REDES

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O caso de Karol Eller é um ótimo exemplo


Foto arquivo -Mauricio Pelegrini
Conheço Mauricio, um ser e tanto, intelectual- UNICAMP - História- Michel Foucault.
Ora em Paris, seu doutorado,  nos brinda com a matéria que capto do seuFacebook :
...........
Texto da Odara Da Matta Soares
É inacreditável como a Esquerda brasileira consegue ser facilmente manipulada e atraída por arapucas e provocações da Direita.
O caso de Karol Eller é um ótimo exemplo de como as pautas LGBTI, e da Esquerda brasileira, não sabem como, nem onde, se posicionar diante de algum dilema moral ou ambiguidade ideológica.
Karol Eller é uma FASCISTÓIDE há anos! Ela está, no mínimo, meia década defendendo ideias e interesses da Extrema Direita Neoliberal. Se posicionando ao lado de Aécio, Cunha, Bolsonaros, Olavo de Carvalho e outras figuras de mesma estirpe. Está, estes anos todos, fazendo discursos anti-minorias, INCLUINDO discursos anti-Feministas e anti-LGBTI. Está desde sempre defendendo Meritocracia, interesses Estadunidenses, discursos pró-armamentistas, enfim, sendo INSTRUMENTO e VOZ de nossos algozes e opressores, tendo se tornado parte integrante deste sistema. Ela não é uma vítima, muito menos é inocente.
"Ain, mas ela levou uma surra"
Diz a Esquerda com bandeira Anti-Fascimo que até ontem dizia que com fascista não se discute, que fascista conversa com o corturno na cara.
"Ain, mas ela é mulher e lésbica"
Então o fato dela pertencer a grupos de minoria isentam ela de ser fascistóide? Agora devemos perdoar opressores e algozes quando estes forem parte de um grupo de minoria social? Pois se sim, isso faz destas pessoas as ARMAS PERFEITAS dos inimigos. Vamos relevar Damares e a Jeanine Áñez Chávez por serem mulheres, ignorando toda opressão que defendem, democracias que derrubam e pessoas que prejudicam. Vamos perdoar Fernando Holiday pelas desonestidades, farsas e posicionamentos dele, pois ei, é negro.
NÃO É ASSIM QUE A COISA FUNCIONA!
"ain, mas ela apanhou por homofobia e lesbofobia"
Será mesmo?
Onde está o saudável Ceticismo?
Estamos falando do CULTO Bolsonarista, os mesmos que orquestraram uma falsa facada pra vencer uma eleição. O mesmo grupo que não tem escrúpulos em culpar os Índios, ONGs e até o Leonardo DiCaprio como responsáveis pelo incêndio que eles mesmos organizaram via Whatsapp. O mesmo grupo que inventa "kit gay", "ideologia de gênero", "marxismo cultural" e "mamadeira de piroca" pra criar medo e alimentar a intolerância no brasileiro. O mesmo grupo que quer te convencer que a Ditadura Militar não foi ditadura, que não se impôs via golpe, mas por revolução popular, e que um torturador é herói da nação. O mesmo grupo que nega racismo, diz que a escravidão foi benéfica pros negros e que a culpa é dos africanos. Enfim, o mesmo grupo que sempre chamou de "mimimi" e "vitimismo" as vítimas de LGBTIfobia, Racismo, Feminicidio, etc. O Grupo, aliás, da qual Karol faz parte e as ideias que defende.
O outro lado desta história conta uma versão bem diferente desta história, sobre uma Karol Eller sobre influência de cocaína e álcool, se passando por autoridade, ARMADA, arrumando treta e começando a briga. Algo MUITO CONDIZENTE com o comportamento esperado e comprovado de Bolsonaristas. Vemos diariamente relatos do tipo.
Entendam a armadilha que a Direita Fascistoide faz pra essa Esquerda deboísta que se acham Cristo e Buda:
1- Eles SABEM que nós vivemos dizendo que "nunca devemos duvidar da vítima"
2- Eles SABEM que dizemos que "não devemos soltar a mão de ninguém"
3- Eles SABEM que os grupos supostamente LGBTI (mas que resumem TUDO à homofobia) não toleram episódios de "homofobia"
4- Eles SABEM que dizemos que Fascistas/Nazistas não merecem pena e que quem se senta com eles é também um deles.
Sabendo de tudo isso, criam uma armadilha (que não é a primeira nem será a última - lembrem do maquiador bolsominion). Ao afirmarem, COM AJUDA DELA (que devo lembrar, senta ao lado dos fascistas), que foi um episódio de Homofobia. Pronto, armadilha montada e todo mundo da esquerda hegemônica cai nela facilmente.
O objetivo? Criar caos e ruptura. O famoso "Dividir e Conquistar", como estratégia.
Aí temos uma CORTINA DE FUMAÇA prefeita.
O incidente não foi - assim espero, mas não duvido - planejado, mas uma vez que ocorreu, está sendo usado perfeitamente com estes objetivos.
Se não ficamos do lado dela, dirão que somos "hipócritas" e demos as costas a uma lésbica "só por ser bolsonarista"
Se ficamos do lado dela, dirão que "pra ajudar lésbica, esquecem que é bolsomibion, mas quando é homem hetero, mesmo arrependido, é culpado e opressor, que, portanto, somos "hipócritas"
Entenderam a jogada? Não importa como vocês se posicionem, eles vencem com o episódio mesmo assim, pois não temem a desonestidade. Pra eles os fins justificam os meios.
Enquanto as Esquerdas debatem se deve dizer "eu avisei" ou ficar do lado da "vitima; Se o fato de ser Fascista precede ao fato de ser mulher ou lésbica, ou se é o contrário; Se devemos acreditar incondicionalmente nela por ser mulher ou se iremos cair no que pode ser mais uma farsa do Culto Bolsonarista, eles estão ali PRIVATIZANDO NOSSA ÁGUA, passando e vetando leis com uso DA BÍBLIA, barbarizando pobres, trabalhadores, mulheres, negros, índios, meio ambiente e muito mais, pra beneficiar a burguesia e seus interesses colonialistas e capitalistas.
Temos que parar de morder estes anzóis que nos jogam.
Temos que parar de acreditar que ser de Esquerda é ser pacifico, zen, namaste, deboísta.
Temos que parar de relevar minorias que traem seu grupo pra se aliarem aos algozes opressores. Essa gente é tão - ou MAIS - inimiga do que os demais.
E a Karol? Aprendeu com o ocorrido? QUE NADA. Agora mesmo ela está usando e sendo usada pelo Regime Bolsofascista pra desacreditar militância feminista, militância LGBTI, e dizer que "Olavo tem razão". Não tem que ficar do lado dela. Ela NÃO É uma de nós, é um instrumento da Direita Conservadora. É disso que devemos nos lembrar.
Texto da Odara Da Matta Soares

