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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O trabalhador recifense é o que recebe o pior salário do país

O trabalhador recifense é o que recebe o pior salário do país. O dado foi divulgado, nesta quinta-feira (28), pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa revelou que o rendimento médio real da população ocupada na Região Metropolitana de Recife foi estimado em R$ 861,90, em dezembro de 2009, enquanto a média brasileira foi de R$ 1.344,90.

A pesquisa também mostrou que a situação do bolso do trabalhador da capital tem piorou no último mês do ano. Houve queda de 3,7% e de 8,0% no ano, sendo o menor de todas as Regiões Metropolitanas pesquisadas. No Brasil, o percentual foi menor (-0,9%) na comparação mensal e apresentou leve alta de 0,7% frente a dezembro de 2008.

Para o gerente do PME, Cimar Azeredo, o sinal amarelo está acesso para a economia do Recife. “Registrar uma queda de rendimento de 0,9% é comum nessa época do ano, por conta dos empregos temporários, mas não nessa monta como ocorreu no Recife”, atenta.

Segundo o pesquisador, nem mesmo os investimentos recém-chegados a Pernambuco foram suficientes para segurar a queda do poder de compra da população. “Os investimentos têm que ser mais fortes para surtirem efeito na pesquisa. Ganhar mal está atrelado ao poder de compra. O comércio, que funciona como uma válvula de escape para o consumo, não teve seu cliente cativo. É uma questão regional que está acontecendo na RMR”, observa.

Em pesquisas anteriores, os pesquisadores do IBGE identificaram que a economia do Recife ia mal por conta do baixo desempenho do setor do turismo. Agora, não há um diagnóstico preciso para justificar a situação. O que se sabe é que todos os grupamentos econômicos apresentaram problemas, sobretudo a construção, o comércio, a reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis e dos serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira.

Os assalariados, autônomos e empregados de empresas privadas foram os que pagaram a maior parte da fatura negativa no Recife. Na análise mensal, somente os militares ou funcionários públicos estatutários tiveram aumento no seu rendimento médio real (7,9%), enquanto os empregados com carteira de trabalho assinada, os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado e os trabalhadores por conta própria apresentaram quedas de 0,5%, 9,3% e 16,4% respectivamente. Na análise anual, o rendimento médio real da população teve queda, tendo destaque os empregados por contra própria (13,9%) e os militares ou funcionários públicos estatutários (10,7%).

As capitais pesquisadas foram Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR