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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Mino Carta: Que aprendizado Bolsonaro deixa após quatro anos de desas...


Um jornalista,editor e pensador que se constitui um marco na história do nosso país  que apontou e aponta a palavra séria,a comunicação e sua ética.Seu desconsolo amargo é o de milhões de brasileiros.Estamos boiando na demência esclerótica no atual governo do país



A coragem é muitas vezes invisível. Contudo, é a soma desses pequenos atos de bravura que assegura a sobrevivência da dignidade de todo um povo — ainda que a maioria jamais se manifeste.


*  J E, Agualusa -portaldaliteratura.com

Regina Gomes Profa.UFBA nos envia uma metáfora subversiva ,sim pois o sonho do ser humano passa pelo imaginário do pensar e da palavra  como nos exemplifica José Eduardo Agualusa

A noite dos jardineiros - 

José Eduardo Agualusa

Há muitos anos, quando ainda trabalhava como jornalista, visitei uma pequena localidade chamada Andulo, no sul de Angola, ocupada pela guerrilha. A cidade onde nasci, Huambo, não fica muito distante. Alguns dos guerrilheiros haviam sido alunos da minha mãe. Outros conheciam os meus primos. Queriam saber como era a vida em Luanda, onde eu vivia. Estavam interessados sobretudo em conhecer os últimos sucessos musicais. Eu queria saber como estava o Huambo, após ter sido cruelmente bombardeado durante 55 dias pela aviação governamental. No meio da conversa, alguém mencionou o caso de um jardineiro que todos os dias, durante o período em que decorreram os bombardeamentos, saía de casa para trabalhar na Estufa Fria, jardim botânico que era, desde a época colonial, um dos locais emblemáticos da cidade. Pareceu-me que poderia dar uma matéria interessante e perguntei se seria possível falar com o homem. Dois dias depois trouxeram à minha presença um sujeito magro, tímido, com óculos de lentes grossas, que parecia muito frágil frente à bruta escuridão daqueles dias. Cumprimentei-o. Quis saber por que arriscara a vida para ir trabalhar, enquanto as outras pessoas se escondiam em bunkers improvisados, debaixo dos escombros das casas onde antes tinham vivido. Olhou-me espantado, como se a minha pergunta não fizesse sentido algum: “Não havia mais ninguém para tratar das flores.” —disse-me. —“Se eu não fosse trabalhar, as plantas todas teriam morrido.” Não sei o que aconteceu ao jardineiro, mas lembro-me dele sempre que os dias escurecem. Quase todos os grandes heróis que conheci eram pessoas comuns. Os monstros também. Pessoas comuns tendem a revelar sua verdadeira alma — heróica ou monstruosa — naqueles momentos em que o Estado se distrai, colapsa ou assume um perfil totalitário.

Ao longo dos anos que durou a ditadura angolana compreendi também que o que segura a civilização, enquanto a noite se expande, são os gestos simples de heróis comuns: aquele jardineiro arriscando a vida para regar as rosas; o sujeito que avança um passo e diz, “sou eu”, quando a polícia política entra no escritório onde trabalha, perguntando não por ele, mas por um amigo dele; a secretária que recusa os avanços do ministro; o soldado que se nega a torturar o prisioneiro; o radialista que insiste em difundir a canção proibida; o jovem estudante que permanece em silêncio e de braços cruzados, enquanto os colegas saúdam o ditador.

A coragem é muitas vezes invisível. Contudo, é a soma desses pequenos atos de bravura que assegura a sobrevivência da dignidade de todo um povo — ainda que a maioria jamais se manifeste.

“E agora?” — pergunta um jovem, numa charge que corre nas redes sociais.
— “Agora vamos fazer poesia.” —Responde a mulher: “Eles odeiam poesia.”

Gosto de pensar que sim, que ditadores e tiranófilos odeiam poesia. Ou melhor: que receiam a poesia, tanto quanto o sonho ou o humor. Porque a poesia, como o sonho ou o humor, é transgressora, irreverente e indomável.
Uma ocasião encontrei minha filha do meio estendida no assoalho da sala com duas amigas.

“O que estão a fazer?” —Perguntei. “Sonhamos.” —Respondeu-me a menina.
— “Sonhamos juntas.”

Pedi licença e juntei-me a elas.

Ao longo dos anos que durou a ditadura angolana compreendi que o que segura a civilização são os gestos simples de heróis comuns.

