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quinta-feira, 28 de novembro de 2019

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Elizabeth Bishop Flip 2020 uma pá de cal.. a cultura, a arte, a literatura descem ralo abaixo no Brasil

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Elizabeth Bishop  foto metrópoles



Flagro Luciana Hidalgo-no seu Face, falando de um tema que tinha em pauta para escrever;todavia seu texto veio no exato momento e com os devidos argumentos fundos e pesquisados.Foi suficiente para a pauta.Vale ler e rechaçamos tal homenagem por parte da Flip2020.Bravo Luciana! Paulo Vasconcelos.
A notícia da escolha de Elizabeth Bishop como autora homenageada na Flip 2020 é uma pá de cal num ano em que a cultura, a arte, a literatura descem ralo abaixo no Brasil, menosprezadas e desprezadas não só pelo governo, mas pelos brasileiros que o elegeram. Bishop, nascida nos EUA, viveu no Brasil durante mais de uma década, mas achava nosso país “um horror”. Desprezava a cultura brasileira (salvo raras exceções), a ponto de dizer: “Se você nunca vê um Picasso autêntico, finge que Portinari é bom – ou se você nunca na vida ouviu boa música, finge que bossa nova é bom e que Villa-Lobos é o maior etc.”
Bishop estava no Brasil em 1964 e, sobre a situação política, escreveu: “Aqui, tudo está uma confusão, e uma tragédia, na verdade. Deus sabe o que vai acontecer depois. Parece excessivamente pró-comunista para mim e, por favor, diga a Kennedy ou a Arthur S. Jr. para se mexerem. A América do Sul inteira poderia muito bem azedar – para o lado do comunismo –, como uma leiteira, eu acho, e a culpa é metade do Brasil e metade nossa.”
Quando afinal se deu o golpe militar de 1964, Bishop resumiu: “Bem, foi uma revolução rápida e bonita, debaixo de chuva – tudo terminado em menos de 48 horas. De fato, sentimos um estranho esvaziamento, nos preparamos para viver coladas no rádio e na tevê, deitadas sobre muitos sacos de café; eu assei pão – não havia pão para vender etc. – e também assei um pernil de porco!”
Bishop não só pediu ajuda oficial do governo dos EUA para ajudar os militares a dar o golpe na nossa democracia como, junto à companheira Lota, acompanhou notícias da “revolução” comendo pãezinhos. E quando o governo militar começou a banir políticos da oposição, ela apenas comentou: “A suspensão dos direitos, a cassação de boa parte do Congresso etc., isso tinha de ser feito por mais sinistro que pareça. De outro modo teria sido uma mera ‘deposição’, e não uma ‘revolução’ – muitos homens de Goulart continuariam lá no Congresso, todos os comunistas ricos iriam fugir (como alguns fugiram, é claro) e os pobres e ignorantes seriam entregues à sua sorte.”
Todas essas opiniões de Bishop sobre o Brasil (contidas na sua correspondência) já bastariam, na minha humilde opinião, para que a Flip no mínimo evitasse homenageá-la. Ainda mais num ano em que a extrema-direita governa o país com ameaças de AI-5 e com censuras de todos os tipos a artistas e intelectuais.
Outro trecho de carta, contudo, é ainda mais chocante (atenção, tirem as crianças da sala): “Reidy também era uma das poucas pessoas sãs com quem Lota tinha trabalhado. Ela jura que todos os homens brasileiros são ligeiramente doidos – as mulheres podem ser sãs, mas infelizmente são retardadas mentais…”
Mulheres brasileiras: retardadas mentais. Pois é.
Dizem por aí que não se deve misturar a obra de um autor com a sua vida – et pour cause. Escritores têm mesmo todo direito de expressar livremente o que pensam. No entanto, por que um festival literário da importância da Flip no Brasil prestaria tributo a uma autora estrangeira capaz de dizer tantas bobagens elitistas, reacionárias e preconceituosas sobre nós, deixando assim de homenagear autores brasileiros de enorme relevância?
Esses e outros trechos das cartas de Bishop estão acessíveis em ótimos artigos na revista Piauí (que disponibilizo abaixo nos comentários). Me dei ao trabalho de ler inúmeras cartas, e o que fica é aquela velha e batida visão de escritora estrangeira, branca e rica, que tudo acompanha sem sair do conforto da sua mansão, comendo pãezinhos. Brioches?
Bishop acha tudo no Brasil provinciano, e nisso até acerta: a escolha de Bishop para uma importante festa literária no Brasil de 2020 é, para dizer o mínimo, provinciana.
Fui convidada para a programação oficial da Flip em 2017, aquela que homenageou Lima Barreto, e pude ver nas ruas a importância desse evento no calendário literário nacional. É antes de tudo uma festa dos leitores, que se aproximam mais dos autores, compram nossos livros, nos param nas ruas para pedir autógrafos. Por tudo isso, espero sinceramente que a Flip reveja essa escolha infeliz, politicamente melancólica, nos escombros de Brasil que nos restam.
Facebook Luciana Hidalgo II  
http://bit.ly/34oSB3n
ATT -Grifos em negritos deste blogueiro.

