REDES

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Grupo de igualdade racial pede visão antirracista -DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA 20.11.

 



Imagem: Jessica Michels


A PRESENTE MATÉRIA MIGRA DO GGN  VIDE l1nq.com/YPekb

Grupo de igualdade racial pede visão antirracista a outros grupos de trabalho

No dia da Consciência Negra, intelectuais pedem que luta seja vista em perspectiva ao se apresentar medidas para novo governo




Do Brasil de Fato

Grupo de transição de Igualdade Racial pede que todos GT’s adotem políticas antirracistas

Neste 20 de novembro, dia da Consciência Negra, o grupo temático (GT) de Igualdade Racial do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma nota pedindo que os demais GT’s, independentemente da área, tenham em vista a luta antirracista no momento de formalizar as sugestões para as medidas do novo governo.

“Se há acordo de que o racismo é um fenômeno estrutural e que nos últimos anos ele recrudesceu em nosso país, como podemos construir políticas públicas antirracistas para além daquelas já previstas e que serão executadas na recriação do Ministério da Igualdade Racial?”, questiona o grupo de trabalho.

O GT é formado por Nilma Lino Gomes, ex-ministra de Igualdade Racial; Givânia Maria Silva, quilombola e doutora em sociologia; Douglas Belchior, fundador da educador e fundador da Uneafro; Thiago Tobias, advogado; Ieda Leal, do Movimento Negro Unificado (MNU); Martius das Chagas, secretário do Planejamento de Juiz de Fora; Preta Ferreira, liderança da Ocupação 9 de Julho e ativista do movimento de moradia; e Yuri Santos Jesus da Silva.

“Avançar em uma democracia antirracista significa que cada área da transição de governo, indaguem e olhem para si mesmos e para a situação de desigualdade racial e social existentes no Brasil e insiram o combate ao racismo nas políticas que serão formuladas pelos ministérios que representam”, conclui o texto.

O integrante do grupo, Douglas Belchior, nome cotado para assumir o futuro Ministério da Igualdade Racial, afirmou ao Brasil de Fato que “o governo Lula é depositado de muita esperança, temos muita confiança na liderança de Lula. Esse é um governo que será aberto ao diálogo com a sociedade civil, com o movimento negro e os movimentos de direitos humanos. Essa é uma tarefa coletiva, de reconstruir esse país e políticas públicas.”

O documento do GT ressalta outras reflexões para este momento de transição. “Se negros e negras somam 75% entre os mais pobres, como aponta o IBGE, toda e qualquer política de combate à pobreza e à fome terá de ser, obrigatoriamente, antirracista.“

Os membros do GT sinalizam caminhos que precisam ser adotados, por exemplo, a implementação de tratados e convenções que já existem, porém não se veem aplicados na prática. São citados a Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação e Formas Correlatas de Intolerância, a Convenção 111 da OIT, a Constituição Federal e o Estatuto da Igualdade Racial.

Momento histórico

Antes de trazer as propostas, o texto do GT destaca como este 20 de novembro é diferente dos demais. O grupo elenca o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016 e o “desgoverno” de Jair Bolsonaro (PL) como fatores que causaram retrocesso no combate ao racismo no país.

“O povo brasileiro marginalizado que mais precisa de um Estado forte, a saber, a população pobre, negra, LGBTQIA+, as mulheres, os indígenas, os quilombolas e demais povos tradicionais, as pessoas com deficiência, as crianças e a juventude sofreram ainda mais com as mortes que poderiam ter sido evitadas durante a pandemia da Covid-19, com o desemprego, a violência e com o retorno do Brasil ao mapa da fome.”

O texto ressalta como neste período, entre o golpe de 2016 e a eleição deste ano, o Movimento Negro se manteve presente e liderou diversos protestos políticos. 

Destaca, também, que o atual momento, em que o país vive um governo de transição formado por mais de 200 pessoas, é um fato inédito e de suma importância.

“Os ventos da emancipação social e racial nesse momento político de construção de diagnóstico do país e indicação de pontos a serem considerados pelos futuros ministros e ministras são uma tarefa relevante da transição.”

