REDES

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Não acordes o tempo.


Me avisarei, por Paulo Alexandre C.Vasconcelos
Publicado em 02.08.2007, às 08h44




não acordes o tempo.
tu entras por aquela rua,
e eu dobrarei a esquina e terei o rio e a sua sensatez.
assim, me avisarei que és ausente.

e o rio contemplará a minha face branca, branca.
e eu crescerei no silêncio.
o rio se avolumará,
e os meus gestos serão líquidos e parados,
mesmo como o tufão que passe e ouse.
eu levantarei como um talo breve
e ficarei como uma lua sobre o rio quieto e farto
desse pouso sensato e natural ser só.
http://jc.uol.com.br/2007/08/02/not_146037.php

LINKTERATURA

Projeto realiza recital de poesias no Centro Luiz Freire

Pernambuco é lider na popularização da poesia!!!!!!!!!!!!!!!!
É incrível como as politics culturais deste estado desbancam todos os demais!
]Paulo


Projeto realiza recital de poesias no Centro Luiz Freire
Publicado em 27.02.2008, às 09h08



Do JC OnLine


O Ponto de Cultura Quartas Literárias - que promove o diálogo entre a literatura e diversas linguagens artísticas - realiza mais um recital de poesias nos jardins do Centro de Cultura Luiz Freire, no Carmo, em Olinda. A edição de fevereiro do projeto acontece nesta quarta-feira (27), a partir das 18h30. A entrada é gratuita.

Além do recital, a programação inclui roda de capoeira, samba de roda, rap e exposição de artesanato do Centro de Referência para Infância e Adolescência de Olinda (CRIA). O evento contará com a participação dos poetas Edvaldo Bronzeado, Ivan Almeida, Jommard Muniz de Brito, Jorge Lopes, Lohana, Mariane Bigio, Oriosvaldo, Sil "Mão de Veludo", Susana Morais e Toninho de Olinda.

¿Pero a dónde van a parar estas obras famosas, acaso su fama no hace imposible su venta?


2008
¿A dónde van los cuadros robados?

Como en un película de Hollywood en las últimas semanas se pepetraron espectaculares robos de obras de arte.

Hace 10 días cuatro cuadros de Cézanne, Van Gogh, Degas y Monet, valorados en 112 millones de euros, fueron robados del Museo Bührle de Zúrich por tres tipos encapuchados.

La policía suiza confirmó que se trata de las pinturas Champ de coquelicots près de Vétheuil (1879) de Monet, Ludovic Lepic et ses filles (1871) de Degas, Branches de marronier en fleurs (1890) de Van Gogh, y L'enfant dans une veste rouge (1888-90) de Cézanne.

Se trató del segundo robo ocurrido en Suiza en menos de siete días. El 7 de febrero dos óleos de Picasso desaparecieron del Centro Cultural Seedamm de Pfäffikon, en el cantón de Schwyz.
Como enchergamos a obra de arte, e como o fato de rouba-las determina umfato, fora do campo da arte?
paulo a c v

El cuadro de Magritte, usado
como gag en The Thomas Crown affair

¿Pero a dónde van a parar estas obras famosas, acaso su fama no hace imposible su venta?

La episodio me recuerda el film The Tomas Crown affair dirigida por John Mac Tierman, donde un millonario protagonizado por Pierce Brosnan, robaba en una redada muy estudiada y astuta un cuadro de Monet bajo la mirada de los propios custodios del MET de New York.

Le teoría del robo por encargo, la versión romántica del hecho, la de un apasionado millonario que mandó a robar las obras para su regocijo personal, se barajó de inmediato pero finalmente fue demolida rápidamente por los realista escuadrones del FBI que se ocupan de estos menesteres.

Entonces, ¿a dónde van a parar las obras? ¿Cuál es el negocio de robarlas?

Algunas teorías:


Continuar leyendo "¿A dónde van los cuadros robados?" »

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

LAS ACUARELAS EN CUESTIÓN. Hitler las habría pintado para impresionar a su amante, la actriz Eva Braun, según explicó el actual dueño de las pinturas.

Porque Hitler ainda hoje é um fenômeno de curiosidades e de especulações de amenidades no ÂMBITO DO   POPULAR INSTIGADO PELA MÍDIA?
PORQUE SERÁ?


LAS ACUARELAS EN CUESTIÓN. Hitler las habría pintado para impresionar a su amante, la actriz Eva Braun, según explicó el actual dueño de las pinturas. AFP
http://www.servicios.clarin.com/notas/jsp/enie/v1/galeria/galeria.jsp?notaId=1542546&mtmTipo=Imagen&mostrar=838628

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Surrealismo y diseño


A busca em B aires pelo design é definitivamente declarada em suas realizaçaões no campo da arte, a propósito disto afirma esta exposiçaõ, que tendo oportunidade não deve deixar de ser vista, até mesmo pelo passeio com olhos por obras de artistas conhecidos.
PAULO a cv


Surrealismo y diseño

Cosas del surrealismo es una de las exposiciones más ambiciosas de la temporada europea 08.

Organizada por el Victoria and Albert Museum de Londres y coproducida por el Museo Guggenheim Bilbao, se trata de la primera muestra que examina la influencia de este movimiento en el amplio mundo del diseño, a través de unas 250 objetos en medios como la pintura, el teatro, el interiorismo, el mobiliario, la moda, el cine, la publicidad y la arquitectura.


Tapa del catálogo. Teléfono afrodisíaco de Salvador Dalí

Dividida en cinco secciones temáticas: El ballet; El Surrealismo y el objeto; El interior ilusorio; La naturaleza se vuelve extraña; y La exhibición del cuerpo; la muestra -que podrá visitarse en Bilbao a partir del 29 de febrero- también proporciona un contexto histórico para el surrealismo señalando las exposiciones y eventos más relevantes, y resaltando las obras posteriores de los artistas y diseñadores surrealistas cuyas carreras fueron más allá de este movimiento.

Analiza, a su vez, cómo los artistas surrealistas abrazaron el mundo del diseño y cómo, al mismo tiempo, el Surrealismo sirvió a los diseñadores como fuente de inspiración.

La exhibición, que hace eje en la obra de Dalí y en su relación con Peggy Guggenheim, propone un particular recorridos por las piezas más singulares de sus principales protagonistas además de Dalí, se exhiben obras de René Magritte, Joan Miró, Giorgio de Chirico, Elsa Schiaparelli, Jean Michel Frank, Frederick Kiesler y Max Ernst, muchas de ellas mostradas al público por primera vez.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

MORRE OSWALDO LOUZADA

Morreu na madrugada desta sexta-feira, 22, o ator Oswaldo Louzada, aos 95 anos. De acordo com a Globonews, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos decorrente de uma pneumonia.



O enterro será às 17h no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O velório será na capela 2 do cemitério.

O ator ficou conhecido nacionalmente por interpretar Leopoldo Duarte, que era maltratado pela neta Dóris (Regiane Alves), na novela Mulheres Apaixonadas, exibida em 2003, na TV Globo.



BIOGRAFIA

Oswaldo Louzada nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de abril de 1912. Morou com a família em anexo das instalações do Teatro Recreio, onde seu pai, o engenheiro-eletricista Guilherme, o Cadete, era iluminador.

O ator fez sua estréia no teatro em 1930 na Companhia Belmira, de Almeida-Odilon, na qual trabalhava seu irmão, o ator Armando Louzada. Aos 18 anos, foi convidado por Joracy Camargo para integrar o elenco de Cortesão e companhia, e arranca gargalhada ao contracenar com Dulcina de Moraes.

No cinema, apareceu em várias produções da Cinédia, entre as quais Alô, alô carnaval, de Ademar Gonzaga, de 1936. Na Atlântida Cinematográfica, participou do primeiro grande sucesso de bilheteria da produtora: Moleque Tião, de José Carlos Burle (1943), com Grande Otelo no papel-título.

Em 1952, fez par romântico com Fernanda Montenegro em Está lá fora um inspetor, de J. B. Priestley, no Teatro Serrador, sob a direção de João Villaret . Em 1955, ao rodar Mãos sangrentas com Carlos Hugo Christensen, é premiado pela Associação de Críticos Cinematográficos como o melhor ator do ano.

