REDES

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cosan e mais 11 empregadores entram para a "lista suja"

Cosan e mais 11 empregadores entram para a "lista suja"

Inclusão da gigante sucroalcooleira e de outros 11 empregadores envolvidos em casos de escravidão foi confirmada nesta quarta-feira (31) pela atualização semestral do cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Por Maurício Hashizume*

A Cosan, uma das maiores processadores de cana-de-açúcar do mundo, entrou para a "lista suja" do trabalho escravo. A inclusão da gigante sucroalcooleira e de outros 11 empregadores envolvidos em flagrantes de escravidão foi confirmada nesta quarta-feira (31) pela atualização semestral do cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

A fiscalização que resultou na inclusão da Cosan na "lista suja" ocorreu em junho de 2007, na Usina Junqueira, em Igarapava (SP). Na ocasião, 42 trabalhadores foram libertados da unidade da Cosan. Dona da rede de postos Esso e detentora das conhecidas marcas de açúcar União e Da Barra, a companhia faturou, com todos os seus negócios, cerca de R$ 14 bilhões em 2008 e emprega 43 mil pessoas no período da safra. Ao todo, a Cosan possui 23 unidades produtoras - 21 em São Paulo e duas em construção, uma em Jataí (GO) e outra em Caarapó (MS) -, quatro refinarias e dois terminais portuários.

A Usina Junqueira foi incorporada pela Cosan em 2002 e tem capacidade para a moagem de 16 mil t por dia e produção de 24 mil sacas de açúcar e 900 m³ de etanol diários, segundo o site da própria empresa. A unidade de Igarapava (SP) faz parte de pelo menos dois pactos de responsabilidade empresarial: o Compromisso Nacional para a Melhoria das Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, articulado pelo governo federal e lançado em junho de 2009, e o Protocolo Ambiental que faz parte do Programa Etanol Verde, do governo paulista, que concede certificados de boas práticas socioambientais a usinas e estabelece metas de redução de impactos.

Um quarto dos empregadores incluídos na atualização semestral da "lista suja" é do Oeste da Bahia, pólo de expansão do agronegócio nacional. Do total de 12, três são desta mesma região: José Alípio Fernandes da Silveira, que cultiva soja em São Desidério (BA); Nelson Luiz Roso e Ricardo Ferrigno Teixeira, que plantam algodão em Barreiras (BA). Quando da libertação das 82 pessoas (submetidas, segundo auditores, a condições degradantes e servidão por dívida na área de mais de 6 mil hectares) da Fazenda Campo Aberto, em março de 2007, Ricardo tinha como um de seus sócios Milton da Silva, pai do falecido piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna.

As 67 libertações ocorridas em março de 2005, na Fazenda Roso, não impediram que o agricultor Nelson aparecesse com destaque na publicação promocional de uma empresa de máquinas agrícolas. Assim como José Alípio, dono da Fazenda Bananal, onde houve cinco libertações em maio de 2007, foi citado como exemplo de produtividade em divulgação de fertilizantes.

Outro produtor de região de avanço do agronegócio adicionado ao rol dos infratores foi Cornélio Adriano Sanders, da Fazenda Progresso, em Uruçuí (PI). Em dezembro de 2005, ação fiscal encontrou vasilhames de produtos químicos sendo utilizados para armazenar a água consumida pelos arregimentados para limpar o terreno antes do plantio da monocultura de soja.

Outros nomes
Inclusão ímpar na "lista suja" foi a do engenheiro Francisco Antelius Sérvulo Vaz, que inclusive está anunciando a venda da Fazenda CEAP/Márcia Carla, em Codó (MA). Com extensão de 3 mil hectares, milhares de cabeças de gado, cavalos de raça e até pista de pouso particular, a propriedade foi flagrada com dois trabalhadores escravizados em dezembro de 2007.

Vinculado ao Partido da República (PR) do vice-presidente José Alencar, Francisco Antelius foi superintendente da Administração das Hidrovias do Tocantins e Araguaia (Ahitar), ligada à Companhia Docas do Estado do Pará (CDP), e comandou inclusive o Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes (Dnit) no Estado de Tocantins de 2008 até o início de 2009.

Entre os novos nomes da "lista suja", há ainda dois produtores rurais da Região Sul - Dirceu Bottega, de General Carneiro (PR) e José Agnelo Crozetta, de Rio Branco do Sul (PR). A inspeção na Fazenda Santa Rosa, de Dirceu, só foi possível graças a um adolescente que trabalhava por longas jornadas sem descansos regulamentares na colheita da erva-mate e fugiu para fazer a denúncia. Já a denúncia de trabalho escravo contra José Agnelo inclui relatos de humilhação de empregados.

Dois responsáveis por carvoarias paraenses também foram incluídas no cadastro do MTE. Carlos Luiz dos Santos, da Carvoaria do Carlinhos, em Ipixuna do Pará (PA), e Osvaldino dos Anjos de Souza, da Carvoaria do Osvaldino, em Goianésia do Pará (PA). Outro empregador do Pará que agora faz parte da "lista suja" é a empresa Laticínio Vitoria do Xingu S/A, da Fazenda Rio Xingu, em Altamira (PA), da qual 33 fora libertados em agosto de 2007.

José Pereira Miranda, produtor de café na Fazenda Córrego Caratinga, em São João do Manhuaçu (MG), completa a lista dos que foram inseridos. Operação da pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/MG) libertou 22 pessoas da propriedade em outubro de 2007.

Dez empregadores saíram definitivamente da "lista suja" após cumprir dos anos no cadastro, pagar todas as multas relativas aos autos de infração lavrados e não reincidir no crime. São eles: Antenor Duarte do Valle, CALSETE - Empreendimentos Ltda, Ernesto Dias Filho, Eustáquio Barbosa Silveira, Eustáquio da Silveira Vargas, Fazenda Paloma S/A - (Edmar Sanches Cordeiro), João Batista de Sousa Lima, Laminados e Compensados Santa Catarina Ltda, Leandro Volter Laurindo de Castilhos, Walderez Fernando Resende Barbosa. POR REPÓRTER BRASIL

FELIZ ANO NOVO COM REPONSABILIDADE POLÍTICA E SOLIDARIEDADE ENTRE NÓS E OS POVOS EM GERAL


Alexandra Maia e Chico
Canal de chicoealexandra

Coleção Aplauso na rede.


170 livros da Coleção Aplauso já estão disponíveis na rede. O governo de São Paulo lançou um site com todas as obras digitalizadas - é possível baixá-las em .txt. ou .pdf.

Há várias biografias disponíveis - Mazzaropi, João Batista de Andrade, Fernando Meirelles, Fernanda Montenegro, Gianfrancesco Guarnieri, além de roteiros comentados de filmes como Estômago, Cabra Cega e outros.

O site é bem legal. A navegação é fácil e na página de cada obra há um espaço (ainda vazio) para comentários dos leitores.
Acesse: www.aplauso.imprensaoficial.com.br


http://blog.estadao.com.br/blog/link/?title=colecao_aplauso_de_graca_na_web&more=1&c=1&tb=1&pb=1

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Cultura popular em cartaz na A Casa da Cultura RECIFE PE

Cultura popular em cartaz na Casa da Cultura
Publicado em 29.12.2009, às 18h32
Do JC Online

A Casa da Cultura, no bairro de São José, é palco da cultura popular até o dia 6 de janeiro. Com entrada gratuita, pastoris, blocos líricos, chorinho, maracatus e cavalo marinho subirão ao palco montado no local.

Diariamente, as apresentações acontecem às 14h, exceto no fim de semana (dias 2 e 3), cuja programação tem início previsto para as 10h. Confira a agenda:


29/12/09
A partir das 14h
Boi Estrela (Jaboatão dos Guararapes)
Banda Musical Euterpina Juvenil Nazarena (Nazaré da Mata)
Fandango do Mestre Geraldo (Recife)

30/12/09
A partir das 14h
Pastoril Coração de Maria (Recife)
Quinteto de Prata
Boca de Forno

31/12/09
A partir das 14h
Pastoril Estrela do Mar (Recife)
Reisado de Garanhuns (Garanhuns)
Noise e Viola (Recife)

02/01/10
A partir das 10h
Cavalo Marinho Boi do Canavial (Aliança)
Orquestra Popular da Mata Norte (Aliança)
Os diferentes

03/01/10
A partir das 10h
Boi Malabar (Recife)
Abreulimense do Choro
Reisado Imperial de Seu Geraldo (Recife)

04/01/10
A partir das 14h
Casa Menina Mulher (Ponto de Cultura)
Zé Arimatéia e o seu regional
Sergio Cassiano 2 (Recife)

05/01/10
A partir das 14h
BACNARÉ – Balé de Cultura Negra do Recife (Ponto de Cultura)
Boi Faceiro (Recife)
Grupo G7 de Goiana (Goiana)

06/01/10
A partir das 14h
Cavalo Marinho de Salustiano (Olinda)
Pastoril Sol Nascente/ Queima de Lapinha (Recife)
Bloco Lírico O Bonde (Ponto de Cultura)
Maracatu Piaba de Ouro (Ponto de Cultura)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

JOÃO PESSOA PB


A cidade ganha Academia Paraibana de Cinema que terá sede no Espaço José Lins do Rego, que bom, esperamos que tenha bons frutos, COMO O PROMETIDO OSCAR PARAIBANO QUE SERÁ ANUAL, WLLS LEAL será seu presidente

domingo, 27 de dezembro de 2009

J. Nabuco - Escritor, jornalista e diplomata brasileiro ainda é pouco publicado e estudado e aguarda a edição completa de sua obra


by Estadão...http://bit.ly/5SP45LUm acervo à espera de reavaliação

Escritor, jornalista e diplomata brasileiro ainda é pouco publicado e estudado e aguarda a edição completa de sua obra

Daniel Piza

Tamanho do texto? A A A A
Numa carta de 31 de maio de 1883, Joaquim Nabuco (1849- 1910) escreveu que tinha prometido fazer da vida um protesto contra a escravidão, "nada querendo dela, esperando como os escravos o meu dia". O dia da Abolição veio, quase cinco anos depois, e daqui a quatro dias o que vem é o Ano Joaquim Nabuco, uma série de eventos e lançamentos para celebrar o escritor, jornalista, advogado, diplomata e líder mais hábil e vistoso da campanha abolicionista. Cem anos depois de sua morte, ele ainda é um personagem pouco publicado e pouco estudado em contraste com sua importância - ou com a de outros recentes homenageados, Machado de Assis (2008) e Euclides da Cunha (2009), dois amigos e companheiros da Academia Brasileira de Letras.

