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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SBT: a bolinha de papel na careca do Serra

QUARTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO DE 2010

SBT e a bolinha de papel que atingiu Serra

Reproduzo comentário de Renato Rovai, publicado no sítio da Revista Fórum:

Nem fita crepe era. O objeto voador não identificado que atingiu “gravemente” a protuberância instalada sobre o pescoço de Serra era (tchan tchan tchan…) uma bolinha de papel.

Assista ao vídeo do SBT e veja o mais grave de tudo. Serra olha para a bolinha com desdém e só depois de 20 minutos, depois de receber um telefonema, é que começa a colocar a mão na cabeça.

O que teria sido dito naquele telefonema?

Eu vou testar hipóteses.

1) Era alguém lhe informando do resultado da pesquisa do Ibope.

2) Era Mônica Serra falando que o jantar ia atrasar porque a TFP tinha atrasado com a entrega das hosteas.

3) Era alguém do marketing da campanha lhe dando uma ideia genial sobre como transformar uma bolinha de papel num factóide político.

Assista ao vídeo. E teste suas hipóteses.

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O ridículo neolacerdimo de Serra

Reproduzo artigo de Brizola Neto, publicado no blog Tijolaço:

Quem nasceu para Serra não chega a Carlos Lacerda, eu já disse. O episódio da suposta agressão ao candidato tucano deve ser deplorado e não tem razão alguma quem jogar nem um grão de areia em qualquer pessoa. Mas fazer um escarcéu com a história com o possível fato de ter sido atingido por um rolo de papelão atirado por um manifestante e, segundo a Folha de S. Paulo, fazer uma tomografia computadorizada por causa disso é dose para leão.

A manifestação hostil contra sua passagem pelo Rio foi organizada por agentes de saúde com cartazes que chamavam Serra de “presidengue” e o “pior ministro da Saúde” por ter demitido mais de cinco mil agentes de saúde e ter contribuído para a proliferação da dengue no país.

Houve confronto entre os manifestantes e correligionários de Serra. Assessores do tucano disseram que ele levou uma bandeirada na cabeça, mais tarde corrigindo para um rolo de papelão.

O Estadão afirma que não havia ferimento aparente, mas segundo a Folha, que também não viu sangue, Serra foi levado de helicóptero para uma clínica para ser examinado.

Serra já comparou os manifestantes aos nazistas e vai explorar isso ao máximo numa analogia pobre e vergonhosa do atentado a Carlos Lacerda na rua Tonelero, que acentuou a crise que levou ao suicídio de Vargas, em 1954. Mas como a história não se repete nem como farsa, só cai no ridículo.

Claro que condeno todo tipo de violência, e Serra também devia agir assim. Não me consta que tenha se solidarizado com os professores feridos pela ação da tropa da polícia que despachou contra eles quando governador de São Paulo. Olhem a foto de cima, de hoje, e as de baixo, do ano passado, com o que sofreram os professores que protestavam contra os baixos salários que pagava no estado.

Ninguém se surpreenda se Serra aparecer com um curativo na cabeça, haja ou não ferimento. Se ele simula ser até apóstolo, não custa para ser Lázaro.

PRÓXIMA CAPA DE VEJA Proposta de capa da próxima edição da revista Veja enviada pelo internauta Emerson Medeiros.



bolinha+de+papel.bmp.jpgSERRA e a bolinha de papel

A verdade por trás do caso Amaury/Dossiê

A verdade por trás do caso Amaury/Dossiê

SERRA É ATINGIDO POR UMA BOLINHA DE PAPEL-MAS FEZ CENA VEJAM

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Em 2010 como em 2002, artistas e intelectuais repudiam o 'preparado' José Serra




Em 1 de setembro de 2002, 300 artistas e intelectuais reuniam-se no Rio de Janeiro para manifestar seu apoio ao então candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele momento,o candidato metalúrgico era alvo de uma desesperada ofensiva de calúnias e boatos que visavam desqualificá-lo como alternativa política ao colapso final do governo dirigido pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, entrevado num cipoal de crise cambial, apagão e desemprego.

Ontem, como hoje, mídia e candidato tucano operavam na cadência de um jogral reacionário. Se o petista vencesse as eleições –como de fato venceu e gerou 14 milhões de empregos até agora– o Brasil, de acordo com a pregação do medo, seria palco de uma inevitável tragédia econômico financeira, associada a devastadora desestabilização política. Lula na presidência cindiria o Brasil, traria o chavismo populista para dentro da sociedade brasileira, a exemplo do que já ocorria na Venezuela.

