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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bush teve Ben Laden na mão mas deixou-o fugir

BY diário de notícias pt
ISTO ERA DE SE ESPERAR POIS BUSH PAI FOI SÓCIO DO MESMO-BIN LADEN-obs palavras minhas paulo vasconcelos



MATÉRIA ABAIXO POR HUGO COELHO DIÁRIO DE NOTICIAS PT


Exército dos EUA encurralou o líder da Al-Qaeda nas montanhas mas os generais proibiram ataque em massa. Relatório do Senado foi divulgado dias antes de Obama anunciar o impopular reforço de tropas

A ordem era clara como num cartaz do faroeste: "Procurado, vivo ou morto". Apesar da ordem dada pelo Presidente George W. Bush em 2001, três meses depois dos atentados de 11 de Setembro, os EUA deixaram escapar Ussama ben Laden. Tropas americanas tiveram o líder da Al-Qaeda encurralado numa gruta nas montanhas de Tora Bora, no Afeganistão, mas permitiram que fugisse para o Paquistão sem um ferimento.

Um relatório do Senado, agora divulgado, culpa os generais pela decisão desastrosa de proibir uma ofensiva em larga escala no momento em que Ben Laden estava vulnerável e ao seu alcance. O Congresso considerou ainda que o falhanço em capturar ou matar o terrorista abriu caminho à revolta dos talibãs que hoje ameaça Afeganistão e Paquistão, onde se refugiaram depois da invasão do primeiro liderada pelos EUA.

Amanhã, o Presidente Barack Obama deverá anunciar à nação o envio de 30 mil homens para o Afeganistão. Os generais avisaram que o reforço de tropas é crucial para vencer a guerra. Mas a decisão divide os americanos que temem que o Afeganistão se torne no novo Vietname.

Perante este cenário, analistas sugerem que a divulgação do documento é uma tentativa de justificar a decisão de Obama com os erros dos chefes militares de George W. Bush e do seu secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.

Os congressistas reconheceram que "tirar o líder da Al-Qaeda do campo de batalha há oito anos teria eliminado uma ameaça extremista para todo o mundo". Mas acrescentaram: "As decisões que permitiram a fuga para o Paquistão fizeram de Ben Laden uma figura simbólica que continua a atrair muito dinheiro e a inspirar fanáticos no mundo. O falhanço em acabar o trabalho foi uma oportunidade perdida que alterou o curso da guerra no Afeganistão e o futuro do terrorismo internacional."

O relatório, encomendado pelo senador John Kerry, foi elaborado pela comissão de Relações Internacionais do Senado dominado pela maioria democrata - partido do Presidente. No passado, Kerry, que foi candidato presidencial derrotado em 2004, já havia falado no erro, mas não mostrou provas.

Desta vez, o Congresso, com base em informações desclassificadas e entrevistas com participantes, afirma categoricamente que as tropas americanas sabiam da localização de Ben Laden e tinham condições para lançar um assalto com milhares de tropas. Porém, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld considerou que não havia certezas de que o terrorista estivesse na gruta e temeu que uma presença militar maciça complicasse a missão. Por isso, os generais deixaram na retaguarda a maior parte das tropas, aumentaram os bombardeamentos aéreos e enviaram cem comandos apoiados por milícias afegãs bater o terreno à "procura da presa".

Ben Laden, que alegadamente chegou a escrever o seu testamento, acabaria por conseguir fugir, sem oposição e com os guarda-costas, e refugiar-se na região tribal na fronteira com o Paquistão, onde, ao que julgam os peritos, ainda hoje continuará escondido.

A não-captura de Ben Laden foi o primeiro fracasso da Guerra ao Terror de Bush. Quase um ano após chegar à Casa Branca e ter feito da guerra no Afeganistão uma prioridade, Obama não conseguiu, até agora, apanhar o terrorista.

O líder da Al-Qaeda é um dos criminosos na lista dos dez mais procurados pelo FBI. A polícia federal americana oferece 25 milhões de dólares (16,7 milhões de euros) a quem der informações que conduzam à sua capturado. No site do FBI lê-se que o saudita de 52 anos, que ordenou os atentados contra as embaixadas americanas no Quénia e na Tanzânia em 1998 além do 11 de Setembro, é canhoto e apoia-se numa bengala.