permitir que o turista que chega à cidade "possa perceber que movimentando-se pelo espetáculo da Casa da Música, por um evento em Serralves ou na Avenida dos Aliados, tem sempre um fio condutor comum".

"Temos muitas vezes, no mesmo dia, três eventos ao mesmo tempo e com dimensão significativa. A nossa pretensão, enquanto município, é sensibilizar os agentes para que consigamos estruturar uma oferta que não concorra entre ela, mas que se complemente e que possamos, assim, aumentar a permanência dos turistas na cidade", frisou.

domingo, 20 de junho de 2010

Apartheid 2.0 (Made in FIFA)


Apartheid 2.0 (Made in FIFA)BY THE CLINIC CHILE
Texto y foto: Leo Salazar, desde Johannesburgo



La FIFA sobrepasó en caja los US$ 1.000 millones. Y para su Congreso anual se reunieron los delegados de las 207 Federaciones en el hotel más lujoso de Johannesburgo, en pleno barrio Sandton, una mezcla de El Golf y La Dehesa. Hyundai dispuso más de un centenar de vehículos para transportar a todos los funcionarios, cuyo porcentaje menor es de Sudáfrica misma, organizados en el COL, con Irvin Khoza de
líder.
Los trabajadores mismos de la Copa son voluntarios y trabajadores part-time. Los voluntarios, en general, son jóvenes que se inscribieron para entrar al Mundial. Cada uno se pagó su pasaje, acá
les consiguieron hostales rebajadas, los trasladan gratuitamente y les dan colación. “¡Cabrón! No tenía el pase para estar en el campo de juego pero otro voluntario me dejó pasar. De la puta madre, estuve a
un costado de la cancha”, me contaba Esteban, voluntario mexicano que vibró en la inauguración. Esteban estudia Ingeniería en Ciudad de México y volverá, de paso, con una parka con el logo oficial.
Al frente están los guardias, los tipos del aseo y de los controles. Lindi vive en el lado sur de Joburg. Dice que a Soweto va de paseo, porque el lugar emblema en la lucha contra el apartheid sigue poblado
de pobres, pero tiene su toque turístico. La pobreza misma se vive en Alberta, por ejemplo, donde están los tipos en la calle y se ven, como en Santiago, a los muchachos aspirando neoprén.
Lindi toma la micro de la ciudad, que es un furgón escolar, y llega caminando unas 20 cuadras a pie hasta el Estadio Ellis Park, su lugar de trabajo por este mes donde tiene que limpiar la mesa que se le
cruce por delante. Le pagarán por toda la Copa 2.000 rand, algo así como 150 mil pesos chilenos.
La policía anda por ahí. En general los tipos se ríen mucho y, cuando dirigen el tránsito por ejemplo, literalmente bailan. “No señor, usted no puede estar aquí. Lárguese”, le dijo William, policía, a un
holandés cualquiera. Cuando se fue el tulipán, William se largó a reir y se puso a cantar en español: “Como la lluuuuvia, en la mañaaaaana”.
No quiso ser entrevistado.

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El Factor Dios

El Factor Dios
Este viernes, coincidiendo con el anuncio de las autoridades educativas de Costa Rica de que el Quijote dejaría de ser lectura escolar, murió José Saramago, el escritor portugués que publicó la inmensa mayoría de su obra pasados los 60 años. Enfrentado a la metafísica edad de la cercanía de la muerte, este ensayo resume su pensamiento sobre las cosas trascendentales. Saramago, según sus cercanos, dejó este mundo sereno y tranquilo, rodeado de su familia y amigos.

Por José Saramago
En algún lugar de la India. Una fila de piezas de artillería en posición. Atado a la boca de cada una de ellas hay un hombre. En primer plano de la fotografía, un oficial británico levanta la espada y va a dar orden de disparar. No disponemos de imágenes del efecto de los disparos, pero hasta la más obtusa de las imaginaciones podrá ‘ver’ cabezas y troncos dispersos por el campo de tiro, restos sanguinolentos, vísceras, miembros amputados.Los hombres eran rebeldes

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Portugal fica mais pobre" José Saramago 1922-2010

José Saramago 1922-2010
by Correio da Mânhã PT

Reacções: "Portugal fica mais pobre"

Várias foram as personalidades portuguesas que já reagiram ao falecimento do escritor. Uma perda para Portugal e para a literatura portuguesa, dizem todos, do presidente da República ao primeiro-ministro.

O Presidente da República, Cavaco Silva, recordou José Saramago como um "escritor de projecção mundial", sublinhando que "será sempre uma figura de referência" da cultura nacional.

"Em nome dos Portugueses e em meu nome pessoal, presto homenagem à memória de José Saramago, cuja vasta obra literária deve ser lida e conhecida pelas gerações futuras", sublinha o Presidente, endereçando condolências à família do escritor.

O primeiro-ministro, José Socrates, também prestou a sua homenagem ao escritor, considerando-o "um dos grandes vultos" da cultura, e manisfestando o orgulho do país na sua obra.

"Recebi a notícia da morte de José Saramago com muito pesar. Entendo que é uma perda para a cultura portuguesa e o meu dever, neste momento, é endereçar palavras de coragem e de condolências", disse.

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, foi dos primeiros a reagir. "Foi com profunda consternação e pesar que recebi a notícia da morte do escritor José Saramago, um dos vultos mais destacados da cultura portuguesa contemporânea. Nobel da Literatura em 1998, José Saramago deixa uma obra literária intemporal. Com o seu desaparecimento, Portugal fica mais pobre", afirmou.