Estréia na televisão em 1956 pelas mãos de Jacy Campos, no programa Câmera Um, na TV Tupi. Participa de teleteatros na TV Continental e na TV Rio. Em 1958, recebeu prêmio da Associação de Críticos Paulistas por sua atuação em A alma Boa de Setsuan, de Bertold Brecht, dirigido por Flamínio Bolloni.

Em 1959, segue outra vez para a Europa com a Companhia Maria Della Costa, que conquista com Gimba, de Gianfrancesco Guarnieri, direção de Flávio Rangel, prestígio internacional no Grande Festival das Nações, no Teatro Sarah Bernhardt, em Paris. Em 1973, conquistou o Prêmio Molière por seu personagem Carrapato, em Botequim, de Gianfrancesco Guarnieri, peça estrelada por Marlene.

Entrou para a TV Globo em 1975, na novela Escalada, e permanece no elenco da emissora até hoje. Participou das novelas Cabocla, Locomotivas, Brilhante e Mulheres apaixonadas; nesta última, tem comovente desempenho ao lado da atriz Carmem Silva.

Em 1998, recebeu a Medalha do Mérito Pedro Ernesto, por iniciativa do vereador e ator Antonio Pitanga. Seu último trabalho na televisão foi na série Sob Nova Direção, da TV Globo.








08:58 Morre o ator Oswaldo Louzada





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BY UOL

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

El compromiso de Cildo Meireles obtiene el Premio Velázquez



A sutileza, a dedicação do artista plástico, leva-o ao prêmio Velaquez com extrema justiça, para deleite de nós brasileiros.
Paulo Vasconcelos


El compromiso de Cildo Meireles obtiene el Premio Velázquez
La obra del escultor brasileño fue elegida por unanimidad del jurado
F. J. - Madrid - 20/02/2008


Vota Resultado 8 votos
"España ha sido siempre la cultura que más me ha emocionado", afirmaba ayer Cildo Meireles desde Río de Janeiro, ciudad en la que trabaja y donde nació en 1948. Poco antes, se había conocido su elección por unanimidad como Premio Velázquez 2008, dotado con 90.450 euros. Y sus recuerdos se remontaban a sus años de formación. "A los 12, mi padre me regaló un libro de Goya y me fascinó. La pintura española ha jugado un gran papel en la historia del arte y por eso este premio es importante para mí. Además, mi primera gran exposición individual fue en el IVAM en 1995".


Nuevos aires para afrontar el futuro de los galardones
La noticia en otros webs
webs en español
en otros idiomas
Parece natural que a su memoria acuda Goya antes que Velázquez, dada la vertiente política de su trabajo. "Hay una parte de mi obra que tiene esa lectura, pero huyendo de lo panfletario. Creo que la obra artística tiene que dialogar con la historia del arte. El aspecto político es importante, pero no lo es todo. Por circunstancias de mi vida, me sentí más cerca de Goya desde el principio, y de El Greco, que es otro de los grandes pintores que admiro".

Con todo, también se rastrea la impronta de Velázquez en este artista que en los años sesenta propuso una visión singular aparte del conceptualismo y el formalismo reinantes. Si Las meninas, por ejemplo, invitan al espectador a adentrarse en la escena, Meireles considera que la interacción del público es la que completa la obra. "En efecto", admite. "Es una parte estructural de muchas de mis piezas. Fue algo que interesó a muchos de los artistas brasileños. Se intentaba ampliar el campo de percepción. Hacer participar todos los sentidos, no sólo a la visión". Este creador emplea la vista, el olfato y el tacto como una reflexión sobre la percepción del arte en instalaciones, esculturas y performances.

Pese al reconocimiento de ayer (su candidatura fue propuesta por 7 de los 14 miembros del jurado), se pudo ver poco de su obra en la recién clausurada edición de Arco, que se dedicaba, precisamente, a Brasil. "Es que en estos momentos estoy muy absorbido por dos proyectos", se excusaba ayer. "Una exposición de dibujos que abro el día 26 en el Museo de Curitiba (Brasil), y en octubre tengo una retrospectiva en la Tate Modern de Londres, con piezas grandes desde los sesenta hasta ahora. Y voy algo retrasado".

Lo que se podrá ver en estas instituciones es la obra de uno de los artistas que ha desarrollado el lenguaje de la instalación y el arte conceptual de modo más claro y sólido. "El arte conceptual, irónicamente, aspiraba a la democratización de la expresión artística. Pero terminó siendo excesivamente verbal y aburriendo a un público al que se forzaba a leer horas y horas. Siempre pensé que un artista no debe abdicar del aspecto de seducción de su trabajo. Todo se resumía en eso para mí. No abominé del arte conceptual, pero intento trabajar conceptualmente con otra intención. El arte debe secuestrar al espectador, al menos por unos instantes".

by el´pais. es

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

04:22 AM) Fidel Castro deja el poder tras casi medio siglo

04:22 AM) Fidel Castro deja el poder tras casi medio siglo

el universal venezuela




La Habana.- El convaleciente líder Fidel Castro dijo hoy que no seguirá como presidente de Cuba, despidiéndose del poder después de casi medio siglo como leyenda viviente de la izquierda mundial.

Castro, de 81 años, dijo en un texto publicado por el diario oficial Granma que aún no se ha recuperado de la enfermedad que lo obligó a transferir hace un año y medio el poder a su hermano Raúl.

"A mis entrañables compatriotas, que me hicieron el inmenso honor de elegirme en días recientes como miembro del Parlamento (...) les comunico que no aspiraré ni aceptaré -repito- no aspiraré ni aceptaré, el cargo de Presidente del Consejo de Estado y Comandante en Jefe", escribió Castro en el diario del gobernante Partido Comunista.

La decisión de no postularse para otro mandato de cinco años como jefe de Estado despeja el misterio sobre el futuro político del hombre que ha gobernado Cuba desde la revolución de 1959, desafiando a Estados Unidos y convirtiéndose en un mito para la izquierda mundial, reseñó Reuters.

Castro dijo en su mensaje no estar en "condiciones físicas" de encabezar otro mandato de cinco años como presidente.

Su sucesor en la presidencia será anunciado el 24 de febrero, cuando el Parlamento cubano se reúna para renovar al Consejo de Estado, que el mismo Castro preside hasta ahora.

Raúl Castro, un general de 76 años que fue durante medio siglo su mano derecha y lo reemplaza interinamente desde que enfermó hace un año y medio, es el candidato más firme para sucederlo.

En su mensaje, Castro dice que Cuba dispone de dirigentes de varias generaciones para relevarlo.

Fidel Castro se apartó temporalmente del poder el 31 de julio del 2006 tras una operación intestinal que lo tuvo al borde de la muerte. No ha sido visto en público desde entonces.

Su renuncia a la presidencia no impide, sin embargo, que sea elegido miembro del Consejo de Estado o desempeñe en el futuro el papel de un veterano estadista.

Asimismo, Castro mantendrá una gran influencia política desde su puesto de primer secretario del gobernante Partido Comunista.

Desde ahora, dijo, seguirá escribiendo ensayos en la prensa, como desde hace casi un año.

"No me despido de ustedes. Deseo solo combatir como un soldado de las ideas. Seguiré escribiendo bajo el título 'Reflexiones del compañero Fidel'", añadió.

el universal venezuela

Renúncia de Fidel não deve gerar mudanças em Cuba, dizem especialistas


Ha tempos vindo a preparar sua síada oficial dopoder, e lei-a -se isto entre aspas pois enquanto vida tiver ele estará no poder,Fidel faz o exercício de substituiçaõ sua pelo seu irmão Raul.A bem da verdade vejo isto como um laboratório em vida do comandante para ver as reações internacionais como se sucedem,e ainda mais agora coma transiçaõ Bush
PAulo a c v


Renúncia de Fidel não deve gerar mudanças em Cuba, dizem especialistas
Da Redação
Em São Paulo

Depois de 49 anos no poder, Fidel Castro renunciou nesta terça-feira (19) à presidência de Cuba. O anúncio foi feito em carta publicada no jornal estatal Granma. Para especialistas ouvidos pelo UOL News, a renúncia não deve acarretar grandes mudanças no país, uma vez que, na prática, Fidel já estava afastado do poder desde julho de 2006, quando passou o comando do país ao irmão, Raúl Castro.