Nelson Mandela

O texto finaliza citando o líder sul-africano Nelson Mandela, que presidiu o país na década de 1990 e faleceu em 2013. O GT destacou uma frase emblemática da liderança:

“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”.


domingo, 20 de novembro de 2022

Morre Hebe de Bonafini, a histórica presidenta das Mães da Praça de Maio, aos 93



A POLÍTICA É UMA FORMA DE VIVER, DE ENCARAR A VIDA, DE  ESTAR VIVO-

Hebe de Bonafini

ABRINDO- Uma mulher guerreira que buscou justiça ante os crimes  da ditadura Argentina. Uma tigresa, cuja poesia foi a ação política de denúncia de fascistas-torturadores e assassinos. Foi uma exitosa de conclamar o povo A POLÍTICA, aos seus direitos , a buscar seus entes desaparecidos/assassinados.Foi  uma líder mundial reconhecida,esteve no Brasil.O mundo é menor e frágil sem sua presença,apesar de sua idade era uma mulher atualizada e assim comprova a entrevista.ADIOS HEBE,PERO GRACIAS POR VIVIR CON NOSOSTROS.PAULO VASCONCELOS

ABAIVO MATÉRIA por - REVISTA FORUM-  l1nq.com/v6dWa

“Obrigada e até sempre", escreveu a vice presidenta Cristina Kirchner; "incansável lutadora pelos direitos humanos", escreveu o presidente Alberto Fernández


Escrito en GLOBAL el 

A presidenta das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, faleceu neste domingo aos 93 anos.

O governo argentino decretou três dias de luto em “homenagem a Hebe, à sua memória e à sua luta que estará sempre presente como guia nos momentos difíceis”.

O presidente Alberto Fernández, informou o Twitter da Casa Rosada, "se despede com profunda dor e respeito de Hebe de Bonafini, Mãe da Praça de Maio e incansável lutadora pelos direitos humanos". Veja:

"Querida Hebe, Mãe da Praça de Maio, símbolo mundial da luta pelos Direitos Humanos, orgulho da Argentina. Deus te chama no dia da Soberania Nacional... não deve ser coincidência. Simplesmente obrigada e sempre vinculada", escreveu a vice-presidenta, Cristina Fernández de Kirchner, como despedida:

JÁ PAG12 ASSIM ESTAMPOU:l1nq.com/NnZSM

La despedida de Estela de Carlotto a Hebe de Bonafini: “Personas así llenan la historia”  

La presidenta de Abuelas de Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, recordó a Hebe de Bonafini como una gran luchadora. Por AM750, relató cómo se conocieron y afirmó que es un día de duelo para toda la Argentina.




La presidenta de Abuelas de Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, despidió a Hebe de Bonafini, quien murió este domingo a los 93 años tras permanecer internada varios días en el Hospital Italiano de La Plata. En diálogo con AM750, aseguró que su voz y su temperamento van a quedar en la historia argentina. “Tuvimos diferencias, pero era una gran luchadora, es un día muy triste para todo el país”, sostuvo.

Es una enorme tristeza, sabemos que no somos eternas, pero compañeras de hace 46 años. Con dificultades. No deja nada que no sea su fuerza, la fuerza de Hebe, con errores como tenemos todas, caminó, hizo de esta necesidad de las mujeres, de las Madres y las Abuelas, de encontrar y saber dónde están y qué hicieron con ellos”, afirmó Estela de Carlotto en declaraciones a Deportivo 750, por AM750.

“No compartí muchas cosas, pero no significa que somos enemigos ni mucho menos, la lucha es la misma y el dolor es el mismo, es un día de duelo, seguramente la vamos a extrañar, porque personas así llenan la historia”, agregó la presidenta de Abuelas. “Su temperamento sembró mucho, la van a seguir quienes desde el cielo van a recibir sus reprimendas o sus halagos, hay que respetarla desde el dolor y el silencio”, puntualizó Estela.

En su recuerdo, Estela de Carlotto además relató cómo se conoció con Hebe de Bonafini. “Siempre fue una mujer fuerte, el dolor lo tenía por dentro, seguramente, como todas nosotras. La conocí porque cuando me transformé en una luchadora con las Abuelas, Chicha Mariani que había sufrido la primera pérdida y buscaba a su nietita y la seguimos buscando, vivía a unas cuadras de la casa de Hebe, estuvimos en su casa varias veces, compartiendo experiencias”, contó.

“La tarea de Abuelas se bifurcó porque no buscábamos de la misma manera que a los adultos. Ahí la conocí, me di cuenta que era una mujer fuerte, pero era una más, luego ella tomó el liderazgo. Son 45 años, la recuerdo como era, de proponer ideas, proponer a dónde ir y con quién hablar. Viajamos mucho por el exterior para tener ayuda, muchos organismos para que se supiera lo que pasaba en Argentina. Tengo muchos recuerdos de ella”, sintetizó.

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

O Nordeste existe? RONALDO CORREIRA DE BRITO -- FLAGRA NO FACE




RONALDO CORREIRA DE BRITO -FOTO ACERVO PARTICULAR








Ronaldo Correia de Brito *

Rubens Figueiredo e eu participávamos de uma mesa sobre literatura brasileira, quando me fizeram a tradicional pergunta, essa que se tornou curricular para mim: você se considera um escritor regionalista? Rubens, nascido no Rio de Janeiro, pediu o microfone e afirmou ser um regionalista, jamais um universalista. Ele traduz e estuda literatura russa, sabe que apesar da divisão entre eslavófilos e europeizados, os escritores se preocupavam em criar para leitores da Rússia, pensando neles. Refletiam sobre o povo russo e chegavam às grandes questões do homem, sem veleidades universalistas.
No Brasil, desde o começo do século passado, havia um desejo de escrever semelhante a europeus e norte-americanos modernos. Gilberto Freyre e vários intelectuais criaram um movimento em oposição à Semana de Arte Moderna de 22, o Movimento Regionalista-modernista, de 1926. Da valorização da cultura regional, surgiu o romance de 30, com Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Erico Verissimo, para citar apenas alguns nomes.
Assumidamente avesso aos resultados da Semana de 22, Graciliano Ramos achava que os modernistas brasileiros confundiam o ambiente literário do país com a Academia e traçavam linhas divisórias, mas arbitrárias, entre o bom e o mau, querendo destruir tudo que ficara para trás, condenando por “ignorância ou safadeza” muita coisa que merecia ser salva. Com desconcertante franqueza respondeu quando lhe perguntaram se era modernista: “Enquanto os rapazes de 22 promoviam seu movimentozinho, achava-me em Palmeira dos Índios, em pleno sertão alagoano, vendendo chita no balcão”. Se o regionalismo idealizado por Gilberto Freyre em reação aos modernistas ajudou a polemizar a cena literária brasileira, também acentuou uma linha divisória que já existia desde as capitanias hereditárias, agravou a tendência em separar a produção intelectual do Nordeste e Sudeste.
Desculpem essa digressão didática, mas necessito dela para responder a pergunta que me fazem. Considerem que existiram cânones do regionalismo e do romance de 30. Passados noventa anos, não se escreve mais com essa linguagem, a menos que seja um caso de anacronismo. Mas se vocês consideram ter nascido e morar numa região, e vivenciar a cultura local como regionalismo, eu me assumo regionalista. Na Feira de Frankfurt, em 2013, onde eu era o único escritor residente no Nordeste na comitiva do Brasil, fiquei feliz em estar ao lado de Guimarães Rosa num belo stand, apresentados como escritores regionalistas.
A questão é mais séria do que imaginam. O empenho de intelectuais e acadêmicos de diversas áreas – sociólogos, antropólogos, críticos literários – em folclorizar e subestimar o valor da produção cultural das regiões brasileiras, fora do eixo Sudeste, que detém o poder econômico e da informação, é bastante desleal e antigo. Cabe na análise das causas uma leitura política, por serem indissociáveis. Do Rio de Janeiro vieram os comandos que reprimiram a Revolução de 1817 e a Confederação do Equador, movimentos republicanos emancipatórios do Nordeste. Também do Sudeste chegaram as forças militares que esmagaram Canudos. De lá veio a orientação para bombardear o Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, comunidade do interior do Ceará, no Crato, que sonhava com um novo modelo de sociedade.
Tratava-se de populações caboclas, descendentes de índios e escravos retomando o modelo dos quilombos e tribos. Somos mestiços de negros, índios, portugueses, judeus, sírios, libaneses, árabes, ciganos, holandeses e de muitos outros povos, falamos o mesmo idioma brasileiro, mas temos padrões culturais diferentes. Gilberto Freyre defendia nossa miscigenação, contrariando o que a ciência equivocada do século XIX e início do século XX condenava como degenerescência racial, o que levou muitas nações, inclusive o Brasil, ao delírio da eugenia.
Cometeram erros históricos ao nos interpretarem. Sendo do Rio de Janeiro, não havendo nascido no sertão de que trata em sua obra, Euclides da Cunha contribuiu para codificar o que lhe pareceu sertão, guiando a academia, leitores e gerações futuras a buscarem o modelo estabelecido por ele de semiárido habitado por bárbaros, sub-raça ameaçada de desaparecer.
Os Sertões, livro preconceituoso, supremacista, racista, cientificamente ultrapassado tornou-se a cartilha em que universidades e gerações de leitores formaram um imaginário de sertão e do homem sertanejo. O processo é semelhante ao dos orientalistas em relação ao Oriente. Da mesma maneira que o Oriente é corrigido e penalizado por estar fora dos limites da Europa e América do Norte, o sertão do Nordeste brasileiro sofreu por se encontrar fora dos limites da sociedade do Sudeste. Foi igualmente “sertanizado” por acadêmicos e cientistas.
Edward Said refere os dois aspectos do Oriente que o distinguem do Ocidente, na geografia imaginativa europeia: a Europa é poderosa e articulada; a Ásia é derrotada e distante. A China ainda não havia se tornado o que é hoje, é bom lembrar. Vale o mesmo para o Nordeste e o Sudeste? Perdemos o poder econômico e cultural, deixamos de estabelecer regras, desde a chegada de D. João VI e sua corte ao Rio de Janeiro. Já no século XVIII tentava-se controlar as migrações de sertanejos do “norte” para os sertões “paulistas”. Paulista não se referia apenas aos nascidos no Estado de São Paulo, mas a uma legião de bandeirantes, criadores de gado, grileiros de terras e mineradores, que ocupavam São Paulo, Goiás, Paraná e até territórios do Piauí. Portanto, esse “sudeste” já definia leis, espaços, conceitos, padrões e até o que nós, da banda de cá, podíamos ser e sonhar.
Não cabem aqui todas as questões suscitadas por essa pergunta. Nem sequer desenvolvi o tema do preconceito e do racismo, visceralmente ligado à nossa formação. Semelhante a Kafka eu também poderia ter assumido o não lugar, o não pertencimento, como muitos nordestinos fazem por sobrevivência. Mas isso seria impossível. Em tudo o que escrevo reafirmo minha geografia de nascimento, a origem, onde vivi no passado e onde escolhi morar no presente.