Grande perda para o mundo da cultura

A morte de José Saramago é uma "grande perda para o mundo da cultura", afirmou o presidente do Governo das Canárias, arquipélago espanhol onde o escritor faleceu.

Paulino Rivero, que se afirmou muito surpreendido pela notícia da morte considerou-a uma notícia "absolutamente inesperada" pela forma como ocorreu. "Não tinha conhecimento que estivesse mal de saúde. Em qualquer caso quero expressar a solidariedade do Governo das Canárias com a sua família", afirmou.

O presidente da câmara de Madrid, Alberto Ruiz-Gallardón, enviou um telegrama de condolências à família de José Saramago, um escritor "único" cujo desaparecimento deixa "um enorme vazio".

No telegrama, Gallardón expressa "enorme pesar pela triste notícia" do falecimento do escritor português, afirmando que a sua obra "abriu os olhos a uma nova dimensão narrativa, desgarrada, íntegra e lúcida".

Referência luminosa

O presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, também se manisfestou. "Perdemos não apenas o maior escritor português, mas uma referência luminosa de dignidade e grandeza à escala universal", disse, emocionado. As palavras do presidente foram sentidas. "Era o meu melhor amigo, porventura".

A escritora Lídia Jorge lamentou a morte de José Saramago, definindo-o como "um escritor genial" e também "um exemplo de coragem, pela sua coerência".

"Apesar de tudo acho que morreu feliz porque escreveu até ao fim da vida, entregando-se sempre com a mesma coragem ao ofício que escolheu, e acreditando piamente nas suas convicções", afirmou Lídia Jorge.

O reitor da Universidade Aberta, Carlos Reis, lamentou também a morte do escritor. "Obriga-nos ao lugar comum e o lugar comum é este: é um escritor que mudou a literatura portuguesa e é um escritor que pôs a literatura portuguesa na cena internacional", disse.

Figura indiscutivelmente maior

Também o escritor Mário Cláudio considerou Saramago "uma figura indiscutivelmente maior das nossas letras", classificando o seu desaparecimento como "triste e inesperado".

O escritor portuense afirmou que "Saramago vai durar o que durar a literatura portuguesa", e não deixou de relembrar a contribuição do escritor para a literatura portuguesa, afirmando que apesar da morte, "permanece o génio de Saramago".

O presidente da Fundação do Centro Cultural de Belém (CCB) António Mega Ferreira, considerou que a morte de José Saramago é uma "perda muito grande para a literatura portuguesa".

O encenador João Brites mostrou-se "abalado" com a morte do escritor José Saramago por o considerar uma "referência como homem, um cidadão lúcido, firme e capaz de provocar o nosso pensamento". Considerou que Saramago era um homem que "provocava a rotina" dos portugueses por ser "no sentido literário, artista maior".

A tradutora Margaret Jull Costa recebeu, com surpresa, a notícia da morte do escrito e manifestou-se "triste e privilegiada" por ter traduzido os livros do Prémio Nobel da Literatura 1998.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, também já reagiu à noticia da morte do escritor. "O desaparecimento de José Saramago representa uma perda para a Cultura portuguesa. O prémio Nobel da Literatura enche o país de orgulho e deu um contributo para o prestígio da língua portuguesa, não só em Portugal mas à escala universal".

"Desejo prestar à sua memória a homenagem que lhe é totalmente devida, em meu nome e em nome do Governo", concluiu.

Escritor marcante da segunda metade do século 20

A ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima considera José Saramago "um escritor marcante da segunda metade do século 20" e que conseguiu "um lugar muito particular na literatura portuguesa".

O presidente do Governo das Canárias, Paulino Rivero, considerou a notícia "absolutamente inesperada" pela forma como ocorreu. Acrescentou ainda que esta morte "significa uma grande perda para o mundo da cultura no arquipélago e no resto do mundo".

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, lembrou José Saramago como "um escritor sempre insubmisso" no estilo e nas causas que defendeu e um homem que "combateu a cegueira social".

Também José Eduardo Agualusa deixou a sua mensagem, ""foi muito importante para toda a literatura de Língua Portuguesa", pois a atribuição do Prémio Nobel "mudou a forma como a nossa língua passou a ser percebida em todo o mundo", declarou o escritor angolano.

O fadista Carlos de Carmo, que deu voz a poemas de José Saramago, afirmou que se sente "profundamente consternado", recordando o escritor como "uma pessoa de quem gosto genuinamente, e sinto-me profundamente consternado". "Estou bem mais pobre com a perda deste querido amigo", concluiu o fadista.

O ex-ministro Manuel Maria Carrilho recorda também o escritor, "era um homem controverso, como todas as grandes personalidades, mas cultivava uma proximidade discreta e secreta com Portugal".

O coordenador do grupo “Mais Saramago”, José Miguel Noras, afirmou que "a perda e a consternação são totais", mas sublinhou que "só morre quem não vence o esquecimento".

"Estamos muito magoados agora, muito tristes, mas Saramago continua a existir como o gigante que é da nossa cultura, da nossa literatura. É uma referência para nós", referiu José Miguel Noras.

A morte de José Saramago é "um momento de grande pesar e de grande perda para a literatura e a cultura portuguesa", considerou o escritor José Luís Peixoto. "Ele tem lugar assegurado nos grandes nomes da literatura de sempre", avaliou o escritor.