Veja entrevista com Laurindo Leal Filho

"Não é um episódio dramático, que implique em grande mudança", disse o sociólogo e professor da USP, Laurindo Leal Filho. Para ele, a doença do presidente permitiu uma transição mais tranqüila. "Talvez uma situação mais abrupta, um eventual falecimento do presidente no poder, criasse situações mais difíceis", falou.

Para Cristina Pecequilo, professora de relações internacionais da Unesp (Universidade do Estado de São Paulo), a saída oficial de Castro também não deve mudar o relacionamento da ilha com os Estados Unidos. "Sem Fidel no poder, que é uma realidade que já observamos há um tempo, à medida que ele já havia se afastado na prática de suas funções de governo, a relação entre Estados Unidos e Cuba, no curto prazo, não tende a sofrer grandes modificações", explicou.

Veja entrevista com Cristina Pecequilo

Hoje, segundo Cristina, Cuba divide-se entre a influência de Hugo Chávez - presidente da Venezuela e um dos líderes do novo movimento socialista -, e do mundo capitalista, representado pelos Estados Unidos. "Cuba continua hoje dividida entre dois mundos, e aí temos que ver qual que vai prevalecer", falou.

Leal Filho acredita, no entanto, que "não há nenhuma possibilidade de uma reversão para o capitalismo". "A revolução cubana está enraizada na sociedade", afirmou.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

amor em tempos de coléra de gabriel garcia marques no cinema


Traz Fernanda Montenegro exuberante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

"Tropa de Elite" vence Urso de Ouro em Berlim

Merecido o urso, pois é uma grande película que além de seu valor técnico traz um valor ideológico e que faz dicutir quem somos e porque assim somos
paulo a cv



"Tropa de Elite" vence Urso de Ouro em Berlim
Da Redação *
O filme brasileiro "Tropa de Elite", de José Padilha, foi o vencedor do Urso de Ouro de Melhor Filme em Berlim. O Urso de Prata ficou com o documentário sobre tortura em em Abu Ghraib "Standard Operating Procedure", do norte-americano Errol Morris.


O diretor José Padilha exibe o Urso de Ouro de "Tropa de Elite", grande vencedor 58º Festival de Cinema de Berlim
EXIBIÇÃO TEVE PROBLEMAS
PADILHA E MOURA DEFEDEM O FILME
"TROPA" TEM ESTRÉIA CONTROVERSA
FOTOS DO FESTIVAL
FOTOS DE "TROPA DE ELITE"
WAGNER MOURA: REALIDADE É PIOR QUE "TROPA"
COMENTE A VITÓRIA DO FILME
JOSÉ PADILHA NO BATE-PAPO UOL COM MARCELO TAS
"É difícil expressar sentimientos em qualquer língua. Costa-Gavras é um herói para todos na América Latina, por todos os filmes que fez", disse o diretor brasileiro ao receber o prêmio das mãos do presidente do júri, o diretor franco-grego Constantin Costa-Gavras.

Apesar da recepção majoritariamente negativa que teve na mídia internacional --a produção brasileira chegou a ser chamada de "fascista" pela revista americana "Variety"--, "Tropa de Elite" desbancou os favoritos "Sangue Negro", de Paul Thomas Anderson, e a comédia "Happy-Go-Lucky", de Mike Leigh.

Na sexta-feira (15), Padilha rebateu às críticas internacionais dizendo que, independente de se gostar ou não de "Tropa de Elite", o importante é o debate que o filme teria causado.

Além do filme de Padilha, mais uma produção brasileira foi premiada em Berlim: Daniel Ribeiro recebeu o Prêmio Geração 14 Plus, voltado ao público jovem, pelo curta-metragem "Café com Leite".

Sucesso popular
Antes mesmo de sua estréia no Brasil, dia 5 de outubro de 2007, o filme "Tropa de Elite" já era um dos mais comentados da história do cinema brasileiro, por conta da inédita pirataria de cópias não-finalizadas do longa-metragem. Mesmo assim, o foi o filme brasileiro mais visto de 2007, encerrando o ano com 1,9 milhão de pagantes nos cinemas (a estimativa de cópias piratas vendidas é de 11,5 milhões).


Cena de "Tropa de Elite", que foi criticado por mostrar métodos violentos da polícia

Camelô mostra cópias piratas de "Tropa de Elite" e filmes do Bope vendidos no Rio
INTERNAUTAS ELEGEM "TROPA DE ELITE" O MELHOR FILME DE 2007
TRAILER DO FILME
FUNK DO CAPITÃO NASCIMENTO
ATOR CAIO JUNQUEIRA CHAMA CAMELÔ DE "MOLEQUE"
"TROPA DE ELITE" NO "METRÓPOLIS"
O sucesso popular de "Tropa de Elite" foi tamanho que camelôs do Rio de Janeiro e São Paulo chegaram a distribuir "continuações" do filme, na verdade vídeos institucionais produzidos pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais, divisão da Polícia Militar carioca da qual faz parte o Capitão Nascimento, protagonista do filme) para confrontar os vídeos produzidos pela facção criminosa Comando Vermelho e distribuídos nas favelas cariocas.

A vocação pop do filme se expressou de várias formas: fantasias de "Tropa de Elite" foram o grande sucesso no Carnaval de 2008, os MCs Cidinho e Doca (autores do "Rap das Armas", trilha das primeiras cenas do filme) passaram a fazer shows na em todo país e o quadro-paródia "Bofe de Elite" fez com que o programa do humorista Tom Cavalcante, na Record, ocupasse freqüentemente a liderança no Ibope.

Polêmicas
"Tropa de Elite" também foi alvo de críticas no Brasil, por conta da maneira como trata temas polêmicos como a violência policial no combate ao crime, a responsabilidade dos compradores de drogas e a suposta hipocrisia das passeatas de paz organizadas pela classe média. Diversas vezes o diretor José Padilha e o protagonista Wagner Moura tiveram que defender-se da acusação de "fascismo" e apologia à violência no filme - a ponto do ator, ainda em outubro, já se dizer cansado de responder às mesmas críticas.

Veja os vencedores do 58º Festival de Cinema de Berlim:

- Melhor Filme: "Tropa de Elite", de José Padilha
- Prêmio Especial do Júri: "S.O.P. - Standard Operating Procedure", de Errol Morris
- Melhor Diretor: Paul Thomas Anderson ("Sangue Negro")
- Melhor Contribuição Artística: Jonny Greenwood (Radiohead), pela trilha sonora de "Sangue Negro"
- Melhor Roteiro: Wang Xiaoshuai ("In Love We Trust")
- Melhor Ator: Reza Najie ("The Song of Sparrows")
- Melhor Atriz: Sally Hawkings ("Happy Go Lucky")
- Melhor Filme de Estréia: "Asyl - Park and Love Hotel", de Kumasaka Izuru

by http://cinema.uol.com.br/ultnot/2008/02/16/ult4332u660.jhtm

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Cloverfield - Monstro








Título original Cloverfield
Gênero Ação
Ano 2008
País de origem Estados Unidos
Distribuidora Paramount Pictures Brasil Distribuidora de Filmes Ltda.
Duração 90 min.
Classificação 14 anos
Língua Inglês
Cor Colorido
Diretor Matt Reeves
Elenco Blake Lively, Mike Vogel, Lizzy Caplan
Vídeos Veja o trailer

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Resenha
'Cloverfield' destrói NY e recicla clima de 'Godzilla'
Divulgação

Cartaz do filme
Cenário de diversas catástrofes no cinema, Nova York enfrenta uma nova destruição que agora atende pelo nome de Cloverfield. Trata-se de um monstro gigantesco e faminto, criado por J. J. Abrams, produtor da série de TV Lost e diretor de Missão Impossível 3.
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Cloverfield - Monstro teve um grande lançamento nos Estados Unidos, que arrecadou de saída mais de US$ 40 milhões de dólares, embora seguido de uma queda vertiginosa de 70% na segunda semana.