A tese da ‘inexperiência’ e do ‘despreparo’ para chefiar o país, agora endereçada contra Dilma Rousseff,--associada a um repertório de calúnias obscurantistas, porque não há argumentos econômicos a alardear-- era recorrente na mídia em 2002.

Ao jornal Gazeta Mercantil , José Serra gotejava em 9 de outubro de 2002 o mesmo bordão que agora martela contra Dilma: “Precisamos mostrar quem está mais preparado. E mais cercado de forças políticas capazes de garantir a governabilidade”.

Diante da escalada terrorista, o saudoso economista Celso Furtado faria em 13 de outubro de 2002 um desabafo incomum para um homem público conhecido pelo estilo reservado e austero. ‘O Serra está aperreado. Como ele vê que todos os apoios vão para o Lula, ele se destempera, diz coisas descabidas.. Existe uma expressão francesa para definir esse comportamento [de Serra]: aux bois, quer dizer, ladrando a torto e a direito. Enfim, o sujeito está no sufoco, fala qualquer coisa".

A exemplo do que ocorreu em 2002, assiste-se hoje a um verdadeiro levante da inteligência nacional contra a coalizão conservadora liderada pelo mesmo personagem. Nas universidades e na cultura, em manifestos e atos que se multiplicam nos últimos dias, intelectuais e artistas afirmam seu repúdio ao retrocesso político, ético e econômico condensado em torno da coalizão demotucana. Hoje, 18 de outubro de 2010,no Teatro Casa Grande, no Rio, às 20 hs (Rua Afranio de Mello Franco, 290- Leblon), intelectuais liderados por Chico Buarque de Holanda, Eric Nepomuceno, Emir Sader e Leonardo Boff entregam a Dilma Rousseff um manifesto de apoio a sua candidatura. Como em 2002, o 'preparado' José Serra assume aos olhos da inteligência nacional seu verdadeiro papel na história: o estuário do que há de mais regressivo e intolerante no capitalismo brasileiro. (leia neste blog o manifesto dos artistas e intelectuais, bem como o dos professores universitários e o dos filósofos em apoio a Dilma Rousseff; veja também os atos e manifestções previstos para os próximos dias em SP).


Manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma

Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.

Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.

Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.

Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.

Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.

Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.


- Leonardo Boff

- Chico Buarque

- Fernando Morais

- Emir Sader

- Eric Nepumuceno


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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Desculpe, Marina, mas eu estou de mal


Reproduzo artigo enviado por Maurício Abdalla:

Marina, há os que a conhecem de agora, como candidata aplaudida pelos mass media. Esses podem estar de bem com você. Mas há os que a conhecem como a militante cristã, engajada nas causas sociais que os que hoje a paparicam jamais tiveram sequer conhecimento – ou, de qualquer forma, com elas nunca se importaram. Há os que também a conhecem como a doce e ferina oposição ao Governo do PSDB em seu mandato como senadora. Esses, Marina, como eu, estão de mal.

Neutra, Marina? Neutros ficamos diante de questões que nos são indiferentes. É-lhe indiferente o futuro do nosso país? Custa-me crer, pois sua história um dia a posicionou. Posicionou-a, inclusive, ao lado de Lula. Não acredito que para você tanto faça a continuidade do atual Governo ou o retorno dos tucanos. Sabe por que, Marina? Porque não “tanto fez” para você durante os 5 anos e meio em que esteve no Governo. Ou você também ficaria tanto tempo como ministra de um Governo do PSDB/DEM? Ou se o governo Lula fosse igual ao do FHC? Alguma diferença havia de ter, não é verdade? Caso contrário, suas motivações passariam a ser um tanto quanto paradoxais.

Em que pese às decepções que tivemos, Marina, não nos é indiferente – a nós que pensamos nos pobres e na justiça social – o fato de 30 milhões de pessoas terem, hoje, o que comer. Não podemos dizer que tanto faz um salário mínimo de R$ 300,00 ou de R$ 510,00. Que mais 15 milhões de pessoas tenham emprego, em contraste com o presidente anterior que cunhou o termo “inempregáveis” como resposta ao desemprego, é fato que não pode deixar de tocar-nos o coração.

É diferente, Marina, tratar os presidentes de outros países, quando são índios, mestiços e ligados aos movimentos sociais, como legítimos mandatários ou tratá-los como ralé que deveria submeter-se aos EUA e ao sub-imperialismo de nosso país gigante.