O Rio de Janeiro de Lima Barreto

PARA TODOS BOAS FESTAS SEM CONSUMO EXAGERADO



PARA TODOS BOAS FESTAS SEM CONSUMO EXAGERADO-PAZ /AMOR E RESPEITO AO OUTRO COM AS DIFERENÇAS RESPEITADAS-QUE ESTEJAMOS EM SINTONIA COM O HUMANO QUE É TÃO FRÁGIL.
PAZ,PAZ.

Derecho a la vida - Detrás de la noticia

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Crise: espaço e representação


Resultado de imagem para espaço
Pt Wikipedia


Crise: espaço e representação

Profa.Dra.Elza Dias Pacheco – ECA/USP, DR. Paulo Alexandre Cordeiro de Vasconcelos –ECA-USP









“a presença só é presença a distância, e esta distância é absoluta, ou seja irredutível.” M. Blanchot



Resumo
O presente artigo busca discutir alguns pon- tos críticos nas relações entre espaço e inteligência e as novas propostas midiáticas – internet e os projetos de educação, do ponto de vista do imaginário e da cognição, na estrutura inteligente perpassada pela ordem da representação nos valores da escrita, leitura e imagem.







1- Localizando

A crise da representação, desde Nietzsche, é a crise do homem e de seu tempo, inclusive da Escola, e isto é propício para acreditar- mos na Teletopia. Exercício de estratégias do poder sobre o saber e, ironicamente, em tempos de globalização. O espaço é o foco, como lembra Virilio, as distâncias são engessadas a custa de um espaço que se curvou ao tempo. Tende-se a uma confusão entre um espaço do saber em crítica constante, função dialógica, com um espaço da informação ou espaço que colabora na arquitetura dialógica mas que não exonera o grupo presencial, função da política no sentido amplo.. O es- paço do saber é o espaço em que predomina a corporalidade dos sujeitos na soma das diferenças e no tato mais profundo com o real. O espaço do saber é crítico, pois há de preponderar às diversidades para ser inclusivo. O espaço como categoria fundante do homem perpassa suas genealogias, assim como o do corpo. O corpo, do ponto de vista da física, habita o espaço e isto lhe constitui. Assim as idéias de corporalidade e espacialidade se imbricam.
A matéria é também noção genética que constitui o corpo e o espaço. Estar, é constituir-se de matéria numa corporalidade espacial. O espaço é, pois, lugar do corpo,da matéria e nele se constitui o sujeito do conhecimento. O conhecimento é a forma de dizer e constituir o espaço. O espaço, em quaisquer que sejam suas predicações, se constitui na arquitetura do humano sustentado por um duplo da fisicalidade e do psíquico.

O sujeito implicado no espaço, ao conhecê-lo, o faz de modo significativo, na condição de homo-semioticus e daí então atribui sentido, e por assim fazê-lo, procede à marca e apreensão da matéria, corpus de conhecimento. A história da educação é a história do sentido e compreensão do homem, na ordem do valor, ou valores, e sob esta regulação está a sua produção de conhecimento. A história dos saberes se proclamou pela ordem de significação expressiva das linguagens e dos seus discursos respectivos. Fundada estava também a ordem da representação.

A representação é a certidão e o esforço, magnitude humana na consecução do seu projeto da chamada inteligência. Nesta, fundam-se os paradigmas do espaço, do tempo, da compreensão da matéria, do signo, da representação, das linguagens, discurso e conhecimento.
A comunicação, em sua estrutura genética, finca-se na ordem da corporeidade da matéria humana e estrutura inteligente e, filogenicamente, se expressa através da representação discursiva. Tal ordem lhe permitiu adentrar ao campo das próteses midiáticas e, num verdadeiro rizoma, alastra-se com po- tência dialógica, o que permitiu constituir os investimentos midiáticos na ordem de uma mundialização da cultura, da economia, do consumo, construindo suportes para um projeto instrucional. Aglutina-se aqui o real e o virtual como projetos para educação.

Alguns paradigmas que cercam o nosso tema necessitam de apresentação de modo a situá-los para assim criarmos uma seqüência ou decomposição temática do que queremos abordar.

2-A leitura como forma de entender o mundo

Antes de tudo é preciso que entendamos o significado do conceito de leitura e escrita para que possamos mergulhar nas implicações de nosso enfoque. Ler, é antes de tudo dar, dar sentido, propor sentido, perceber, decifrar, interpretar, colher, percorrer, inquirir, reconhecer. A escrita é o alvo da leitura. O campo é o da escrita sobre o qual é percorrido pela leitura.

O mito como estrutura filogênica humana, se estabelece na conjugação dos dois tempos – da Escrita e da Leitura. O mito se estrutura pela linguagem, e como forma de leitura do mundo, deixa rastros de escrita no corpo da cultura. Entendamos aqui, que tanto a escrita como a leitura, se dá no campo do visível, palpável, perceptível, sem necessariamente ser palavra, sem ser reduzido ao seu registro pleno enquanto escrita alfabética.

