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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Golpe: A Ópera do fim do mundo-Flávio Tavares

O Golpe: A Ópera do fim do mundo”, a pintura faz referências à Lula, Dilma e Marielle Franco e também ao judiciário, além de Temer e outros políticos.O painel foi exposto ao público na noite desta segunda-feira (27.08.18) no Sesc Cabo Branco, em João Pessoa (PB).(Por Forum)
Flávio Tavares por  https://bit.ly/2PdtyrM


Conheci Flavio Tavares nos anos 70, via Marcos Siqueira, dramaturgo ator. Flávio é um artista impar. Nascido em J.Pessoa, PB,1950, sua obra esparramou-se pelo Brasil e o  mundo ocidental, principalmente.

Sua origens de dedicação às artes visuais vem de seu avô- fotografo e pai- desenhista.
Flávio inicialmente conta  com  orientações do Pai, Dr.Arnaldo, médico; inicia-se na pintura e daí segue com uma formação com Raul Córdula, da UFPB e com as orientações do mestre Hermano José.

Iniciou o curso de Sociologia, UFPB o que talvez tenha contribuído para expansão de seu pensamento político, mas não chegou a concluir para dedicar-se   as artes plásticas.

Ziraldo foi um dos incentivadores de sua obra,  no eixo poderoso sudestino, quando da exposição -1976- O pavão sem mistério. Nos anos seguintes  viaja para Eua e Europa, com destaque na Alemanha , onde sua obra é bem recebida e elogiada.

Flávio é um artista antropólogo, sua obra tem um comprometimento com seu tempo, com a cultura do seu povo e me faz recordar João Câmara, PE, sem que com isto tenha grandes semelhanças estéticas e cromáticas, mas sim suas denúncias /relato do Brasil.

Sua sobreposição de planos , pessoas, do mítico são constantes em sua obra e com um cromatismo apurado como  espelho de sua terra ensolarada e das cores como uma flora que encaderna a vida e o homem.

Sua recente oba aqui apontada necessita ser microscopiada, face as interseções de personagens  do Golpe. Ele é minucioso.





Eudes Rocha que acompanha o trabalho do artista diz :

Artista sintonizado com seu tempo, Flávio Tavares iria produzir uma série de desenhos criticando a ditadura militar nos “anos de chumbo” no Brasil (1964-1984), e ainda hoje produz charges que aludem aos problemas políticos e sociais da Paraíba, do Brasil e do mundo, sem perder a verve e sempre com um traço irrepreensível. É bem verdade que nos desenhos preto no branco essas mensagens ficam mais evidentes, mas em suas pinturas, por vezes, detectamos numa mesma tela dois planos aparentemente dissociados e cuja simbiose resultará num discurso pictórico cheio de crítica social, política ou ainda de denúncias que o sistema muitas vezes se recusa a tomar conhecimento, por mera comodidade, de tal maneira é sofisticada e misteriosa a ilustração na arte de Flávio Tavares que, algumas vezes, ficamos a nos indagar se seriam mais eloquentes as mensagens em seus trabalhos com muitos personagens e elementos compositivos ou o “silêncio” das suas obras mais despojadas, com uma trajetória desse quilate, constatamos tratar-se, sem dúvida, de um artista ímpar que certamente ainda tem muito a nos mostrar, graças à sua criatividade e ao seu pródigo vocabulário imagético. Eudes da Rochav- https://bit.ly/2PdtyrM