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segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Tecnoceno: Saídas à digitalização do humano...por OuTRAS PALAVRAS

 


                                                        Imagem: Juan Delacha

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Uma visão-sínteses de  Flávia Costa
. Tecnoceno: Algoritmos, biohackers y nuevas formas de vida [Tecnoceno: Algoritmos, biohackers e novas formas de vida, ed. Taurus


Big Data já impacta a condição humana. Avança sobre cérebros e corpos, para vigiar e modelá-los. Gera seres infotecnológicos; reduz experiência a dados; e subjetividade, a avatar. Só imaginação política poderá confrontar a Megamáquina



Por Christian Ferrer na revista Anfibia | Tradução: Maurício Ayer 

Daqui a algumas décadas, poucas pessoas, pelo menos nas grandes megacidades, lembrarão como era o cotidiano antes do surgimento e disseminação da Internet – esse grande cérebro interconectado –; e como era a arte de conversar antes da disseminação das redes e outras plataformas de ligação a serem inventadas em breve; e como era compartilhar o mundo com espécies animais e vegetais que agora sucumbem em nome e benefício do desenvolvimento industrial e da expansão das fronteiras agrícolas; e como acontecia a transmissão de bens e tradições antes do estabelecimento massivo da cultura digital. Paisagens inteiras desaparecerão da memória.

A biografia do corpo humano, tecnicamente potencializado, será escrita com outras chaves de interpretação. Os arquétipos e práticas de compreensão e modelagem de nós mesmos serão orientados de acordo com as instruções da representação teatral, e não de uma intimidade cuidadosa e constantemente cultivada. Terá começado – já começou – a era que Flávia Costa chama de “Tecnoceno”.


Não é fácil analisar e descrever a proeminência e o devir das transformações que nos são contemporâneas, porque, embora as consequências sejam duradouras, o processo acaba de entrar em quarto crescente e ainda não desvelou todas as suas potencialidades. Não podemos saber como o mundo funcionará daqui a 50 anos – quem está na infância hoje o saberá –, da mesma forma que os contemporâneos da Revolução Industrial não imaginaram os custos que a natureza e os trabalhadores teriam de pagar no futuro, por causa da poderosa e deslumbrante novidade. Depois, porque a peculiaridade desse processo é a velocidade das mudanças e dos acoplamentos entre indústrias tecnológicas “avançadas”. E mais, porque a face oculta da mutação – de enorme magnitude – não se revela, ao contrário, se esconde da compreensão de quem a está vivenciando em sua própria vida. Nesse contexto, o livro de Flávia Costa é um triunfo. Tecnoceno: Algoritmos, biohackers y nuevas formas de vida [Tecnoceno: Algoritmos, biohackers e novas formas de vida, ed. Taurus], conseguiu reunir, com uma escrita serena mas inquietante, as diferentes partes de um quebra-cabeças cujas peças coexistem em contínua e mútua metamorfose.  ....


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