O escritor espanhol e Prémio Cervantes Juan Marsé recordou que sempre o uniram a José Saramago "bastantes ideias sobre a situação política e social". Lamentando a morte do Prémio Nobel, cuja notícia do falecimento o surpreendeu, Marsé destacou a faceta de "grande narrador" de Saramago.

Morre aos 87 anos o escritor português José Saramago

Morre aos 87 anos o escritor português José Saramago
BY FOLHA DE P. LEIA MAIS LÁ
Morreu nesta sexta-feira, aos 87 anos, o escritor José Saramago.

A morte de Saramago foi confirmada à imprensa portuguesa pelo seu editor, Zeferino Coelho. "Aconteceu há pouco", disse em entrevista à emissora de televisão RTP. "Estava doente há algum tempo, às vezer melhor outras vezes pior."

Veja fotos do escritor José Saramago

Fontes da família confirmaram a agências internacionais que Saramago estava em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde morava há vários anos.

A morte ocorreu por volta das 13h no horário local (8h de Brasília), quando o escritor estava em casa acompanhado da mulher e tradutora, Pilar del Río, informa a agência Efe.

José Saramago havia passado uma noite tranquila. Após ter feito o desjejum de costume e conversado com a mulher, começou a sentir-se mal e pouco depois morreu.

Emilio Naranjo /Efe

O escritor português José Saramago, que morreu hoje aos 87 anos
Vencedor do prêmio Nobel de Literatura em 1998, Saramago nasceu em Azinhaga em novembro de 1922. Autodidata, publicou seu primeiro trabalho, "Terra do Pecado", em 1947.

Seu trabalho seguinte, "Os Poemas Possíveis", seria lançado 19 anos mais tarde e pelos anos seguintes ele se dedicaria principalmente à poesia e ao jornalismo.

Saramago volta à prosa no final da década de 1970. Seu estilo característico começa a ser definido em "Levantado do Chão" (1980) e em "Memorial do Convento" (1982).

Em 1991, Saramago lança sua obra mais polêmica, "O Evangelho Segundo Jesus Cristo".

Considerada blasfema, a obra foi excluída de uma lista de romances portugueses candidatos a um prêmio literário pelo Subsecretário de Estado adjunto da Cultura de Portugal, Sousa Lara, sob a alegação de que não representava o país.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Procissão do Acorda Povo sai na madruga RECIFE


Acorda Povo é tradicional no Grande Recife e no Litoral Norte

Do JC Online

Procissão do Acorda Povo sai na madrugada da véspera de São João
A manifestação do Acorda Povo é uma homenagem a Xangô, entidade que corresponde a São João. Na maioria das vezes, é realizada por chefes de terreiros de candomblé num ritual marcado pelo sincretismo religioso.

Várias cidades da Região Metropolitana do Recife e do Litoral Norte de Pernambuco promovem uma procissão religiosa, acompanhada de dança, durante a véspera do dia de São João. Na madrugada do dia 23, os seguidores saem pelas ruas despertando e convocando o povo para os festejos do padroeiro.

domingo, 13 de junho de 2010

A Europa da dívida e da dúvida

A Europa da dívida e da dúvida BY VISÃO PT
VICTR ANGELO

Na política, como na vida, a sabedoria passa por tentar compreender os nossos rivais
3:25 Quarta-feira, 2 de Jun de 2010
Um político dizia, recentemente, que o mundo havia mudado em três semanas. Inacreditável. Mas que o clima se alterou radicalmente, em Bruxelas, nos últimos doze meses, isso sim, é verdade. Há um ano, a Europa ainda era apresentada como o modelo que muitos gostariam de imitar. Havia optimismo, sublinhava-se a importância do Tratado de Lisboa, prestes a ser aprovado. Falava-se na governação mundial, que se estaria a inspirar nos valores europeus. Na economia social de mercado, apresentada como a chave do progresso e a solução para os problemas do desenvolvimento. Esse foi o mote de uma conferência de alto nível, em Maio de 2009.

Na semana passada, no Fórum Económico de Bruxelas, o tom era outro. Reina, agora, o pessimismo. A dúvida a juntar-se à dívida. Olli Rehn, o Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, um homem pragmático, disse que a Europa está em risco de estagnar e de se tornar politicamente irrelevante. Não será uma declaração inédita. Proferida por um responsável de topo, não deve passar despercebida.

Durante os debates ficou claro que a crise na Europa resulta, em grande medida, de razões endógenas. Enumero algumas. A falta de coordenação das políticas económicas e sociais. A indisciplina orçamental de certos governos. O peso excessivo do sector público nas contas nacionais. A perda de competitividade em relação a economias concorrentes. O adiamento das reformas estruturais mais urgentes. Um sistema financeiro artificial, construído no ar, especulativo e sem correspondência com a economia real. Um tipo de consumo, em países como Portugal, que leva ao endividamento crónico das famílias e à instabilidade financeira. Uma crise que tem sido agravada pela opção por um euro forte, sobrevalorizado. E por uma liderança política incapaz de apontar o dedo, nas diferentes cimeiras da União, aos governos prevaricadores, que não respeitam as regras estabelecidas.

A questão de fundo é a do crescimento económico. Como criar as condições que levem a um crescimento sustentável? Admito que são necessárias reformas estruturais para resolver certos estrangulamentos, embora ainda esteja por definir o conteúdo exacto dessas reformas. Como também está por aclarar qual deverá ser a estratégia para as fazer aceitar pelos cidadãos.