O longa é uma retomada dos antigos filmes protagonizados por criaturas gigantescas e perigosas com um tempero um pouco mais moderno.

Para se comunicar com as novas gerações, a ação acontece praticamente em tempo real, à la 24 Horas, e é gravada por uma câmera de um dos personagens - o que faz a história parecer uma combinação entre Godzilla e A Bruxa de Blair.

Tudo começa quando Rob (Michael Stahl-David) dá uma festa de despedida em seu loft em Manhattan. Ele está de mudança para o Japão. Essa é a última chance de acertar antigas contas, como com sua ex-namorada Beth (Odette Yustman), que vai à festa acompanhada de um outro rapaz.

Rob não terá muitas chances para conversar com qualquer pessoa, pois estará mais preocupado em salvar a própria vida. Mal a festa começa, ouve-se uma explosão. Quando os convidados se dão conta do que está acontecendo, Nova York está destruída, a Estátua da Liberdade foi decapitada e o caos dominou tudo e todos.

Quando chegam à rua, Rob e alguns sobreviventes têm que fugir, ainda sem saber do quê. Até que uma pessoa grita "eu vi, e está vivo!".

O rapaz, acompanhado de Lily (Jessica Lucas), Marlena (Lizzy Caplan) e Hud (T.J. Miller), fica obcecado em documentar todo o acontecimento. Segue em direção da ponte do Brooklyn, até que Cloverfield a destrói também.

A culpa parece bater em Rob, que se sente obrigado a salvar Beth, que saiu da festa pouco antes da tragédia. Ela consegue contatá-lo por seu celular, que milagrosamente ainda funciona. Em seu caminho, o rapaz não verá nada além de destruição, mortes e terror.

J. J. Abrams teve a idéia de criar o monstro durante uma viagem ao Japão - por isso, homenageia o país no enredo, mandando Rob para lá. Para desenvolver o projeto, ele contou com seus colaboradores habituais, como o roteirista Drew Goddard (Lost e Alias) e o diretor Matt Reeves (Felicity).

Com Cloverfield - Monstro, Abrams espera que os norte-americanos vivenciem uma espécie de catarse do pós-11 de setembro. Por isso, fez um filme sem subtexto político, explorando apenas os horrores do ataque de algo desconhecido.

Esse foi o mesmo recurso usado pelo cinema japonês em 1954, ao lançar Godzilla, uma espécie de símbolo dos horrores da bomba atômica, lançada sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.

Apesar da queda na bilheteria, Cloverfield - Monstro pagou-se na primeira semana. O filme custou cerca de US$ 25 milhões - o que é bem baixo para esse tipo de produção em Hollywood.

A sequência já está prometida para breve. Resta saber qual cidade Cloverfield irá destruir dessa vez.

Reuters

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Fúria do Opus Dei na América Latina


Interessante a trama da política em qualquer dos espaços que ela ocupa e a guerra por mesmos espaços.Interessante ler e ponderar.Vale a pena manter sempre de olho os artigo da NOVA-e http://www.nova-e.inf.br/
pauloacv













Fúria do Opus Dei na América Latina

Altamiro Borges

O jurista Ives Gandra da Silva Martins, principal expoente da seita fascista Opus Dei no Brasil, está preocupado com o avanço das esquerdas na América Latina. Num artigo raivoso na coluna Tendências/Debates da Folha de S.Paulo, ele destilou ódio e preconceito contra Hugo Chávez, Evo Morales, Fidel Castro e Lula. Ele aproveitou também para criticar a “falta de preparo” de governantes pelo mundo a fora e para oferecer seus cursinhos às novas gerações de dirigentes políticos. “Neste mundo atormentado por falsas lideranças e fantástica mediocridade, creio que valeria a pena a idéia, que propus em meu livro, de uma ‘escola de governo’... financiada pelos governos”. No meio do arrazoado direitista, um merchandising para os seus lucrativos negócios!

Na sua ótica elitista, “colhe o mundo, atualmente, uma notável safra de pseudolíderes, populistas e despreparados, que conduzem nações mais ou menos desenvolvidas exclusivamente baseados no poder de comunicação com o povo, principalmente com a parcela menos favorecida”. Nesta safra, segundo o líder da seita, estariam incluídos “o histriônico presidente venezuelano – capaz de criar desnecessárias resistências por ser incapaz de controlar seus repentes e ofensas –, que transforma o narcotráfico colombiano e sua indústria de seqüestros em ‘idealística’ guerrilha... O mesmo se pode dizer de Morales, que também pretende se perpetuar no poder e que começa, com sua enciclopédica e truculenta ignorância, a dividir a nação”.

A influência da seita fascista

Após criticar o presidente Lula por elevar impostos que atingem principalmente os bancos, Ives Gandra encerra a safra latino-americana com mais uma esquizofrenia fascistóide. “É de lembrar que os três presidentes são amigos de um ditador que fuzilou, sem julgamento – os homicídios perpetrados nos famosos ‘paredóns’ –, muito mais pessoas que Pinochet”. Além de mentir sobre a realidade dos direitos humanos em Cuba, ele não consegue esconder a sua simpatia pelo regime ditatorial do Chile, que sempre teve o ativo apoio do Opus Dei. Até quando critica a “desastrada presidência de George W. Bush”, Ives Gandra alerta para “o risco do voto num outro populista despreparado para conduzir seus destinos” – talvez numa referência doentia a Barack Obama.

As idéias direitistas e preconceituosas do Opus Dei já são conhecidas, mas é bom não subestimar a influência desta seita mundial – que goza de espaços na mídia burguesa e tem forte presença no aparato estatal. Seu interesse pela América Latina também não é novo e paira sempre ameaçador. Desde a sua chegada ao continente, nos anos 50, o Opus Dei planeja ardilosamente sua ascensão ao poder. O projeto só ganhou ímpeto com a onda de golpes militares na região a partir dos anos 60. Seus seguidores presidiram várias nações ou assessoraram inúmeros ditadores. Nos anos 90, com a avalanche neoliberal, os tecnocratas fiéis a esta seita voltaram a gozar de certo prestígio.

“Catequese” na América Latina

Nos anos 50, a seita aliciou seus primeiros fiéis entre as velhas oligarquias que procuravam se diferenciar dos povos indígenas e pregavam o fundamentalismo religioso. Mas o Opus Dei só adquiriu maior pujança com a onda de golpes a partir dos anos 60. Até então, a sua ação ainda era dispersa. Segundo excelente artigo de Marina Amaral na revista Caros Amigos, “em 1970, Josemaría Escrivá [fundador da seita na Espanha] viajou para o México dando início às ‘viagens de catequese’ pelas Américas que duraram até as vésperas de sua morte em Roma, em 1975”.

Em 1974, visitou a América do Sul, então dominada por ditaduras. “O clero progressista tentava usar o peso da Igreja para denunciar torturas e assassinatos e para lutar pelo restabelecimento da democracia. Em suas palestras, ele respondeu certa vez a um militar que perguntara como seguir o caminho da ‘santificação espiritual’ do Opus Dei: ‘Os militares já têm metade do caminho espiritual feito’”. Neste período sombrio, a seita apoiou os golpes e participou de vários governos ditatoriais, segundo Emílio Corbière, autor do livro “Opus Dei: El totalitarismo católico”.

No Chile, a seita fascista foi para o ditador Augusto Pinochet o que fora para Augusto Franco na Espanha. O principal ideólogo deste regime sanguinário, Jaime Guzmá, era um membro ativo da seita, assim como centenas de quadros civis e militares. Ela ainda apoiou os golpes e participou dos regimes autoritários na Argentina, Paraguai e Uruguai. Segundo Corbière, ela financiou o regime do ditador nicaragüense Anastácio Somoza até sua derrota para os sandinistas. Na década de 90, ainda deu “ativa assistência” à ditadura terrorista e corrupta de Alberto Fujimori, no Peru.

O fundamentalismo neoliberal

Outra fase “próspera” se dá com a ofensiva neoliberal nos anos 90. Gozando da simpatia do papa e de autonomia frente às igrejas locais, ela se beneficia da invasão de multinacionais espanholas, fruto da privatização das estatais. Muitas delas são influenciadas por numerários do Opus Dei. Segundo Henrique Magalhães, em artigo na revista A Nova Democracia, “a Argentina entregou as suas estatais de telefonia, petróleo, aviação e energia à Telefônica, Repsol, Ibéria e Endesa. A Ibéria já havia engolido a LAN [aviação], do Chile, onde a geração de energia já era controlada pela Endesa. Os bancos espanhóis também chegaram ao continente neste processo”.

“O Opus Dei é para o modelo neoliberal o que foram os dominicanos e os franciscanos para as cruzadas e os jesuítas para a Reforma de Lutero”, compara José Steinsleger, colunista do jornal mexicano La Jornada. Nos anos 90, a seita também emplacou vários bispos e cardeais na região. O mais famoso foi Juan Cipriani, do Peru, amigo intimo do ditador Alberto Fujimori. Em 1997, quando da invasão da embaixada do Japão por militantes do Movimento Revolucionário Tupac Amaru, o bispo se valeu da condição de mediador e usou um aparelho de escuta no crucifixo, o que permitiu à polícia invadir a casa e matar todos seus ocupantes.

Os tentáculos no Brasil

No Brasil, o Opus Dei fincou a sua raiz em 1957, na cidade de Marília, no interior paulista, com a fundação de dois centros. Em 1961, dada à importância da filial, a seita deslocou o numerário espanhol Xavier Ayala, o segundo na hierarquia. “Doutor Xavier, como gostava de ser chamado, embora fosse padre, pisou em solo brasileiro com a missão de fortalecer a ala conservadora da Igreja. Às vésperas do Concílio Vaticano II, o clero progressista da América Latina clamava pelo retorno às origens revolucionárias do cristianismo e à ‘opção pelos pobres’, fundamentos da Teologia da Libertação”, explica Marina Amaral.

Ainda segundo a reportagem, “aos poucos, o Opus Dei foi encontrando os seus aliados na direita universitária. Entre os primeiros estavam dois jovens promissores: Ives Gandra e Carlos Alberto Di Franco, o primeiro simpático ao monarquismo e candidato derrotado a deputado; o segundo, um secundarista do Colégio Rio Branco, dos rotarianos do Brasil. Ives começou a freqüentar as reuniões do Opus Dei em 1963; Di Franco ‘apitou’ (pediu para entrar) em 1965. Hoje, a organização diz ter no país pouco mais de três mil membros e cerca de quarenta centros, onde moram aproximadamente seiscentos numerários”.

Crescimento na ditadura

Durante a ditadura, a seita também concentrou sua atuação no meio jurídico, o que rende frutos até hoje. O promotor aposentado e ex-deputado Hélio Bicudo revela ter sido assediado duas vezes por juízes fiéis à organização. O expoente nesta fase foi José Geraldo Rodrigues Alckmin, nomeado ministro do STF pelo ditador Garrastazu Médici em 1972, e tio do candidato tucano a presidência em 2006. Até os anos 70, porém, o poder do Opus Dei era embrionário. Ele tinha quadros em posições importantes, mas sem uma atuação coordenada. Além disso, dividia com a Tradição, Família e Propriedade (TFP) as simpatias dos católicos de extrema direita.

Seu crescimento dependeu da benção dos generais e dos vínculos com poderosas empresas. Ives Gandra e Di Franco viraram os seus “embaixadores”, relacionando-se com os donos da mídia, políticos de direita, bispos e empresários. É desta fase a construção da sua estrutura de fachada – Colégio Catamarã (SP), Casa do Moinho (Cotia) e Editora Quadrante. Ela também criou uma ONG para arrecadar fundos: OSUC (Obras Sociais, Universitárias e Culturais). Esta recebe até hoje doações do Itaú, Bradesco, GM e Citigroup. Diante desta denúncia, Lizandro Carmona, da OSUC, implorou à jornalista Marina Amaral: “Pelo amor de Deus, não vá escrever que empresas como o Itaú doam dinheiro ao Opus Dei”.

Ofensiva recente na região

Na fase recente, o Opus Dei fixou planos mais ousados para conquistar poder político na região. Em abril de 2002, participou ativamente do frustrado golpe contra o presidente Hugo Chávez, na Venezuela. Um dos seus fiéis, José Rodrigues Iturbe, virou ministro das Relações Exteriores do fugaz governo golpista. A embaixada da Espanha, governada na época pelo franquista Partido Popular (PP), de José Maria Aznar – cuja esposa é do Opus Dei –, deu guarita aos seus fiéis. Outro golpista ligado à seita, Gustavo Cisneiros, é o maior empresário das comunicações no país.

Em dezembro de 2006, a seita assistiu a derrota do seu candidato, Joaquim Laví, ex-assessor do ditador Augusto Pinochet, à presidência do Chile. Já em maio de 2006, colheu nova derrota com a candidatura de Lourdes Flores, numerária do partido Unidade Nacional. Em compensação, ela festejou a vitória do narcoterrorista Álvaro Uribe na Colômbia, que dispôs de milhões de dólares do governo George Bush. Já no México, outro conhecido fiel do Opus Dei, Felipe Calderon, ex-executivo da Coca-Cola, venceu uma das eleições mais fraudulentas da história deste país.

A sua jogada mais ousada, porém, foi a tentativa de eleição de um seguidor no Brasil. Segundo Henrique Magalhães, “as esperança do Opus Dei se voltaram para Geraldo Alckmin, que hoje é um de seus quadros políticos de maior destaque. A Obra tentou fazer dele presidente para formar um eixo geopolítico com os governantes da Colômbia e do México”. A mídia e os tucanos até tentaram esconder esta sombria ligação. Numa sabatina à Folha de S.Paulo, Alckmin garantiu: “Não sou da Opus Dei; respeito quem é, mas não conheço”. Mentiu ao esconder suas estreitas relações com a seita fascista – desde seus tempos de infância, no convívio com seu pai e o tio-ministro do STF da ditadura, até às ilícitas “palestras do Morumbi”. Mas o povo não se deixou enganar. Isto explica as recentes lamúrias elitistas de Ives Gandra, o chefão do Opus Dei.

Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB e autor do livro “As encruzilhadas do sindicalismo” (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).

Versão teatral de "Vestido de Noiva " foca alucinação


Vestido de Noiva do pernambucano Nelson Rodrigues é a segunda grande peça deste autor e que estreando em 1943 causou impacto entre outras copisa, pelo formato do texto e da cenografia, nesta com a regia de Santa Rosa-Paraibano-.
Vale a pena ver rever e coonferir La Benguel, também.
Paulo a cv

Versão teatral de "Vestido de Noiva " foca alucinação
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VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo

Historiador da obra de Nelson Rodrigues, o crítico Sábato Magaldi pode surpreender-se --para o bem ou para o mal, dirá depois-- com a versão de "Vestido de Noiva" que a Companhia de Teatro Os Satyros apresenta a partir de amanhã, em São Paulo, com participação da convidada Norma Bengell.

A começar pela extinção das linhas limítrofes dos planos narrativos da memória, da realidade e da alucinação na trajetória da personagem Alaíde, a moça que é acusada de roubar o namorado da irmã, é atropelada e envolve-se com uma cafetina do início do século 20, para ficar por aqui.

Lenise Pinheiro/Folha Imagem

Atrizes Cléo de Paris (sombra, ao fundo), Silvanah Araújo e Nora Prado em cena
O texto de Nelson Rodrigues (1912-80), segundo de sua lavra para teatro, apresenta uma profusão de cenas sobrepostas em tempos e espaços. Foi a partir da montagem dessa peça, em 1943, no Rio, que o polonês Zibgniew Ziembinski (1906-78) e o cenógrafo paraibano Tomás Santa Rosa ajudaram a demarcar a fase de modernidade no teatro brasileiro, conforme apontam historiadores como o próprio Magaldi.