Pesquisa aponta que mídia latino-americana está sob controle de famílias empresariais

http://bit.ly/37Cag9E

A colega Angela Carrato -UFMG, postou esta matéria que repasso, via seu Facebook.Leiam e constatem o crime midiático a que estamos submetidos.


Na América Latina, os meios de comunicação estão sob controle do setor corporativo e de famílias empresariais que se vinculam às elites econômicas e políticas e usam sua capacidade de influenciar a opinião pública como capital. É o que conclui a pesquisa “Quem controla a mídia na América Latina?”, que será lançada pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social e Repórteres sem Fronteiras (RSF) em São Paulo, no dia 3 de dezembro. O estudo compara a concentração dos meios de comunicação entre Argentina, Brasil, Colômbia, México e Peru.
Na Argentina, por exemplo, os 52 principais meios de comunicação estão nas mãos de 22 empresas. Na Colômbia, os três grupos de mídia com maior audiência controlam 57% do conteúdo que a sociedade pode acessar no rádio, TV, internet e mídia impressa. No Peru, um dado sem paralelos: 68% da audiência estimada para notícias online no país estão nas mãos de um só grupo.
A pesquisa integra o Media Ownership Monitor (MOM), uma metodologia de mapeamento global que gera uma base de dados acessível publicamente e atualizada constantemente sobre os principais proprietários dos meios de comunicação de um país, incluindo mídia impressa, rádio, televisão e online. O objetivo é lançar luz sobre os riscos que a concentração da propriedade representa para o pluralismo e a diversidade da mídia. O MOM também avalia qualitativamente as condições do mercado e o ambiente regulatório.
“A transparência da propriedade é essencial para que os leitores, espectadores e ouvintes possam receber a informação de forma crítica. A produção da notícia não é neutra, é preciso entender os potenciais interesses que movem os principais veículos de comunicação de um país”, afirma Olívia Bandeira, coordenadora executiva do Intervozes e pesquisadora do MOM Brasil.
Para Nube Alvarez, coordenadora regional do MOM para América Latina da RSF, a concentração de mídia na América Latina está em crescimento e é controlada por alguns dos empresários mais ricos do mundo. “Enquanto as riquezas crescem, a concentração da propriedade dos meios de comunicação também aumenta. O projeto MOM é essencial para entender as relações entre os meios de comunicação e o poder, onde os proprietários de mídia não respeitam os direitos trabalhistas dos jornalistas, por exemplo. Isso resulta na precarização do trabalho jornalístico, na vulnerabilidade e na falta de independência dos jornalistas. Além disso, a linha editorial, muitas vezes, está atrelada à quantidade de dinheiro que os veículos recebem da publicidade pública e privada”, pontua.
Para discutir os impactos dos monopólios midiáticos no cenário político da América Latina estarão presentes Emmanuel Colombié, diretor da Repórteres Sem Fronteiras – América Latina; Gerardo Araguren, editor do Tiempo Argentino e consultor do MOM Argentina; e Luís Brasilino, editor do Le Monde Diplomatique Brasil e apresentador do podcast Guilhotina. A mediação será de Olívia Bandeira.
Na ocasião, será apresentada uma cartilha com propostas de políticas para a promoção da pluralidade e da diversidade nos meios de comunicação. O evento irá acontecer na Matilha Cultural e após a roda de conversa será realizada uma confraternização.
SERVIÇO
Lançamento da pesquisa “Quem controla a mídia na América Latina?”
Data: 3/12/19
Horário: 19h
Local: Matilha Cultural (Rua Rego Freitas, 542, República, SP)
Evento gratuito e aberto ao público
Informações: Gyssele Mendes (Intervozes): (21) 9-9638-1955, gyssele@intervozes.org.br; Olívia Bandeira (Intervozes): (11) 9-4432-9953 oliviabandeira@intervozes.org.br