*Ronaldo Correia de Brito é escritor e médico, nasceu em Saboeiro, Ceará, em 2 de julho de 1951.

Foi escritor residente da Universidade de Berkley (Califórnia), participou de diversos eventos

internacionais, como a Feira do Livro de Bogotá, o Festival Internacional de Literatura de Buenos Aires, o Salon du Livre de Paris e a Feira do Livro de Frankfurt. Sua carreira artística envolve as mais diferentes linguagens, como literatura, teatro e música. São de sua autoria O baile do menino deus (teatro), Lua Cambará (disco), Faca (livro de contos), Galiléia (Prêmio São Paulo de Literatura), Estive lá fora (romance) e O amor das sombras (contos).

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

ROLANDO BOLDRIN - O DIZEDOR DAS LINGUAGENS DO BRASIL-APOI RAIGANDO A CAXA DO HOME QUE VIROU UM RAI DE SOL

 


                                                                FOTO por   l1nq.com/HLWgS

APOI RAIGANDO A CAXA DO HOME QUE VIROU UM RAI DE SOL

Este foi um dos poucos Brasileiros que pela mídia estatal soube lamber, exaltar ,contar o ouro daS PALAVRAS DOS BRASILEIROS.Com sua veia de ator  sabia dizer, narrar e dramatizar o que é que o BRASIL TEM no âmbito da Cultura,das Artes.Soube violar-de violão- o Brasil continental com a régua do sensível da poiesis,poetou,disse o seu país com letras maiúsculas,como diria ZÉ da LUZ,poeta paraibano e aqui faço uma paródia ...'ARMOU ARAPUCAS PRA PEGAR AS PALAVRAS DOS BRASILEIROS" nas mais diversas linguagens.O Brasil perde uma pérola estelar. O BRASIL ficará mudo,mouco por um tempo,ainda mais com a viagem finita de GAL COSTA.

Ambos cruzaram as linhas tortas certeiras do país mastigando com  salivadas anchas em suas expessões artísticas,sem fronteiras e limites de nome e renome.Como diria Manuel de Barros, ou melhor pondo palavras como se fora de sua boca "ele(a) olhou os pés das mãos na boca do bicho falante e estatalou o Brasil e o mundo".PAULO VASCONCELOS

Biografia de Rolando Boldrin

POR l1nq.com/HLWgS  via LAURA AIDAR

Grande nome da cultura brasileira, Rolando Boldrin (1936-2022) foi ator, compositor, cantor e apresentador.

Após uma longa carreira de mais de 60 anos, faleceu em São Paulo em 9 de novembro de 2022, deixando um importante legado, sobretudo para a música caipira.

Infância e juventude

Nascido no interior de São Paulo, em São Joaquim da Barra, em 22 de outubro de 1936, Rolando veio de uma família simples e teve onze irmãos.

Aprendeu a tocar viola ainda criança e aos doze anos fazia dupla musical com seu irmão. Juntos eram Boy e Formiga e tiveram certo reconhecimento na rádio local.

Boldrin se muda para a cidade de São Paulo aos 16 anos para tentar uma nova vida. Ele então realiza diversos trabalhos, como sapateiro, garçom e frentista, até que consegue dar continuidade à carreira.

Carreira

Em 1960 fez uma participação no disco de Lurdinha Pereira, cantora que viria a se tornar sua esposa anos depois.

Seu primeiro disco, intitulado O Cantadô,  foi lançado em 1974. Mas antes, ainda na década de 50, começou a atuar na TV Tupi, contracenando com nomes importantes como Laura Cardoso e Lima Duarte. Depois, ao longo da vida, participou de cerca de 30 novelas, 5 filmes e várias peças de teatro, inclusive pelas companhias Arena e Teatro Oficina.

A profissão de apresentador surgiu nos anos 80, à frente do programa Som Brasil, da TV Globo. Depois passou a apresentar Empório Brasil Empório Brasileiro, no SBT e Rede Bandeirantes, respectivamente.

Foi em 2005 que inaugurou Sr. Brasil, apresentado pela TV Cultura, no qual permaneceu até o fim da vida. O programa, assim como os anteriores, tinha um formato próprio, em que Boldrin contava causos e apresentava cantores e compositores, principalmente da música caipira e que valorizavam a cultura popular.

Em seu site oficial, o multitalentoso Rolando Boldrin afirma:

Sou fundamentalmente um ator, esse tem sido meu trabalho a vida inteira; radioator, ator de novela, de teatro, de cinema, um ator que canta, declama poesias e conta histórias.

Morte

Rolando Boldrin morreu aos 86 anos. Ele havia sido internado no Hospital Albert Einstein e, após dois meses, apresentou insuficiência cardíaca e renal, falecendo em 9 de novembro de 2022.

A esposa, Patrícia Maia Boldrin, deixou uma mensagem em suas redes sociais em que diz: 

"O amor da minha vida voltou para casa. Foi o melhor ser humano que eu conheci. Sou grata por compartilhar com ele os melhores momentos da minha vida. Meu amor, vai em paz".

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

GAL FOI.....NA PRATEADA NUVEM- GZH E BIA ABRAMO CANTA EM CRÔNICA GAL..

 


                                                l1nq.com/G3C5T  Andréa Graiz / Agencia RBS

UM SOL QUE NOS DEIXA PARA AGASALHAR-SE NO ALÉM, LEVA UM POUCO OU MUITO DE NÓS BRASILEIROS EM HORA DE TANTO ESTAMPIDO.