Para assinar seu primeiro Nelson em palcos brasileiros --dirigiu o monólogo "Valsa Nº 6" em Lisboa, nos anos 1990--, o diretor Rodolfo García Vázquez quer concentrar "tudo na cabeça de Alaíde", com ênfase no plano da alucinação.

"Naquele período histórico [década de 1940], não se podia pensar o teatro como uma alucinação. O Nelson teve de dividir os planos muito claramente. O que a gente faz é trazer isso para hoje e relativizar o que é o real. Tudo depende de ponto de vista, de perspectiva."

Segundo o diretor d'Os Satyros, "Vestido de Noiva" é dos textos mais difíceis que montou, tantas e rápidas são as "quebras" de narrativas no meio do caminho. "É uma linguagem muito contemporânea, não sentimos necessidade de corte nos diálogos."

O que Ziembinski e Santa Rosa resolveram por meio da luz (eram mais de 130 efeitos 64 anos atrás), a equipe de Vázquez, que também desenha a luz, acresce o suporte em vídeo, ora com diálogos inteiros pré-gravados entre Alaíde (Cléo De Páris) e Madame Clessy (Bengell), ora com clipes.

Vázquez diz que procurou afastar-se "totalmente do elemento brasileiro, carioca" do universo rodriguiano, reconhecíveis na geografia suburbana ou na música. "O espetáculo está colocado num plano mais próximo do cinema de David Lynch", afirma, citando o cineasta norte-americano de "Império dos Sonhos".

No ensaio de terça-feira à tarde, essa pretendida atmosfera onírica era sugerida pela valorização audiovisual: imagens projetas num cenário revestido por tecidos brancos, como o imaculado véu da noiva, e a trilha etérea puxada por Björk.

Para Norma Bengell, Vázquez é "bastante transgressor" se comparado à versão "clássica" de Ziembinski, da qual ela fez parte na remontagem arqueológica de 1976, no mesmo papel de Clessy, em que o polonês seguiu à risca a sua concepção original. "O Nelson ia gostar dos recursos de multimídia e das roupas modernas, que na nossa época incluíam espartilho", afirma a atriz. "Naquela remontagem, ele ia toda noite ao teatro, no Rio de Janeiro, mas não costumava criticar."

Dizendo-se "bissexta" na arte do teatro, Bengell nunca fez outra peça do autor. Carrega a vantagem de que, hoje, diz enxergar mais maldade no subtexto da sua personagem mundana do que há 32 anos. Ela está ao lado de Ivam Cabral, Nora Toledo, Alberto Guzik, Silvanah Santos e outros intérpretes nessa produção realizada pelo Itaú Cultural, instituto que em 2007 abrigou leitura dramática da obra pelo grupo.

Vestido de Noiva

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Imagem de soldado dos EUA ganha prêmio da World Press Photo



Imagem de soldado dos EUA ganha prêmio da World Press Photo

Achei fantástico, muito bom os critérios e gêneros escolhidos nesta escolha das melhores fotos da mídia.Por estes dois exemplos sentimos a questão política que preocupa os fotógrafos.
pauloacv
AMSTERDÃ (Reuters) - A imagem de um soldado norte-americano exausto dentro de uma trincheira no Afeganistão, feita pelo britânico Tim Hetherington para a revista "Vanity Fair", ganhou na sexta-feira (8) um dos mais importantes prêmios internacionais do fotojornalismo, da entidade World Press Photo.

Os jurados consideraram que a foto mostra "a exaustão de um homem -- e a exaustão de uma nação". "Estamos conectados com isto. É uma foto de um homem no fim da linha", disse Gary Knight, presidente do júri.




Foto de soldado norte-americano ganhou prêmio principal da World Press Photo
MAIS FOTOS PREMIADAS
No total, foram premiados 59 fotógrafos de 23 nacionalidades.

A agência Getty Images Inc. recebeu cinco prêmios, inclusive por imagens que mostram o assassinato da líder oposicionista paquistanesa Benazir Bhutto.

John Moore registrou para a Getty Images uma cena enevoada que mostra o instante subsequente à explosão que matou Bhutto, com pessoas fugindo do local.

Os fotógrafos da Reuters não obtiveram prêmios.

A fundação World Press Photo (www.worldpressphoto.org), com sede em Amsterdã, divulgou nota dizendo que houve em 2007 um recorde de participantes -- 5.019, provenientes de 125 países --, que inscreveram um total de 80.536 imagens.

(Reportagem de Harro ten Wolde)by http://diversao.uol.com.br/ultnot/reuters/2008/02/08/ult26u25671.jhtm

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Juan Gelman: "Ninguna mano humana podrá cortar el hilo con la poesía"


La paradoja que entraña querer olvidar y recordar al mismo tiempo recorre las páginas de Mundar, el último poemario del escritor argentino, al que la poesía no le sirve de consuelo para olvidar su propia tragedia ni la ajena.



EN COMPAÑIA DEL DOLOR. "Con el paso de los años se convive mejor con el dolor, pero cada tanto asoma la cabeza. No puede ser de otro modo", se confiesa el poeta argentino.
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"La única forma de cerrar la herida y poder olvidar de verdad es que se haga justicia", aseguró en una entrevista con la agencia española EFE el poeta que fue galardonado en diciembre pasado con el Premio Cervantes, el Nobel de las letras españolas.

Desde su casa en Ciudad de México, Gelman reconoce que "con el paso de los años se convive mejor con el dolor, pero cada tanto asoma la cabeza. No puede ser de otro modo".

Gelman sabe lo que es el sufrimiento y el dolor. Al comienzo de la última dictadura, su hijo Marcelo, de 20 años, y su nuera, Claudia García, de 19, fueron secuestrados por militares argentinos cuando ella estaba embarazada de siete meses.

Marcelo fue asesinado y Claudia figura en la larga lista de desaparecidos de la dictadura. Una palabra, la de "desaparecidos", que encierra en realidad "cuatro hechos: el secuestro, la tortura, el asesinato y la desaparición de los restos", dice el escritor.

Tras 23 años de intensa búsqueda, Gelman encontró a su nieta en Uruguay, donde había sido criada por la familia de un policía. La joven ha salido luchadora como su abuelo y ha pedido a la justicia uruguaya que reabra el caso de su madre.

"Es una mujer muy valiente que con todas las dificultades que uno puede imaginar, aceptó su nueva identidad, cambió sus apellidos por los de sus padres y ha firmado conmigo varias denuncias penales. Está empeñada en encontrar los restos de su madre, como yo mismo", describe.

"En Argentina hay miles de familias que no saben qué ha pasado con sus seres queridos y aunque se ha comenzado a hacer justicia, los militares siguen escudados en un pacto de silencio, y así es imposible olvidar. Queda mucho por hacer", asegura.


El refugio de la poesía


Aficionado a los neologismos, Gelman se muestra ambiguo cuando se le pregunta por el sentido de Mundar. Al "verbalizar" el sustantivo "mundo", quizá quiera expresar su actitud abierta para aprovechar lo mejor de las culturas de otros países o quizá "todo lo que el lector imagine", se desentiende.

Lo de inventar palabras no es nuevo; "ya estaba en los clásicos, como en ese soneto de Lope de Vega donde dice "siempre mañana y nunca mañanamos". O en Cervantes, cuando habla en El Quijote de "caminar asnalmente", recuerda el argentino.

"Lo que me consuela de la poesía es que viene del fondo de los siglos y ningún desastre natural o de mano humana ha podido jamás cortar ese hilo", señala Gelman.

El próximo 23 de abril recibirá el Premio Cervantes de manos del Rey Juan Carlos, pero aún no sabe de qué tratará su discurso. Mientras, procura encontrar tiempo para escribir y espera que "la señora", como él llama a la poesía, siga visitándolo.



