REDES

Mostrando postagens com marcador Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco?. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco?. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco?

Vale a pena ter esta obra, os motivos são vários, mas quero destacar o autor -José Teles, jornalista sério e comprometido com a música, especialmente a pernambucana ,por outro lado  o fenômeno que foi Chico Science&Nação Zumbi. Obra que  revolucionou o Rock, se é que assim podemos dizer, e levou-nos ao mundo, mostrando outros modos da música pop brasileira nordestina  comprometida com a realidade do Nordeste, especialmente Pernambuco, Recife.O Sesc fez uma grande trabalho, claro junto a Teles e a Banda, e mesmo Chico Science.Vale a pena tê-lo- o livro que também tem em edição digital - ebook kindle. Paulo Vasconcelos



Abaixo pequena resenha da Amazon

No aniversário de 25 anos do álbum, o jornalista e crítico José Teles reconstrói a trajetória do disco que transformou a música brasileira ao fincar sua "parabólica" de samplers e guitarras pesadas nos ritmos populares de Pernambuco: Da lama ao caos, de Chico Science & Nação Zumbi, lançado em abril de 1994. Colunista de música do Jornal do Commercio, de Recife, desde 1987, Teles foi testemunha privilegiada do nascimento do álbum e da cena manguebeat, encabeçada por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. 

No livro, ele entrevista músicos, produtores, empresários, diretores de gravadora, designers, fotógrafos e jornalistas para recontar a história e os bastidores do disco que colocou Recife - a "quarta pior cidade do mundo", de acordo com relatório de 1991, de um órgão ligado à ONU - no centro de toda a cena cultural dos anos 1990. 

O livro é o primeiro título da coleção Discos da Música Brasileira. Como escreve Teles: "A contemporaneidade começava a botar as patolas de fora, surgida de onde menos se esperava. Até então, os movimentos musicais no Recife saíram da classe média ou das elites da cidade. Da periferia, a exceção, que não chegou a ser movimento, foi o frevo, surgido do 'poviléu' (como se dizia no início do século 20). 

O movimento que surgiu para "contemporaneizar" a música pernambucana veio metaforizado de mangue, os homens-caranguejos, que juntaram o arsenal de ideias na Rua da Aurora, no centro da capital pernambucana, em edifícios localizados num trecho que pode ser visto como um emblema da estagnação da cidade". E continua mais à frente: "Não se imaginava que aquela turma, que se autodenominava 'caranguejos com cérebro', que se apresentava para plateias reduzidas e trocava ideias em barzinhos descolados, fosse extrapolar limites, divisas, fronteiras, que revigorasse a cultura pernambucana, influenciasse a música brasileira, e tivesse repercussão internacional.". Ao autor, declara no livro o guitarrista do grupo, Lúcio Maia: "Eu acho Da lama ao caos melhor que Afrociberdelia [segundo álbum da banda]... Chico, eu, Jorge, Gilmar, todo mundo teve o tempo de uma vida inteira para pensar nele". A coleção Discos da Música Brasileira, publicada em português e em inglês, tem organização do crítico musical Lauro Lisboa Garcia.