domingo, 9 de agosto de 2009
Jorge Volpi recebe o Donoso e escapa ao exotismo literário latinoamericano
O escritor mexicano Jorge Volpi se mostrou "surpreendido" e "emocionado" pela concessão do Prêmio José Donoso "ao conjunto de sua obra literária" no Chile, o primeiro desta natureza que recebe.
sábado, 8 de agosto de 2009
MORRE RAUL SOLNADO GRANDE HUMORISTA PORTUGUÊS -JA CASADO COM UMA BRASILEIRA-JOSELITA ALVARENGA ATRIZ COM FILHOS DO MESMO
Raul Solnado morreu hoje às 10:50, aos 79 anos, na sequência da evolução de um quadro clínico cardiovascular grave, informou o hospital de Santa Maria, em Lisboa.
No cinema, Raul Solnado estreou-se em 1956 com o filme "O Noivo das Caldas". Pelo seu desempenho no filme "As Pupilas do Senhor Reitor", de 1960, recebeu o prémio de melhor actor do SNI. Protagonizou o filme "Balada da Praia dos Cães" (1987), de Fonseca e Costa, baseado no romance homónimo de José Cardoso Pires, um dos maiores êxitos do cinema português.
O último filme em que participou, "América", de João Nuno Pinto, com estreia prevista ainda para este ano, está em fase de pós-produção, egundo o IMDb (Internet Movie Database).
Raul Solnado foi também, até à sua morte, Director da Casa do Artista, sociedade de apoio aos artistas situada em Carnide (Lisboa), que fundou juntamente com Armando Cortez.
Foi homenageado em 2002 com a Medalha de Ouro da Cidade de Lisboa e recebeu, em 10 de Junho de 2004, do Presidente Jorge Sampaio, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
Selecção de vídeos com Raul Solnado
Raul Solnado conta a história da sua vida
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O Homem segundo Foucault CURSO CULT
O Homem segundo Foucault
O Homem Segundo Foucault
Para além das fronteiras da filosofia, a obra de Michel Foucault ecoa nos diversos campos do conhecimento das ciências humanas, tais como sociologia, literatura, psicologia e psiquiatria. Dada a apropriação de sua produção intelectual como substrato para a compreensão do presente histórico, a revista CULT promove o curso O homem segundo Michel Foucault. Em três encontros, serão discutidas as relações da obra foucaultiana com o mundo contemporâneo, com a literatura e a com constituição do sujeito.
Dias 25, 30 de Setembro e 01 de outubro
Das 19h30 às 21h30.
Palestrantes
Vladimir Safatle - professor de filosofia da Universidade de São Paulo. É autor de Cinismo e falência da crítica (Boitempo, 2008), A paixão do negativo: Lacan e a dialética (Unesp, 2006), entre outros.
Salma Tannus - pós-doutora em filosofia pela École Normale Supérieure de Paris e professora titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É autora de Foucault, simplesmente - textos reunidos (Edições Loyola, 2004) e tradutora do livro As palavras e as coisas, de Michel Foulcault (Martins Fontes, 1999).
Peter Pál Pelbart - doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É autor de O tempo não-reconciliado (Perspectiva, 1998) e Vida Capital (Iluminuras, 2003).
DIA 25/09 - 19h30 (sexta)
- A presença de Foucault no mundo contemporâneo.
Ministrado por: Vladimir Safatle
Dia 30/09 - 19h30 (quarta)
- A constituição do sujeito.
Ministrado por: Salma Tannus
Dia 01/10 - 19h30 (quinta)
- A relação entre literatura e filosofia.
Ministrado por: Peter Pál Pelbart
Investimento:
- Valor integral: R$ 210,00
Opções de pagamento: Cartão Visa, Boleto Bancário e Depósito.
Para opção de pagamento por depósito bancário: 2 x R$ 105,00 - sendo a 2ª parcela no dia da primeira aula.
Inscreva-se:
- Pela internet: clique no botão "Fazer inscrição", acima, e siga as instruções. Após realizar a inscrição, uma confirmação será encaminhada a seu e-mail.
- Por telefone: ligue para o Espaço Revista CULT no (11) 3385.3385 e fale com Marcela ou Denise de segunda a sexta, das 10h às 19h.
- Pessoalmente: compareça à redação da Revista CULT: Praça Santo Agostinho, 70 - 10º andar - Paraíso - São Paulo / SP, próximo à estação Vergueiro do metrô. Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 18h.
Certificados emitidos pelo Espaço Revista CULT para aqueles que participarem do curso.
Tel: (11) 3385-3385
Com Marcela Sanchez.
Horário: Das 9:00 às 18:00.
Email: eventos@revistacult.com.br
BY http://www.espacorevistacult.com.br/website/cursos/show.asp?crsCode=ADC436E2-F4CF-4FFE-BA0F-31B61FE75294
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Festivais no Brasil e Itália com cinema português
A curta-metragem de animação O Acidente, de André Marques e Carlos Silva, foi incluído na competição oficial do Festival Internacional de Curtas-Metragens Malescorto, que começou hoje em Malesco, no Norte de Itália. O filme, produzido pelo Cine-Clube de Avanca e Filmógrafo, conta a história de um assentador de tijolos que sofre um aparatoso acidente de trabalho. O Acidente é exibido hoje no Cinema da Piazza Ettore Romagnoli, em Malesco.
Produzido e realizado por Rui Simões, Ruas da Amargura foi integrado no programa do Festival de Cinema de Gramado, que começa dia 9 no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. O documentário de Rui Simões retrata problemas como a pobreza, a toxicodependência e o alcoolismo, através de testemunhos verídicos.
by D.de Nticis PT
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
A utopia possível na sociedade líquida ZYGMUNT BAUMAN-REVISTA CULT DESTE MÊS
para que um outro mundo seja possível
Foto: Reprodução/Creative Commons |
Cine Ceará premia filme sobre o baião
foto by band
Publicado em 06.08.2009
FORTALEZA – Em decisão equilibrada, o júri premiou os dois melhores filmes da competição no Cine Ceará. Se nada mais der certo, do paulista radicado em Brasília José Eduardo Belmonte, ficou com o primeiro lugar (melhor filme, direção, ator e montagem), e o documentário Humberto Teixeira – O homem que engarrafava nuvens, do pernambucano Lírio Ferreira (melhor roteiro e prêmio da crítica), veio em segundo, ganhando ainda de brinde (simbólico) a consagração do público na mais animada sessão deste festival.
Pena que o Cine Ceará, ao contrário da maioria dos festivais, não tenha prêmio do júri popular. Tivesse, por certo, iria para o filme de Lírio, produzido pela filha de Humberto Teixeira, a atriz Denise Dummont, a pessoa mais emocionada na festa de premiação. Tão comovida que ensaiou cantar uns versos de Que nem Jiló, parceria de seu pai e Luiz Gonzaga, ao receber um dos troféus Mucuripe.
Numa edição em que os filmes brasileiros foram bem superiores aos ibero-americanos, a concentração nos dois principais premiados parece normal. À deriva, do pernambucano Heitor Dhalia, ficou apenas com o prêmio de música. A também pernambucana diretora Renata Pinheiro, levou prêmios nas categorias direção de arte, ator e ator para Everaldo Pontes com o curta curta Superbarroco. O melhor filme da categoria foi Os sapatos de Aristeu, do paulista Luiz René Guerra.
Os hispânicos lembrados foram o mexicano Coração do tempo, o cubano Deuses quebrados e o argentino Homo viator. O representante peruano, O prêmio, e o brasileiro Pequeno burguês – Filosofia de vida, do carioca Edu Mansur, saíram sem nada. Este último é uma ‘cinebio’ de Martinho da Vila, que esteve em Fortaleza e encantou a todos. Mas simpatia do biografado não é quesito cinematográfico e o filme estava na seleção para trazer um astro popular à cidade.
Se nada mais der certo é uma história de juventude à deriva, ambientada em São Paulo. Não é um filme redondo. Sustenta-se mais nas arestas, nos paradoxos, do que no equilíbrio formal. Belmonte conjuga uma câmera exasperada à utilização inusitada do som. É sua obra mais madura.
Já O homem que engarrafava nuvens pode ser considerado três filmes em um. Resgata um personagem, Humberto Teixeira, em geral ofuscado pelo brilho do seu parceiro habitual, Luiz Gonzaga. Fala de uma filha, Denise Dummont, que precisava acertar-se com a figura paterna. E, por fim, repõe um gênero musical, o baião, em sua justa posição no contexto da música brasileira. Assim, é cinebiografia, filme psicológico e de investigação conceitual. Mais do que tudo, é bem-feito, cheio de ritmo e emocionante.
Já a seleção ibero-americana ficou abaixo do que se poderia esperar. O cubano Os deuses quebrados é muito fraco. Havia uma boa alternativa disponível, O corno da abundância, de Juan Carlos Tabío, mas a curadoria houve por bem (ou por mal) escolher o primeiro. O argentino Homo viator resgata o personagem do escritor Haroldo Conti, “desaparecido” pela ditadura, é sofisticado, ainda que um pouco duro de cintura. Sua vantagem é colocar o personagem de maneira viva, fugindo à tendência necrofílica portenha, como disse o próprio diretor. O mexicano Coração do tempo tem a originalidade de ser a primeira ficção filmada em região zapatista. Mas é ingênuo. O peruano O prêmio é singelo. E pouco mais que isso.
A seleção de curtas foi regular e o júri premiou o que havia de melhor: a pungência e o rigor de Os sapatos de Aristeu, sobre o enterro de uma travesti, A mulher biônica, num belo desempenho da atriz Ceronha Pontes como a supermulher que sente falta de “algo” em sua vida. E o mais inventivo de todos, Superbarroco, mistura de delírio e realidade na mente de um obcecado por Dalva de Oliveira.
As atividades paralelas do festival foram bem interessantes, para dizer o mínimo. O núcleo de animação da Casa Amarela foi reativado com mostra de filmes e seminário internacional, com as presenças de dois cobras na área, Abi Feijó, de Portugal, e Juan Padrón, de Cuba, além de dezenas de animadores brasileiros. O cinema de animação vive grande momento e o Cine Ceará mostrou-se sensível a isso.
by JC Recife