Fuente: EFE

Greenpeace compró más de 2.000 lamparitas en un súper para retirarlas del mercado


En su campaña de ahorro energético, la organización ecologista vació la góndola de un local de Palermo donde vendían lámparas incandescentes, a las que considera obsoletas y perjudiciales.
CAMPAÑA. Los militantes de Greenpeace vaciaron las góndolas

Modigliani


Modigliani

Ayer se inauguró la exposición Modigliani y su tiempo, en el Museo Thyssen-Bornemisza de Madrid.



La muestra reúne un total de 126 trabajos, entre pinturas, dibujos y esculturas, un arco de obras que cubren el trabajo del pintor italiano desde su llegada a París en 1906 hasta su muerte en 1920.





La obra de Amedeo Modigliani -Modi- se presenta, por primera vez en diálogo directo tanto con sus grandes maestros (Cézanne, Picasso o Brancusi), como con sus amigos de Montparnasse (Chagall, Soutine, Kisling, Zadkine, Foujita, entre otros) y aquí está el punto que marca la diferencia de esta muestra con otras que reunieron obras del artista.

La exposición estará abierta hasta el 18 de Mayo.

Inédito este material e considerações acerca de Paul Klee Desnudo femenino, de Paul Klee.


Inédito este material e considerações acerca de Paul Klee
pacv
Desnudo femenino, de Paul Klee.

Esta sombría genialidad de Paul Klee (Suiza, 1879-1940) carece de todo adorno. Es un desnudo, desnudo de aditamentos. Y, de colores opacos, refulge como un sol.

Klee fue uno de los más originales pintores del siglo XX. Nació en Münchenbuchsee, cerca de Berna, Suiza, pero pronto se trasladó a Munich donde estudió arte en una escuela privada y en la Academia de Bellas Artes de la ciudad. Está considerado como uno de los representantes más singulares del arte moderno. Siguiendo un estilo específico, creó una serie de obras llenas de fantasía, libertad e imaginación.

Un viaje que realizó a África en 1914 le hizo descubrir, acaso, los secretos del color y marcó el comienzo de su estilo maduro. Durante los siguientes 20 años, sus pinturas y acuarelas mostraron su dominio de delicadas armonías cromáticas, como de ensueño. A partir de 1935, afectado por una enfermedad, Klee pintó líneas gruesas como de carboncillo y grandes áreas de colores matizados. Sus obras de ese período tienen un tono pesimista y dramático.
by clarin http://weblogs.clarin.com/antilogicas/

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

CARNAVAL DE PERNAMBUCO





CARNAVAL DE PERNAMBUCO







Sr Veludinho , com 100 anos de idade, batuqueiro do

Maracatú Leão Coroado · 1966

(Arquivo Katarina Real · Iconografia da FJN)



HISTÓRIA DO CARNAVAL

Claudia M. de Assis Rocha Lima

Pesquisadora

ORIGEM DO CARNAVAL

Dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com os rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade, tais como as Festas Egípcias que homenageavam a deusa Isis e ao Touro Apis. Os gregos festejavam com grandiosidade nas Festas Lupercais e Saturnais a celebração da volta da primavera, que simbolizava o Renascer da Natureza. Mas num ponto todos concordavam, as grandes festas, como o carnaval, estão associadas a fenômenos astronômicos e a ciclos naturais. O carnaval se caracteriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas. Na Europa, os mais famosos carnavais foram ou são: os de Paris, Veneza, Munique e Roma, seguidos de Nápoles, Florença e Nice.

CARNAVAL NO BRASIL

O carnaval foi chamado de Entrudo por influência dos portugueses da Ilha da Madeira, Açores e Cabo Verde, que trouxeram a brincadeira de loucas correrias, mela-mela de farinha, água com limão, no ano de 1723, surgindo depois as batalhas de confetes e serpentinas. No Brasil, o carnaval é festejado tradicionalmente no sábado, domingo, segunda e terça-feira anteriores aos quarentas dias que vão da quarta-feira de cinzas ao domingo de Páscoa. Na Bahia, é comemorado também na quinta-feira da terceira semana da Quaresma, mudando de nome para Micareta. Esta festa deu origem a várias outras em estados do Nordeste, todas com características baianas, com a presença indispensável dos Trios Elétricos e são realizadas no decorrer do ano; em Fortaleza realiza-se o Fortal; em Natal, o Carnatal; em João Pessoa, a Micaroa; em Campina Grande, a Micarande; em Maceió, o Carnaval Fest; em Caruaru, o Micarú; no Recife, o Recifolia, já extinto.

CARNAVAL NO RECIFE

Século XVII - De acordo com as antigas tradições, mais ou menos em fins do século XVII, existiam as Companhias de Carregadores de Açúcar e as Companhias de Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordo no modo de realizar alguns festejos, principalmente para a Festa de Reis. Esta massa de trabalhadores era constituída, em sua maioria, de pessoas da raça negra, livres ou escravos, que suspendiam suas tarefas a partir do dia anterior à festa de Reis. Reuniam-se cedo, formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo festejante e, sentado sobre ele uma pessoa conduzindo uma bandeira. Caminhavam improvisando cantigas em ritmo de marcha, e os foguetes eram ouvidos em grande parte da cidade.

Século XVIII - Os Maracatus de Baque Virado ou Maracatus de Nação Africana, surgiram particularmente a partir do século XVIII. Melo Morais Filho, escritor do século passado, no seu livro Festas e Tradições Populares, descreve uma Coroação de um Rei Negro, em 1742. Pereira da Costa, à página 215 do seu livro, Folk-lore Pernambucano, transcreve um documento relativo à coroação do primeiro Rei do Congo, realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, da Paróquia da Boa Vista, na cidade do Recife. Os primeiros registros destas cerimônias de coroação, datam da segunda metade deste século nos adros das igrejas do Recife, Olinda, Igarassu e Itamaracá, no estado e Pernambuco, promovidas pelas irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e de São Benedito.

Século XIX - Depois da abolição da escravatura, em 1888, os patrões e autoridades da época permitiram que surgissem as primeiras agremiações carnavalescas, formadas por operários urbanos nos antigos bairros comerciais. Supõe-se que as festas dos Reis Magos serviram de inspiração para a animação do carnaval recifense. De acordo com informações de pessoas antigas que participaram desses carnavais, possivelmente o primeiro clube que apareceu foi o dos Caiadores. Sua sede ficava na Rua do Bom Jesus e foi fundador, entre outros, um português de nome Antônio Valente. Na terça-feira de carnaval à tarde o clube comparecia à Matriz de São José, tocando uma linda marcha carnavalesca e os sócios levando nas mãos baldes, latas de tinta, escadinhas e varas com pincéis, subiam os degraus da igreja e caiavam (pintavam), simbolicamente. Outros Clubes existiam no bairro do Recife: Xaxadores, Canequinhas Japonesas, Marujos do Ocidente e Toureiros de Santo Antônio.

Século XX - O carnaval do Recife era composto de diversas sociedades carnavalescas e recreativas, entre todas destacava-se o Clube Internacional, chamado clube dos ricos, tinha sua sede na Rua da Aurora, no Palácio das Águias. A Tuna Portuguesa, hoje Clube Português, tinha sua sede na Rua do Imperador. A Charanga do Recife, sociedade musical e recreativa, com sede na Avenida Marquês de Olinda e a Recreativa Juventude, agremiação que reunia em seus salões a mocidade do bairro de São José. O carnaval do início deste século era realizado nas ruas da Concórdia, Imperatriz e Nova, onde desfilavam papangus e máscaras de fronhas (fronhas rendadas enfiadas na cabeça e saias da cintura para baixo e outra por sobre os ombros), esses mascarados sempre se apresentavam em grupos. Nesses tempos, o Recife não conhecia eletricidade, a iluminação pública eram lampiões queimando gás carbônico. Os transportes nos dias de carnaval vinham superlotados dos subúrbios para a cidade. As linhas eram feitas pelos trens da Great Western e Trilhos Urbanos do Recife, chamados maxambombas, que traziam os foliões da Várzea, Dois Irmãos, Arraial, Beberibe e Olinda. A Companhia de Ferro Carril, com bondes puxados a burros, trazia foliões de Afogados, Madalena e Encruzilhada. Os clubes que se apresentaram entre 1904 e 1912 foram os seguintes: Cavalheiros de Satanás, Caras Duras, Filhos da Candinha e U.P.M.; este último criado como pilhéria aos homens que não tinham mais virilidade.

