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domingo, 13 de junho de 2010

A Europa da dívida e da dúvida

A Europa da dívida e da dúvida BY VISÃO PT
VICTR ANGELO

Na política, como na vida, a sabedoria passa por tentar compreender os nossos rivais
3:25 Quarta-feira, 2 de Jun de 2010
Um político dizia, recentemente, que o mundo havia mudado em três semanas. Inacreditável. Mas que o clima se alterou radicalmente, em Bruxelas, nos últimos doze meses, isso sim, é verdade. Há um ano, a Europa ainda era apresentada como o modelo que muitos gostariam de imitar. Havia optimismo, sublinhava-se a importância do Tratado de Lisboa, prestes a ser aprovado. Falava-se na governação mundial, que se estaria a inspirar nos valores europeus. Na economia social de mercado, apresentada como a chave do progresso e a solução para os problemas do desenvolvimento. Esse foi o mote de uma conferência de alto nível, em Maio de 2009.

Na semana passada, no Fórum Económico de Bruxelas, o tom era outro. Reina, agora, o pessimismo. A dúvida a juntar-se à dívida. Olli Rehn, o Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, um homem pragmático, disse que a Europa está em risco de estagnar e de se tornar politicamente irrelevante. Não será uma declaração inédita. Proferida por um responsável de topo, não deve passar despercebida.

Durante os debates ficou claro que a crise na Europa resulta, em grande medida, de razões endógenas. Enumero algumas. A falta de coordenação das políticas económicas e sociais. A indisciplina orçamental de certos governos. O peso excessivo do sector público nas contas nacionais. A perda de competitividade em relação a economias concorrentes. O adiamento das reformas estruturais mais urgentes. Um sistema financeiro artificial, construído no ar, especulativo e sem correspondência com a economia real. Um tipo de consumo, em países como Portugal, que leva ao endividamento crónico das famílias e à instabilidade financeira. Uma crise que tem sido agravada pela opção por um euro forte, sobrevalorizado. E por uma liderança política incapaz de apontar o dedo, nas diferentes cimeiras da União, aos governos prevaricadores, que não respeitam as regras estabelecidas.

A questão de fundo é a do crescimento económico. Como criar as condições que levem a um crescimento sustentável? Admito que são necessárias reformas estruturais para resolver certos estrangulamentos, embora ainda esteja por definir o conteúdo exacto dessas reformas. Como também está por aclarar qual deverá ser a estratégia para as fazer aceitar pelos cidadãos.

A verdade é que a Europa não está preparada para responder aos desafios globais. Muitos sectores da economia deixaram de ser competitivos. Mesmo na área digital. Foi-nos lembrado que as empresas tecnologicamente mais avançadas da Finlândia estão, agora, a investir na Ásia e com os olhos postos nos mercados dos Estados Unidos.

Temos que alargar o debate sobre o futuro económico da Europa. Qual é o paradigma para a próxima década? Qual é o valor da Estratégia 2020? Neste momento, a reflexão está nas mãos dos macroeconomistas. É curioso ver como os dirigentes da Comissão fazem discursos como se fossem técnicos económicos. Um erro. É preciso reflectir sobre a economia política, sobre a sociedade, não apenas sobre orçamentos, rácios financeiros ou modelos matemáticos. Como também é um erro olhar apenas para a experiência dos Estados Unidos, como fonte de inspiração. Assim aconteceu no Fórum. O neoliberalismo não é o único modelo possível. Não seria útil, por exemplo, ouvir as vozes da China ou da Índia? Ou homens de grande sucesso, vindos de outras culturas, como Mo Ibrahim, Lakshmi Mittal ou Mohamed Al Jaber? Na política, como na vida, a sabedoria passa por tentar compreender os nossos rivais.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Termina a Cúpula do Meio Ambiente em Bonn

Mais uma vez a Cúpula não dá em nada e nada-se na morte futura do planeta.Mais um fracasso, e o futebol se interpolou nisto com a Copa da África.
Paulo A C Vasconcelos

By EL CLARIN
Los delegados de los 194 países que participaron de esta cumbre de cambio climático, acá en Bonn, parecían más apurados en dejar el hotel Maritime, la sede de las deliberaciones, para irse a ver la inauguración del Mundial de Fútbol en Sudáfrica que intentar hacer un balance de esta crucial reunión. Lo que sucede es que tienen poco que decir. La mayoría de los embajadores entienden que acá hubo otro fracaso, que aumentan las diferencias entre los países ricos y los más pobres sobre cómo detener el calentamiento global que provoca el cambio climático.




