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domingo, 20 de outubro de 2019

Ferréz: periferia perdeu a ilusão com Bolsonaro, mas ainda não se levantou



A RBA))) REDE BRASIL ATUAL cobriu o evento ¨ Democracia em Colapso?, sob o tema “Comunicação e Hegemonia Cultural”, três diferentes especialistas dedicados a investigar e entender o inconsciente e o conhecimento popular.¨ O artista consegue a clareza que a grande mídia não consegue.Outros convidados Esther Solano e Christian Dunke falaram bacana,mas sua fala -FERRÉZ-bate com a linguagem do povo.Leiam,vejam o vídeo é uma aula,sobretudo no que se refere ao que chamamos periferia.


Ferréz: periferia perdeu a ilusão com Bolsonaro, mas ainda não se levantou

Debate com Ferréz, Esther Solano e Christian Dunker investiga a disputa de narrativas e por que o discurso do medo, do ódio e do conservadorismo triunfa

São Paulo – Até que ponto a “linguagem” popular, quase oral, das redes sociais teria sido o mais bem-sucedido propulsor do conteúdo de ódio que moveu a ascensão do conservadorismo? Em que medida o acesso das classes mais pobres a oportunidades – bens de consumo, empregos formais, ampliação dos estudos, profissionalização etc. –, antes só possíveis a integrantes da classe média e da elite branca, foi combustível da intolerância desse segmento da população incomodado com a ascensão de “indesejados”? Como a propagação em massa de conteúdos moralmente demagógicos contaminou o senso comum hegemônico a ponto de pôr em xeque o amadurecimento democrático e causar uma reviravolta na política e no funcionamento das instituições?
A busca de respostas a essas questões reuniu à mesma mesa, no seminário Democracia em Colapso?, sob o tema “Comunicação e Hegemonia Cultural”, três diferentes especialistas dedicados a investigar e entender o inconsciente e o conhecimento popular. O psicanalista Christian Dunker, professor da USP; a socióloga e pesquisada Esther Solano – que já conduziu pesquisas de campo para mapear a adesão dos segmentos populares ao bolsonarismo e já investiga a penetração da possibilidade Luciano Huck junto a essas classe –; e o poeta, escritor e estilista Ferréz, cuja obra é inspirada e alimentada por sua ligação umbilical com a periferia onde nasceu e de onde nunca saiu. A RBA, um dos veículos promotores do evento, esteve representada pela jornalista Cláudia Motta na mediação da mesa.
Para Ferréz – que após o debate concedeu entrevista à RBA –, a saída para fazer a disputa de narrativa na indústria cultural com o crescimento da ideologia conservadora é falar a língua do povo. Organizações, partidos e intelectuais de esquerda se distanciaram das periferias e dos setores mais populares, que ficaram à mercê do discurso conservador, de mais fácil compreensão. Discursos de ódio e moralismo propagado pelos pastores na televisão são exemplos de respostas de fácil compreensão. E nas periferias do país, que vivem num cenário violento, marcado pela precariedade dos serviços públicos, a democracia nunca esteve ao alcance das mãos.
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