REDES

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bush teve Ben Laden na mão mas deixou-o fugir

BY diário de notícias pt
ISTO ERA DE SE ESPERAR POIS BUSH PAI FOI SÓCIO DO MESMO-BIN LADEN-obs palavras minhas paulo vasconcelos



MATÉRIA ABAIXO POR HUGO COELHO DIÁRIO DE NOTICIAS PT


Exército dos EUA encurralou o líder da Al-Qaeda nas montanhas mas os generais proibiram ataque em massa. Relatório do Senado foi divulgado dias antes de Obama anunciar o impopular reforço de tropas

A ordem era clara como num cartaz do faroeste: "Procurado, vivo ou morto". Apesar da ordem dada pelo Presidente George W. Bush em 2001, três meses depois dos atentados de 11 de Setembro, os EUA deixaram escapar Ussama ben Laden. Tropas americanas tiveram o líder da Al-Qaeda encurralado numa gruta nas montanhas de Tora Bora, no Afeganistão, mas permitiram que fugisse para o Paquistão sem um ferimento.

Um relatório do Senado, agora divulgado, culpa os generais pela decisão desastrosa de proibir uma ofensiva em larga escala no momento em que Ben Laden estava vulnerável e ao seu alcance. O Congresso considerou ainda que o falhanço em capturar ou matar o terrorista abriu caminho à revolta dos talibãs que hoje ameaça Afeganistão e Paquistão, onde se refugiaram depois da invasão do primeiro liderada pelos EUA.

Amanhã, o Presidente Barack Obama deverá anunciar à nação o envio de 30 mil homens para o Afeganistão. Os generais avisaram que o reforço de tropas é crucial para vencer a guerra. Mas a decisão divide os americanos que temem que o Afeganistão se torne no novo Vietname.

Perante este cenário, analistas sugerem que a divulgação do documento é uma tentativa de justificar a decisão de Obama com os erros dos chefes militares de George W. Bush e do seu secretário da Defesa, Donald Rumsfeld.

Os congressistas reconheceram que "tirar o líder da Al-Qaeda do campo de batalha há oito anos teria eliminado uma ameaça extremista para todo o mundo". Mas acrescentaram: "As decisões que permitiram a fuga para o Paquistão fizeram de Ben Laden uma figura simbólica que continua a atrair muito dinheiro e a inspirar fanáticos no mundo. O falhanço em acabar o trabalho foi uma oportunidade perdida que alterou o curso da guerra no Afeganistão e o futuro do terrorismo internacional."

O relatório, encomendado pelo senador John Kerry, foi elaborado pela comissão de Relações Internacionais do Senado dominado pela maioria democrata - partido do Presidente. No passado, Kerry, que foi candidato presidencial derrotado em 2004, já havia falado no erro, mas não mostrou provas.

Desta vez, o Congresso, com base em informações desclassificadas e entrevistas com participantes, afirma categoricamente que as tropas americanas sabiam da localização de Ben Laden e tinham condições para lançar um assalto com milhares de tropas. Porém, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld considerou que não havia certezas de que o terrorista estivesse na gruta e temeu que uma presença militar maciça complicasse a missão. Por isso, os generais deixaram na retaguarda a maior parte das tropas, aumentaram os bombardeamentos aéreos e enviaram cem comandos apoiados por milícias afegãs bater o terreno à "procura da presa".

Ben Laden, que alegadamente chegou a escrever o seu testamento, acabaria por conseguir fugir, sem oposição e com os guarda-costas, e refugiar-se na região tribal na fronteira com o Paquistão, onde, ao que julgam os peritos, ainda hoje continuará escondido.

A não-captura de Ben Laden foi o primeiro fracasso da Guerra ao Terror de Bush. Quase um ano após chegar à Casa Branca e ter feito da guerra no Afeganistão uma prioridade, Obama não conseguiu, até agora, apanhar o terrorista.

O líder da Al-Qaeda é um dos criminosos na lista dos dez mais procurados pelo FBI. A polícia federal americana oferece 25 milhões de dólares (16,7 milhões de euros) a quem der informações que conduzam à sua capturado. No site do FBI lê-se que o saudita de 52 anos, que ordenou os atentados contra as embaixadas americanas no Quénia e na Tanzânia em 1998 além do 11 de Setembro, é canhoto e apoia-se numa bengala.

domingo, 29 de novembro de 2009

O blecaute e a Anas (Agência Nacional de Sabotagem)

Por: Mauro Carrara

Para derrubar o presidente operário, ou impedi-lo de fazer o sucessor, vale recorrer a absolutamente tudo, da falsa denúncia às mais modernas técnicas de sabotagem.