Nabuco ainda está à espera do dia em que toda sua obra estará integralmente disponível nas livrarias. A carta citada, por exemplo, permanece inédita em livro (leia nas págs. 6 e 7) e foi encontrada pelo Estado ao lado de muitas outras nos arquivos da Fundação Joaquim Nabuco (Funaj), no Recife, responsável pela programação do ano. É endereçada ao Dr. Ubaldino Amaral, que havia criticado o fato de Nabuco não viver no Brasil àquela altura, depois de ter deflagrado - na companhia de André Rebouças, José do Patrocínio e outros - o movimento pela Abolição em 1880, com a fundação da Sociedade Abolicionista Brasileira. Nabuco explica a Amaral que estava no exterior "trabalhando para viver" e propagando suas ideias, elaborando inclusive os textos do livro que vai intitular Abolicionismo. Também reafirma a importância de manter sua independência política e financeira, em nome da causa maior.

Outra carta inédita que a Funaj digitaliza no momento, de 15 de fevereiro de 1888, ano em que a Lei Áurea é finalmente assinada pela princesa Isabel, confirma o papel de Nabuco na articulação internacional do movimento: ali ele conta ao senador francês Victor Schoelcher que havia estado pessoalmente com o Papa Leão XIII e que contava com a opinião pública francesa para pressionar o Brasil a decretar o fim da escravidão. Como sempre em Nabuco, as cartas são muito interessantes porque investidas de sua determinação histórica e de sua prosa estilosa. "A nação quer se purgar de sua vergonha e de seu crime", escreve ao parlamentar francês. E associa a Abolição brasileira de 1888 à Revolução Francesa de 1789: para Nabuco, o fim da escravidão não era apenas a extinção de uma segregação racial, mas também a oportunidade de dar aos brasileiros os princípios de cidadania.

Pouco depois, porém, seus medos recrudescem. Em outra carta inédita, de 2 de janeiro de 1889, Nabuco, que se diz um "liberal monárquico", critica os republicanos por seu ódio racial, pois "falam abertamente em matar negros como se matam cães" e parecem querer uma guerra civil no Brasil pós-abolição. Nabuco, em realidade, esperava que a princesa Isabel levasse o Brasil para o Terceiro Reinado, sucedendo a D. Pedro II, e não admitia que os brasileiros pudessem querer a república em lugar da monarquia. De fato, os primeiros anos da República pareceriam confirmar parte de seus receios, pelo autoritarismo militar; ao mesmo tempo, não trouxeram esse velho temor dos conservadores brasileiros, a guerra civil e o esfacelamento do país em distintas nações, como havia ocorrido nos vizinhos que adotaram o regime.

O quarto documento obtido nos arquivos pernambucanos é um manuscrito de um discurso feito na Argentina. Não está datado, mas é certamente posterior a 1888, porque nele Nabuco se refere à vitória sobre o "feudalismo escravista" e afirma que a causa abolicionista faz parte de uma utopia, a "paz americana", celebrando assim o ânimo futurista do Novo Mundo. Aqui já temos o estado de espírito do Nabuco tardio, que, graças ao Barão do Rio Branco, se reconciliou com o governo e assumiu a vaga de diplomata em Washington em 1905. Também se reconciliou com suas raízes religiosas, que datam de sua infância no Engenho de Massangana, em Cabo de Santo Agostinho, a 48 km do Recife, engenho que está em reforma para o ano comemorativo e foi visitado pelo Estado.

Das mais de 700 cartas escritas por Nabuco, cerca de 450 foram coligidas por sua filha Carolina e publicadas em dois dos 14 volumes de suas Obras Completas (não tão completas assim), publicadas pela Ipê em 1949. Entre outros volumes de cartas de Nabuco estão as que trocou com Machado de Assis, prefaciadas por Graça Aranha (recentemente reeditadas pela editora Topbooks), e com os abolicionistas britânicos, organizadas por Leslie Bethell (mesma editora). Há, portanto, muitas dezenas de cartas inéditas em livro. Felizmente, boa parte estará disponível em acervo digital em 2010. O próprio Nabuco gostaria de ver esse dia chegar, graças à liberdade de uma ideia chamada internet.

* COMENTÁRIOS

sábado, 26 de dezembro de 2009

A infância é vítima de negociatas-Caso Goldman- Sean Goldman






By NBC Apud Estadão
By Uol Folha on line- Silvana Bianchi, avó materna de Sean Goldman, 9, mostra caderno do neto em entrevista coletiva no Rio na tarde desta sexta-feira (25)



A infância é vítima de negociatas , não apenas na classe pobre, dentro das classes abastadas e médias a coisa é pior.É foco de negociatas, como das bravatas e conluios americanos, porque afinal, apesar de sermos um país emergente, e Obama dizer que Lula é o Cara, somos do terceiro mundo sim, pois não temos força em renovar o direito esclerosado, e um tribunal que não entende de história e infância .

PORQUE não ouvir a criança? Onde anda o Conselho tutelar do Rio, O ECA,aonde estão os especialistas sobre infância,onde anda Lula- O CARA, de Obama.Porque a criança nao pode ser ouvida, ou melhor só pode aos doze?Que quer dizer doze anos?

Que cognição tem esses magistrados que obedecem a Lei , mas não a vida e seu desenvolvimento? Piaget ocorreu em erros por definir faixas etárias fixas em sua proposta de estágios do desenvolvimento infantil, sem considerar o contexto e o tempo social.

Para fins políticos, pretende-se baixar a maioridade,para fins de delitos e crimes,assim como o voto, se redefiniu-se, aí há voz da criança e adolescentes? Não, como não houve para este rapto !Rapto sim, feito em conluio com a Mídia, com o senado americano e instâncias do poder no Brasil.A mídia tem acesso ao neto e acompanha-o durante a viagem, fotografa para o negócio midiático da NBC,mas seus parentes avós , não podem acompanhá-lo,porque?Onde esta a ética desta Emissora? Mas o que é Ética Americana?

Goldman vendeu seu filho a esta emissora, ele tem apenas um barco e é corretor de imóveis, segundo-Estadão-"

"ÉTICA

A atitude da NBC de pagar o voo para trazer S. e David Goldman para os EUA tem sido questionada como antiética. O canal de TV conta com uma exclusividade na história por pagar as contas do pai do menino, que não concedeu entrevistas para outros canais americanos depois de retornar. Goldman, para ter renda, aluga um barco e trabalha como corretor de imóveis."http://bit.ly/91TQuh

Cristopher Lasch(1932-1994) , historiador célebre americano, já falava dessa família decadente americana, absorvida pelos negócio e políticas , vestida de um narcisismo hipócrita e isso continua.

Como se não bastasse, a mídia manipula a Infância , como já afirmava Neil Postman, americano professor da Universidade de Nova York(1931-2003). Para ele, a singularidade das crianças está desaparecendo na submissão à mídia eletrônica, e a infância, passa a ser um artefato social, uma coisa, submetida ao capitalismo e não uma questão psicobiológica .

A família Americana está na mídia como uma das que não tem dado conta dos seus filhos, haja visto o que ocorre na suas escolas e no seu cotidiano em Drogas etc. fora porte de armas sem limites por crianças e adolescentes, vide Michael Moore.

O Sr Goldman se diz um pai sem fronteiras, é isso mesmo, esbarra em tudo e derruba tudo até no amor, sem limites de pacîencia para ouvir o filho aos doze anos, ou aos dezoito, mas a querela é política e não de paternidade.Não se respeitam as diferenças.Os professores de Sean foram ouvidos, o colégio e os amigos de doze anos? Não.


Não somos nós apenas o país das drogas ,alias, nos exportamos para eles também ,porque eles nos financia, já que esta é a terapia deles; a Psicanálise está abandonada por eles e também outras terapias.

Lars von Trier mostra em seu filme, como crítico que é dos EUA, da bestificação americana em várias obras suas, e no Anticristo faz menção das terapias idiotas- cognitivistas - dos americanos.

Neste país,Brasil, que precisamos de pessoas para adotar,contudo ,pune-se quem de fato por consaguinidade tem a guarda e a tutela da criança, é um modelo contraditório das políticas publicas, no sentido mais geral, da Adoção.
Vide abaixo mátéria da Folha On -Line:

.....
Sean tem uma irmã de um ano e cinco meses, filha da mãe Bruna Bianchi, morta em 2008, com o segundo marido. Segundo a avó, a irmã de Sean, Chiara, perguntou várias vezes por ele. Para a avó, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, foi "desumano" em sua decisão, que resultou na separação do menino da irmã.

"Moeda de troca"

Na opinião dela, o menino virou "moeda de troca" entre Brasil e Estados Unidos, já que a decisão de Mendes foi dada depois que o Senado americano suspendeu a votação de uma medida que estende por um ano programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras. Depois que o retorno de Sean foi assegurado pela Justiça, o programa foi aprovado.

Em entrevista à emissora Fox News nesta quinta (24), o senador democrata Frank Lautenberg sugeriu uma relação direta entre a decisão do Supremo e o bloqueio comercial do qual ele foi autor. "Isso [a devolução do menino ao pai] não aconteceu porque fomos bonzinhos", disse ele. "Aconteceu porque nós decidimos ser duros e bloquear uma medida que daria ao Brasil o equivalente a US$ 2,5 bilhões em oportunidades comerciais." O Itamaraty nega qualquer relação entre os fatos.

