REDES

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

49 ANOS- O LIVRO É O MESMO ? capturas do face Regina Dalcastagnè

  Fonte: Shutterstock.com

A moda atual nas redes ditas sociais e da mídia, escondida por trás de marketing das grandes editoras é elevar o o livro, mas que rede social é essa? Da classe média, média alta que nos cercamos? Tudo depende do roll de pessoas que te cerca, certo?
Mas o fato é que o livro anda em moda em alguns cubículos destas esferas digitais, todavia ele não entrou no salário do povo brasileiro, não entrou nas escolas, nas universidades - sobretudo as privadas, que pouco  tem interesse em Literatura. As bibliotecas aqui neste país não têm a grande função de democratizar a leitura, nem o público as usam como deveriam. Pra que serve a Literatura?, perguntam eles.
O livro virou moda, nas classes ditas emergentes que hoje se solapam face o golpe, a crise e com elas as editoras independentes, alternativas vão na embolada.
As feiras de livros se propagam pelo país, o que de certa forma é bom, mas são mais festinhas para batismo literário. Não há uma política para o livro no brasil, a não ser uma mediana para o livro didático - claro, dá  grana ao bolso das grandes poderosas e seus conchavos e olhe, olhe! O livro é mercadoria como outra qualquer. O e-book não foi reconhecido ainda como livro para gozar de privilégios tributários, e assim vai. Damos as costas à literatura hispânica que nos rodeia e os editores pintam e bordam e faturam. Capto via Regina Dalcastagné a postagem que me levou ao link principal.
Paulo Vasconcelos

Uma pesquisa realizada na Universidade de Brasília (UnB) traz um relato desanimador sobre a literatura nacional: as grandes editoras seguem publicando obras de escritores brasileiros com o mesmo perfil há 49 anos. O trabalho compreende livros nacionais lançados entre 1965 e 2014. Mais de 70% deles foram escritos por homens, 90% são brancos e pelo menos a metade veio do Rio de Janeiro e de São Paulo.
A análise também entrou no enredo da literatura nacional e chegou à conclusão de que os personagens retratados se aproximam da realidade dos escritores. Cerca de 60% são protagonizados por homens, sendo 80% deles brancos e 90% heterossexuais.
leia mais em  http://bit.ly/2Aev9dt

sábado, 18 de novembro de 2017

Poesia...e goles decadentes ..Camilo Soares, recifense

Camilo Soares


Camilo Soares, recifense, jornalista, professor Universitário da UFPE, mora em Paris,  onde  faz doutoramento Paris 1 Panthéon-Sorbonne, é fotógrafo, um poeta ainda a se descobrir. Seu livro: Poesia, Mesa de Bar e goles decadentes, Nektar,Ufpe, 2103, reúne poetas da velha cidade do recife, dando vez a chamada poesia marginal.  
Camilo conheceu-os, por suas caminhadas em espaços becos, vielas mercados onde os mesmo se reúnem entre um gole ou outro, conversas jogadas ao leo. São eles os poetas: Miró da MuribecaZizo e Erikson Luna. Todos com obras publicadas, por edicões próprias ou editoras ou mesmo em fanzines.. 

Camilo  tem um faro social para Língua e Literatura, e ,claro, inebriado pelo  cenário do espaço em que os poetas se encontram, ele trabalha com cinema. Afora isto  sua imersão  nos movimentos literários como :Interário Zero(com André Telles) e  no grupo Terrorismo poético Recefalia. 

Diz Camilo : Recife é vária em poetas, mas foi necessário escolher. Miró me chamou aos olhos pela  crítica urbana ácida,  Zizo, me saltava pelo  grafismo poético, sua habilidade no desenho e na junção com as palabvras. Erickson Luna busca uma poesía, trabalhada e que apresenta um contradito face o modo de  vida ,mas a poesía asume sua forma inteiriça, grave, contudente.” 
Fazendo um breve recorte desses poetas: 

Miró- João Flávio Cordeiro :Sua obra foi objeto de estudo do mestrado em letras pela UFPE e foco de documentarios premiados como: Miró: Preto, Pobre, Poeta e Periférico, de W.Freire. Afirma ele: Estou agora escrevendo sobre a solidão, sobre as menininhas novinhas que são da bundinha dura e cérebro mole... ..Eu não tenho trabalhoentão  faço escreverEscrevo minha paranoia. Vivo de pensar. ..Mais nada. O resto me desconfortaNão acredito em mais nada.” http://bit.ly/1oBHBHy 
Sua poesía..Vício/sonhos de guerra/ontem fui bem louco/hoje fujo da chuva/abri meus olhos mo espaçocinzento/metais.. apud Soares,2013 

 Zizo  -José Maria de Lima Filho- foi inspiracão de Cláudio Assis, cineasta pernambucano  em Febre do Rato, cujo protagonista tem seu nome.Fez o  o fanzine Caos,conhece do negócio e transitou pela música, videoclipe pela MTV.Faz críticas ao livro que saiu de evidencia, segundo ele, indo para outras linguagens, como as imagéticas.Cultoentende e discute litertura, transita entre clássicos e contemporáneos  
seu poema :..confino-me em meu deserto:/um quarto farto do monge alerto/quando o  paraíso é comigo..apud Soares,2013 

Erikson Luna, ja falecido em 2007, foi figura do bairro da Boa Vista e de seu mercado –em Recife, culto mestre na poesía e na literatura, este conheci e tomei alguns goles. Em"3 X Não", um de poemas, publicado no seu único livro, "Do moço e do bêbado", diz: "Não creia em mimNão  futuro. Não me deixo pra depois". http://bit.ly/1kcDQFB 
E vomita o grande poeta:”é que  mim/deu de ser/doido dado/a viver/rir ao vento/alhear/Deu de em mim/de me dar/deu de vir/ e pasar/doido enfim/ tal qual tal.. apud Soares,20