El embajador de Bolivia, Pablo Solon, fue el portavoz del Grupo de los 77 más China. “Esto fue un retroceso. Se borraron del documento final los avances que habíamos obtenido en la última cumbre de Copenhague. No podemos avalarlo de ninguna manera. La presidencia de la asamblea que armó el documento tenía que haber sido el árbitro en todo esto. Sin embargo, tomó parte por uno de los equipos, el de los países más industrializados”, aseguró Solon en una conferencia de prensa inmediatamente después de que terminara el plenario de delegados.




Con matices, esa fue la conclusión de la mayoría de los delegados. Y ni siquiera los representantes de los países más ricos y contaminantes lograban expresar una sonrisa.




Ahora todo queda pendiente para la cumbre final de este año en Cancún, México. Pero ya se cree que no habrá un acuerdo final y vinculante en que los países desarrollados compensen de alguna manera su deuda histórica con las naciones menos favorecidas hasta el 2020.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Conselho da Onu

O Conselho da Onu pagará por decisão tomada de ir contra o Irãn, haveremos de ver no futuro.
A intransigência e o poder demasiado de outros países é o que faz a humanidade passar pelo que vemos e sofremos.

A boa música de Stacey Kent e S Vega

terça-feira, 8 de junho de 2010

Atriz iraniana lésbica pode ser executada por ser homossexual Lésbica, atriz iraniana Kiana Fiorouz corre risco de ser executada

Este é o sec XXI cheio de contradições e retrocessos quanto a condição humana -debaixo da globalização que busca desocultar o que antes estava sob a distância das comunicações.
Se ainda temos a homofobia branda no mundo em outro locais temos a morte, que é o máximo da homofobia e do anti humanismo.
Será que os muçulmanos todos -do Iran não se acham em GRANDES ARMÁRIOS, POR TODOS OS LADOS INCLUSO OS ARMÁRIOS DO PODER!!!!!!!!!!!


Atriz iraniana lésbica pode ser executada por ser homossexual
Lésbica, atriz iraniana Kiana Fiorouz corre risco de ser executada se for deportada ao Irã


Reprodução



Kiana pode ser morta se voltar ao Irã

Estrela principal do filme autobiográfico “Cul-de-Sac”, a atriz iraniana lésbica Kiana Fiorouz continua lutando para não ser deportada para o Irã, onde a homossexualidade é crime com direito à pena de morte. Essa luta é contada no longa dirigido por Ramin Goudarzi Nejad e Mahshad Torkan.

Kiana começou a ter problemas em Teerã quando tiveram início as perseguições e intimidações de agentes do departamento de inteligência iraniano. De lá ela fugiu para a Grã-Bretanha, onde vive atualmente. Mas seu exílio está ameaçado porque o departamento encarregado das questões relacionadas à imigração, Home Office, negou sua permanência naquele país.

O argumento para negar a permanência foi o de que uma vez no país tolerante a atriz poderia esconder sua orientação sexual, mesmo sendo protagonista de um filme sobre isso. Kiana entrou com um recurso contra a decisão e aguarda a resposta. Se for deportada de volta ao Irã, ainda mais depois de sua fama com o filme, pode ser torturada e até morta por ser lésbica.

No Irã, lésbicas que se envolvem em um relacionamento consensual recebem como punição uma centena de chibatadas, podendo ser punida até três vezes antes de serem executadas, sim, mortas mesmo.

Carta para o Chico Buarque

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Carta para o Chico Buarque
José Danon

Chico, você foi, é e será sempre meu herói. Pelo que você foi, pelo que você é e pelo que creio que continuará sendo. Por isso mesmo, ao ver você declarar que vai votar no Lula “por falta de opção”, tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opinião do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opção.
Eu também votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu também acreditava no Lula. E até aprendi várias coisas com ele, como citar ditos da mãe. Minha mãe costumava lembrar a piada do bêbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: “Eu vi dois touros e duas árvores, os que eram e os que não eram. Corri e subi na árvore que não era, aí veio o touro que era e me pegou.” Acho que nós votamos no Lula que não era, aí veio o Lula que era e nos pegou.

Chico, meu mestre, acho que nós, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, já é uma outra história. Quando a fizemos, acreditávamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geração não foi tão bem-sucedida, afinal. Menos em função dos valores que temos defendido e mais em razão dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal função será a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vão gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que façam mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles não foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os “companheiros que erraram” quando a corrupção é descoberta.

Desculpe, senhor, acho que não entendi. Como é, mesmo? Erraram?

Ora, Chico. O erro é uma falha acidental, involuntária, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratégia de jogo, que erramos nós ao votarmos no Lula, mas não que tenham errado os zésdirceus, os marcosvalérios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delúbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos,
joãopaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espécie tão abundante, desafortunadamente tão preservada do risco de extinção por seu tratador.

Esses não erraram. Cometeram crimes. Não são desatentos ou equivocados. São criminosos. Não merecem carinho e consolo, merecem cadeia.