O Corso - Percorria o seguinte itinerário: Praça da Faculdade de Direito, saindo pela Rua do Hospício, seguindo pela Rua da Imperatriz, Rua Nova, Rua do Imperador, Princesa Isabel e parando, finalmente na Praça da Faculdade. O corso era composto de carros puxados a cavalo como: cabriolé, aranha, charrete e outros. A brincadeira no corso era confete e serpentina, água com limão e bisnagas com água perfumada. Também havia caminhões e carroças puxadas a cavalo e bem ornamentadas, rapazes e moças tocavam e cantavam marchas da época dando alegre musicalidade ao evento. Fanfarras contratadas pelas famílias, desfilavam em lindos carros alegóricos.



Recife, 21 de julho de 2003.



Direitos Reservados à Autora

Claudia M. de Assis Rocha Lima

claudiarochalima@yahoo.com.br



(Texto atualizado em 9 de outubro de 2007)

CINEMA


CINEMA
A lista das listas
Um livro – com a lista dos “100 melhores filmes” – avança no duvidoso terreno das listas, com a escolha de 100 obras, a cargo do crítico inglês Ronald Bergan.
Por Fernando Monteiro

Listas? Para que servem as listas dos “melhores filmes de todos os tempos”? Talvez para ocupar o tempo – e a cabeça – de críticos que, recém-divorciados, acabam de estrear apartamento novo, num daqueles sábados longos da vida de solteiro entretida mais com velhos filmes do que com novas companhias. Seja como for, foram os redatores da respeitada revista inglesa Sight & Sound que, em 1952, começaram com a mania, elegendo “os melhores 10 filmes produzidos até o início dos anos 50”, e para isso convocando uma espécie de “colegiado” de cineastas, teóricos e (é claro) colegas – fanáticos e menos fanáticos – que terminaram elegendo os títulos.

Os filmes empatados fizeram surgir 12 eleitos (predominando produções européias, note-se), com Chaplin emplacando duas obras nas primeiras posições, e mais a presença de algumas admira-ções recentes – naquela época – determinando votos de puro entusiasmo da década pós-guerra (o melhor exemplo disso é Louisiana Story, filme quase esquecido hoje em dia). Estavam inauguradas as “listas” dos melhores, no cinema, e a da revista britânica fixou o prazo de uma década para pro-mover nova votação. Em 1962, portanto, veio a segunda votação, já em outro ambiente cultural, com sensíveis diferenças da primeira.

Dez anos se passaram, e, em 1972, a terceira lista manteve seis obras da última votação (Cida-dão Kane, A Regra do Jogo, O Encouraçado Potemkin, A Aventura, O Martírio de Joana D´Arc e Contos da Lua Vaga, também conhecido como Contos da Lua Vaga após a Chuva). Como obras novatas na consagração dos críticos, surgiram Fellini Oito e Meio (Otto e Mezzo, de Federico Fellini – Itália, 1963), Quando Duas Mulheres Pecam (Persona, de Ingmar Bergman – Suécia, 1966), A Ge-neral (The General, de Buster Keaton – EUA, 1926), Soberba (The Magnificent Ambersons, de Orson Welles – EUA, 1942), e mais uma obra-prima do sueco Bergman: Morangos Silvestres (Smultronstället, de 1957).

Nossa intenção é falar de uma lista – ainda maior – dos melhores filmes da história do cinema, sujeita “a chuvas e tempestades” como é a longa relação das 100 excelências que o crítico Ro-nald Bergan resolveu apresentar em livro, com omissões inacreditáveis e – surpresa – a presença do brasileiro Cidade de Deus na penúltima posição. Bergan é muito respeitado, e um livro de 510 páginas (que acaba de ser traduzido e lançado pela Zahar) traz as 100 obras que ele escolheu, com os seus comentários sobre os filmes listados por muitos motivos. Não dá para resumi-los num artigo, porém aqui vai a relação que o crítico elaborou debaixo do fog (às vezes “míope”) de Londres, com os seus “100 melhores” ordenados em ordem rigorosamente cronológica, conforme Bergan preferiu.

O Nascimento de uma Nação – O Gabinete do Dr. Caligari – Nosferatu, o Vampiro –Nanook, o Esquimó – O Encouraçado Potemkim – Metrópolis – Napoleão – Um Cão Andaluz – O Martírio de Joana d’Arc – Nada de Novo no Front – O Anjo Azul – Luzes da Cidade – Rua 42 – O Diabo a Qua-tro – King Kong – O Atalante – Branca de Neve e os Sete Anões – Olímpia – A Regra do Jogo – ... E o Vento Levou – Jejum do Amor – As Vinhas da Ira – Cidadão Kane – Relíquia Macabra – Pérfida – Ser ou Não Ser – Nosso Barco, Nossa Vida – Casablanca – Obsessão – O Bulevar do Crime – Nesse Mundo e no Outro – A Felicidade Não se Compra – Ladrões de Bicicleta – Carta de uma Desconhecida – Um País de Anedota – O Terceiro Homem – Orfeu – Rashomom – Cantando na Chuva – Era uma Vez em Tóquio – Sindicato de Ladrões – Tudo o que o Céu Permite – Juventude Transviada – A Canção da Estrada – A Mensagem do Diabo – O Sétimo Selo – Um Corpo que Cai – Cinzas e Diamantes – Os Incompreendidos – Quanto Mais Quente Melhor – Acossado – A Doce Vida – Tudo Começou no Sábado – A Aventura – O Ano Passado em Marienbad – Lawrence da Arábia – Dr. Fantástico – A Batalha de Argel – A Noviça Rebelde – Andrei Rublev – The Chelsea Girls – Bonnie e Clyde – Meu Ódio Será sua Herança – Sem Destino – O Conformista – O Poderoso Chefão – Aguir-re, a Cólera dos Deuses – Nashville – O Império dos Sentidos – Taxi Driver – Noivo Neurótico, Noiva Nervosa – Guerra nas Estrelas – O Casamento de Maria Braun – O Franco-Atirador – ET, o Extra-terrestre – Blade Runner, o Caçador de Andróides – Paris, Texas – Heimat – Vá e Veja – Veludo Azul – Shoah – Uma Janela para o Amor – Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos – Cinema Paradiso – Faça a Coisa Certa – Lanternas Vermelhas – Os Imperdoáveis – Cães de Aluguel – Trois Couleurs – Através das Oliveiras – Quatro Casamentos e um Funeral – Troy Story – Fargo, uma Comédia de Erros – O Tigre e o Dragão – Amor à Flor da Pele – Traffic – O Senhor dos Anéis – Cidade de Deus – Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.

Aí está. Serve para alguma coisa? Talvez sirva para um cinéfilo iniciante se orientar, na escolha de filmes do acervo de alguma boa locadora, etc. – sem a garantia, entretanto, da plena confiança numa lista dos 100 “mais-mais” da história do cinema que não incluiu obras-primas como Os Sete Samurais, de Akira Kurosawa, O Criado (The Servant, de Joseph Losey), Os Desajustados (The Mis-fits, de John Huston), Deus e o Diabo na Terra do Sol (de Glauber Rocha), O Leopardo (Il Gattopar-do, de Luchino Visconti), Vidas Amargas (Lest of Eden, de Elia Kazan) e muitos outros filmes exclu-ídos –, enquanto Ronald Bergan consegue encontrar lugar para coisas como O Tigre e o Dragão, O Senhor dos Anéis e Toy Story, etc. Porém, talvez as listas desse tipo só existam unicamente pelo bom motivo de termos algo para contestar, com nossas próprias escolhas, no jogo da paixão pelo cinema – que continua viva.



(Leia o material na íntegra, na edição nº 85 da Revista Continente Multicultural. Já nas bancas)






Fernando Monteiro é escritor e crítico cultural.



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