E, agora, Arthur Virgílio, Ali Kamel, Frias Filho, FHC e José Serra conseguiram um “apagão” monumental para escurecer a imagem de Dilma Rousseff.

Antes de se debater o caso, cujas causas seguem envoltas na névoa do desconhecimento, vale uma análise do sistema regular de desestabilização da coisa pública.

No caso brasileiro, esses mecanismos de terrorismo funcionam basicamente em duas dimensões: informacional e técnica.

O objetivo é emperrar o funcionamento da máquina federal e atirar a opinião pública contra o presidente e seus aliados.

Nos últimos sete anos, a Agência Nacional de Sabotagem (Anas) promoveu inúmeros atos criminosos para desestabilizar as instituições, promover o caos e, assim, tentar devolver o poder às elites conservadoras.

Mas o que é, efetivamente, a Anas?

Trata-se de complexa e riquíssima corporação dedicada à realização de operações pontuais de destruição da imagem do governo.

Compõe-se de políticos golpistas, homens de negociatas (não confundir com homens de negócio), latifundiários, marqueteiros, publicitários e representantes das principais cadeias de comunicação do país.

As ações da Anas podem ser planejadas com meses de antecedência. Mas há pessoal especializado em detonar crises em apenas algumas horas.

A norma é fazer com que um escândalo suceda outro, que a série de desastres jamais tenha fim.

Ou seja, cada vez que um foco de incêndio é apagado, cuida-se para que outro seja aceso imediatamente.

A ação do Anas é sempre coordenada. À desconstrução de um mecanismo, especialmente nos serviços públicos, segue-se a violenta ação de mídia, destinada a apontar os culpados na esfera do governo.

Velhos arapongas e fiéis escudeiros do atraso realizam boa parte do trabalho sujo, especialmente no campo do vazamento e contaminação de informações.

Aviões, epidemias e prova do Enem

Nos últimos anos, os infiltrados, espertos do “duplo emprego”, agem diariamente nas casas públicas.

É frequente o sumiço de documentos, a “queda de sistemas informatizados” e a farta distribuição de bilhetes anônimos com denúncias e ameaças.

Sofre, por exemplo, quem trabalha de verdade em ministérios e escritórios da estrutura previdenciária ou da Receita Federal.

As grandes sabotagens acabam produzindo ecos na mídia. Ninguém se esquece do caos artificialmente criado no sistema de controle aéreo.

Esse braço do movimento de desestabilização era dirigido claramente por botinudos empijamados, muitos deles filiados a organizações de ultra-direita.

Nessa frente, a Anas vibrou com o desastre do avião da TAM, em Congonhas, em 2.007.

Seguiu-se a divulgação da teoria “grooving” e a acusação de Ali Kamel ao governo federal. E, imediatamente, os golpistas saíram às ruas, encamisados pelo movimento “Cansei”.

Talvez confiante no sucesso da intentona, alguns de seus articuladores botaram as cabeças para fora da toca.
Foi o caso do presidente de uma poderosa multinacional de eletroeletrônicos e do capo de um das maiores agências de publicidade do Brasil.
Esse propagandeiro baiano, aliás, foi o mesmo que tratou de disseminar o terror psicológico em seu segmento após a queda do Lehman Brothers, em Setembro de 2.008.

Há inúmeros casos de ações de sabotagem puramente midiática. Uma delas foi liderada pela palpiteira que serve de articulista para o jornal da família Frias.

A boneca “Emília” das redações instaurou o pânico na população, propagandeando o avanço irrefreável da peste amarela.

Por conta desse ato de sabotagem, gente incauta perdeu a vida ao tomar doses desnecessárias da vacina.
O mesmo jornal, em outra ocasião, construiu uma peça ficcional de terror, ao antecipar que milhões de brasileiros contrairiam a Gripe Suína, e que muitos morreriam por causa da doença.

O abilolado Hélio Schwartsman escreveu que a moléstia atingiria até 35 milhões de pessoas em dois meses. Também afirmou que de 3 milhões a 16 milhões de brasileiros precisariam de atendimento médico.

Na época, a Anas mobilizou-se também para dar voz à nova Francenilda, a receiteira mulher do ex-ministro de FHC. O alvo? Dilma Rousseff.