A escrita é o espaço, em que se deita o mundo e sua colcha de sentidos e significa- dos, tramada nos mais diversos pontos em que a linha do espaço possa convergir e se articular. A escrita é leitura, pois se lê pelo que se dá na visibilidade.O que se faz visível, é o que esta em relação com o dizível, é o que se conecta em visibilidade e ascende ao poder da leitura como escritura. A trama do espaço, da matéria, é a trama da linguagem, constituída nas suas ofertas de liga e trama e estratégia. A linguagem é a que esculpe o campo no espaço e faz a trama do texto. Posta sobre o espaço em matéria, debruça-se o texto para na trama da linguagem ser escritura e leitura, como síndrome de cumplicidade.

O conhecimento ou o saber ou o sabor do outro (numa visão barthesiana) - assim se estriba nas rédeas da representação, mediada pelos estribos da linguagem, tecida na escrita cúmplice da leitura. Todo sujeito do conhecimento se diz pelo seu objeto.Todo objeto pressupõe o sujeito que lhe decifra na representação à qual vive ou se lhe diz.

A representação é uma forma de se fazer apresentar o objeto da materialidade crua do mundo para transversá-lo pela trama do signo, da palavra, etc..e assim outra vez apresentá-lo. A representação é da ordem do sígnico ou simbólico, do real possível e do imaginário.
É através da representação e do triádico – simbólico-imaginário e real – que vai se compondo ao longo do processo histórico as realidades representativas que perpassarão a escritura, seja ele desde a simples escrita, aos discursos híbridos – vídeo, tv, redes – nas suas diversidades textuais ou intertextuais.

Como haveremos de refletir, o hipertexto decorre deste processo, ou seja, de um pro- cesso de representação rizomático, numa visão deleuziana, todavia, em que prepondera a condição dialética perceptiva do escritor versus leitor, ou como diria Barthes, de um sujeito da leitura com desejo de usurpar o lugar do escritor. Este comportamento, tem sido nos dias de hoje, aquele a que se pre- tende o aprendizado pela via da web.

O leitor com força de querer ser o autor, e ai estaria o saber fluido na educação a distância, entretanto, o leitor no sentido amplo, como situamos no início, não se reduz
a um campo sígnico, mas a todos os possíveis campos sígnicos de modo a permitir uma visão de complexidade e de totalidade, de intertextualidades. Reduzir a leitura a um campo é forma de exclusão e de negação do espaço ao leitor – maior sujeito do saber, e sempre autor e co-autor de um projeto coletivo do ser. Reduzir a leitura ao verbal é uma hipertrofia do saber, é diluir um imaginário em frações.

3 -O conhecimento/representação e imaginário

O Co-Construtivismo seja na perspectiva Piagetiana ou Vygotskyana não se furtam em reconhecer a idéia de representação ou do caráter do signo como elementos centrais ao conhecimento.
Piaget partindo do caráter biológico do conhecimento, e assim o faz principiando pelo caráter da ação-motriz enquanto destaque de uma ação mediada pelo corpóreo, parte para outra interface do conhecimento na ordem psíquica e semiótica, em que observa a presença da imitação e sua projeção em uma arquitetura em que se destacam os esquemas e estruturas. Salienta o mesmo que, a inteligência é da ordem bipolar biológica e psíquico-semiótica, e é nesta instância complexa que se instaura a representação e as- sim a comunicação. A imitação para ele é forma prefigurada da representação em que pontuam as condutas mediadas por comportamento sensório- motor.

A imitação na perspectiva de Baldwin, re- vista em Piaget, se faz a partir de um sujeito em sua corporeidade e num modelo, no en- tanto, outro sujeito aparece, para o qual se projeta a imitação simples e diferida, e em ambas, a categoria da presença física é estruturante. Tal conduta permite levar o sujeito ao domínio futuro do conceito de abstração e assim a uma concepção da representação e do virtual.

Há aliás uma concordância entre os co- construtivistas no sentido de que, a representação é elemento construtivo do conhecimento (Piaget, Vygotsky e Wallon). O espaço entretanto, para Piaget, é alvo de considerações para a sua compreensão do que vem a ser a inteligência na sua diversidade complexa, biopsíquica. ( Piaget: apud Francastel-128 :1988).

O espaço na criança é inicialmente “POSTURAL E ORGÂNICO” ou, o corpo , é o seu movimento. Sucede-se a este o espaço projetivo em que ai se encontram os corpos – outros – predicados de qualidades e sinto- mas, o movimento, a constância, entre outros fenômenos. A terceira fase é aquela em que surge a função semiótica do signo, em que através deste a realidade deverá se submeter. Aqui há uma partilha ou submissão do real ao campo do signo, da representação.

O Espaço do desenho infantil, na sua su- cessão de etapas é bem a história da sucessão destes espaços. Para Piaget o espaço é, sobretudo, a ação do que inicialmente representação.
A conquista de um espaço perspectivo é conquista sígnico-lógica, em que demanda os transversamentos de estruturas e esquemas que pervertem a materialidade concreta para adentrar em estratégias do signo nas suas nuances lógico-matemática e assim ascender a um espaço euclidiano.
A leitura das imagens em quaisquer dos seus suportes ajudam a criança a inserir- se nesta fase do espaço medido, projetivo. A imagem, e a imaginação, respectivamente nas formas materiais-imagem figurada e imateriais - imagens mentais, imaginação - permitem promover as estratégias geométricas que representam a realidade. A representação do espaço tridimensional em espaço bidimensional.