*Nasceu em Huambo, Angola, em 1960. Estudou silvicultura e agronomia em Lisboa. Iniciou a carreira literária em 1988, com A conjura. Entre seus livros, traduzidos para mais de vinte idiomas, destacam-se os romances Nação crioulaO vendedor de passados(prêmio de ficção estrangeira do jornal inglês The Independent) e As mulheres do meu pai, os volumes de contos Fronteiras perdidas e Catálogo de sombras, além das peças de teatro Chovem amores na rua do Matador (com Mia Couto) e Aquela mulher. Divide seu tempo entre Luanda e Lisboa.

Olha o que este brasileiro que mora na França está falando -por twitter


Entrevista con Jorge Gestoso: Conversamos con Sindy Benavides

CRIMES DE ÓDIO NOS EUA Vídeo-Jorge Gestoso x Sindy Benavides -TELESUR


Sindy Benavides por twitter

VEJA ENTREVISTA -https://videos.telesurtv.net/video/792971/entrevista-con-jorge-gestoso-792971/

Nesta entrevista esclarece-se bastantes pontos dos crimes de ódio ocorridos contra os imigrantes hispanos especificamente os hispano- americanos dentro dos EUA. Há uma confusão entre raça,etnia e cor da pele.Se antes a concentração de tais crimes eram focados mais nos afro-americanos agora se alonga.Trump torna claro o seu desejo,como de muitos americanos, de uma supremacia branca.

*para adentrar um pouco mais leia matéria do THE NEW YORK TIMES,citado incluso na entrevista em vídeo-

https://nyti.ms/2ksuxLb

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Silencio HISPANTV

GUERRA- QUÍMICA -ATROCIDADES

Bolsonaro ataca a Michelle Bachelet- a desmedida, a infâmia e covardia

Brasil247


Quando a desmedida, a infâmia e covardia aliam-se temos a personificação de um crime , pondo-nos na miséria  humana em ato e discurso.Surge o desprezível que nos ataca de todas as partes do mundo.Bolsonaro é a ignomínia, e pagamos caro face aos que o elegeram,O Brasil não merece o respeito face a escolha dos cidadãos que escolheram este senhor.O mundo despreza e pede que se retrate.
NODAL -http://bit.ly/2lwYnyo -ARGENTINO assim se reporta


Bolsonaro ataca a Michelle Bachelet y reivindica el golpe de Pinochet en 1973
Bolsonaro ataca a Bachelet con muerte de su padre: “Si no fuera por Pinochet, Chile sería una Cuba El presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, atacó a la alta comisionado para los Derechos Humanos de la ONU, Michelle Bachelet, asegurando que con sus crítica se entrometía en la soberanía brasileña y que Chile no es como Cuba “gracias a Pinochet”.
“Michelle Bachelet, comisionada de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos, sigue la línea de (Emmanuel) Macron entrometiéndose en los asuntos internos y la soberanía brasileña, ataca a Brasil con la agenda de derechos humanos (bandidos), atacando a nuestra valiente policía civil y militar”, publicó en su cuenta de Facebook.
Bachelet denunció una “reducción del espacio democrático” en Brasil en los últimos meses, en referencia a las críticas de Bolsonaro contra organizaciones ambientalistas y de derechos humanos.

“También dice que Brasil pierde espacio democrático, pero olvida que su país no es como Cuba gracias a quienes tuvieron el coraje de detener a la izquierda en 1973, entre esos comunistas estaba su padre militar”, dijo en referencia a la dictadura militar de Augusto Pinochet.
“Señora Michelle Bachelet: Si no fuera por el personal de (Augusto) Pinochet, que derrotó a la izquierda en 1973, entre ellos a su padre, hoy Chile sería una Cuba”, recalcó posteriormente a las afueras del palacio Planalto, consignó Folha de Sao Paulo.

La expresidenta de Chile advirtió este miércoles sobre una “reducción del espacio democrático” en Brasil, en especial con ataques contra los defensores de la naturaleza y de los derechos humanos.

La exmandataria lamentó igualmente el “discurso público que legitima las ejecuciones sumarias” y la persistencia de cierta impunidad.
Denunció además la voluntad del gobierno brasileño de liberalizar la posesión de armas.
En lo que se refiere a los defensores de los derechos humanos, al menos ocho murieron en el país entre enero y junio, indicó, y precisó que la mayoría de estas muertes sucedieron en litigios por propiedad.
Leia mais em 
http://bit.ly/2lwYnyo