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sexta-feira, 10 de julho de 2020

“Não há nunca outro critério senão o teor da existência, a intensificação da vida”


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Ouvi essa história em uma belíssima aula do professor Cláudio Ulpiano. O tordo é um passarinho canoro possuidor de três tipos de canto. O primeiro ele canta quando quer marcar um território. Nesse caso, sempre acontece uma disputa, com dois ou mais tordos rivalizando pelo mesmo território. Sem precisarem brigar , o tordo de canto mais potente vence e toma conta do território, sem que os outros tordos fiquem ressentidos ou queiram se vingar. O segundo canto o tordo canta quando deseja conquistar uma fêmea. Esse segundo canto é mais harmonioso e sutil, entremeado por silêncios eloquentes acompanhados de posturas sedutoras. Mas no final é sempre a fêmea que escolhe qual tordo será seu companheiro amoroso. O terceiro canto o tordo canta em dois momentos do dia: quando o sol nasce e quando o sol morre . Na aurora, é canto de boas-vindas; no fim da tarde, é canto de despedida. Esses dois cantos são de gratidão ao sol: quando o sol se vai, por ter havido aquele dia, não importando o que nele aconteceu; quando um novo sol chega, trazendo com ele um novo dia. Enquanto os galos cantam apenas o dia que vem, o tordo também canta grato à vida que recebeu do dia que vai, como os estoicos nos ensinando o “Amor Fati”.
O canto de território e o canto amoroso são explicáveis pelo instinto ,porém o terceiro canto parece querer um território e ser movido por um afeto que vai além do corpo orgânico . É um canto espontâneo e livre , parecendo um poema, uma obra de arte . O tordo sobe então até o galho mais alto para horizontar sua visão e cantar um canto de desterritorialização a todo território dado, ao mesmo tempo se reterritorializando na abertura e amplidão do espaço .
Esse terceiro canto, porém, coloca o tordo sob perigo. Pois nesses períodos fronteiriços entre o dia e a noite a soturna coruja fica alerta , à espreita para ver onde está o tordo, para fazê-lo de presa . A mesma arte que singulariza o tordo, também o põe à mostra. Porém o tordo não se esconde ou cala , mesmo sob a ameaça da morte : ele persevera no seu cantar à vida , com o máximo de potência que pode.
“Inventar uma tarde a partir de um tordo”.( Manoel de Barros )
“Não há nunca outro critério senão o teor da existência,
a intensificação da vida”. ( Deleuze & Guattari, “O que é a filosofia?”)

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Elisabeth Roudinesco: Psicanálise em tempos de pandemia

Fronteiras do Pensamento

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Tradução de Memórias Póstumas de Brás Cubas esgota em um dia nos EUA


Memórias Póstumas de Brás Cubas é um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Escrito em 1881, foi publicado em forma de folhetim na Revista Brasileira entre março e dezembro daquele ano, tendo sido editado como livro no ano seguinte. O romance de Machado de Assis tem versões em 12 idiomas, como francês, italiano, espanhol, alemão e até esperanto, além do inglês.
https://bit.ly/31S6hFo


Um dos grandes clássicos da literatura brasileira ganhou nova tradução para o inglês e fez grande sucesso. A nova edição de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, foi lançada na última terça-feira (9 de junho) e esgotou no mesmo dia. A nova versão, com tradução de Flora Thomson-DeVeaux e prefácio de David Eggers, faz parte de uma série de novas versões da obra de Machado de Assis que será lançada nos Estados Unidos.
https://bit.ly/31S6hFo


MACHADO É SUCESSO NOS EUA....Publicado por  Traduzca
POR https://bit.ly/31S6hFo

Um dos grandes clássicos da literatura brasileira ganhou nova tradução para o inglês e fez grande sucesso. A nova edição de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, foi lançada na última terça-feira (2 de junho) e esgotou no mesmo dia. A nova versão, com tradução de Flora Thomson-DeVeaux e prefácio de Dave Eggers, faz parte de uma série de novas versões da obra de Machado de Assis que será lançada nos Estados Unidos.
O lançamento foi precedido de um texto de Eggers na revista The New Yorker, onde retrata Memórias Póstumas de Brás Cubas como “um presente glorioso para o mundo, porque brilha, porque canta, porque é muito engraçado e consegue capturar o tom inimitável de Machado, ao mesmo tempo mordaz e melancólico, autodilacerante e romântico”. O texto, publicado um dia antes do lançamento do livro, ainda afirma que o clássico de Machado de Assis “é uma obra-prima cintilante e uma alegria inabalável de ler, mas, por nenhuma boa razão, quase nenhum inglês no século XXI leu”.
Em sua coluna mensal na revista Piauí, a tradutora da obra, a escritora e brasilianista Flora Thomson-DeVeaux diz que a primeira vez que leu Memórias Póstumas de Brás Cubas foi durante a faculdade. “Quando iniciei o trabalho, pensei em pegar emprestada a estratégia do tradutor e brasilianista britânico John Gledson, cuja tradução meticulosa de Dom Casmurro eu admiro”, conta. A nova versão do clássico foi produzida pela editora Penguin Classics e, por enquanto, apenas a versão digital do livro está disponível no site norte-americano da Amazon.


Memórias Póstumas de Brás Cubas é um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Escrito em 1881, foi publicado em forma de folhetim na Revista Brasileira entre março e dezembro daquele ano, tendo sido editado como livro no ano seguinte. O romance de Machado de Assis tem versões em 12 idiomas, como francês, italiano, espanhol, alemão e até esperanto, além do inglês.