A verdade é que a Europa não está preparada para responder aos desafios globais. Muitos sectores da economia deixaram de ser competitivos. Mesmo na área digital. Foi-nos lembrado que as empresas tecnologicamente mais avançadas da Finlândia estão, agora, a investir na Ásia e com os olhos postos nos mercados dos Estados Unidos.

Temos que alargar o debate sobre o futuro económico da Europa. Qual é o paradigma para a próxima década? Qual é o valor da Estratégia 2020? Neste momento, a reflexão está nas mãos dos macroeconomistas. É curioso ver como os dirigentes da Comissão fazem discursos como se fossem técnicos económicos. Um erro. É preciso reflectir sobre a economia política, sobre a sociedade, não apenas sobre orçamentos, rácios financeiros ou modelos matemáticos. Como também é um erro olhar apenas para a experiência dos Estados Unidos, como fonte de inspiração. Assim aconteceu no Fórum. O neoliberalismo não é o único modelo possível. Não seria útil, por exemplo, ouvir as vozes da China ou da Índia? Ou homens de grande sucesso, vindos de outras culturas, como Mo Ibrahim, Lakshmi Mittal ou Mohamed Al Jaber? Na política, como na vida, a sabedoria passa por tentar compreender os nossos rivais.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Termina a Cúpula do Meio Ambiente em Bonn

Mais uma vez a Cúpula não dá em nada e nada-se na morte futura do planeta.Mais um fracasso, e o futebol se interpolou nisto com a Copa da África.
Paulo A C Vasconcelos

By EL CLARIN
Los delegados de los 194 países que participaron de esta cumbre de cambio climático, acá en Bonn, parecían más apurados en dejar el hotel Maritime, la sede de las deliberaciones, para irse a ver la inauguración del Mundial de Fútbol en Sudáfrica que intentar hacer un balance de esta crucial reunión. Lo que sucede es que tienen poco que decir. La mayoría de los embajadores entienden que acá hubo otro fracaso, que aumentan las diferencias entre los países ricos y los más pobres sobre cómo detener el calentamiento global que provoca el cambio climático.




El embajador de Bolivia, Pablo Solon, fue el portavoz del Grupo de los 77 más China. “Esto fue un retroceso. Se borraron del documento final los avances que habíamos obtenido en la última cumbre de Copenhague. No podemos avalarlo de ninguna manera. La presidencia de la asamblea que armó el documento tenía que haber sido el árbitro en todo esto. Sin embargo, tomó parte por uno de los equipos, el de los países más industrializados”, aseguró Solon en una conferencia de prensa inmediatamente después de que terminara el plenario de delegados.




Con matices, esa fue la conclusión de la mayoría de los delegados. Y ni siquiera los representantes de los países más ricos y contaminantes lograban expresar una sonrisa.




Ahora todo queda pendiente para la cumbre final de este año en Cancún, México. Pero ya se cree que no habrá un acuerdo final y vinculante en que los países desarrollados compensen de alguna manera su deuda histórica con las naciones menos favorecidas hasta el 2020.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Atriz iraniana lésbica pode ser executada por ser homossexual Lésbica, atriz iraniana Kiana Fiorouz corre risco de ser executada

Este é o sec XXI cheio de contradições e retrocessos quanto a condição humana -debaixo da globalização que busca desocultar o que antes estava sob a distância das comunicações.
Se ainda temos a homofobia branda no mundo em outro locais temos a morte, que é o máximo da homofobia e do anti humanismo.
Será que os muçulmanos todos -do Iran não se acham em GRANDES ARMÁRIOS, POR TODOS OS LADOS INCLUSO OS ARMÁRIOS DO PODER!!!!!!!!!!!


Atriz iraniana lésbica pode ser executada por ser homossexual
Lésbica, atriz iraniana Kiana Fiorouz corre risco de ser executada se for deportada ao Irã


Reprodução



Kiana pode ser morta se voltar ao Irã

Estrela principal do filme autobiográfico “Cul-de-Sac”, a atriz iraniana lésbica Kiana Fiorouz continua lutando para não ser deportada para o Irã, onde a homossexualidade é crime com direito à pena de morte. Essa luta é contada no longa dirigido por Ramin Goudarzi Nejad e Mahshad Torkan.

Kiana começou a ter problemas em Teerã quando tiveram início as perseguições e intimidações de agentes do departamento de inteligência iraniano. De lá ela fugiu para a Grã-Bretanha, onde vive atualmente. Mas seu exílio está ameaçado porque o departamento encarregado das questões relacionadas à imigração, Home Office, negou sua permanência naquele país.

O argumento para negar a permanência foi o de que uma vez no país tolerante a atriz poderia esconder sua orientação sexual, mesmo sendo protagonista de um filme sobre isso. Kiana entrou com um recurso contra a decisão e aguarda a resposta. Se for deportada de volta ao Irã, ainda mais depois de sua fama com o filme, pode ser torturada e até morta por ser lésbica.

No Irã, lésbicas que se envolvem em um relacionamento consensual recebem como punição uma centena de chibatadas, podendo ser punida até três vezes antes de serem executadas, sim, mortas mesmo.

Carta para o Chico Buarque

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Carta para o Chico Buarque
José Danon

Chico, você foi, é e será sempre meu herói. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula “por falta de opção”, tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.
Eu também votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: “Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou.” Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.

Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história. Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal. Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os “companheiros que erraram” quando a corrupção é descoberta.

Desculpe, senhor, acho que não entendi. Como é, mesmo? Erraram?

Ora, Chico. O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos,
joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador.

Esses não erraram. Cometeram crimes. Não são desatentos ou equivocados. São criminosos. Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.

Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor. Não é exagero, pergunte ao Larry Rother doNew York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja.

Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente. Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão.

Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa “o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos”.
Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço. Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela é a inimiga de hoje. E eu acho que é justamente aí que nós entramos.

Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua “democracia”. Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno.
Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto. Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.

Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social. Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito.

Temos opção. A opção é destronar o ruim. Se o oposto será bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos. A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações.

Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 1º de outubro, vai se arrepiar.

Seu admirador número 1,
Zé Danon

José Danon é economista e consultor de empresas

domingo, 6 de junho de 2010

Benedito Nunes ganha o Prêmio Machado de Assis A iniciativa do prêmio é da Academia Brasileira de Letras


Finalmente alguém tem uma boa idéia e lembrança do GRANDIOSO BENEDITO NUNES!!!!!!!!!!!
Grande filósofo Brasileiro, Paraense de renome Internacional, aqui muitas vezes esquecido!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fundador do Curso de Filosofia da UFPA!!!!!!!!!!
Paulo A C Vasconcelos

Benedito Nunes ganha o Prêmio Machado de Assis
A iniciativa do prêmio é da Academia Brasileira de Letras

Prêmios e Concursos
PublishNews - 02/06/2010 - Redação


A Academia Brasileira de Letras (ABL) concedeu ao crítico literário, professor, escritor, ensaísta e filósofo paraense Benedito Nunes, pelo conjunto de sua obra e seu perfil, o “Prêmio Machado de Assis” de 2010, a mais importante comenda literária brasileira, concedida todos os anos desde 1941. Ele receberá R$ 100 mil, um diploma e um troféu criado pelo escultor Mário Agostinelli – um pequeno busto de Machado de Assis.

A comissão julgadora foi formada pelos acadêmicos Eduardo Portella, Tarcísio Padilha, Lygia Fagundes Telles, Alfredo Bosi e Domício Proença Filho e a cerimônia será no em 20/7, aniversário de 113 anos da ABL. Na oportunidade, também serão entregues os Prêmios Literários da ABL para as categorias História e Ciências Sociais; Ensaio; Literatura Infantil; Ficção; Tradução; e Poesia; e o Prêmio Roteiro de Cinema. Os vencedores receberão a importância de R$ 50 mil

Benedito Nunes, também professor e um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada pela Universidade Federal do Pará, é autor de uma extensa obra de ensaios, estudos, filosofia e crítica literária. Ensinou literatura e filosofia em outras faculdades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Benedito Nunes, analisada sua obra, é um estudioso capaz de construir pontes entre a interpretação do texto literário e a sondagem filosófica, no caso fenomenológica, na linha dos grandes pensadores existenciais, como o alemão Martin Heidegger e o francês Jean-Paul Sartre. Essa dupla dimensão já aparece em seu estudo antológico, obra pioneira publicada em 1966, sobre a obra de Clarice Lispector: “O drama da linguagem, uma leitura de Clarice Lispector”.

sábado, 5 de junho de 2010

Parada Gay congrega multidão em São Paulo


O SEXO E A VIDA!!!!!!!!!!!
É incrível ainda termos que pedir respeito às pessosa por conta das diferenças de seu gênero sexual.Aonde chegamos neste século XXI?
É necessário ainda GRITAR E PEDIR ,SENÃO OBRIGAR PELA LEI O RESPEITO a pessoas que não exercem a heterosexualidade, como se este fosse o único comportamento dentro da história.!!!!!!!!!!!!!
Ainda não entendemos o que é sexualidade e vida!
Agride-se o próximo pela diferença, gosto, até quando????
Penso que ainda vamos penar muito, enquanto não compreendermos a nós e aos outros nas sua diferenças.
Ainda ferimos e matamos por questões tais, do sexo
O gozo ainda é tabu!!!!!!!!!!!!!!
Daí a parada GAY - a maior do mundo- bem vinda ela para DIZER, DENUNCIAR E EDUCAR, bem como apontar os candidatos HOMOFÓBICOS A EXEMPLO DA CANDIDATA -MARINA SILVA.
Paulo A C Vasconcelos

Recife
NACIONAL // LGBT
Parada Gay congrega multidão em São Paulo
Publicado em 05.06.2010, às 14h15

Do JC Online
A Avenida Paulista se veste de cores. Neste domingo (6) é realizada a Parada Gay, maior evento do gênero no mundo, com expectativa de reunir cerca de 3 milhões de pessoas, os ativistas reivindicam o voto contra a homofobia.

Sob o lema “Vote contra a homofobia – defenda a cidadania”, a 14ª edição da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo visa conscientizar os diversos segmentos da comunidade sobre a importância de buscar eleger representantes políticos que defendam a causa gay.