Com a Folha de S.Paulo, em Washingtonhttp://bit.ly/5zbe4O

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Bischof, el arte de fotografiar



BY REVISTA Ñ EL CLARIN B AIRES VISITEM
Werner Bischof se sentía más artista que reportero gráfico. En el centenar de imágenes que se exhibe ahora en el Borges están las claves de esa creencia.
En el camino hacia Cusco Pisac, Perú 1954.
1 de 3
Una década le bastó a Werner Bischof para disparar su cámara con una intensidad que estremece. Eso es lo primero que se percibe al recorrer Bischof, el sueño de la verdad, que reúne más de un centenar de fotos –algunas inéditas– seleccionadas por Marco Bischof, hijo del fotógrafo, encargado de su archivo fotográfico y curador de la muestra. Son fotos que lo ponen a uno contra las cuerdas: revelan un modo singular de acercarse a los personajes, de capturar gestos y sentimientos. Un disparo milimétrico que sorprende a la realidad desprevenida.

La muestra es un completo recorrido por la obra de Bischof, que es también el de su corta vida y sus viajes. Arranca con sus primeras fotos de estudio, cuando ya estaba convencido: "Fue sólo una casualidad que la cámara y no el pincel se convirtiera en mi acompañante". Es que luego de estudiar fotografía en la escuela Kunstgewerbeschule nada menos que con Hans Finsler, viajó a París con la idea de iniciarse en la pintura, pero apenas estalló la guerra tuvo que regresar a Suiza. Después, se lanzó de lleno al fotoperiodismo: trabajó para las publicaciones más importantes del mundo y fue uno de los primeros miembros de la agencia Magnum, fundada por los legendarios Robert Capa, Henri Cartier Bresson, George Rodger y David Seymour.

Hay imágenes de la serie de fotos que tomó en la posguerra en Alemania, Hungría, Finlandia e Italia, entre otros países. "Entonces vino la guerra y así la destrucción de mi torre de marfil. El rostro del hombre sufriente se convirtió en el centro", escribió Bischof en su diario. Cada foto es un fragmento de las ruinas: personas convertidas en siluetas tétricas; el casco deshecho de un soldado entre los restos de un edificio. "Un tren de la Cruz Roja transportando niños a Suiza" nos acerca a la mirada perdida de unos chicos huérfanos húngaros. Sesenta años después, Marco Bischof se lanzó a la compleja tarea de encontrar a una de las niñas fotografiadas: filmó un documental donde incluyó su imagen, y –¿acaso artilugios del sueño de la verdad?– logró dar con ella.

No falta su famoso fotorreportaje sobre el hambre en la India, donde vivió seis meses. Publicada en 1951 en la revista Life, esta serie le dio fama internacional. Tan contundentes resultaron las fotos, que el gran Capa, al recibir los rollos para revelar, le escribió: "Sé cómo te sientes y es exactamente como nos sentimos todos cuando fotografiamos un episodio grandioso en la historia, sentimos que debiéramos hacer más y mejor. Pero lo que tienes es tan poderoso y tan bueno, que no pienso que valga la pena ir más allá". "Hambre en Dighiar", una de las fotos más conocidas de la serie, es una composición tan potente que uno no puede dejar de preguntarse si esa mujer implorante –una verdadera virgen devastada– es sólo resultado de la fotografía directa. Da la impresión de estar ante una pintura con luz bien teatral. Como si fuera necesario un respiro entre los golpes, el artista nos acerca también a una sutil bailarina de Bombay antes de la función y a una escuela de danza.

Las fotografías que tomó en Japón e Indochina son dolorosas y poéticas a la vez. Evidencian su destreza para vincularse con la gente: "Era un hombre con una gran sensibilidad, muy discreto: muchas veces antes de tomar una foto hacía dibujos –era un gran dibujante–, y recién cuando se establecía un contacto y un ambiente cómodo, tomaba la foto", comenta Marco Bischof.

Lo cierto es que Bischof lograba una empatía singular. Conmueve la imagen de un hombre, víctima de la explosión atómica de Hiroshima, que exhibe su desnudez desfigurada, o la de unos chicos esperando la llegada del emperador Hirohito. Los exteriores son pura melancolía, incluso en imágenes tan simples y bellas como una vista desde las alturas de Tokio o un secador de seda.

Algunas fotos son como pinturas. Eso se siente en "Camarín del streap-tease" (1951). Dos streapers japonesas se preparan para el show: una se arregla frente al espejo; la otra está tan abstraída que da la sensación de que sólo su cuerpo –que tapa pudorosamente– está allí. O en "Posada de agricultores", tomada en Hungría en 1947, que es como una bacanal pobre y pagana a puro claroscuro barroco, y en "Gente desempleada busca trabajo en la estación de tren", (Francia, 1954) por primera vez exhibida. Entre la bruma, una figura enigmática intercambia inesperadamente los roles, sorprendiendo al fotógrafo. Imperdibles.

La muestra se completa con una serie de fotos de México, Perú y Panamá, que van desde una íntima Frida Kahlo en su taller hasta imágenes de procesiones religiosas, la vida cotidiana y paisajes. No faltan sus fotos de EE.UU. composiciones bien dinámicas en las que experimentó tempranamente con el color.

Testigo clave de su época, Bischof reveló la compleja trama social. En Tokio, por ejemplo, puso el foco en bares de strip-tease, surgidos tras la ocupación americana. En Corea del Sur, capturó una imagen que cuesta olvidar: en un campo de prisioneros de guerra, los norteamericanos enseñan square dance a los prisioneros comunistas norcoreanos y chinos frente a una imponente réplica de la Estatua de la Libertad.

Es curioso: Bischof vivió bajo una aparente dicotomía. Sentía que "profundizaba demasiado la materia", que lo suyo no era periodismo: "En lo más profundo de mi ser, sigo siendo –y seré siempre– un artista", decía. "Fotógrafos de International Press cubriendo la guerra de Corea" condensa su inquietud por el trabajo del fotógrafo: el disparo de la cámara capaz de falsificar la realidad. "Cuando pienso –escribía– lo poco objetiva que puede ser una fotografía en ciertas circunstancias, entonces opino que la imagen puede ejercer una función tan falsa como la palabra".

Pero no hubo vértigo: cámara en mano, Bischof se lanzó al mundo. Y a pesar de que acaso no lo sospechó, atrapó el sueño de la verdad.
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

ISTO É O BRASIL

BY UOL, VEJA MAIS LÁ

Professores reprovados em exame de temporários vão intermediar conflitos

Professores reprovados em exame de temporários vão intermediar conflitos
apud folha de sp dpo ESTADÃO
Os professores temporários de São Paulo que não passarem na prova de seleção da Secretaria Estadual da Educação serão destacados para trabalhos que incluem a mediação de conflitos internos nas escolas e visitas às casas dos alunos.

O programa, em criação pelo governo do Estado, leva o nome provisório de "professor mediador escolar e comunitário" e será instituído a partir do próximo ano letivo para atender a uma demanda que surgirá diante da nova legislação que regula o trabalho temporário dos servidores, aprovada neste ano.

A maioria dos docentes não concursados está sujeita à seguinte regra: quem for reprovado na avaliação não poderá lecionar em 2010, mas terá a garantia da recém-criada jornada mínima de 12 horas semanais em atividades extraclasse. Cerca de 88 mil temporários podem cair nesse grupo - a rede estadual de educação tem cerca de 230 mil professores entre efetivos e temporários.

Em princípio, os temporários mal avaliados com garantia de jornada básica fariam somente trabalhos de apoio nas salas de leitura. Mas como são profissionais com experiência letiva de três anos ou mais na rede, a secretaria quer aproveitar a formação pedagógica do grupo nos papéis de mediadores de conflito e professores visitadores, para os quais esses docentes devem ser capacitados.

Tais funções, segundo a Secretaria Estadual da Educação, pretendem incentivar maior participação das famílias na comunidade escolar e ampliar os círculos de Justiça Restaurativa, processo de reparação de danos e reconstrução da paz pelo diálogo. A Justiça Restaurativa foi implantada de modo experimental em escolas estaduais da zona sul da capital, de Guarulhos e São Caetano do Sul.

A rede estadual tem cerca de 5,3 mil escolas de ensino fundamental e/ou ensino médio e atende a cerca de 5 milhões de estudantes. A ideia inicial do programa é fixar um professor por colégio ou por turno para mediar conflitos e interagir com as famílias. A secretaria quer definir detalhes do programa até 20 de janeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um engodo chamado Procultura




BY http://www.culturaemercado.com.br/relatos/minc-entrega-ao-congresso-projeto-de-revogacao-da-lei-rouanet/
LEONARDO BRANT

Projeto de Lei que revoga a Lei Rouanet foi apresentado quarta pela manhã a José Sarney, presidente do Senado. Fruto de intensa discussão e consulta pública promovida pelo Ministério da Cultura, iniciativa representa retrocesso às conquistas do setor cultural. Mas o que está por trás dessa armadilha chamada Procultura? Revogar a Lei Rouanet é a melhor saída para resolver reivindicações históricas do setor cultural? Por que o MinC investe tanto em propaganda para impor o projeto à sociedade?

Acompanhado de músicos eruditos e populares, funkeiros, atores e artistas plásticos, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, apresentou, na manhã desta quarta-feira (16), ao presidente do Senado, José Sarney, o projeto de lei que visa revogar a Lei Rouanet para substituí-la por uma nova lei de fomento, denominada Procultura. Até então era chamada de Profic.

À saída do gabinete da presidência, enquanto músicos e dançarinos se exibiam no salão azul do Senado, Juca Ferreira explicou que o propósito do novo texto é ampliar os recursos destinados à cultura e fazer com que eles contemplem manifestações artísticas em todo o país.


Escoltado por artistas, o ministro pede benção a Sarney

De acordo com o ministro, o texto trazido ao Congresso resulta de um processo que envolveu toda a área cultural do Brasil, via consulta publica em que foram oferecidas mais de 2 mil propostas para aprimoramento do projeto. Ele disse que este não é um projeto só do ministério, é da área cultural em geral.

Na coletiva de imprensa concedida ontem por conferência telefônica, o MinC prometeu distribuir o texto aos jornalistas, mas o texto não veio a ninguém. O que está publicado logo abaixo veio de fontes do MinC, mas é extra-oficial.

Cultura e Mercado recebeu um texto antigo e publicou neste espaço precipitadamente. Assim que percebemos o erro, substituímos pela nova.

Apenas um material publicitário de fino acabamento e sofisticação no discurso, foi enviado à imprensa. Nele o MinC fala maravilhas de seu projeto, com inúmeros adjetivos e palavras bem colocadas.