Esta última etapa esta na fase da inteligência abstrata ou formal . Agora pensemos, em que medida a escola dá ao desenho, à representação pictórica do mundo, o lugar necessário para entender as estruturas complexas da imagem?
A imagem nos suportes de revistas e de outros meios é calculada matemática e geometricamente , e em que medida isto é explicitado a criança?
Não se trata de apenas produzir um esté- tico, mas compreender as mutações do esté- tico pela ordem dos discursos técnicos que submeteram dia a dia a imagem ao governo da matemática. Ao mesmo tempo como aliar a imaginação ao quadro de novos suportes da imagem se não tivermos o conhecimento destes suportes?
Parece-nos então que na atualidade, medi- ante o reinado do virtual, se dá na estranheza igual, ou seja , sem compreendermos a relação numérica da imagem do mesmo modo que a matemática sustenta as estruturas do espaço em rede.

O Virtual reina e governa desde que a representação se estabeleceu pela ordem do pacto simbólico ou sígnico. Paira sobre nós uma idéia de novo virtual, em que se parece querer desconhecer a tensão dialética entre o real e virtual, ou sobrepor um novo virtual que pretende querer ser mais do que o aquilo que lhe deu potência, o real. As técnicas da representação parecem querer assumir lugar no papel da apresentação, e portanto, do real. Derivação desmedida do poder sobre o saber. Negação perplexa da inteligência ou crise das tecnologias da inteligência artificial.

A Medição cardiaca,d o coração, é o virtual possível em que se estriba a correspondência de freqüência, que permite fazer aparecer faces do que vem a ser a musculatura cardíaca. O gráfico é um flagra de um aspecto, não é o objeto, é o seu flagrar virtual possível.

A página da rede não é a pagus dos antigos mas tem potência para ser espaço, de se- meio, de cultivo de signos, de texto, de sen- tido, de discurso. Espaço de scriptu com potência para a leitura, pois é passível de ser marcada. Linguagem matematizada pelo compasso de digitus em que se freqüentam discursos reduzidos à ordem matematizada dos sistemas rizomáticos. Sistema panóptico da ordem sistêmica. Assim fomos do cálculo grego à sua arquitetura, da eletricidade nervosa ao vampirismo da imagem ôntico elétrica.

O espaço da rede recobre o social diante do que ele é em síntese: o representacional possível que ele entorna mas não se con- funde ao social. A rede é veiculo, faz uma veiculação, transporta, mas não é o visível do concreto material social.

Tal confusão faz-nos pensar numa igual contradição em que se pensa o tempo sobre o espaço, quando o tempo está para o es- paço e não sobre o mesmo. Pensamos pois que a inteligência artificial que formula um rizoma é mais uma das técnicas de representação, ou uma metáfora, do espaço, todavia, sempre lembrado como resultado da constância da inteligência humana praticada, estruturada numa corporeidade orgânica.

Antes de mais nada não nos pomos aqui como apocalípticos, mas como consumido- res críticos de uma nova história que se es-

4- Representação: rizoma / inteligência / virtual

A inteligência para Piaget é, sobretudo, a soma de constructos mentais em formas de equilibração, ou seja, o caráter da reversibiidade que nada mais é que a possibilidade de saber proceder num retorno ao ponto de início. É entender o deslocar no equilíbrio de ir e vir mentalmente, um desconstruir e reconstruir. O sujeito inteligente é o sujeito tocado, afetado pelo mundo na conformidade interna biopsíquica em que se processa o conhecer mediado pela lógica da ação ajustada nas linguagens. O caráter da inteligência é como o do rizoma, que por todos os lados se entra, se liga, se estrutura e se estende, se conjuga. A inteligência é múltipla, diversa, é tecida pela rede de conhecimentos, de compreensões do possível imaginável, da possibilidade de ser de modos diversos apresentado- reapresentado.
As linguagens, através da ferramenta sígnica, permitem a representação que é sem- pre da ordem do virtual. O virtual, já nos lembrara Deleuze - “não se opõe ao real, mas somente ao atual. O virtual possui uma plena realidade enquanto virtual” (Deleuze 1988:135). A representação é da ordem do código que a apresenta, e mais, ela o é pelo seu pulso virtual, ou seja, pelo poder de não sendo a mesma que a realidade que corres- ponde ela é a sua possível re-apresentação, correlação.
A pintura e o retrato não são a realidade, da mesma forma que, a representação dos batimentos cardíacos, suas curvas, não são escreve em outro estilo e que nos cumpre enquanto participes deste tempo repensar esta escritura. Aqui nossas considerações ficam endereçadas a uma perspectiva da criança em formação, em termos de crianças em situação de ensino fundamental.

5- Comunicação: rede-educação 

A comunicação está pois hoje, e é sobre- tudo o que se diz, nas próteses, portanto, na rede. Esta por sua vez sustenta-se numa espacialidade da imagem, assim, sua redução é primeira ao campo do visível em movimento que no e pelo movimento em luz, diz-se tornar mais comum ou mais expandida, alcançando a diversidade nas práticas das interfaces.
A comunicação aí é vista muito mais como informação, a comunicação fica assim presumida pela ordem da síntese em suporte e densidade discursiva. A educação pensada pela educação a distância, isolada do mundo presencial, é da ordem do visível pronto na sua sintaxe presumida de uma didática adestradora, exaurida na repetição do visível. Isto é demanda válida, todavia, com senões para efeito de uma educação formadora infantil.

O desejo na educação a distância excluindo o presencial, solapa o critério da representação para pretender ser a apresentação do mundo, pois em assim sendo derrapa, visto que é apenas ferramenta da representação.
Se a comunicação presume sempre o cálculo da entropia, re-traduzir a educação presencial ao campo dos instrumentais a distância deve ser ponderado. São bem-vindas as ferramentas e próteses que nos permitem aumentar o poder do imaginário, da comunicação e das ferramentas para educação, mas trocar a ferramenta pelo objeto ao qual ele produz é equivocar-se de igual forma entre os espaços do sujeito e de outro lado seu objeto. É a traição da inteligência por si mesma.