A Parada de São Paulo acontece a partir das 12h, com os trios elétricos saindo da altura da Avenida Brigadeiro Luis Antônio em direção à Rua da Consolação. Ao longo do percurso, o público contará com 900 banheiros públicos, sendo 70 para portadores de necessidades especiais, três postos de atendimento à saúde (no começo da Avenida Paulista, no recuo do Cemitério da Consolação e na rua Maria Antônia) e um telecentro, no recuo da Consolação.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Marcelino Freire conversa com Regina Ribeiro


Marcelino Freire
conversa com
Regina Ribeiro

13.8.2008

O escritor Marcelino Freire conheceu o mundo por Sertânia, miolo pernambucano. O nome Sertânia ainda está pendurado no ouvido e na memória do autor. Mas, é só. Saudades, tem nenhuma de lá. Morou em Paulo Afonso, na Bahia, quando era menino e se embrenhou em Recife onde começou a fazer teatro, pela escrita. Quando quis publicar, foi embora para São Paulo, aos 23 anos. É de lá que despacha uma literatura ligeira, aperreada, que parece saltar obstáculos, digo, pontos. Como a que está no livro Rasif, mar que arrebenta, que acaba de lançar. Nele, Marcelino lapida, ainda mais, o contorno que dá à palavra. Aliás, na narrativa deste autor, a palavra é mínima, fugidia, trepidante. "O que eu escrevo é música, é repente", afirma Marcelino, nesta entrevista, por e-mail ao O POVO, ainda lambendo a cria, que ganhou ilustrações do artista pernambucano Manu Maltez.

Em 2006, foi vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura com o livro Contos Negreiros. Mas antes disso, EraOdito, em 2002, começou a lhe abrir portas. É considerado pela crítica um dos destaques entre os contistas da sua geração. Nela figuram Marçal Aquino, Luiz Raffato, Marcelo Mirisola, Rubens Figueredo, entre tantos. O jeito despachado e um tanto quanto abusado soa direto na literatura de Marcelino, feita à base de personagens absolutamente marginais, errantes, sem lugar no mundo, mas com a alma pura de um poeta. A poesia, Marcelino vai buscar em Manuel Bandeira, a quem conheceu menino e nunca mais largou. Já disse que quis ser bandeira: "poeta e doente. Tuberculoso". A tuberculose não o quis, a poesia, sim.

"Meu novo livro é um livro "estrangeiro", pontua Marcelino, que não esconde o sentimento de ser pernambucano em São Paulo. "Continuo sendo um estrangeiro por aqui". É este tal sentimento de desambientação que explode no conto Meu homem-bomba; que não se acomoda como no texto Da paz; que é um estranho em Júnior; que enlouquece no conto I-no-cen-te; que às vezes segue indiferente, como os personagens de Chá. Estão lá os travestis, a arraia miúda, os que não têm uma gota de esperança, os inocentes que ainda esperam Papai Noel. A rapidez que com que se lê, não combina com o incômodo que permanece. Aos poucos, Rasif vai compondo uma colcha de retalhos feito com vida e palavra.

O POVO - Com você, o terreno da literatura é acidentado. O ponto faz as vezes de rochedos (pequenos, talvez, mas rochedos). Por que é assim?
Marcelino Freire - Porque eu respiro assim. Porque uma palavra minha nunca está estacionada em um lugar. Ela salta, dança, se suicida. É preciso ler os meus contos com os ouvidos bem abertos. O tempo todo eu estou "improvisando". Rebolando, embolando em chapa quente. Em pedra quente, embaixo do sol. O que eu escrevo é música, é repente. Acho que é por isso que o meu ponto não é fixo, não é final...

O POVO - Como se deu Rasif?
Marcelino - Eu sempre penso em um livro para os contos que tenho disponíveis, entende? A maioria de uns contos meus, recentes, falava de homem-bomba, guerras nucleares e particulares. Falava de uma língua perdida, de um povo distante. Então pensei em um livro para esses contos. Um livro sobre fim de mundo, final de existência. Aí, falando com uma amiga escritora, Adrienne Myrtes, ela me lembrou que a palavra "Recife" tem origem no árabe "Rasif". Pronto! Eu tenho a minha Árabia própria, que maravilha! E com essa onda de livros árabes, pensei, por que não colocar também a minha pipa para voar [risos]? Brincadeirinhas à parte, gostei disto. Deste lugar chamado "Rasif". E ali fiz habitar os meus personagens. O subtítulo "Mar que Arrebenta" é o significado, no tupi-guarani, da palavra "Pernambuco". Achei legal isto, esta geografia, este cu de mundo que recriei.

O POVO - Em praticamente todos os contos de Rasif, os personagens estão em estado pleno de discordância, há um desconforto latente, como se viver fosse experimentar apenas a estranheza de estar no mundo. Esse é um sentimento seu?
Marcelino - Sim, você acertou em cheio. Há um desconforto, uma desambientação, um desenraizamento. Eu vivo em São Paulo desde 1991. Continuo sendo um estrangeiro por aqui. Meu novo livro é um livro "estrangeiro". Tem línguas mortas, povos antigos, gritos pré-históricos. Minha vontade é sair "gritando, urrando, soltando tiro", como bem diz um dos meus personagens. Se eu não fosse escritor, eu seria um homem-bomba. Acho muito corajoso, de uma poesia trágica ser um homem-bomba, não acha?