Na coletiva o Ministro não soube responder às principais questões dos jornalistas. Da origem dos recursos do fundo ao valor gasto com publicidade para impor o Profic na goela dos cidadãos, o ministro trouxe apenas seu discurso pronto, repetido inúmeras vezes em sua turnê nacional em defesa de um projeto que não existia e que foi retalhado aos trancos e barrancos.

A tônica continua sendo pelo caminho da demonização do setor empresarial e do mercado que utiliza a lei. Segundo a tese do ministro, a prática desses agentes tem gerado problemas de concentração de recursos e desvios de conduta ao que considera interesse nacional.

Assim o ministro justifica o corte do incentivo. Pelo novo projeto o incentivo de 100% será eliminado. O mercado vê com grande preocupação a proposta, que deverá diminuir drasticamente o investimento privado no setor. Em troca, ele promete mais dinheiro público. Mas não demonstra de onde sairá o dinheiro do fundo. Como não existe uma fonte garantida, o fundo depende do orçamento governamental, volátil e sujeito a cortes constantes.


Capa do material publicitário distribuído pelo MinC

Depois de entregar o projeto ao presidente do Senado, com quem compartilhou todo o processo de construção da nova Lei, o ministro garantiu que ele será prioridade do Congresso em 2010.

No círculo pequeno, o ministro sentiu-se aliviado ao cumprir sua promessa, ainda que com 6 meses de atraso. E prepara-se para se descompatibilizar do cargo para concorrer às eleições em 2010. Deixa, ao apagar das luzes, o terrível legado de destruição do único instrumento de financiamento consolidado como política pública de cultura.

Depois de difilcultar a vida de artistas e produtores com portarias inconstitucionais e burocracias desnecessárias, o MinC adotou a postura de colocar-se como vítima da Lei Rouanet, justificando sua incompetência para lidar com as questões que envolvem dinâmicas de um mercado que desconhece, e por isso faz questão de esvaziar.

Tira da cartola uma lei que nasceu para extrair direitos adquiridos, enfraquecer o frágil mecenato brasileiro e fortalecer um discurso não confirmado em ações concretas e orçamento, de um Estado forte na área da cultura. E usa de artifícios democráticos, como consulta pública, por exemplo, para respaldar um projeto retalhado de e para o próprio órgão, ocupado por pessoas, salvo alguma exceções, sem qualquer histórico de militância na área cultural.

O processo de constução não foi transparente. Continuamos sem conhecer as contribuições dos cidadãos, das entidades legítimas e representativas e os critérios de utilização dessas contribuições no novo projeto de lei, bem como o peso de cada uma delas na tomada de decisões. Não sabemos, por exemplo, de onde veio a ideia do corte abrupto do incentivo, que o ministro garante ter compactuado com os 20 maiores investidores de cultura do país.

O comportamento padrão do MinC é de manipulação da informação e da confusão entre ideologia e verdade. Utiliza de maneira equivocada instrumentos de mediação e participação democrática, como fóruns, redes, debates e consultas. Em vez de ouvir os trabalhadores de cultura, prefere utilizá-los como mídia, espaço para impor seu discurso repetitivo e desconectado das diversas realidades da economia da cultura brasileira. Ele fala para um público certo, determinado, o único que lhe interessa para um futuro próximo, nas urnas. A situação geral da cultura pouco lhe importa.

O ano da cultura no Congresso tem um desfecho inesperado, com o SuperSimples passando à revelia do próprio MinC, e o Vale Cultura aprovado no Senado, após o desgaste sofrido com a distribuição de material considerado de fundo eleitoral pago com dinheiro público, rendendo ao ministro mais um processo com o Ministério Público Federal.

Clique e faça dowload da publicidade do MinC.

Faça download da mais recente versão não oficial do Procultura, publicada sexta-feira 18/12 às 22h46. Trata-se de uma versão PDF de um fax recebido diretamente do Congresso, onde foi protocolado o projeto de lei.

Google tem misteriosa contagem decrescente



Expresso PT
Sem colocar nenhuma palavra no campo de pesquisa do Google em inglês, ao clicar no botão "Sinto-me com Sorte" irá aparecer uma contagem decrescente que está a despertar curiosidade. Clique para visitar o canal Life & Style.
Raquel Albuquerque (www.expresso.pt)


O botão do Google "Sinto-me com Sorte" (I'm Feeling Lucky) do Google.com em inglês, normalmente leva-o para a página de topo da pesquisa que está a fazer. Mas, desta vez, carregar no botão sem colocar nenhuma palavra no campo de pesquisa traz-lhe uma contagem decrescente ainda por explicar.
Grandes algarismos azuis chegavam ao número 1308299 às 20h35 do dia de hoje. A contagem surge na versão em inglês do Google.com, mas não na versão do Google em português.
Ainda que sem explicação oficial pela Google, rapidamente surgiram especulações de que o motor de busca fazia contagem decrescente para o fim do mundo, segundo o jornal britânico ' Telegraph' .
No entanto, um cálculo permite concluir que a contagem deverá chegar a zero por volta do dia da passagem de Ano. Até confirmação do motivo da contagem decrescente, está aberta a possibilidade de especulação...

domingo, 20 de dezembro de 2009

São Paulo metrópole das utopias


Eu Recomendo


São Paulo metrópole das utopias
Maria Luiza Tucci Carneiro (organização)


Este livro é resultado da abertura dos arquivos do Deops/SP (Departamento Estadual de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo), até então sob a guarda do Arquivo Público estadual. A obra mostra, por exemplo, como a cidade de São Paulo foi palco das grandes idéias e centro da resistência ao nazismo e fascismo. O livro apresenta também um vasto material iconográfico com fichas de suspeitos tidos como subversivos, imigrantes suspeitos de pertencer a movimentos revolucionários, fichas policiais, propostas de admissão de organizações, jornais proletários, manifestos, publicações estrangeiras, charges e fotos que retratam a força da resistência aos carrascos e perseguidores de utopias.

La utopía de la ciudad anarquista que renació digital

imagem Paulo Vasconcelos

Basado en La Ciudad Anarquista Americana, un libro prácticamente olvidado que Pierre Quiroule escribió en 1914, el artista plástico Ricardo Pons recrea la única utopía revolucionaria del anarquismo local. Multimedia y 3D para mostrar y contar el pensamiento de una época y de un movimiento.
Por: Horacio Bilbao
Fotos Videos

ANÁLISIS La utopía de Quiroule, según el epsecialista Juan Suriano. (Extracto de la entrevista con Suriano que realizaron Ricardo Pons y Néstor Restivo)
"No podemos los que tenemos en vista el mejoramiento económico y social de la especie, seguir colaborando en la obra insensata del capital, con sus ciudades inmensas y sus magnas empresas especulativas, factores forzosos de miseria y de ruinas", escribió Pierre Quiroule en La Ciudad Anarquista Americana, el libro que publicó en 1914, su utopía revolucionaria. Es ése el texto base que el artista Ricardo Pons usa para recrear la ciudad, y también la utopía de Quiroule. Y para componer su Ciudad Anarquista Digital.

Artística, histórica y hasta debatible en su blog, la obra que acaba de presentar Pons pasó de ser un work in progress a un intrincado mapa de archivos en soportes múltiples. No sólo reproduce el texto completo de Quiroule, sino que permite navegar un modelo 3D de la ciudad imaginaria, e incluye entrevistas, trabajos de investigación, fotografías e imágenes sobre el anarquismo, un actor político de peso en los primeros decenios del siglo pasado.

"Quiroule tuvo una larga militancia dentro del anarquismo, empezó muy temprano y casi hasta su muerte defendió las ideas libertarias. El era típicamente un difusor cultural", explica Juan Suriano, editor e historiador, y la voz que analiza el papel de Quiroule en anarquismo argentino y mundial en el trabajo de Pons.

Si bien este proyecto digital encapsula una obra literaria de Pierre Quiroule (La Ciudad Anarquista Americana) a través de una reedición completa, ésta se resignifica en la actualidad a través de herramientas de simulación virtual, imbricando el texto original de 1914 con un modelo 3D producido en el Siglo XXI. Y ése es todo un mensaje.

"Las moradas de la ciudad anarquista eran elegantes chalets de vidrio, de una sola pieza. Los había de varias formas, dimensiones y colores, predominando el naranjo, azul oscuro, el granate y el verde", escribió Quiroule hace casi cien años. Con el trabajo de la arquitecta Celia Guevara y la animación 3D, de Daniel Venditti, las poblaciones de las ciudades libertarias lucen bien actuales en el trabajo de Pons, y también fieles a lo que imaginó Quiroule.

Nunca superaban los 12 mil habitantes y tampoco tenían menos de 10 mil. Cuando la población aumentaba, se procedía a la elección de otro lugar para una nueva ciudad, a una distancia no menor de 20 kilómetros. Y el esquema se repetía. La mayoría de las casas tenían tres piezas, dos en la planta baja y una en la planta alta. "Había también casas de cuatro piezas, destinadas a los pocos comunistas que habían conservado las costumbres matrimoniales y familiares de antaño. Conviene decir que en la comuna anarquista, la mujer no asociaba su existencia a la de ningún compañero", aclaraba Quiroule.

El multimedia todo gira en torno a él, un prolífico autor anarquista que escribió en el diario La Protesta, y al libro, que es, además, una de las pocas utopías argentinas (otra es Argirópolis, de Sarmiento). "Es la única utopía escrita por un anarquista argentino y yo diría que en el mundo es una excepción", sostiene Suriano.

Inhallable por mucho tiempo, ahora está ahí, dando vueltas en Internet, recreada digitalmente por Ricardo Pons, que avisa que su reproducción es libre. Allí esta Quiroule también. El hombre que inventó un arma para liberar al mundo, y que escribió una utopía para mostrar cómo era ese mundo libre, se enfrenta al paso del tiempo y a los juicios sobre el pensamiento anarquista. Todo con la última tecnología, que también prometió utopías, aunque de la manera inversa a los que proponía Quiroule, para quien la felicidad humana sólo sería un hecho dando "marcha atrás a la civilización y al progreso modernos".

A expressão da crítica, com estilo

Antonio Arnoni Prado

by estadao


Exercícios de Leitura, coletânea de Gilda de Mello e Souza, ganha nova edição e reafirma sua escrita original e múltipla



Gilda de Mello e Souza (1919- 2005) inclui-se entre aquelas vozes de cultura cuja ausência, entre nós, a passagem dos anos só faz aumentar. Homenageada postumamente em 2008 com uma edição em que alguns dos intelectuais mais expressivos de São Paulo expuseram aspectos relevantes de sua obra de escritora, de ensaísta e de crítica (Gilda, A Paixão pela Forma, organizada por Sérgio Miceli e Franklin de Mattos), surge agora, publicada pela livraria Duas Cidades e a Editora 34, uma nova edição dos seus Exercícios de Leitura, originalmente lançados em 1980.

Para o leitor de hoje, trata-se de uma oportunidade de travar contato - num livro agora enriquecido de notas, informes e ilustrações valiosas - com a multiplicidade integradora de uma escrita singular e direta cuja maior virtude talvez seja a de harmonizar a "paixão pela forma" à capacidade de refazer a linguagem da arte na expressão mais funda de suas figurações e processos latentes, da literatura ao cinema, das artes plásticas ao teatro, da estética à crítica da cultura.

Nesse arranjo de intervenção sensível e intelecção rigorosa, dados novos são os achados na essência das obras e das personalidades artísticas, que se completam com uma espécie de contraponto inesperado e sempre inovador, a traduzir o voo largo da invenção crítica em formulações tão diferentes como a superação no tempo das divergências estéticas de Jean Maugüé e Claude Lévi-Strauss e a ótica da captação momentânea da imagem no traçado do desenho primitivo.

Frente a eles, a sensação do leitor é que as análises de Gilda se expandem a partir de segmentos aparentemente inconclusos, juntando a percepção iluminadora do fato concreto à teia infindável de suas articulações, não necessariamente intercorrentes, mas encerradas na complexidade das linguagens que as concebem ou transformam sob a lógica imprevisível da imaginação criadora. De tal modo que os cinco blocos em que se organiza o livro - estética, literatura, teatro, cinema e artes plásticas - se, de um lado, remetem a configurações específicas em códigos diferentes, de outro parecem depender de uma integração circular e intermitente, cujos avanços só se concretizam a partir da reinserção do que foi interrompido antes, posto entre parênteses ou provisoriamente descartado em nome da apreensão do conjunto.

Isso explica que nos textos de Gilda a conclusão muitas vezes se reconstrua e mude de rumo, não apenas corrigindo a progressão do argumento, como também - a exemplo do que ocorre na leitura de Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade - alterando as formulações iniciais da análise, para sugerir que o que antes se afigurava como uma visão neutra da História e uma oportuna revisão crítica da Inconfidência, acabe se transformando num episódio "extremamente empobrecido" do filme, quando o diretor se decide pela "valorização irrestrita" de Tiradentes, para deixar injustamente na sombra a admirável força de caráter com que Tomás Antonio Gonzaga enfrentou os seus algozes.

Como o leitor verá, longe de ser uma notação isolada, é a presença dessa ressalva que elucida - na leitura contígua de O Desafio, de Paulo César Saraceni - o descompasso "entre a função esclarecedora do diálogo e a função impregnante da imagem", quando o diretor, "por necessidade polêmica", nos diz Gilda, decide trazer para o primeiro plano os prolongados silêncios da inexpressividade pequeno-burguesa de Ana, deixando as sequências mais reveladoras das falas do protagonista para um plano secundário, o que não só desarranja o valor artístico das personagens, como estabelece "um equívoco perturbador que compromete as intenções de Saraceni". A tal ponto - ela observa - que "se fosse possível projetar O Desafio sem som, talvez víssemos surgir na tela um filme diametralmente oposto ao que foi imaginado", aparecendo Marcelo como uma personagem apagada, enquanto Ana "assume a autoridade do primeiro plano", invertendo paradoxalmente a perspectiva da fita.

É com essa estratégia de contenções e avanços, de interpolações e desvios que a vemos, nestes Exercícios de Leitura, desmontando armadilhas e driblando impasses ocultos seja nas transposições obsessivas do Fellini decadentista, seja nas dessacralizações míticas que vai escavando na filmografia de Visconti, ou mesmo na figuração elíptica dos signos do grotesco nos filmes de Glauber Rocha.

Em seu conjunto, o foco que move o livro são as mutações da linguagem a partir das exigências dos temas estudados, como se o estilo de Gilda fossem muitos estilos, como se à linguagem da memória correspondesse uma entonação que vem do passado sem perder a perspectiva do presente, para repensá-lo ou discuti-lo sem quaisquer dogmatismos. É dessa perspectiva que a variedade de registros nos permite reviver, por exemplo, a modernidade da geração da revista Clima; a dimensão formadora do "espírito brasileiro" de Roger Bastide; a superação da "miopia" que a prosa de Clarice Lispector põe abaixo, estilhaçando aquele acanhado "universo de lembranças e de esperas" a que então se resumia, no Brasil, o destino das mulheres.

Mas há ainda as revelações sobre os "testemunhos da realidade" brasileira, a nos mostrar, por exemplo, como o teatro de Jorge Andrade se antecipou em São Paulo aos estudos sociais, encarregando-se da tarefa realizada no Nordeste pelo romance de 1930; além de incursões que se espraiam da crônica para os domínios da estética, de onde Gilda refaz, no desespero subterrâneo dos clowns de Samuel Beckett, o caminho para interrogar, num contexto diverso, as obsessões paralelas da solidão de Antígona, em Anouilh, bem como os tormentos que Chekhov reservou a Natacha, ao afastá-la da submissão linear de Olga, Irina e Macha, para depois jogá-la à crueza do destino.

Dos tempos inaugurais da Faculdade de Filosofia, com os mestres franceses, aos primeiros ensaios intelectuais com o grupo de Clima, estes Exercícios de Leitura vêm demonstrar quanto pesaram no legado crítico de Gilda de Mello e Souza, num primeiro momento, a arte do inacabado, que lhe veio de Mário de Andrade, e cujo maior interesse foi pensar a crítica como uma técnica do inacabado, sempre aberta e provisória, destituída de qualquer preocupação teórica ou dogmática.

E, depois - num traço decisivo para a trajetória do grupo Clima -, aquela "paixão pelo concreto" (na expressão de Antonio Candido) que a presença de Paulo Emílio Salles Gomes infundiu aos companheiros da revista, distanciando-os do pensamento abstrato e das teorias, como um perito mais que um scholar, valorizando a "consciência da práxis" por meio de uma "escrita sem tempo, sem moda, que, como ele", nos diz Gilda, "soube preservar na disciplina da vida universitária o mesmo frescor da juventude - a confiança na aposta, o gosto arriscado do imprevisto".

Antonio Arnoni Prado é professor de literatura brasileira na Unicamp e autor, entre outros, de Trincheira, Palco e Letras - Crítica, Literatura e Utopia no Brasil (Cosac Naify)

sábado, 19 de dezembro de 2009

ENTREVISTA A GUSTAVO GUERRERO La encrucijada de la literatura latinoamericana

LA IDENTIDAD AL MARGEN. Es la característica de una fase pos-tradicional.
by http://www.revistaenie.clarin.com/notas/2009/12/20/_-02103830.htm





¿Es el fin? El ensayista y editor venezolano Gustavo Guerrero considera que, en todo caso, ha muerto una cierta manera de entender esta literatura. "Está mutando hacia otras partes", dice desde París, donde también habla sobre los libros-desechos y de las posibles estrategias para sobrevivir en una fase de identidad postradicional.
Por: Enrique Schmukler
LA IDENTIDAD AL MARGEN. Es la característica de una fase pos-tradicional.
Además de ser un crítico literario de prestigio –el año pasado obtuvo el premio Anagrama con el ensayo Historia de un encargo: "La catira", de Camilo José Cela– y profesor de literatura latinoamericana en la Universidad de Picardie Jules Verne, el venezolano Gustavo Guerrero cumple funciones como Consejero Editorial para Hispanoamérica en la editorial Gallimard. Allí forma parte también de la histórica Nouvelle Revue Française. Ubicado a espaldas del Museo de Orsay, el edificio donde Guerrero aceptó dialogar con Ñ es el mismo que Gastón Gallimard eligió para instalar su empresa a partir de 1930.

En junio de este año publicó un polémico artículo en Letras Libres titulado "La desbandada", pero fue el subtítulo de ese ensayo "(o por qué la literatura latinoamericana ya no existe)", el que generó un malentendido. No pocos leyeron que su autor anunciaba el certificado de defunción de la literatura latinoamericana. Al comenzar la entrevista desea dejar en claro este punto.
"En realidad –comienza– ese subtítulo lo añadió el editor de la revista. Yo no tengo una visión apocalíptica ni tampoco catastrófica de la literatura latinoamericana. No creo que esté desbandada en ninguna parte ni tampoco que la literatura latinoamericana haya muerto. Lo que ha muerto en todo caso es una cierta manera de entender esa literatura. Creo que la literatura latinoamericana se ha ido transformando, ha cambiado de piel y, en este contexto, han mutado sobre todo los presupuestos ideológicos con los cuales se utiliza esa denominación."

Esencialmente son dos los presupuestos ideológicos que, según Guerrero, ya no serían eficaces para dar cuenta globalmente de la "literatura latinoamericana". Se trata de los dos paradigmas principales que apuntalaron, hace 30 años, el nacimiento del "boom".

"Yo creo que los fundamentos principales que habían apuntalado el concepto de literatura latinoamericana en los años 60 eran dos: la meta-narrativa de la revolución cubana y la meta-narrativa del realismo mágico. Pues bien: estos dos fundamentos ya no son operacionales. Hoy en día la idea de una literatura latinoamericana está mutando hacia otros territorios. En los años 60, a la literatura latinoamericana se la observaba en el extranjero como una literatura básicamente vinculada al proceso revolucionario cubano, como una especie de vanguardia estética que era proyección de la vanguardia política de Cuba, o de la cultura del realismo mágico o aun del 'Barroco'. Ahora no es más así. Lo importante es observar esa mutación categorial. Eso es más importante para mí que andar anunciando la muerte o el fallecimiento de la literatura latinoamericana."