Não se deve confundir ato e potência como se percebe de igual modo ao afirmar a web como zona proximal na perspectiva vygotskiana. Antes de tudo a perspectiva de Vygotsky se dá em cima da competência da escola, portanto do ensino, isso quer dizer que sempre o social há que ser mediado pela interveniência do professor instrutor. De outro modo, é entender que no campo do conhecimento como fruto das relações so- ciais, há um espaço real construído imaginariamente pelo sujeito, há um outro com potência para ocupar este espaço imaginário do sujeito entendido como real e que, entre es- tes dois, funda-se um espaço proximal onde se dá a mediação. Entendamos que a mediação é sempre simbólica, portanto, é um processo de semiose, ou seja, de caráter absolutamente humano. A zona de desenvolvimento proximal é portanto zona colaborativa;

... de acordo com Vygotsky, para ob- ter uma avaliação abrangente do funciona- mento cognitivo de um indivíduo é necessário que nos ocupemos da atividade colaborativa e investiguemos esse tipo de atividade em que o indivíduo mais competente (adulto) “conduz” ou “medeia” o desenvolvimento do aluno. A investigação dessa atividade cola- borativa( na zona de desenvolvimento proxi- mal) jogará um facho de luz sobre a natureza das estratégias cognitivas do aluno e sobre aquelas funções que estão prestes a se de- senvolver( e que podem estar presentes tanto na atividade colaborativa como na assistida) (Daniels:237:1994).

Deste modo, pensamos que a web sendo uma ferramenta e signo pode ser potência para nascimento de uma zona de desenvolvimento proximal, tendo a mediação de um tutor, professor que conduza o fato a uma re- flexão cognitiva, não em um espaço virtual, mas em um espaço “real”, portanto presen- cial e vivo.

A educação, o ensino, antes de qualquer coisa é procedimento de seqüência, para li- dar não só com os saberes, erguidos em feixes disciplinares, mas para erigir a condição do humano, na sua arquitetura inteligente - que aglutina, para discutir.

A web-internet tem potência discursiva, mas não se confunde com o ato. O ato é a própria inteligência do sujeito que se erigiu a milhões de ano no projeto ontogenético hu- mano, a tecnologia por excelência, que propiciou criar suas próteses como a inteligência artificial
Assim, a máquina – o computador – traduz-se numa ferramenta de atalhos, de capacidade informática de forjar procedimentos inteligentes, de cálculo, e tem em suas conexões potência como hipersigno que é para promover o ensino-aprendizagem. Todavia, pensamos que tal ferramenta não dispensa, em situações de crianças e jovens, de estar provida de uma tutela, de instrutor /professor que permita, inclusive dialogicamente, adaptar, atualizar, repropor, situações significativas, tirando assim maior proveito na capacidade inteligente do aluno, bem como operando no potencial máximo da máquina enquanto ferramenta de mediação do conhecimento.
Barbero e Rey chamam atenção para o fato desta nova sociedade da informação invadir nosso meio, salientando então a necessidade da escola em inteirar-se, atualizar-se destas mediações, ou seja, assumindo esta “tecni- cidade midiática como dimensão estratégica da cultura”.(Barbero e Rey:47:1999)

6 -Tecendo alguns argumentos conclusivos

Já não se pode negar que o computador enredou o mundo, tomou a escrita, no sentido amplo, e sublinhou o texto escritural. A racionalidade técnica está forjando um tempo novo. Há uma nova espacialidade constituída, onde se incrementam cada dia supor- tes /interfaces que buscam a aproximação do mundo numa rede, mesmo com tantos excluídos.
Mas, se a escrita-verbal, ainda faz também excluídos, ela já é o suporte instituído a milhões de anos. Em sucessão, a imagem cinematográfica e videográfica/televisiva apor- taram e adentraram a nossa cultura. Esta- mos em um tempo da cultura do consumo da imagem instituída no mundo. O imagi- nário nosso está adestrado por esses dispositivos técnicos, que no fundo também estão inseridos no imaginário da imagem, a trama da fantasia, a lógica do hiper-real. Por outro lado, no imaginário humano, linca-se com a ferramenta de novas simulações, caso das máquinas computacionais.

Constitui-se assim para a escola motivo de pensar esta prótese como todas as outras, desde o livro, de modo a melhor estabelecer uma reflexão crítica sobre esses dispositivos e inseri-los quando conveniente for, sem que com isso aderir por aderir. É incontestável pensar aglutinar, ajustar tais próteses, mas dentro de um quadro reflexivo da educação, pois esta tem como dever refletir o novo. A escola é espaço social e do saber, portanto tem responsabilidade para com a sociedade em expor sua reflexão, vez que a ela a sociedade entregou o papel de realizar o processo de formação do sujeito.

Entendamos aqui, escola, como espaço dialógico entre professores/ alunos e seus técnicos outros, e mais, junto à comunidade que a freqüenta.
Se caminharmos de modelos interativos na educação ao participativo, poderemos caminhar para o modelo cooperativo de modo à sempre prestigiar o conjunto-professores/ alunos/ técnicos/ sociedade. Buscaremos pensar até a nuance de um novo espaço de aprendizagem, a sala de aula mais ampla, co- laborativa, mas jamais sem pensar o fator dialógico como aquele pensado em Vygotsky no âmbito da zona Proximal.