Temos severas críticas ao Governo Lula, mas nenhuma delas se assemelha às críticas das elites e de seus meios de comunicação. Nenhuma delas pode ser superada por alguma proposta do Serra. Ao contrário, o retorno do PSDB/DEM apenas aumentará as nossas bandeiras de oposição.

Em situações como esta, a neutralidade é um péssimo exemplo para os jovens. Ainda espero que você se posicione. Ainda aguardo que você volte a ser a Marina, de família de seringueiros, cristã, militante, sindicalista e Silva. E que repita para essa juventude que não conheceu o governo do PSDB/DEM tudo aquilo que você já disse sobre ele no senado.

Ainda espero. Pois eu, ao contrário de Caymmi – e, em certo sentido, ao contrário também de você que ainda rumina uma mágoa mal digerida do Governo – “quando me zango, Marina, eu sei perdoar”.

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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Merkel diz que a sociedade multicultural falhou na Alemanha 17.10.2010 - 11:43 Por Dulce Furtado

porwww.publico.pt.png leiam mais lá clique no título

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A chanceler alemã, Angela Merkel, lançou nova acha para a fogueira do debate em curso no país sobre a imigração e islamismo, avaliando que a tentativa de criar uma sociedade multicultural na Alemanha “falhou redondamente”.
Merkel defendeu a importância de aprender alemão para melhor integraçãoMerkel defendeu a importância de aprender alemão para melhor integração (Tobias Schwarz/Reuters)

Num discurso feito perante a juventude partidária dos cristãos-democratas (CDU), Merkel defendeu veementemente na noite de ontem que o conceito de “multikulti” e a vivência harmoniosa “lado a lado” com pessoas oriundas de contextos culturais diferentes não está a funcionar no país, que possui uma vasta comunidade de quase quatro milhões de muçulmanos. E instou os imigrantes a “fazerem mais” para se integrarem na sociedade alemã.

Para a chanceler pouco foi “pedido” aos imigrantes no passado para que se verificasse essa maior integração, reiterando a ideia de que os imigrantes devem aprender alemão de maneira a terem melhores oportunidades de escolaridade e no mercado de trabalho.

O debate sobre a imigração na Alemanha tem estado ao rubro desde que, em Junho, o antigo director do Bundesbank e ex-deputado do Partido Social Democrata Thilo Sarrazin publicou um livro em que acusa os muçulmanos de “baixarem a inteligência” colectiva da sociedade alemã.

Sarrazin foi publicamente criticada pelas mais diferentes facções políticas no país e até afastado das suas funções no banco central, mas a popularidade do livro – mais de 650 mil cópias vendidas – dá conta de como as suas opiniões estão a ser ouvidas.

A sociedade alemã parece estar numa tendência crescente acentuada de xenofobia e anti-islamismo. Um estudo publicado quarta-feira, pela Fundação Friedrich Ebert (com ligações ao Partido Social Democrata, na oposição) revelou que um terço dos alemães defende a repatriação dos imigrantes e mais de metade – 58,4 por cento – manifesta-se favorável a restrições à prática do islão. Uma larga fatia de 55,4 por cento dos inquiridos neste estudo, realizado em Abril passado, disse “compreender que os árabes sejam vistos por algumas pessoas como sendo desagradáveis”.

Merkel tem vindo a tentar não hostilizar nenhum dos lados deste debate, argumentando fortemente a favor da mais profunda integração dos imigrantes na forma de vivência alemã, mas ao mesmo tempo instando os alemães a aceitarem que as mesquitas se tornaram parte da sua paisagem social e cultural.

Dentro da CDU a chanceler enfrenta cada vez maiores pressões para adoptar uma linha política mais dura na imigração, sobretudo nas franjas que não revelam predisposição a se adaptarem à sociedade alemã. E as declarações por ela feitas sábado à noite estão a ser vistas como uma tentativa de apaziguar aqueles que lhe criticam inaptidão para lidar com mão mais forte com os problemas da imigração no país.

sábado, 16 de outubro de 2010

Marilena Chaui 1: Serra é ameaça à democracia e aos direitos sociais




Após discurso político, conta de José de Abreu no Twitter é apagada

Após discurso político, conta de José de Abreu no Twitter é apagada

Poucas horas depois de usar o Twitter para declarar apoio a Dilma Rousseff (PT) e chamar José Serra (PSDB) de “fascista”, a conta do ator José de Abreu foi apagada.

