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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

"a coisa mais difícil que fiz na vida foi permanecer fiel à minha classe de orígem"


F.FERNANDES por BRASIL247
FLAGRA DO FACEBOOK

João Palma Filho
UNESP-SP
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782820U8
2tSpon cdsorefmid


"O Professor Florestan Fernandes disse certa vez: ”a coisa mais difícil que fiz na vida foi permanecer fiel à minha classe de orígem”. E que “Vicente era a base do Florestan. Sem ele, talvez o Florestan nem existisse”.
A universidade finalmente deu a Dona Maria seu Florestan de volta, que não a abandonou, e o Brasil ganhou um dos intelectuais mais importantes da sua história, que soube interpretá-lo como poucos, criou bases científicas para uma geração de acadêmicos e intelectuais, capazes de apontar as raízes das mazelas do Brasil e o futuro da desejada nação democrática, igualitária, justa e livre.
A coerência com suas ideias, lealdade, rebeldia e o senso agudo de justiça, pareciam ser o esteio de sua vida. Foi assim desde criança, talvez influenciado por sua mãe, que demonstrou dignidade e firmeza de caráter nos momentos mais difíceis da vida dos dois; durante o período em que se dedicou à academia; como deputado constituinte; na vida pública; e até em situações cotidianas.
Certo dia, ele passou mal em casa, devido a complicações da hepatite C, (que mais tarde o levou à morte), chamou um táxi e foi para o Hospital do Servidor. Quando seu filho Florestan Fernandes Júnior chegou ao hospital, ele estava muito abatido, mas numa fila. Perguntou por que ele estava naquele hospital, se ele era deputado, podia ir para o Sírio Libanês, Albert Einstein, ou outro bom hospital, e por que ele estava na fila? Ele disse que foi para aquele hospital porque ele era servidor público e que aquele hospital era o que devia cuidar dele. E que ele estava na fila porque havia fila, cada uma daquelas pessoas estava com necessidade de atendimento como ele.
(Retirei do Blog de Laurez Cerqueira). O texto na íntegra está publicado na minha página no Face. Considerou leitura indispensável e parabenizo o Laurez.

*Florestan Fernandes (São Paulo22 de julho de 1920 – São Paulo, 10 de agosto de 1995) foi um sociólogo e político brasileiro. Patrono da sociologia brasileira sob a lei nº 11.325 [1], também foi deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), tendo participado da Assembleia Nacional Constituinte.[2][3] Recebeu o Prêmio Jabuti em 1964, pelo livro Corpo e alma do Brasil[4] e Foi agraciado postumamente em 1996 com o Prêmio Anísio Teixeira.[5][6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Florestan_Fernandes