A didática tem profunda responsabilidade em tal empreitada até mesmo para esclarecer os caracteres das relações interativas que se manifestam nas relações homem-máquina. Assim se coloca Cunha Filho e Neves ao manifestar suas análises semióticas sobre o ciberobjetos e os hipersignos, em que denunciam a falsa redução a apenas a qualidade ativa dos objetos, quando na verdade também se presentificam na rede situações de experiências digitais de quase passividade.(NEVES et alli:2000)


7 -Bibliografia

BARTHES, Roland. A aula. Trad. Leila Perrone. São Paulo: Cultrix, 1983
DANIELS, HARRY(ORG) Vygotsky Em foco- pressupostos e desdobramentos. Trad E.J.Cestari e M.S.Martins. Cam- pinas, SP: Papirus Editora, 1994.
DELEUZE, Gilles e Feliz Guattari. Mil Platôs-Vol1–Trad A.G.NetoeC. Pinto Souza.São Paulo: Ed.34, 1995.
DELEUZE, Gilles.Diferença e Repetição. Trad L.Orlandi, Roberto Machado.Rio de Janeiro: Graal,1988.
FRANCASTEL, Pierre.A realidade Figura- tiva. Trad M.A.L.Barros. São Paulo: Perspectiva, 1982.
LEVY, Pierre. O que é virtual. Trad. P. Ne- ves. São Paulo: Ed. 34, 1996
LEVY, Pierre Cibercultura. trad C.I.da Costa.São Paulo: ed.34.1999.
LEVY, Pierre.Tecnologias da Inteligência. Trad C.I. da Costa.São Paulo: ed 34,1993.
MARTIN-BARBERO, Jesus e Germán Rey. Los Ejercicios Del ver. Madrid: Ger- disa,1999.
NEVES, ANDRÉ et alii (org) Projeto Vir- tus: educação e interdisciplinariedade no ciberespaço. Recife: Editora Uni- versitária UFPE;São Paulo: Editora da Universidade Anhembi Morumbi,2000.
PACHECO, Elza Dias. TV e criança: pro- dução cultural, recepção e sociedade. (Espanha), trabalho de pós – douto- rado realizado na Espanha, São Paulo, Eca/Usp, 1992.
PIAGET, Jean e INHELDER, Barbel. A psi- cologia da criança. Trad. O. Cajado. Rio de Janeiro, Ed. Bertrand do Brasil, 1989.
PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. Trad. N. C. Caixeiro. Rio de Janeiro, Zahar,1983 a.
VIRILIO, Paul. O Espaço crítico.Trad. P.R. Pires. ao Paulo: Editora 34, 1993.
VIRILIO, Paul. A Bomba informática.Trad L.V. Machado.São Paulo: Estação Liberdade, 1999.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Trad. J. C. Neto, L. S. M. Bar- reto e S. Cafeche. São Paulo, Livraria Martins Fontes, 1984.
VYGOTSKY, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. in VYGOTSKY, L. S., Luria, A. R. & LEONTIEV, A. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Trad. M. P. Vilalobos. São Paulo, Ícone – Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
WALLON, Henri. Do ato ao pensamento. Trad. J. S. Diniz. Lisboa, Moraes, 1979 a.

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Na ponta do meu lápis tem apenas nascimento- MANOEL DE BARROS dizendo Paulo Freire




ELTON L.L. SOUZA FLAGRA FACE


"A justiça social tem que vir antes da caridade", ensina o educador Paulo Freire. Em seu método de alfabetização de adultos, Paulo Freire ensina algo que muito lembra Espinosa: o educador deve aprender com os educandos conhecendo-os não apenas como educandos, mas como agentes construtores da realidade em que vivem. Assim, o autêntico educador deve conhecer seus educandos não como objeto, como faz a douta academia, e sim como agentes que dão sentido ao mundo em que vivem. Mesmo que não saiba ler ou escrever, um homem dá sentido ao mundo em que vive por intermédio de palavras-ferramentas, as quais Paulo Freire chama de “palavras-geradoras”. 
As palavras-geradoras não vivem em livros ou dicionários, elas vivem no enunciado singular do homem no mundo. Assim, quem quer ensinar tem que aprender a ouvir tais palavras na fala social e coletiva. O professor é aquele que põe livros em sua fala, ao passo que o educador é aquele em cuja fala também se encontra a fala daqueles que com ele vieram aprender mais do que lições de livros.
As palavras-geradoras, autênticas palavras-potência, desenvolvem e explicam o sentido que nelas está implicado. Pois elas não são apenas palavras, elas são também ideias, percepções, cantares, repentes, sons ancestrais... As palavras do dicionário , ao contrário, são palavras-poder : elas não geram, elas apenas roubam a fala singular para impor uma fala abstrata, a fala sem gente da gramática . 

O sentido das palavras-geradoras não é apenas gramatical, pois elas estão umbilicalmente ligadas a um modo de vida, e nunca um modo de vida é apenas gramatical. Assim, a verdadeira pedagogia também é exercício ético da política, como pedagogia da autonomia. A palavra-geradora me lembra as palavras geradas do lápis do poeta Manoel de Barros, que dizia: “Na ponta do meu lápis tem apenas nascimento”. O contrário da palavra-geradora é qualquer uma que, mera palavra-destruidora, venha da boca de um fascista.

PELAS RUAS E BARES DO CENTRO- MANAUS

Gringos salen a las calles en todo EU para apoyar el impeachment de Trump

Trump acusa Pelosi de “minar la democracia” de EEUU con impeachment


La presidenta de la Cámara de Representantes, Nancy Pelosi, Washington, 17 de diciembre de 2019. (Foto: AFP)
FOTO AFP POR HISPANTV

http://bit.ly/2S9STrH

Donald Trump carga contra la presidenta de la Cámara de Representantes de EE.UU. acusándola de declarar la “guerra a la democracia estadounidense”.
En una carta enviada este martes a la presidenta de la Cámara de Representantes, Nancy Pelosi, el mandatario estadounidense, Donald Trump, ha calificado la votación en la Cámara baja como “un abuso de poder sin precedentes e inconstitucional por parte de legisladores demócratas”, y advierte de que “lo pagarán” en las urnas en 2020.
Esto no es más que un intento de golpe ilegal y partidista”, ha escrito Trump en una demoledora carta de seis páginas a Pelosi, en la que acusa a ella y a los suyos de “interferir con las elecciones” de EE.UU., “obstruir la justicia”, “minar la democracia” y “llevar dolor y sufrimiento” a todo el país por su “egoísta beneficio personal, político y partidista”.
En la misiva, enviada en la víspera del día en que se espera la votación de los congresistas sobre dos artículos de impeachment contra Trump, uno por abuso de poder y el otro por obstrucción al trabajo del Congreso, se señala que el juicio político supone una “guerra abierta a la democracia americana”.
LEIA MAIS EM    http://bit.ly/2S9STrH

EXCLUSIVO: Glenn Greenwald entrevista Evo Morales, o ex-presidente da Bo...