Utilizando a TwitCam, um serviço de vídeo, o ator expôs suas opiniões sobre o quadro eleitoral por cerca de duas horas na noite de sexta-feira. Na manhã desta sábado, quem procurava pela conta de Abreu, @zebigorna, era informado que ela não existe.

O ator não deu explicações, até o momento, sobre o que ocorreu.

Abreu reuniu uma audiência de cerca de 10 mil pessoas durante sua conversa sobre política. Além das críticas a Serra, também chamou o seu candidato a vice, Índio da Costa, de “surfistinha do Rio de Janeiro”.

Defendeu a legalização da maconha, “como o Fernando Henrique”, e criticou “a onda conservadora que tomou de assalto o Brasil”. “Tenho 64 anos, cinco filhos e quatro netos. É incrível ver jovens tão reacionários, atrasados, e devem até fumar um baseadinho, ficar aqui me criticando. Hipocrisia é fogo.”

Diversos internautas perguntaram ao ator durante a transmissão se ele não estava bêbado. Abreu respondeu que estava bebendo uma cerveja apenas.

O ator também foi questionado sobre a Rede Globo. Observou que é funcionário da emissora há mais de 30 anos e que respeita a proibição de não aparecer na televisão fazendo campanha política. “Eu não estou na TV, estou no Twitter”, observou.

Abreu disse que está escalado para trabalhar na próxima novela das 9, “Insensato Coração”, de Gilberto Braga, com estreia prevista para janeiro. “A não ser que vocês liguem pra Globo reclamando que eu sou comunista fdp. Mas a Globo não vai fazer isso.”


MARILENA CHAUÍ E A LIBERDADE DE IMPRENSA

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Marilena Chauí e o 2º Turno das Eleições 2010-ATO PRO DILMA

Un camino espinoso para el futuro del libro


Ya se debate entre la industria tecnológica y la editorial. El Frankfurt Sparks apunta a que la industrias puedan juntarse.

Por Horacio Bilbao - hbilbao@clarin.com - Frankfurt. Enviado Especial

La invención del libro es como la de la rueda o la cuchara, perfecta, no se puede mejorar”. Así, parafraseando a Umberto Eco, Gottfierd Honnefelder –presidente de la Asociación Alemana de Editores y Libreros– arrancó su discurso de apertura en la Feria de Frankfurt. Una feria que desde la señalética y cartelería publicitaria contradice a Eco. Se le opone desde el marketing, con un espacio publicitario enorme dedicado al Frankfurt Sparks, el lugar para pensar el futuro de la industria editorial, que no es el de la cuchara. De esta manera, el mayor encuentro para la compraventa de derechos de autor, hace pie en la producción de contenidos y en el cruce de plataformas y formatos que ya se vive en los medios.

Otro negocio.

Un experimentado editor que lleva casi 40 años viniendo a Frankfurt emparenta este cambio con la llegada de los agentes literarios, con las charlas de catálogo que reemplazaron hace rato a las puramente literarias de los años 70. Los cócteles se vuelven cada vez más aburridos, aunque ahora se puede hablar de chiches nuevos casi todos los días. El omnipresente iPad y su rival de Amazon, el Kindle, tienen sólo en los pasillos de esta feria más de 25 dispositivos que les hacen competencia. De los tamaños y precios que se busque. Un lápiz gigante que lee en audio partituras, textos e imagenes. Una compañía que, por si no fuera suficiente con el cine y la tevé, ahora presenta sus libros en 3D (¡libros que llevan una cámara y una pantalla adosada!) y una batería de ofertas infantiles, como el “ebookincolor”, que una firma taiwanesa ofrece a los chicos amantes de los cuentos. Es para chicos de 3 a 8 años.

Con todo, la iniciativa Sparks habla más del futuro que del presente. Los números son claros. Según Juerguen Boos, el director de la feria, aquí hay 1900 stands, sobre 7000, que tienen algún producto tecnológico. Pero el mercado es muy pequeño. “Esperamos que el año que viene supere el 6 por ciento”, dice Caroline Vogel, quien con su escasamente literario título de project manager tiene la misión de guiar una visita de dos horas a través de los stands con gadgets , dispositivos móviles y compañías de software que se entremezclan con las editoriales en kilómetros y kilómetros de pasillos atestados de gente que viene a hacer negocios y no a comprar libros para leer. Una de las ofertas más recurrentes se relaciona con el iPad. Compañías de todo tipo y tamaño ofrecen a las editoriales aplicaciones, soporte técnico y hasta alojamiento en sus servidores para vender sus productos. Ipublish, una de las grandes, permite tener la cantidad de títulos que uno quiera, en el formato que sea y la plataforma que se elija, por un costo de 5 dólares mensuales por título.