Mais adiante, a agência compôs o roteiro sinistro e bizarro da divulgação antecipada da prova do Enem.

Primeiramente, estranha-se (?) que a gráfica palco da farsa seja ligada a uma das empresas jornalísticas que encabeçam o permanente movimento golpista.

Os responsáveis oficiais pela sabotagem, na verdade, não procuraram simplesmente auferir do ato criminoso o lucro fácil e rápido.

Ao contrário, empenharam-se em entregar a prova aos dois maiores jornais de São Paulo.

Os ladinos sabiam, obviamente, que jamais receberiam os tais R$ 500 mil exigidos em troca dos exemplares do exame.

O motivo presumível? Queriam se passar por meliantes comuns.

No caso do Estadão, note-se que um dos bandidos fala em “derrubar o Ministério”.

Logicamente, o pessoal da Anas tem como proteção a tradicional barreira de laranjas e colaboradores voluntários do baixo clero sabotador.

O pânico do blecaute

A mídia já trata de associar de confundir fatos e conceitos, associando o blecaute de 2009 à crise estrutural do sistema, obra do governo privateiro de Fernando Henrique Cardoso.

No início da década, o Brasil sofreu um colapso no sistema energético. Simplesmente, não havia como atender à demanda.

O país se apagou por decreto governamental e retornou ao tempo da vela e da lamparina. O prejuízo ultrapassou a casa de US$ 50 bilhões, segundo os cálculos mais modestos.

Na época, a indústria e o comércio puxaram o freio. Sobre o Brasil, deitou-se a sombra pesada da incompetência tucana.

No governo Lula, o sistema foi inteiramente remodelado. Usinas geradoras foram construídas em tempo recorde. Novas linhas de transmissão ampliaram a malha de transporte de energia.

O Brasil, hoje, produz energia suficiente para atender à demanda do crescimento econômico.

Somente o desejo de enganar a opinião pública, portanto, justifica a comparação entre o blecaute pontual de 2009 e a crise energética do início da década.

No caso dos eventos de 10 e 11 de Novembro, convém considerar, sim, a hipótese de sabotagem.

Em várias ocasiões, os serviços de inteligência norte-americanos apontaram a ação de hackers como causa de blecautes regionais no Brasil.

“Coincidentemente”, há poucos dias, foi esse o assunto do programa “60 minutes”, da rede norte-americana CBS.

Convém lembrar que um hacker não é necessariamente um moleque espinhudo que usa tênis All-star e tenta conquistar o mundo enquanto bebe o Nescau espumante que a mamãe lhe preparou.

Há hackers muito mais sofisticados, que vendem seus serviços a grupos de interesse nos campos da política e dos negócios.
O grande problema é que dificilmente uma instituição sabotada e hackeada divulga a verdadeira natureza desses golpes.

Ao admitir que foi sabotado, qualquer governo expõe-se como vulnerável.

Menos mal, por enquanto. Temos luz. E, desta vez, não houve fogo, explosão e vítimas fatais.

O folheiro, Benjamin, Dreyfus e a Cadeia

Por: Mauro Carrara

Muita gente inocente dormiu na cadeia. Uma dela foi o capitão Alfred Dreyfus.

Em 1894, o jovem oficial da artilharia francesa foi condenado à prisão perpétua. O motivo: a suposta revelação de segredos militares aos alemães.

Dreyfus era inocente. Dois anos depois, comprovou-se que o culpado era Ferdinand Esterhazy, um major do exército francês.

Mas Dreyfus continuou detido. Foi acusado novamente, com base em falsos documentos produzidos por um oficial da contra-inteligência, Hubert-Joseph Henry.

A campanha de calúnia tinha como um de seus principais líderes um jornalista, Edouard Drumont, publisher do La Libre Parole, uma publicação claramente identificada com o anti-semitismo.

Dreyfus contou, sobretudo, com a defesa apaixonada de Émile Zola, cujo artigo "J'accuse", no L'Aurore, foi fundamental para colocar às claras a farsa oficial reacionária.

Em 1906, depois de longa luta, Dreyfus foi reabilitado. Jamais foi indenizado pelos anos na cadeia.

Muitos criminosos, entretanto, jamais passaram perto do cárcere.

É o caso, por exemplo, do proprietário de jornal que, em São Paulo, colaborava com os torturadores e assassinos empregados pelo Regime Militar.