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

ONU acusa a Bolsonaro de violar tratados sobre la tortura





J.Bolsonaro foto AFP
A Hispantv sempre atenta aos desmandos do Brasil, na gestão atual, aponta os desmandos do mandatário atual e sua tendência ao poder despótico, ditatorial que traz em seu governo, e as constantes violações dos tratados internacionais, coisa normal para um fascismo que já não enxerga a democracia e a divisão de  vejam abaixo a matéria - ou vá até o original - http://bit.ly/2EuMZck

La Organización de las Naciones Unidas (ONU) denuncia que el presidente brasileño, Jair Bolsonaro, ha violado los tratados internacionales sobre la tortura.
Bajo la forma de un decreto presidencial emitido el pasado 10 de junio, el Gobierno de Bolsonaro modificó por completo su Mecanismo Nacional para la Prevención y Combate de la Tortura (MNPCT), cuyos 11 integrantes dejó sin salario y sin apoyo administrativo para cumplir con su trabajo.
Conforme a un reporte del Subcomité de la ONU para la Prevención de la Tortura, Bolsonaro ha violado tratados internacionales sobre tortura al modificar el MNPCT, creado en 2013 por la expresidenta brasileña Dilma Rousseff, según recogió el lunes el portal brasileño UOL.
El decreto presidencial ha debilitado severamente la política de prevención de la tortura en Brasil haciendo difícil que el MNPCT opere”, denunció el Subcomité del ente internacional.
Ante tal situación, el Subcomité de la ONU pidió la revocación del decreto presidencial para garantizar que el sistema brasileño de prevención de la tortura funcione de manera eficiente e independiente, de conformidad con las obligaciones internacionales.
Por su parte, un columnista de UOL afirmó que la denuncia de las Naciones Unidas profundiza la crisis de credibilidad de Brasil en términos de cumplimiento de los acuerdos internacionales, particularmente en el sector de los derechos humanos.
“Este es el primer hallazgo formal por parte de un organismo de la ONU sobre la violación de los tratados internacionales por parte de Brasil”, señaló.
Las polémicas declaraciones y políticas del mandatario brasileño lo han convertido en uno de los presidentes más impopulares del país en décadas. Una encuesta realizada por el Instituto Datafolha muestra que la imagen negativa de Bolsonaro pasó del 33 % en julio al 38 % en agosto.

BOLÍVIA la candidatura de Andrónico Rodríguez


Andrónico Rodríguez por NOCAUTE

Em que pese minha não total confiabilidade as mídias bolivianas, trago matéria de LA RAZON-BO.em que aponta Andrônico Rodriguez, como possível candidato do MAS-partido de EVO MORALES.Sempre apostei e aposto neste rapaz por uma série de qualidades suas, entre outras suas origens e tem a cara da Bolívia e seus povos originários, afora sua beleza e firmeza.Esperemos que haja eleições, pois com a Usurpadora, Añez, Camacho, Mesa e Murillo tenho dúvidas se haverá de fato eleições e estes mesmos  golpistas já ameaçaram.O Brasil progressista torce e apoiará, creio que o mesmo ocorrerá o Argentina, Cuba,Nicarágua e Venezuela.Para saber mais deste jovem acesse:Quem é Andrónico Rodríguez, o líder cocaleiro sucessor de Evo Morales na Bolívia


Bases del MAS impulsan la candidatura de Andrónico Rodríguez

Un encuentro departamental y otro de juventudes expresaron su respaldo al joven dirigente, quien hace poco se reunió en Argentina con el jefe de este partido y expresidente Evo Morales.
La Razón Digital / Baldwin Montero / La Paz
15:37 / 16 de diciembre de 2019
Dos encuentros de militantes de base del Movimiento Al Socialismo (MAS) otorgaron este fin de semana su respaldo al joven dirigente Andrónico Rodríguez para que postule en las elecciones presidenciales de 2020.
El primero fue un ampliado departamental del MAS realizado el sábado en el municipio de Cliza, en Cochabamba, en el que participaron representantes de organizaciones sociales, de las seis federaciones de cocaleros del trópico de Cochabamba y de las direcciones departamentales.
Allí se aprobó un pronunciamiento de 10 puntos, entre los que se incluye uno de apoyo a Rodríguez. “Por unanimidad se determina el apoyo a la candidatura del binomio Andrónico (…)”. Se dejó en puntos suspensivos debido a que el MAS aún no definió quién sería el acompañante de fórmula, informó desde ese municipio la red UNO.
Allí también se decidió que “no se aceptará postulaciones a candidaturas de ciudadanos libre pensantes o invitados, debiendo ser obligatoriamente militantes del MAS”.
Un día después se desarrolló en Shinahota, trópico de Cochabamba, un encuentro de juventudes,  donde también se decidió respaldar la candidatura de Rodríguez (30), como sucesor del expresidente Evo Morales, refugiado en Argentina tras su renuncia y abandono del país.
Desde que llegó, el dirigente recibió muestras de apoyo de los jóvenes concentrados en esa localidad, según muestran videos difundidos por la emisora cocalera Kausachun Coca en su cuenta en Facebook.
Luego pronunció el discurso central del evento, donde destacó la importancia de que las nuevas generaciones tomen la posta para retomar las trasformaciones impulsadas por el instrumento político nacido desde las bases cocaleras.
“Es momento de que la juventud comience a demostrar protagonismo y la construcción de su presente (…) ahora, más que nunca, debemos seguir los pasos de nuestros padres y algo que nos ha enseñado nuestro hermano presidente (Evo Morales), de manera inclaudicable: hay que desprendernos de todo interés personal o grupal. La unidad es símbolo de grandes victorias”, afirmó.
Luego anunció el inicio, a partir de este 18 de diciembre, de una “oleada” de concentraciones, cabildos y ampliados nacionales “con el objetivo de fortalecer al MAS”.
Rodríguez asistió al encuentro tras haber sostenido junto a otros dirigentes del MAS un encuentro con Morales en Argentina, donde se aprobó un manifiesto que, entre otras cosas, determina que el binomio que postulará este partido deberá ser elegido desde las bases. (16/12/2019)