Obviamente, não perguntarei se você se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se você não tem uma sensação de déjà vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotência dos companheiros, na irritação com a imprensa quando a notícia não é a favor. Não é exagero, pergunte ao Larry Rother doNew York Times, que, a propósito, não havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaçar jornalistas por publicarem o que quer que seja.

Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusões aos seus hábitos ou preferências alcoólicas no happy hour do expediente. Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questão em especial: quando acusa a elite de ameaçá-lo, ele tem razão.

Explica o Aurélio Buarque de Hollanda que elite, do francês élite, significa “o que há de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituída pelos indivíduos mais aptos”.
Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos são as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de análise, com condições de avaliar a eficiência e honestidade de suas ações. E não seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviço. Essa elite lutou pela independência do Brasil, pela República, pelo fim da ditadura, pelas diretas-já, pela defenestração do Collor e até mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela é a inimiga de hoje. E eu acho que é justamente aí que nós entramos.

Nós, que neste país tivemos o privilégio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudéssemos ser capazes de pensar com independência, como é próprio das elites - o que, a propósito, não considero uma ofensa -, não deveríamos deixar como herança para os mais jovens presentes de grego como Lula, Chávez, Evo Morales, Fidel - herói do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua “democracia”. Nossa herança deveria ser a experiência que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo Chávez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiência um antídoto para esse globalizado veneno.
Nossa melhor herança será o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a ética e a honestidade e repudiaremos o contrário disto. Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.

Assim como o maior mal que a inflação causa é o da supressão da referência dos parâmetros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa é o da perda de referência dos parâmetros de justiça social. Aceitar passivamente a livre ação do desonesto é ser cúmplice do bandido, condenando a vítima a pagar pelo malfeito.

Temos opção. A opção é destronar o ruim. Se o oposto será bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, também o destronaremos. A nossa tolerância zero contra a sacanagem evitará que as passagens importantes de nossa História, nesse sanatório geral, terminem por desbotar-se na memória de nossas novas gerações.

Aí, sim, Chico, acho que cada paralelepípedo da velha cidade, no dia 1º de outubro, vai se arrepiar.

Seu admirador número 1,
Zé Danon

José Danon é economista e consultor de empresas

domingo, 6 de junho de 2010

Benedito Nunes ganha o Prêmio Machado de Assis A iniciativa do prêmio é da Academia Brasileira de Letras


Finalmente alguém tem uma boa idéia e lembrança do GRANDIOSO BENEDITO NUNES!!!!!!!!!!!
Grande filósofo Brasileiro, Paraense de renome Internacional, aqui muitas vezes esquecido!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fundador do Curso de Filosofia da UFPA!!!!!!!!!!
Paulo A C Vasconcelos

Benedito Nunes ganha o Prêmio Machado de Assis
A iniciativa do prêmio é da Academia Brasileira de Letras

Prêmios e Concursos
PublishNews - 02/06/2010 - Redação


A Academia Brasileira de Letras (ABL) concedeu ao crítico literário, professor, escritor, ensaísta e filósofo paraense Benedito Nunes, pelo conjunto de sua obra e seu perfil, o “Prêmio Machado de Assis” de 2010, a mais importante comenda literária brasileira, concedida todos os anos desde 1941. Ele receberá R$ 100 mil, um diploma e um troféu criado pelo escultor Mário Agostinelli – um pequeno busto de Machado de Assis.

A comissão julgadora foi formada pelos acadêmicos Eduardo Portella, Tarcísio Padilha, Lygia Fagundes Telles, Alfredo Bosi e Domício Proença Filho e a cerimônia será no em 20/7, aniversário de 113 anos da ABL. Na oportunidade, também serão entregues os Prêmios Literários da ABL para as categorias História e Ciências Sociais; Ensaio; Literatura Infantil; Ficção; Tradução; e Poesia; e o Prêmio Roteiro de Cinema. Os vencedores receberão a importância de R$ 50 mil

Benedito Nunes, também professor e um dos fundadores da Faculdade de Filosofia do Pará, depois incorporada pela Universidade Federal do Pará, é autor de uma extensa obra de ensaios, estudos, filosofia e crítica literária. Ensinou literatura e filosofia em outras faculdades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Benedito Nunes, analisada sua obra, é um estudioso capaz de construir pontes entre a interpretação do texto literário e a sondagem filosófica, no caso fenomenológica, na linha dos grandes pensadores existenciais, como o alemão Martin Heidegger e o francês Jean-Paul Sartre. Essa dupla dimensão já aparece em seu estudo antológico, obra pioneira publicada em 1966, sobre a obra de Clarice Lispector: “O drama da linguagem, uma leitura de Clarice Lispector”.