ANTES DE PARTIR FEZ O L DE LUA,LUZ,LULA,LIVRE E LINDA.SEU CANTO,SUA GARGANTA FICARÁ POR MUITO TEMPO EM NÓS

;A MOÇADA SABERÁ CUIDAR,COMO FEZ COM ELIS,NARA,SELMA E TANTAS OUTRAS.

VAI GAL MAS CUIDE DE NÓS,VOCÊ DEIXOU-NOS SEM VOZ,HAVEREMOS DE NOS HABILITAR DE NOVO POIS O TEMPO É ESSA FORÇA ESTRANHA E HAVERÁ DE NOS RECOMPOR,TALVEZ,SE HOUVER TEMPORALIDADES SUFICIENTES PARA ALGUNS.

MEU CHEIRO GRANDE PRA VOCÊ,SEMPRE AGARRADINHO,LEMBRO VOCÊ ATRAVESSANDO DE BIQUINI AV BOA VIAGEM,ERA UMA FORÇA ESTRANHA MESMO SENDO SIMPLES. PAULO VASCONCELOS

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Brasil perde a voz e arte de Gal Costa, uma das maiores cantoras que o país já teve

Gal, que morreu de infarto aos 77 anos em São Paulo, deixa um legado de discos essenciais e interpretações definitivas


Gal Costa estava com a turnê "As Várias Pontas de uma Estrela" marcada

l1nq.com/G3C5T

Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada. A informação foi confirmada ao g1 pela assessoria da cantora.

Considerada uma das maiores vozes da MPB, Gal era uma das atrações do festival Primavera Sound, realizado em São Paulo no último fim de semana, mas teve sua participação cancelada de última hora. De acordo com a equipe da artista, ela precisava se recuperar após a retirada de um nódulo na fossa nasal direita e ficaria fora dos palcos até o final de novembro, seguindo recomendações médicas.


A cirurgia ocorreu em setembro, pouco após sua apresentação em outro festival de música em São Paulo, o Coala. De lá para cá, ela não havia voltado a se apresentar, mas já tinha datas de shows da turnê As Várias Pontas de uma Estrela marcadas para dezembro e janeiro. 



A artista chegou a se apresentar com a turnê em Porto Alegre no ano passado. O show que homenageava seu amigo Milton Nascimento ocorreu no Salão de Atos da PUCRS, em 2 de dezembro.

Na ocasião, Gal falou a GZH sobre o retorno aos palcos, após dois anos afastada por conta da pandemia de covid-19

— Apesar de tudo isso, eu tenho esperança de que dias melhores virão. A esperança move a humanidade e a gente não pode desistir — comentou.

Sobre seus planos para 2022, Gal havia dito que planejava fazer muitos shows:

— A música é muito importante para mim porque me dá equilíbrio. Eu quero cantar.

Durante a quarentena, Gal produziu o disco Nenhuma Dor. O álbum traz a cantora interpretando clássicos de seu repertório em duetos com vozes masculinas — como Baby, com Tim Bernardes, Coração Vagabundo, com Rubel, e Meu Bem, Meu Mal, com Zeca Veloso.

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Brasil perde a voz e arte de Gal Costa, uma das maiores cantoras que o país já teve

Gal, que morreu de infarto aos 77 anos em São Paulo, deixa um legado de discos essenciais e interpretações definitivas



BIA ABRAMO IN JORNALISTAS LIVRES

l1nq.com/k1kJ0

Por Bia Abramo

Dos quatro cavaleiros do após-calipso, a mais nova, a mais serena, a mais malemolente. A que seria mais injusto partir antes, mas talvez eu dissesse isso se qualquer um dos outros três Doces Bárbaros, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso, tivesse ido nesse dia de hoje, com céu azul e um frio estranho de novembro em São Paulo, dia 09 de novembro de 2022.