Reginaldo Prandi

TÃO QUEIMANDO A AMAZÔNIA - Ep.1390

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

El Frasco, medios sin cura: Bienvenidos a la dimensión ¿desconocida?

Campeonato Slam BR reúne vozes das periferias brasileiras em forma de poesia falada



Batalha  - Créditos: Foto: Slam BR
Batalha / Foto: Slam BR


BRASIL DE FATO nos entrega um belo material que parte  população em geral não ouve, ou não quer ouvir, mas ressoa entre as periferias e causa emoção e destaca-se a fala política de uma povo que quer seu grito expandido como forma de contestação.A matéria abaixo vale ser lida e desfrutada.Lá no site de Brasil de Fato escute o audio e leia a matéria no original: 
http://bit.ly/2En3Td6

Campeonato Slam BR reúne vozes das periferias brasileiras em forma de poesia falada

Nena Callejera, mulher trans, é uma das finalistas da batalha 
Imagem de perfil do Podcast
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Joana Côrtes, 13 de Dezembro de 2019 às 21:03"E a ideia é  mais ou menos assim: assobia e chupa cana, é ligeira mesmo sem sentir pressa. Ela não faz caso, não crer em azar, o acaso é quem justificará. Nunca marca toca, ciente que na prática a teoria é outra. Nena Callejera, a pirraia é louca, a nega tá ligeira."

Preta, trans, periférica, nordestina. Aos vinte e seis anos, a pernambucana Nena Callejera resume bem o perfil das novas gerações de dezenas de competidores de 15 estados brasileiros que participam da sexta edição do Slam Br, o Campeonato Brasileiro de Poesia Falada.

O Slam BR acontece há cinco anos. Na sua sexta edição vai reunir durante quatro dias na cidade de São Paulo, entre 12 e 15 de dezembro, no Sesc Pinheiros, os campeões estaduais brasileiros das batalhas de poesia.


As rimas de Nena Callejera vai representar Pernambuco no Slam BR. Foto: Reprodução

Surgido na década de 80 nos Estados Unidos, o slam chegou ao Brasil em 2008. Nestes onze anos, as batalhas de poesia falada se espalharam por calçadas, praças e ruas e hoje acontecem em mais de 200 comunidades espalhadas em 20 estados brasileiros.
Quem conta a história de crescimento do slam no Brasil é Roberta Estrela D´Alva, fundadora das batalhas de poesia no país. “O slam na verdade é aberto para qualquer pessoa participar. Isso que é legal. E não tem limite de idade nem de tema nem de nada. O que aconteceu no Brasil é que ele se popularizou muito, cooptou muito a atenção de jovens das periferias, e a gente teve de 2008 pra cá um enegrecimento. O slam vai ficando mais negro, mais jovem e mais mulheres participando.”
Roberta afirma que o que importa realmente não são as competições e sim as vozes que querem falar e serem ouvidas em cada batalha de poesia. Ela destaca também o papel político de resistência que os slams vem exercendo no Brasil. Nas rimas, cada voz se levanta contra o genocídio negro, a violência de Estado, o racismo, a homofobia, o feminicídio.
“Nesse sentido o slam tem muito a ver com isso, traz muito essa aliança da poética com a política que para mim é a política do futuro. A gente ganha com isso e também com a participação popular e democrática”, comenta.
Para quem não conhece, as três regras básicas do slam são: poemas próprios, de no máximo três minutos. As poesias devem ser faladas sem acompanhamento musical e sem figurino. E o próprio público é o júri das batalhas.
A participação do público é decisiva na escolha dos vencedores e torna as batalhas mais democráticas e emocionantes. Foto Slam BR.
No caso do SLAM BR, cinco pessoas escolhidas entre o público e pela equipe do evento, atribui notas após cada poema. A nota mais alta e a mais baixa são retiradas. As médias e as notas são marcadas em um quadro onde todos possam ver.
Nena Callejera traz sua rima para o Slam Br deste ano diretamente da comunidade Roda de Fogo, na zona oeste do Recife. A artista visual, performer, mc e poeta representa o Slam da Praça, da Favela de Jardim Piedade. Ela conta que começou a colocar a sua voz no mundo e a potência da sua poesia nas ruas há dois anos, incentivada por outras mulheres negras da sua comunidade.
“Acho que a matéria-prima primordial do meu trampo é o meu corpo e a minha vivência. Minhas rimas falam muito disso, de ser uma travesti preta da periferia do Recife. E toda estrutura que existe para me afundar ao redor disso. E como eu transformo essa estrutura opressora em rima, em metarima e denúncia da própria estrutura.”
Todas as apresentações da final do Slam BR que acontecem este fim de semana em São Paulo são gratuitas e abertas ao público. Além disso, serão transmitidas em tempo real na página do evento no Facebook Slam BR. A vencedora ou o vencedor representará o Brasil na Copa do Mundo de Slam na França em 2020.
Edição: Camila Salmazio