O POVO - Marcelino, você é da chamada Geração 90. Entre eles muitos deiraram vários cantos do Brasil e foram para São Paulo. Você considera que faz parte de uma geração que trouxe novos elementos para uma literatura brasileira em crise?
Marcelino - Não sei se eu trouxe "novos" elementos. Trouxe algumas coisas assim, comigo. Mais crises, talvez. Um linguajar, uma cantoria, uma agonia, um aperreio qualquer. Mas esta é só a minha maneira de escrever, de me vingar. Eu não me canso de dizer isto: escrevo porque quero me vingar de algo. E essa vingança veio cheia de gingado. Eu trouxe na bagagem do meu ouvido esse jeito de narrar, de construir uma história, uma memória, uma derrota, sei lá...

OP - Você participou na semana passada de uma feira de livro, aqui pertinho em Mossoró; vai participar da mega-bienal de São Paulo que abre esta semana. Com tanta feira de livro no Brasil, você acha que eles, os livros, estão em alta?
Marcelino - A-do-rei Mossoró! Mulher, que cidade maluca! E fiquei com a lembrança do cangaceiro Jararaca no meu juízo [ele foi morto em Mossoró e virou "santo" por lá]. Gosto que festas literárias aconteçam. Em Paraty, em Mossoró, na Cochinchina. Quanto mais a literatura estiver circulando por aí, melhor para o livro, para o escritor, para o leitor. Não vejo mal nenhum nisso. Essa suruba toda...

OP - Como editor, você coordenou a edição da antologia Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século. Agora, está preparando a edição de uma antologia de contos gays. O escritor Flávio Moreira da Costa já fez quase tudo em termos de antologias, aliás, elas nascem a toda hora, encerrando século, temas, o diabo. Para um leitor, qual a vantagem desse tipo de trabalho?
Marcelino - Nem eu agüento mais antologias [risos]. Mas acho boa essa reunião de contos em um único livro. É bom para pesquisar, para conhecer vários autores de uma paragrafada só. Como toda antologia, depende de quem esteja organizando a coisa. Sobre a antologia de contos gays, que estamos organizando eu e o Santiago, ela ficou para o ano que vem. Está uma beleza! Chama-se "Contos para Ler Fora do Armário".

OP - O que aconteceu com o romance que você começou a escrever?
Marcelino - Meu romance está engavetado, largado no buraco-negro do meu computador. Não sei quando vai sair. Eu não tenho disciplina, não tenho fôlego para narrativas longas. Continuarei nos meus contos/cantos/ladainhas curtas, ao que parece. A merda de escrever um romance é que a gente termina um capítulo e vai dormir com um outro. Os personagens ficam navegando no nosso juízo. E eu quero dormir, não quero escrever...

SERVIÇO
Rasif. mar que arrebenta
Livro de contos de Marcelino Freire. Ilustrado por Manu Maltez. Editora Record.
124 pgs. R$ 26

Manu Maltez é músico, arranjador e ilustrador. No livro que Marcelino Freire está lançando, Rasif.O Mar que arrebenta, Maltez tascou as gravuras que cercam, finalizam e complementam a narrativa. O convite para ilustrar a obra surgiu há dois anos. A conversa entre os dois foi se fortalecendo até que texto e imagem ficassem de mãos atadas, emaranhadas. Manu construiu os desenhos. Marcelino continuou burilando os textos. No final, as gravuras em metal arrebatam e envolvem Rasif. "Gosto de pensar que as imagens ficaram no livro como se fossem 'visões', elas não ilustram situações ou cenas dos contos, mas um possível imaginário de seus personagens", explica ele, por e-mail ao O POVO. (Regina Ribeiro)

O POVO - Como foi o seu encontro com o Marcelino para a realização de Rasif?
Manu Maltez - Marcelino me convidou para fazer o livro no final de 2006 (eu já tinha lido seus outros livros e gostava deveras de sua escrita), e me mostrou o material ainda não totalmente fechado (alguns novos contos foram entrando e outros saíram), e eu mostrei alguns desenhos que achei que tinham proximidade com a coisa, e realmente vimos que essa proximidade já havia de antemão. O "arabesco dos desenhos", seu grafismo visceral, orgânico, esses seres, urubus que são mar, que são mãos que são garras que são asas, uma grande parte disso já havia. Tem gravura inclusive que já existia antes do livro, como a que aparece depois do conto We speak english, ou como a imagem da capa que era um desenho, que depois passei para gravura e virou outra coisa. Assim decidimos que eu não ilustraria nenhum conto especificamente, apenas juntaríamos os dois universos, que se complementariam, um enriquecendo o outro. A partir daí, decidi que faria o livro todo com gravuras em metal, pois era algo que há muito tempo estava querendo fazer, e achei que a própria técnica da gravura (raspando, cortando, jogando ácidos sobre a placa de cobre) tinha a ver com o livro, com seus embates e conflitos, seu título rascante.

OP - Em vez de abrir, as imagens encerram os textos, o que torna a imagem um complemento da palavra. Foi assim que a estratégia foi pensada entre vocês?
Manu - Isto também pode ser visto de uma outra forma e vice-versa, uma vez que a primeira coisa com que o leitor se depara é a gravura da capa, que aparece novamente na abertura do livro antes dos contos. Gosto de pensar que as imagens ficaram no livro como se fossem "visões", elas não ilustram situações ou cenas dos contos, mas um possível imaginário de seus personagens, como eles seriam por dentro, e essa é apenas uma das possíveis leituras, ficou uma coisa bastante sugestiva. A nossa "estratégia" ao longo de mais de um ano de elaboração do livro, na verdade foi a de sempre manter o diálogo, Marcelino trazendo textos novos e revistos, e eu mostrando minha produção de gravuras. Fizemos também ao longo desse tempo, apresentações visuais/lítero/musicais do livro em diversos locais da cidade, com Marcelino recitando, projeções das gravuras e eu tocando contrabaixo e piano (sou músico/compositor) e outros músicos convidados. Assim, foi um processo demorado e cheio de diálogos, experimentações e interatividade, e ao final desse tempo, fomos juntando as coisas, e procurando uma ordem natural entre elas. Na verdade são duas linguagens completamente diferentes, que funcionam também muito bem separadas, mas que ganham uma dimensão toda especial juntas num mesmo livro.

