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terça-feira, 17 de setembro de 2019

A inveja de colegas e o corporativismo Universitário Conservador

Facebook Dra.Mara Telles

Capturas do Face-Profa.Dra.Mara Telles-UFMG
Estamos com você Mara!
E ainda se fala que se quer uma universidade aberta junto com a comunidade e entrando na mídia!
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Amigos:
Soube há pouco que o meu Processo Administrativo de Dedicação Exclusiva - PAD - finalizou.
Fui julgada por denúncias anônimas na Ouvidoria da UFMG e por outras assinadas por colegas que me acusavam por questões morais e por supostamente ter violado a Dedicação Exclusiva - isto é - por ter fraudado as minhas funções como professora.
Nos anos de 2018 - 2019, período das denúncias e processos, orientei defesas de teses de mestrado.
Finalizei com êxito teses de doutorado.
Temas inovadores como partidos espanhóis, PSOL, institucionalização de partidos na América Latina: emergência da extrema-direita.
Publiquei artigos em periódico Qualis.
Artigo na Alemanha, sobre financiamento de campanha com grupo da UFGRS.
Fiz pareceres para revistas de ponta na Ciência Política e afins. Foi difícil recusar e aceitar.
Organizei dezenas de mesas redondas em associações nacionais e internacionais.
Coordenei instituições e congressos internacionais.
Palestras e conferências no exterior e no Brasil.
Missão eleitoral na Índia.
Muito avião em classe econômica.
Coordenei, como Diretora, a Associação Brasileira de Ciência Política - Regional Sudeste da ABCP.
Fiz pesquisa sobre a Direita; survey e censos com politilogos. Paguei do meu bolso.
Foram na ABCP - Sudeste mesas, milhares de e-mails para integrar a Ciência Política.
Livro inteiro sobre os Mais Médicos; capítulos sobre a Lava Jato; a extrema-direita; sobre a crise política brasileira.
Coordenei Especialização e ministrei cursos.
Estive em bancas de mestrado, doutorado e qualificação.
Ministrei aulas na graduação e na pós - graduação.
Nunca faltei a elas.
E, participei como cidadã de dezenas de atividades: ruas, rádios, Tv.
Ah, e candidata à deputada somente para defender a ciência, a universidade e LGBT’s. Não ganhei nada: queria levar visibilidade a excluídos.
Fali!
Mas, fui denunciada na Ouvidoria da UFMG por discriminação racial, por grupos de esquerda.
Fui denunciada também por grupos de extrema-direita da “Escola sem partido” por ter proposto um seminário sobre representação e sub- representação de negros, mulheres e indígenas.
Respondi a todas as denúncias.
Trabalhei como um camelo; me defendo como uma Aia.
Mas, chegaram sobre minha pessoa denúncias por participar do BBB.
A academia não me perdoou. Fui considerada culpada.
Na minha ficha-cadastral passa a constar “violação de Dedicação Exclusiva”.
A partir de hoje sou alguém violadora.
Tudo isso é muito triste.
Tudo isso me faz desistir.
Adoeci. Digam Amém.
E me deixem em paz.
ps: continuo andando de ônibus e devendo à CEF.