Maria da Graça, Gracinha, Gal; uma cantora de voz com um alcance impressionante e uma verdadeira curadora de música brasileira morreu aos 77 anos em São Paulo. Nascida em 1945, em Salvador, Gal era uma adolescente quando foi lançado “Chega da Saudade”, o disco de João Gilberto que acendeu uma fagulha incontrolável em centenas de jovens pelo Brasil todo, chamando para uma música que soava nova, vibrante e plena de possibilidades. Amiga de bairro de Sandra e Dedé Gadelha, foi apresentada a Caetano Veloso e Maria Bethânia e começou a carreira ao lado de Gilberto Gil, Tom Zé e os dois irmãos Telles Veloso em 1964.

Com Tropicália, o disco-manifesto de 1968, o grupo tropicalista baiano fez sua estréia-intervenção que, como na lição de João Gilberto, abriria uma vereda de inventividade & ousadia na MPB dali para frente e que seguiria como um farol de cores psicodélicas, shows incríveis e discos fundamentais iluminando os anos da Ditadura. “Baby”, composição de Caetano, como que anunciava a mulher jovem da contracultura (“Você precisa saber da piscina/ Da margarina/ Da Carolina/ Da gasolina/ Você precisa saber de mim”), numa esquina de uma das três cidades-sedes do tropicalismo (Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo), ouvindo “aquela canção do Roberto”.

Com uma voz afinadíssima, educada e límpida, Gal passava da suavidade bossanovística às distorções das guitarras em segundos. Conseguia imprimir a mesma intensidade aos sambas mais delicados e às popices vanguardistas mais experimentais. O impacto da voz de Gal nos primeiros discos dos anos 1960 a fez fulgurar num cenário já habitado por excelentes cantoras e cantores, mas com um sentido de autoria que, se não era exatamente inédito, passou a ser uma marca dessa geração.

Como Nara Leão e Elis Regina, Gal (e Maria Bethânia, numa trajetória paralela, mas que se encontrava de quando em quando) seguiram as vozes dissonantes do lugar da cantora-mulher, agora tornadas intérpretes-curadoras; conhecedoras curiosas da muita música que se fazia, reveladoras de novos compositores e verdadeiras criadoras de versões definitivas de canções, novas ou velhas.

Nos anos 1970, Gal faria nada menos que sete discos de estúdio mais um duplo e ao vivo que fixam aí este seu lugar de cantora imprescindível – Legal (1970), Índia (1973), Cantar (1974), Gal Canta Caymmi (1976) Caras & Bocas (1977), Água Viva (1978) e Gal Tropical (1979). “Fa-Tal – Gal a Todo Vapor (1971)”, fruto de um longa temporada de shows no Rio e em São Paulo do mesmo nome dirigido por Wally Salomão, além de ser frequentador contumaz de lista de melhores discos da MPB de todos os tempos, envelopa a experiência tropicalista como poucos outros – atravessa a tradição, aponta para o futuro e faz do presente uma aventura.

A turnê com os Doces Bárbaros, com Caetano, Gil e Bethânia, percorreu várias capitais do Brasil ainda sob o signo da Ditadura e, de certa forma, finaliza a experiência contracultural, num grande espetáculo performático e coletivo, com presença forte da cultura e da religião afrodescendente, dos ritmos baianos do litoral e do interior e, claro, do samba. Na década de 1980 e 1990, Gal percorreria uma sólida carreira como grande cantora, gravando canções ou participando de shows e discos com dois gênios da Bossa Nova, João Gilberto e Tom Jobim, e em parcerias com outras vozes gigantes da música brasileira Luiz Melodia, Tim Maia, Milton Nascimento.

Depois de um período de certa reclusão, que também coincidiu com o processo de adoção do seu único filho Gabriel em 2007 e os cuidados dos primeiros anos do menino, Gal voltou com o elogiadíssimo álbum “Recanto” em 2011 e desde então entremeou o lançamento de mais 3 discos (Estratosférica, 2015; A Pele Do Futuro, 2018 e Nenhuma Dor, 2021) com os registros de palco das turnês. Sorte enorme das novas gerações de fãs que puderam testemunhar a força da voz e da presença de palco de Gal, uma das maiores que tivemos.