O POVO - O texto do Marcelino é curto, pincelado de pontos, cortando o pensar. Esse dados poético da narrativa teve qual efeito sobre as imagens?
Manu - A grande graça é que são dois universos de linguagens muito diferentes mas com muita coisa em comum, inclusive na parte formal/estrutural, existe uma escrita no desenho, e um desenho na escrita, ... é difícil explicar.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pernambucano assume cadeira na Academia Brasileira de Letras

A notícia é de bom alvitre, mas o que é mais engraçado é o Sr.Muniz Sodré concorrendo a uma cadeira.Que expressão tem este cidadão para ter a audácia em candidatar-se.Coisas do Brasil!!!!!!!
Bom, ocorre que ele se acha o máximo, haja visto palestras vistas e ouvidas quando eu ainda tinha saco,e quando assim eu fiz percebi que o mesmo se acha o show dos shows com sua empafia de intelectual das comunicações.Só falta José Marques de Melo, candidatar-se ao posto, como capitão nordestino que é dentro do meio institucional das engrenagens polítiqueiras das suas sociedades científicas .



Pernambucano assume cadeira na Academia Brasileira de Letras

Do JC Online

Geraldo Holanda Cavalcanti, 81, recebeu 20 votos e conquistou a cadeira 29 da ABL
Divulgação
O escritor pernambucano Geraldo Holanda Cavalcanti, 81, recebeu 20 votos e conquistou a cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Seus concorrentes eram o ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau (10 votos), o presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré (8 votos) e o músico Martinho da Vila, que não recebeu nenhum voto.

O poeta tradutor, ensaísta e memorialista Holanda Cavalcanti já havia tentado integrar a academia há quatro anos, mas retirou candidatura para não disputar a vaga com amigos.

Por mais de quatro décadas, o pernambucano atuou como diplomata. Foi embaixador no México, na Unesco e na União Europeia. Entre as obras publicadas figuram O Mandiocal de Verdes Mãos (1964), Poesia Reunida (1998) - pelo qual conquistou o prêmio Fernando Pessoa, da União Brasileira de Escritores- , Encontro em Ouro Preto (contos, 2007) As Desventuras da Graça (memórias, 2010).

Fonte: Com informações da Folha.com

PARA UMA COMUNICAÇÃO NO TRÂNSITO MELHOR.


Em grandes cidades, como São Paulo, não se fala de comunicação no trânsito, refiro-me aos motoristas entre si, sobretudo.Não se usa regras , como as determinadas, pisca-pisca para direita , para esquerda, não se enfileira no lado correto para entradas a direita ou a esquerda etc. .A comunicação é quase inexistente.Os super carros se acham com direito de livre passagem e os semáforos é como se fosse para estes um complicador .Percebe-se a distinção de classes sociais , quando da imposição de ações no trânsito.O maior, o mais veloz , os de super marcas querem obediência aos menores, de marcas populares, como os de motores 1.0.A gentileza é rara, não há sinais de agradecimentos, como antigamente, como piscar de faróis , buzinar levemente agradecendo etc.O jovem de classe média faz e desfaz no trânsito, faz zigue - zague , cortam etc.
Somos os civilizados anticivilIzados para a complexidade que nós próprios criamos, dentro de nossas máquinas e na interação com as mesmas dentro do espaço social.
Buscamos a democracia na política-governo, mas não sabemos nos governar democraticamente dentro do mínimo espaço social cidadão-as vias - o trânsito.
O respeito ao pedestre é infame. não se respeita, muito menos os idosos , crianças e os portadores de deficiência.
Que cidadania é esta?
Onde esta o Detran, e nós, sim NÓS?
Onde estão as políticas públicas de ações educativas no trânsito em São Paulo, e aqui destaco o Recife, PE,com educadores de trânsito nas ruas e avenidas de grande fluxos
Todos somos cidadãos ou queremos ser e para isto temos que ser educadores em todos os espaços sociais.
E, por fim, desprezamos a GENTILEZA, ela não é adorno, ela é pacto de vida.
paulo a c vasconcelos

terça-feira, 1 de junho de 2010

Violência e Mídia

A mídia segue faturando com a violência na sua grade de programação, e agora a GLOBO também adere.
Esta violência fatura, publiciza, mostra técnicas , e faz novos comportamentos violentos, ou será que a mídia é ingênua a ponto de não perceber seu poder de publicidade, mudança de comportamento e Educação para violência?
Interessante é não se pensar em educação, distribuição de renda e a miséria a que parte da população do povo brasileiro esta submetida, em suas várias esferas por omissões de inserção do jovem criança e adulto em políticas públicas de lazer cultura educação.
E o papel da mídia qual será?Apenas montada no cordel da informação fazer mais violência?
Onde anda a educação permanente? ou esquecemos deste conceito que perpassa as mídias?