Existen varias razones por las que se vuelve muy difícil abordar la literatura latinoamericana como totalidad. En primer lugar, la superproducción de libros de autores del subcontinente ha derivado en una suerte de "balcanización" del panorama literario. "Hemos entrado en una cultura del exceso –dice Guerrero–, del crecimiento ilimitado, que ha tocado dos límites, uno de ellos es el ecológico, y el otro es el de la irracionalidad económica del mismo sistema. Hemos llegado a un momento en que los libreros a veces ni siquiera abren las cajas de libros que reciben porque no tienen lugar donde colocarlos en las librerías. Como en otros campos de la producción contemporánea, hay una sobreproducción editorial que produce libros-desechos, montones de desechos. Y por 'desechos' entiendo lo que Bauman: bienes que no han sido consumidos por nadie porque no han encontrado su público y cuyo único destinario es la industria del reciclaje".

La identidad perdida
Pero existe también un argumento cualitativo: la imposibilidad de trazar una carta actual de la "Literatura Latinoamericana" nace además de una relativización, por parte de los nuevos narradores, de la cuestión de una supuesta identidad común latinoamericana.

Para el ensayista "estamos entrando en una fase de identidades postradicionales, en donde el asunto identitario no es tan central, entre otras cosas, porque se ha debilitado la relación entre literatura y nación. Desde ese punto de vista, no creo que lo "latinoamericano" (así con comillas) haya desaparecido en realidad como tema, sino que ha mutado hacia otros lugares más discretos o excéntricos. Es decir, se lo concibe de una manera mucho más individual, fuera de un relato colectivo. Creo que la descripción de los problemas, situaciones de vida, conflictos, mitos e historia contemporáneos de los distintos países de América Latina, sigue siendo uno de los temas de la literatura latinoamericana, pero ya no se la concibe colectivamente como una preocupación vinculante y exclusiva. Además, la literatura latinoamericana no se piensa a sí misma en tanto búsqueda de una supuesta esencia común latinoamericana. Esa es, precisamente, la gran diferencia".

En este sentido, Guerrero sostiene que las imágenes de autor que reflejan los nuevos escritores tampoco se corresponden (por no decir que son antagónicas) con la iconografía patriarcal, que mostraban los escritores del "boom".

"La diferencia está otra vez en la ausencia o presencia de un relato latinoamericanista. Yo creo que un hombre como Cortázar, al menos al final de su vida, sí se sentía como un embajador de América Latina en Europa. Como también creo que Carlos Fuentes encarnó una cierta idea de México; o García Márquez, con su forma de ser dicharachera y un poco descosida, encarnó un cierto cliché caribeñista de la costa colombiana. Ellos, cada uno a su manera, quisieron ser portavoces de su propia cultura, de su continente o de su propio país. Aquí hay una diferencia: esto es algo que creo ya no les preocupa a los nuevos escritores. No pienso que Mario Bellatin se sienta ni embajador ni representante de ningún país o continente, tampoco creo que a Alvaro Enrigue, o a Rodrigo Rey Rosa les importen mucho estos asuntos".

Cuando aún no se habían aplacado del todo los estruendos del "boom", en 1980 Juan José Saer escribió en su ensayo "Una literatura sin atributos", una reflexión acerca de la literatura posrealismo mágico, que tiene que ver justamente con lo que propone Guerrero. Saer refiere allí los clichés de la literatura de nuestro continente, sobre todo aquella que gozaba de aceptación en Europa hace treinta años, emparentada con el realismo mágico y el compromiso político: "Es así –escribe Saer– como ciertas designaciones que deberían ser simplemente informativas y secundarias se convierten, por el solo hecho de existir, en categorías estéticas. Es lo que ocurre, por ejemplo, con la expresión 'literatura latinoamericana' (...) Se le atribuyen a la literatura latinoamericana la fuerza, la inocencia estética, el sano primitivismo, el compromiso político (...). Es necesario que todo producto tenga una apariencia necesariamente latinoamericana y que las obras editadas conserven cierto aire de familia. La literatura latinoamericana debe cumplir así, no una praxis iluminadora, sino una simple función ideológica".

¿De qué manera escapar del horizonte de expectativas vinculado a las estéticas de los años 60? La pregunta preocupa a Guerrero ya no sólo como crítico, sino también como el editor que es en Gallimard y que debe, muchas veces, lidiar con el gusto del lector europeo adiestrado a la estética del realismo mágico.


El otro boom

"A mí me interesa el paralelismo que se dio en Estados Unidos entre el boom de la literatura latinoamericana y el de la japonesa, en la década de 1960. Son dos booms que coincidieron en el tiempo, que generaron cada uno su propio canon. En el caso de la literatura japonesa el canon estuvo constituido por Kawabata, Mishima y Tanizaki; en la caso de la literatura latinoamericana, por Cortázar, Vargas Llosa, Fuentes y García Márquez. Lo interesante del caso japonés es observar cómo el surgimiento de estas figuras determinó no sólo el perfil internacional de la literatura de ese país –porque ese va a ser el perfil dominante durante muchos años–, sino también el concepto que los norteamericanos y europeos elaboraron de esa literatura, y que predeterminó un horizonte de expectativas. Durante muchos años,para que un libro japonés funcionara en los Estados Unidos tenía que parecerse a alguno de Kawabata, de Tanizaki o de Mishima, de lo contrario incluso no era considerado como un libro 'japonés'. Entonces ese tipo de horizonte de escucha internacional tiene una fuerza de coacción muy importante sobre el mercado. Hay mucho que aprender de la experiencia japonesa, porque Japón, a través de autores como Haruki Murakami o Kenzaburo Oé, ha logrado modificar e imponer a otros autores, de estéticas diferentes, y ha cambiado ese horizonte inicial. En el caso de Latinoamérica creo que estamos en esa coyuntura. En Europa todavía se espera que un autor latinoamericano suene a 'latinoamericano'. Pero quizás el éxito de Roberto Bolaño sea el signo más claro de que las cosas están cambiando. Ojalá que permita hacer evolucionar la mirada europea sobre la literatura de nuestro continente".


Y en Francia, ¿qué?

Así y todo, ¿el mercado editorial francés acepta (es decir, publica) a los autores que escriben por fuera de las estéticas canonizadas por el "boom"? La conclusión no es del todo reconfortante. "En Francia ya hemos pasado el período de euforia de la literatura hispanoamericana. Actualmente, estamos en un período en que la literatura extranjera no se vende demasiado bien y, dentro de esta rúbrica, lo que se vende básicamente es literatura traducida de la lengua inglesa. La literatura latinoamericana tiene una posición residual. Ya no estamos en la época del 'boom' en que teníamos una posición un poco más holgada. Ahora ocupamos un lugar desgraciadamente más limitado, aun en casos de autores de gran prestigio como Bolaño, que no ha llegado a tener aquí los niveles de venta que ha tenido en los Estados Unidos. Con todo, creo que editoriales como Seuil, Christian Bourgois y Gallimard, por citar sólo tres, han ido reflejando en sus elecciones esa diversificación en los modelos actuales de escritura. Si vas al catálogo de Bourgois, puedes encontrar nombres como los de Guillermo Fadanelli, Alan Pauls, Roberto Bolaño; si vienes al mío vas a encontrar a Rodrigo Rey Rosa, a Alvaro Enrigue o a Mario Bellatin; si vas al catálogo de Seuil, vas a encontrar a Martín Kohan, Jorge Volpi o a Santiago Roncagliolo. Digamos que la nueva generación sí ha sido traducida y publicada. No tiene, y eso es lo que lamentamos, los mismos niveles de venta ni de reconocimiento del gran público que tuvieron en su momento los escritores del 'boom' o sus epígonos (pienso en Isabel Allende, por ejemplo). Pero esperemos que esto sea sólo una cuestión de tiempo. En eso estamos trabajando".
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ELZA DIAS PACHECO






Há pessoas que nascem e fazem florescer outras pessoas com a delicadeza de borboletas ou lirios e com a emoção.
Elza Dias Pacheco foi uma delas.
Amiga,fraterna, chegando a ser materna com todos, todos aqueles que estavam com ela.
Lutadora, persistente e perseverante, forte , batalhadora, verdadeira e até explosiva- face ao monte maior da emoção que a guiava.
Sua partida deixa uma fenda enorme em mim e em muitos dos quais provaram de sua forca, doçura e amizade.
Fica nesta fenda labirintos corroídos de saudades e de lembranças, e assim é a vida.
Mas parafraseando DRUMMOND, DE TUDO FICA UM POUCO, E FICA sua imagem de mulher mãe, pesquisadora e amiga sobretudo.
Meu luto será para sempre pois seu lugar já não será ocupado, como amiga ,orientadora, pois meu tempo também é parco.
Mas ficará seu riso, e sua imagem de força.
Não direi adeus, direi até, para que eu possa sonhar ao menos com ela.
Lamento o egoísmo das pessoas que ˜não permitiram eu compartilhar pela última vez seu rosto, mas enviando cobrancas.Lamentável, estas não conhecem a delicadeza das borboletas, dos lirios e da doçura de crianca a quem ela sempre defendeu.
Mas, a vida passa como passou ela, Elza .

Lancamento

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Greenpeace



Greenpeace surpreende delegados dos EUA em Copenhaga
Ativistas do Greenpeace exbiram, no exterior das janelas da sala onde os delegados dos EUA presentes na Cimeira de Copenhaga tomavam o pequeno-almoço, uma faixa com a frase "Tio Sam tu tens de salvar o Planeta"

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Livro sobre Nelson Ferreira é lançado nesta terça-feira






A jornalista Angela Fernanda Belfort lança, nesta terça-feira, às 20h, no Biruta Bar, no Pina, o livro Nelson Ferreira - O dono da música. Fã do compositor, a jornalista decidiu escrever a obra após sentir falta de um acervo de pesquisa organizado sobre o autor de Evocação Nº 1.

Até chegar às 193 páginas do livro, Angela Belfort entrevistou familiares do compositor, como sua sobrinha, Lucia Helena Gondra, o já citado Luiz Ferreira, além de ter pesquisado em acervos dos jornais locais e da Fundação Joaquim Nabuco. As fotografias em preto e branco que ilustram o livro foram cedidas pelo arquivo do Jornal do Commercio, Fundação Joaquim Nabuco, Museu da Cidade do Recife e no acervo de Samuel Valente.