Dona de uma vida tão linda e intensa, senhora de sua trajetória artística tão enormemente pessoal, Gal Costa se vai deixando um cometa não apenas de canções na sua “voz maviosa, extraordinária” como disse um Gilberto Gil às lágrimas hoje nas redes sociais, mas daqueles momentos plenos de cintilações que só os artistas essenciais, imprescindíveis, são capazes de produzir.

Evoé, ashé, Gal, brilha junto com as fagulhas, pontas de agulhas, com as estrelas de São João no firmamento. A gente segue aqui te procurando e te seguindo para sempre

terça-feira, 8 de novembro de 2022

A Internet das coisas TI OU IT OU A INTERNET DAS COISAS


 

Lula quer transformar a TV Brasil na BBC brasileira POR BRASIL247

 

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação / Ricardo Stuckert)

POR: l1nq.com/rR5xo

O presidente eleito afirmou que nenhum governo conseguiu mudar o estilo da BBC, no Reino Unido. Veja possíveis nomes comandar a EBC, responsável pela TV Brasil


247 - O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende fazer a Tv Brasil deixar o perfil de "emissora do governo" para se transformar numa espécie de BBC brasileira. O petista lembrou que nenhum governo conseguiu mudar o estilo da BBC, no Reino Unido. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (7) pela coluna NaTelinha

O próximo governante avisou a interlocutores que o canal deixará de acompanhar inaugurações e atos do governo. Lula quer espaço para minorias, para documentários e investimentos em programas de games, voltados para jovens.


A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) comanda a TV Brasil e é responsável pelas rádios públicas brasileiras. Segundo o governo federal, o orçamento da EBC foi de R$ 520 milhões em 2021 e a tendência é que o número seja maior em 2022. De acordo com profissionais de imprensa ouvidos por Lula, o número é mais que suficiente para fazer a mudança pretendida.

Possíveis nomes 

O jornalista esportivo Juca Kfouri é um dos cotados para comandar a EBC. Políticos próximos de Lula afirmaram que o jornalista não deve aceitar, caso o convite seja feito.

Outro nome é José Trajano, responsável por criar a ESPN Brasil nos anos 90 e transformá-la num modelo de gestão profissional.


O jornalista Leandro Demori, ex-Intercept e responsável pela Vaza Jato, foi lembrado. 

Também foram citadas as jornalistas Cristina Serra, ex-Globo, e Helena Chagas, secretária de comunicação do governo de Dilma Rousseff. 

Chefia da TV Brasil

O atual diretor presidente da EBC, é Glen Lopes Valente, que fica no cargo até março do próximo ano e foi nomeado por Jair Bolsonaro (PL). 


O critério entre os concorrentes oficializados será quem apresentar um projeto de acordo com as recomendações da equipe do governo. Após a escolha do presidente da entidade, terá início a busca por um nome para a direção de conteúdo e programação do canal.

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ATT

A TELESUR DEVE ENTRAR NO SPECTRO DA TV ABERTA E HISPANTV CGTN? ESPERO QUE SIM, que tal um pool comandado por JUCA KFOURI,EDUARDO MOREIRA,LEONARDO ATTUCH ,T CRUVINEL, RONAI ,J CARVALHO, NASSIF ,ENTRE OUTROS VIA PROJETO QUE LULA AMPLIARÁ. COM A NOVA EBC...

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

MARIA HOMEM, MARINA SILVA | POLÍTICA E PSICANÁLISE

António Damásio fala do teletrabalho, das patentes das vacinas e também da relação entre pandemia e memória

 


António Damásio por Diario de Noticias PT.   FOTO POR https://nyti.ms/3imM57b


O Diário de Notícias de Lisboa,do Global media group, nos oferta uma conversa com o neurocientista A.Damásio,vale comtemplar a leitura-https://bit.ly/3vQu7hh

"Normalmente não penso na morte ou em doenças e trabalho com entusiasmo. Mas aos poucos a pandemia obrigou-me a tomar consciência"

O neurocientista português a viver nos Estados Unidos entrou num avião pela primeira vez em ano e meio para vir ao Porto e analisa como a covid-19 está a mudar a vida das pessoas, incluindo a sua. António Damásio fala do teletrabalho, das patentes das vacinas e também da relação entre pandemia e memória.


Leonídio Paulo Ferreira e Pedro Pinheiro (TSF)