Una alternativa o un socio para los nuevos medios de distribución electrónica, Apple Store, Android Market, Amazon, Barnes & Noble, Adobe, Google Edition...

Miguel Sobek, un desarrollador argentino que presentó en Frankfurt la versión digital del best seller El Gran Libro del Dragón , a la venta en todo el mundo en 5 idiomas a través del App Store de Apple, dice que los editores deben entender que todo cambiará muy rápido. “Los que se esfuercen e inviertan para reinventar el libro, den herramientas novedosas a los autores y usen inteligentemente las nuevas formas sociales de difusión, tendrán un lugar privilegiado”, sostiene Sobek. Y hacia eso apunta el Sparks, a que la industria editorial y la tecnológica puedan juntarse. Pero ese es un camino espinoso para algunos. Y lo dejó claro el titular de los editores alemanes. “Sería un escándalo que todo el saber del mundo quedara en manos de una empresa, que podría abrir y cerrar esa puerta del saber cuando quisiera”, dijo haciendo referencia a Google.

Pero claro, Google también está aquí, con un gran stand en la feria. Y por cierto, sus técnicos y especialistas tienen casi tantas citas como los editores y agentes literarios. Y dicen haber logrado 10 mil socios editoriales fuera de los Estados Unidos. Simon Morrison, al frente de la delegación que vino a Alemania, avisa que pronto saldrá el Google Edition y muestra que ellos están aquí trabajando con editores que se acercan a Google. El tema legal va por otro lado. Es obvio que todo cambia, pero la pelea es por quién llevará la batuta. ¿Las tecnológicas? ¿Las editoriales? Estas últimas ya no niegan el impulso del libro electrónico, pero quieren imponer el ritmo, llevar la batuta. Unos hablan de revolución y otros de ampliación de horizontes. Por suerte nadie ha dicho aquí que las historias se mueren, eso sí sería el Apocalipsis. Tal vez el mercado cambie de actores, pero ese nunca fue un problema para el lector.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O título é Carta Aberta, e traz meu texto seguido do texto de Maria Rita Khel + anexo com os principais feitos do governo Lula, comparados aos de FHC


Caros,

Este é o documento que estou disseminando via Internet. O título é Carta Aberta, e traz meu texto seguido do texto de Maria Rita Khel + anexo com os principais feitos do governo Lula, comparados aos de FHC.

O e-mail que vocês talvez tenham recebido, com o titulo “Desabafo”, foi um equívoco. A hora não está para desabafos. Podemos bem mais do que isso, face a este muro do PIG (Partido da Imprensa Golpista), supostamente intransponível, construído pela alma do pior de nossas elites.

Enviem, se puderem (e quiserem) para suas redes, pois a coisa está pra lá de braba.

Abs,

Suely



São Paulo, 7 de outubro de 2010

Caros,

Vale a pena ler o excelente e corajoso texto que Maria Rita Khel publicou em sua coluna no Estadão na véspera do primeiro turno (segue abaixo). Para os que não sabem, a publicação deste texto lhe valeu sua demissão do jornal. A censura ao exercício do pensamento que representa sua demissão (do tipo velhos métodos, não tão longínquos quanto gostaríamos), teve como objeto o simples fato de uma jornalista (diga-se de passagem, de alta respeitabilidade, também como intelectual e psicanalista) ter ousado expressar uma mínima parcela do que todos nós temos obrigação de pensar, face à situação perigosamente perversa que vem se apresentando nestas eleições.

Não podemos bobear de agora até o segundo turno (pelo menos). Estejamos alertas aos estragos provocados pelo monopólio da informação em nosso país (o tal PIG: partido da imprensa golpista), que expressa os interesses de apenas uma parcela mínima da população, profundamente bichada por uma irresponsabilidade e uma ignorância seculares. Um monopólio que convoca o que temos de mais reativo: a memória colonial e escravocrata inscrita em nossos corpos de classe média e elite brasileiras, amputada de sua dimensão de vida pública, intoxicada de preconceitos de classe e de raça, etc., etc. Sintomas de um narcisismo ancestral, que se aterroriza face à desestabilização de nossos contornos, que a pulsação da alteridade promove necessariamente em nossa subjetividade; um terror do qual temos a ilusão de nos proteger, ao projetá-lo sobre nossos (não tão) outros, co m nojo, ódio e desprezo (mesm o quando, no melhor dos casos, este sentimento se transveste da inofensiva e estéril bondade politicamente correta). São estes microfascismos que estão subindo à superfície midiática sem disfarce, sem o menor pudor e cada vez mais violentamente. O buraco de onde emergem estas forças reativas está bem mais embaixo do que o simples ódio ao PT ou à Dilma. Este é apenas sua atualização mais explícita no momento. E é isto o que nos deixa perplexos e, sobretudo, nos assusta.