Serviço

Lançamento do livro Nelson Ferreira - O dono da música, de Angela Fernanda Belfort
Quando: terça-feira (15), às 20h
Onde: Biruta Bar (Rua Bem-te-vi, 20, Pina)
Quanto: R$ 10, no lançamento
Informações: abelforte@globo.com

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR, com informações da repórter Tatiana Meira

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Portugal perdeu o dobro dos empregos da UE


http://bit.ly/7NXztW11h36m by Jornal de Notícias PT







A destruição de emprego em Portugal foi mais do dobro da diminuição verificada na União Europeia, com uma redução de 1,1 por cento em território nacional, que compara com a descida de 0,5 por cento, que é também a verificada na zona euro.

O emprego na União Europeia (UE27) e na zona euro continuou a diminuir no terceiro trimestre de 2009, devido à crise económica e financeira, segundo uma primeira estimativa hoje divulgada pelo Eurostat, e Portugal não escapa à regra.

Entre o segundo e o terceiro trimestre de 2009, o número de pessoas com um emprego diminuiu 0,5 por cento para 221,6 milhões na UE27, dos quais 144,8 milhões na zona euro (ZE16) em que diminuiu na mesma proporção, segundo o gabinete de estatísticas das Comunidades Europeias.

Em Portugal, no mesmo período, a destruição do emprego foi superior à média europeia, com uma quebra de 1,1 por cento do número de pessoas com um emprego.

Os números agora divulgados mostram uma estabilização da destruição de emprego na zona euro, e um abrandamento do ritmo de queda na União europeia no seu conjunto.

Face ao terceiro trimestre de 2008, a primeira estimativa do Eurostat aponta para uma quebra do emprego de 2,1 por cento na zona euro, e de 2 por cento no conjunto da União Europeia. Em Portugal, a diminuição cifrou-se em 3,1 por cento.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Adesão Paulo Vanucci x264

Eduardo Galeano - Mundo se rifa (1/3)





Entrevista com o ministro Paulo de Tarso Vanucchi sobre as ações na Secretaria Nacional de Direitos Humanos no Governo LULA




Ministro discute temas variados na área de Direitos Humanos, tais como: processo histórico da tortura no Brasil e em específico da tortura na Ditadura Militar (1964-1985); participação de autoridades civis nesse período ditatorial; direitos dos idosos das crianças e dos homosexuais, entre outros assuntos relevantes que mostram os avanços dessa área nos até agora quase 7 anos do Governo LULA a quem o ministro se julga um eterno aprendiz.

Em novo livro, McCarthy tematiza a adolescência de uma nação

No romance épico ‘Meridiano de sangue’, Cormac McCarthy tematiza a adolescência de uma nação, os Estados Unidos, que cresceu por meios e motivos equivocados Em novo livro, McCarthy tematiza a adolescência de uma nação
Maicon Tenfen, Jornal do Brasil LEIA MAIS EM IDEIAS E LIVROS JB RIO

RIO - Não deixa de ser curioso que dois dos maiores best sellers da década possam ser lidos como panfletos feministas: os três longos volumes da trilogia Milênio, do sueco Stieg Larsson, e o polêmico O código Da Vinci, de Dan Brown. No primeiro caso, temos um narrador politicamente correto (e chato!) acostumado a interromper a ação para apresentar dados estatísticos capazes de provar que as mulheres nórdicas ainda são vítimas de violência; no segundo, muito mais ambicioso, somos apresentados a uma narrativa concebida com o firme propósito de revisar a história do cristianismo e nela destacar o papel das lideranças femininas. Junto a enredos bem amarrados e um texto que desça redondo, dotar os personagens de discursos consagrados na atualidade é imprescindível a um romance de sucesso.

A constatação, entretanto, leva a uma pergunta que, devido ao policiamento ideológico atualmente promovido pela academia, está prenhe de ludismo e perigo simultâneos: visto que a retórica das minorias não contaminou apenas os best sellers, mas também uma literatura que se pretenda mais culta e elevada, é justo que questionemos se ainda existiria um romancista disposto a tratar do universo masculino sem a ressalva de dúvidas, culpas e crises de identidade. Em outras palavras: alguém com coragem de escrever sobre a essência de uma figura tão difamada como o homem branco ocidental?

A resposta é sim, e este romancista se chama Cormac McCarthy. Nunca foi muito conhecido no Brasil. Sempre que se falava nas tendências contemporâneas do romance americano, ocasião em que nomes como Philip Roth, John Updike e Paul Auster são obrigatórios, o de McCarthy ficava escondido pela expressão “e outros”. A realidade se inverteu com o sucesso do filme Onde os fracos não têm vez, dos irmãos Coen. Naturalmente, os Oscar arrematados pelos Coen foram benéficos a McCarthy e seus leitores. Junto ao livro que deu origem ao filme, edições mais caprichadas dos seus romances ficaram ao alcance das nossas mãos. É o caso de A estrada, espécie de ficção científica que remonta a trajetória de um pai e um filho em meio ao caos pós-nuclear, e do coringa da coleção, o romance mais denso e representativo de McCarthy, livro que há muito só podia ser encontrado nos sebos (com sorte) ou importado de Portugal: Meridiano de sangue. Desde que o crítico Harold Bloom ombreou McCarthy com Melville e Faulkner no que tange à canônica tradição do romance americano, Meridiano de sangue, tornou-se um artigo de primeira necessidade até agora distante dos leitores brasileiros.

A recente abundância de boas edições somada às adaptações cinematográficas (A estrada também chegará aos cinemas nos próximos meses) e ao Prêmio Pulitzer há pouco angariado por McCarthy significam que ele finalmente passará à esquerda da expressão “e outros”? Para a crítica, talvez. Para os leitores? Embora conte histórias agitadas, com personagens fortes e cenas memoráveis, a literatura de McCarthy – ao contrário da de Paul Auster – não possui nenhum facilitador comum aos best sellers, ou seja, não se vale de um texto que desça redondo e tampouco dá importância aos discursos da moda. Por causa de um estilo quase bíblico que abusa do polissíndeto e das constantes descrições de carnificinas, não é fácil embarcar na obra de McCarthy. Vencida a resistência inicial, todavia, basta virar as páginas e cavalgar no rumo do horizonte.

Sim, Meridiano de sangue é um western, mas um western visceralmente oposto ao que conhecemos dos filmes de Hollywood e dos incorretos bangue-bangues de espaguete. Não há honra, muito menos heroísmo ou dignidade entre os personagens, e essa ausência de códigos de conduta sequer é questionada ao longo da narrativa. Ninguém sente remorsos ou problematiza o sofrimento do outro pela simples razão de que não existe o outro. Existe apenas a necessidade de matar, uma necessidade que nem sempre está clara para quem puxa o gatilho e coleciona os escalpos das vítimas. Praticamente não encontramos mulheres no livro, do mesmo modo que não encontramos condições minimamente civilizadas de mediar antagonismos. A violência e a morte são as únicas possibilidades de troca e resolução de conflitos.

Embora possua traços de romance histórico – McCarthy amparou-se em amplo material de pesquisa – Meridiano de sangue mais parece um bildungsroman às avessas, um romance de formação – ou de deformação – em que o protagonista passa da juventude à maturidade e, antes de encontrar o sentido da vida, depara-se com um vazio incontornável (e o pior: sem se dar conta disso, deixando todas as angústias para o leitor). Desde a primeira página, acompanhamos a trajetória de um personagem identificado apenas como Kid, garoto de 15 anos que foge de casa e torna-se um vadio a caminho do sul. Estamos em 1849-1850. Com o apoio logístico e financeiro de autoridades texanas e mexicanas, forças paramilitares são enviadas para escalpelar a maior quantidade possível dos índios que vivem no sudoeste dos EUA.

O objetivo da missão é vago, talvez liberar a área para o garimpo de ouro, mas nada disso diz respeito a Kid, que logo se engaja numa das tropas, liderada pelo mercenário Glanton e por uma das figuras mais enigmáticas de toda a obra de McCarthy: o albino e imberbe juiz Holden, símbolo do mal absoluto, pistoleiro que dança e toca rabeca e afirma que nunca dorme e nunca vai morrer. Matar é o destino do grupo, matar os outros e a si mesmos, matar primeiro os índios, depois os mexicanos e, numa guinada catártica, os próprios homens que os contrataram para o massacre. Épico com os sinais trocados, Meridiano de sangue tematiza a adolescência de uma nação que cresceu por meios e motivos equivocados. Depois de lê-lo, fica mais fácil compreender as diversas expedições punitivas que os EUA promoveram ao redor do mundo, especialmente a loucura Bush.

Tudo é relatado com uma ambiguidade desconcertante, e esse é o grande mérito do romance. Culto e apocalíptico, o narrador criado por McCarthy permanece acima dos acontecimentos, não julga, não interfere, não sofre nem se espanta com a redundância das chacinas. Se aprova ou não a barbárie, fica por conta do leitor, mas é fato que não se dá ao trabalho de polinizar a trama com correção política, nem mesmo pela boca dos personagens. Seria um erro confundir essa sinceridade narrativa com machismo ou chauvinismo.

Testosterona, entretanto, é o que não falta a Meridiano de Sangue.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Que os pobres louvem os pobres.

GIUSEPPE COCCO

Os governos Lula fizeram uma política dos pobres, e é ela que constitui o quebra-cabeça sem solução para a oposição.

PELA PRIMEIRA vez a economia brasileira não foi abalada pelo choque exógeno. Outra grande inovação: o Brasil se tornou um ponto de referência -ao mesmo tempo- do processo constituinte que atravessa a América do Sul e dos esforços de democratização da governança mundial da globalização. Como nas economias centrais (mas sem precisar mobilizar o mesmo volume de recursos), o governo Lula interveio para restaurar o crédito e subsidiar a produção industrial. Mas a verdadeira novidade é que as políticas sociais são hoje o motor da retomada do crescimento.

Um numero crescente de estudos já indicava que as transferências de renda (em particular o programa Bolsa Família) contribuíam para a redução sem precedentes da desigualdade de renda e para a pujança do consumo dos pobres (que as estatísticas chamam de "classes D e E").
Pesquisa do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) revelou a existência de um potente coeficiente multiplicador: o aumento de R$ 1,8 bilhão do Bolsa Família (em 2005 e 2006) provocou um crescimento adicional do PIB de R$ 43,1 bilhões. A transferência de renda não apenas reduz a desigualdade mas também mobiliza o trabalho (cria riqueza).

Lembremos agora as duas grandes críticas ao primeiro governo Lula. A dogmática neoliberal gritava pelas "portas de saída", contra transferências de renda desfocadas e assistenciais. A doxa desenvolvimentista esnobava a "esmola" e gritava pela mudança radical de política econômica.

São dois fundamentalismos -opostos entre eles- que criticam o governo Lula em nome de uma mesma fé na moeda: "In God we trust" está gravado nas notas do dólar, "Deus seja louvado" naquelas do real. Para uns, o mercado é Deus, com suas taxas de juros (e lucro). Para outros, Deus é o Estado e suas taxas de crescimento (industrial) e pleno emprego.

Nos dois casos, o critério de justiça é transcendental: o dinheiro é divinizado. Nele, o valor assume uma existência soberana. A vida vai depender do dinheiro, e não o dinheiro da vida.

Claro, as duas justiças não são equivalentes: a religião do mercado não distingue entre ganhos financeiros e lucros industriais -para seus sacerdotes, Lula é o diabo que inferniza o paraíso terrestre dos ricos. A dogmática do Estado afirma a necessária inclusão dos pobres pelo emprego industrial. No segundo caso, chega-se até a indignar-se diante da miséria.

Não por acaso, os desenvolvimentistas constituem vertente importante do governo. O problema é que eles enxergam Lula como um anjo que, descendo à Terra, deveria aplicar a justiça: decretar a baixa das taxas de juros para o crescimento econômico criar empregos e riqueza.

Só que a economia real comuta as duas razões transcendentais: as taxas de juros podem ser substituídas por aquelas da inflação, e vice-versa. A fé no poder abstrato da moeda não nos diz nada das relações de força que significam quanto ela "vale", quer dizer, da moeda enquanto relação social.
O horizonte de outra política depende, pois, da ruptura dessa comutação, quer dizer, de quanto a mobilização democrática é capaz de manter a moeda dentro de seu sistema de significação sem deixar que seja arrastada do lado da fé e da transcendência.

Essa ruptura não depende da aplicação de um critério abstrato de justiça, mas da produção de uma outra justiça: não mais o valor do soberano (seja ele o mercado ou o Estado), mas aquele dos pobres: dos muitos enquanto muitos.

Foi a política social que permitiu fazer a necessária (e ainda moderada) inflexão na política econômica (o PAC e a amplificação dos outros investimentos sociais de educação e saúde) sem que a chantagem da inflação se reconstituísse. Não se trata nem de macro nem de microeconomia, mas da mobilização democrática e produtiva da multidão dos pobres.

Os governos Lula fizeram uma política dos pobres, e é ela que constitui o quebra-cabeça sem solução para uma oposição estonteantemente incapaz de inovação.

A política dos pobres torna obsoletas as equações econômicas: o 0,8% do PIB (em transferências de renda: Bolsa Família e Beneficio de Prestação Continuada) é muito mais potente do que os 6% gastos em juros da dívida pública. A justiça não depende mais de um anjo que desça do céu, mas da metamorfose de todos os homens em anjos. Nas notas do real poderemos escrever: "Que os pobres louvem os pobres".

Nas eleições de 2010, será necessário dar mais um passo na direção que leva do 0,8% ao 6%, quer dizer, a constituição de uma renda universal incondicionada para os mais pobres.



GIUSEPPE COCCO , 53, cientista político, doutor em história social pela Universidade de Paris, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor, entre outras obras, de "MundoBraz: O Devir Brasil do Mundo e o Devir Mundo do Brasil".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1112200909.htm

El hombre que asombra al mundo

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula Da Silva.- ALEX MAJOLI
by EL PAIS ES http://www.elpais.com/articulo/internacional/hombre/asombra/mundo/elpepuint/20091211elpepuint_1/Tes

O homem que assombra o mundo e o Brasil, nas concessões e escandâlos internos que envolvem seu governo.Sem dúvida um homem que apresentou melhor o Brasil, mas que também foi decorrência de um passado-como mostra Zapatero ao pontuar o lugar de F.H.Cardoso.Seu depoimento forte e bom para o Brasil; permita que o PT saiba tirar proveito disso abrindo mais e mais os olhos para os escândalos e alianças que o partido faz e não esconde.Bom, também para nós, nordestinos, que temos um estereótipo aqui no Sudeste e Sul de preguiçosos e pouco altivos.
Paulo A C Vasconcelos





El presidente de Brasil se ha convertido en el líder indiscutible de América Latina y una referencia para todos los políticos. Brasil ha pagado este año toda su deuda, crece a buen ritmo y se ha llevado los Juegos de 2016

JOSÉ LUIS RODRÍGUEZ ZAPATERO 10/12/2009


EL PAÍS SEMANAL ofrece este domingo su número especial 'LOS CIEN DEL AÑO'. Hombres y mujeres iberoamericanos que han marcado 2009. Retratados por Mariano Rajoy, Javier Solana, Lydia Cacho, Bigas Luna, Tom Ford, Vicente del Bosque y 91 firmas más. Como adelanto, el perfil del presidente de Brasil, Lula Da Silva, personaje del año 2009, trazado por el presidente del Gobierno, José Luis Rodriguez Zapatero

Este es un hombre cabal y tenaz, por el que siento una profunda admiración. Lo conocí en septiembre de 2004, tras la incorporación de España a la Alianza contra el Hambre que él lideraba, en una cumbre organizada por Naciones Unidas en Nueva York. No podía haber sido mejor la ocasión.

Luiz Inácio Lula Da Silva
Lula da Silva
A FONDO

Nacimiento:
27-10-1945

Lugar:
Garanhuns

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Luiz Inácio Lula da Silva es el séptimo de los ocho hijos de una pareja de labradores analfabetos, que vivieron el hambre y la miseria en la zona más pobre del Estado brasileño nororiental de Pernambuco.

Tuvo que simultanear sus estudios con el desempeño de los más variopintos trabajos y se vio obligado a dejar la escuela, con tan sólo 14 años, para trabajar en la planta de una empresa siderometalúrgica dedicada a la producción de tornillos. En 1968, en plena dictadura militar, dio un paso que marcó su vida: afiliarse al Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo y Diadema.

De la mano de este hombre, siguiendo el sendero abierto por su predecesor en la Presidencia, Fernando Henrique Cardoso, Brasil, en apenas 16 años, ha dejado de ser el país de un futuro que nunca llegaba para convertirse en una formidable realidad, con un brillante porvenir y una proyección global y regional cada vez más relevante. Por fin, el mundo se ha dado cuenta de que Brasil es muchísimo más que carnaval, fútbol y playas. Es uno de los países emergentes que cuenta con una democracia consolidada, y está llamado a desempeñar en las décadas siguientes un creciente liderazgo político y económico en el mundo, tal y como ya viene haciendo en América Latina con notable acierto.

Lula tiene el inmenso mérito de haber unido a la sociedad brasileña en torno a una reforma tan ambiciosa como tranquila. Está sabiendo, sobre todo, afrontar, con determinación y eficacia, los retos de la desigualdad, la pobreza y la violencia, que tanto han lastrado la historia reciente del país. Como consecuencia de ello, su liderazgo goza hoy en Brasil del respaldo y del aprecio mayoritarios, pero mucho más importante aún es la irreversible aceptación social de que todos los brasileños tienen derecho a la dignidad y la autoestima, por medio del trabajo, la educación y la salud.

Superando adversidades de todo orden, Lula ha recorrido con éxito ese largo y difícil camino que va desde el interés particular, en defensa de los derechos sindicales de los trabajadores, al interés general del país más poblado y extenso del continente suramericano. Sin dejar de ser Lula, en esa larga marcha ha conseguido, además, ilusionar a muchos millones de sus conciudadanos, en especial aquellos más humillados y ofendidos por el azote secular de la miseria, proporcionándoles los medios materiales para empezar a escapar de las secuelas de ese círculo vicioso.

Al mismo tiempo, en los siete años de su presidencia, Brasil se ha ganado la confianza de los mercados financieros internacionales, que valoran la solvencia de su gestión, la capacidad creciente de atraer inversiones directas, como las efectuadas por varias compañías españolas, y el rigor con que ha gestionado las cuentas públicas. El resultado es una economía que crece a un ritmo del 5% anual, que ha resistido los embates de la recesión mundial y está saliendo más fortalecida de la crisis.

Tras convertirse en el presidente que accedía al cargo con un mayor respaldo electoral, en su cuarto intento por lograrlo, Lula manifestó que es inaceptable un orden económico en el que pocos pueden comer cinco veces al día y muchos quedan sin saber si lograrán comer al menos una. Y apostilló: "Si al final de mi mandato los brasileños pueden desayunar, almorzar y cenar cada día, entonces habré realizado la misión de mi vida".

En ese empeño sigue este hombre honesto, íntegro, voluntarioso y admirable, convertido en una referencia inexcusable para la izquierda del continente americano al sur de Río Grande. Tiene una visión del socialismo democrático que pone el acento en la inclusión social y en la justicia medioambiental para hacer posible una sociedad más justa, decente, fraterna y solidaria.

Brasil ocupará pronto un lugar en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, está a punto de convertirse en toda una potencia energética y en 2014 albergará el Campeonato Mundial de Fútbol. Cuando nos vimos en octubre en Copenhague, Lula lloraba de felicidad, como un niño grande, porque Río de Janeiro acababa de ser elegida ciudad organizadora de los Juegos Olímpicos de 2016. La euforia que le inundaba no le impidió tener el temple necesario para venir a consolarme porque Madrid no había sido elegida y fundirnos en un abrazo.

A mí no me extraña nada que este hombre asombre al mundo.

José Luis Rodríguez Zapatero es presidente del Gobierno español.