Ativemos nosso senso de responsabilidade na construção da realidade (que nada mais é que nossa responsabilidade perante a vida), senso tão debilitado na história que nos constitui. Não podemos responsabilizar um candidato ou um partido pela corrupção que certos “elementos” do mesmo possam ter cometido, senão teríamos que responsabilizar todos aqueles que participam ou participaram do Estado brasileiro, desde a fundação da República (equívoco que funda a triste opinião, bastante comum em nosso país, de que todos os políticos são igualmente corruptos e oportunistas, e que a política não tem outro sentido, senão o de servir os interesses desta corja). É ridículo cairmos neste argumento da mídia, que explora a despolitização doentia de nosso país. Tampouco podemos decidir nosso voto em função de nossa simpatia ou antipatia por este ou aquele candi dato, mas sim em função de n ossa maior ou menor identificação com um projeto político e de nosso desejo de que este projeto se imponha na condução de nosso destino, a cada momento que nos é dada a possibilidade de escolha.

Não estou me referindo a projeto político no sentido de um puro blábláblá retórico e/ou ideológico, mas daquilo que, de fato, se traduz na ação de um partido, impulsionada pelo reconhecimento dos problemas reais de nosso país. Votarei na Dilma baseada naquilo que o governo regido pelo PT sob a presidência de Lula realizou neste 8 anos (segue, em anexo, uma lista mínima destas realizações, comparadas às do governo FHC, que circulou na internet antes do primeiro turno). Sabemos dos grandes avanços conquistados, seja por nossa própria participação direta ou indireta nas diferentes ações levadas nas áreas da educação, saúde, cultura, economia, etc., seja pela participação de amigos ou amigos de amigos (já que não temos quaisquer outros meios de informação). Foram muitas, mas muitas mesmo, as pessoas que vararam noites e mais noites, anos a fio, para fazer mover o mais que pudess em o estado de inércia patológica do pensamento no Brasil pós-ditadura, de modo a abrir espaços inéditos de exercício democrático, na reinvenção permanente de nossas existências individual e coletiva, em função do que a vida nos indica e nos exige, quando nos dispomos verdadeiramente a escutá-la.

Infelizmente, a grande maioria não tem acesso a estas informações, exatamente em razão do poder absoluto do tal PIG no Brasil (aliás, nesse aspecto, nosso país se distingue de quase todo o resto do planeta, a começar por nosso próprio continente). Muitos de nós nos angustiamos com esse monopólio descarado da informação que tem emporcalhado de microfascismos as páginas dos jornais e revistas e a tela das TVs, mas na hora H as forças reativas tendem a vencer em nós mesmos, talvez por nossa incapacidade de lidar com o que nos causa tamanho desconforto com a situação atual, um desconforto que, inclusive, traz à tona a memória do trauma da ditadura, que até hoje não conseguimos sequer começar a elaborar. É patético, por exemplo, deixarmos passar a operação sinistra do pior de nossas elites, via mídia, que transforma a resistência à ditadura em coisa de vagabundos, bandidos e assass inos (o que é mais espantoso ainda, quando esse tipo de argumento é usado para a campanha eleitoral de um candidato que tem um “passado de esquerda” e o reivindica como parte de seu show). Morro de vergonha.

Espero que se multipliquem, cada vez mais, as vozes que ousam manifestar-se contra esta situação, como vem ocorrendo pelo menos via internet, esta zona franca que escapa por todos os lados ao confinamento imposto pelo PIG.

Abs,

Suely Rolnik

xxx

Dois pesos...

02 de outubro de 2010 | 0h 00

Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.
Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.
Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Famíli a. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.
Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do g ov erno. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.
O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por m e nos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".
Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.
Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, p arte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

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Marina morena, Marina voce se pintou... mas faça o favor...


Marina, morena Marina, você se pintou diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o grito da Terra e o grito dos pobres, como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?

Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as famiglias que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. Azul tucano. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a vitória da Marina. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

Marina, você faça tudo, mas faça o favor: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você tanto faz. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele.

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu.
Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.