Esse elemento nunca dormiu num banco de concreto atrás das grades, nunca comeu feijão estragado, tampouco tomou sofreu em sessões de eletrochoque.

Impune, pôde educar seu herdeiro para a iniquidade.

Criou um lagarto de rasteiro caráter, invejoso e fraco, capaz de valer-se da calúnia e da difamação para atingir seus objetivos.

Esse dublê de jornalista, falso intelectual, despreza a lei e escarra nos mais básicos códigos de civilidade.

A acusação a Lula no episódio "estupro" agrega mais uma nódoa à ficha do empresário canalha da desinformação. O interesse? Derrubar a candidatura daquela que rotularam de terrorista.

A imprensa paulistana poderia citar oito verdades, ou não, por elegância:

- que o tal Benjamin não merece a confiança dos próprios parentes, tido como vil, traiçoeiro e dado a mentir por capricho;

- que o próprio publisher golpista assediava jovens rapagões no ambiente profissional;

- que a companheira ocasional do tal o ridicularizava entre as mesas da redação, apontando nele a psicopatia violenta e a ausência da virilidade;

- que a malta reacionária de "Óia" pratica todo tipo de perversão, a exemplo do capo que se diverte excentricamente nos hotéis engordurados do Centro paulista, e que carrega o trauma de um largo pepino resistente;

- que o augustíssimo articulista de "Óia", tão interessado no elogio a Benjamin, imita a Arno e aspira o pó nos banheiros das redações que dirige;

- que o major tucano carateca do golpe é o mesmo que aprecia "carnes novas" e livrou seu comparsa amazonense da CPI da Exploração do Menor;

- que um ex-presidente da República esconde seus rebentos por aí, em esquemas pagos pelos barões da mídia monopolista;

- que o tal repórter do niuiorquitaimes brincava lascivamente com jovens índias na Amazônia.

O fim de novembro poderia brindar o país com celas frias para quem realmente merece.

Uma sombria para o Edouard Drumont paulistano, por exemplo.

Outra imperial ao canalha ressentido e desqualificado. Pois se dá a Cesar o que é de Cesar.

Mas o que esperar da suprema justiça? Lá no alto, pois, vale mais o mimo dantesco.

E o honesto Dreyfus, aqui, continuaria detido pelo resto da vida.

sábado, 28 de novembro de 2009

"Talvez o meu próximo filme seja sobre Obama".. M.MOORE


http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1431070&seccao=Cinema
Estreia-se hoje 'Capitalismo: Uma História de Amor', o novo documentário realizado por Michael Moore, que aproveita a crise económica e financeira mundial para atacar e condenar o sistema capitalista. O DN entrevistou Moore no Festival de Veneza, em Setembro, onde o filme teve a sua antestreia mundial.

Qual é, precisamente, o tema deste seu novo filme, Capitalismo: Uma História de Amor?

Eu falo do sistema capitalista e tento relacionar a presente crise económica com certas irregularidades graves que foram cometidas, com a desregulação financeira, o fiasco da indústria automóvel americana, ultrapassada pela europeia e pela japonesa, a influência que a Goldman Sachs tem em Washington, a especulação com casas de pessoas que foram despejadas na Florida, o desemprego entre a classe operária etc. E analiso também os valores do capitalismo em relação à ética cristã, e concluo que são incompatíveis.

Mas o que é que o levou finalmente a fazer um filme sobre o capitalismo?

Há 20 anos, em Roger e Eu, o meu primeiro filme, mostrei e denunciei o que sucedeu quando a General Motors, a companhia mais poderosa do mundo, decidiu abandonar a minha cidade natal, Flint, no Michigan. Sou filho de um operário da indústria automóvel, e hoje, 20 anos depois, essa mesma empresa declarou falência. A crise hoje propagou-se a uma escala quase universal. E esta ameaça avança sem que ninguém a detenha.

Quem são, na sua opinião, os culpados deste estado de coisas?

São muitos. Wall Street, os bancos, o governo americano, o sistema, os dirigentes incompetentes, sem moral nem ética. Até que os mecanismos do poder mudem, as coisas irão de mal a pior. Não sou um especialista em economia, mas vejo o que acontece à minha volta. Há famílias que acabam a viver na rua porque não podem mais pagar as prestações das suas casas.

Barack Obama representa uma esperança de mudança?

Com Obama, terminaram oito anos de loucuras nos EUA. Tenho esperança e confiança no que ele fará, e tem um discurso ético de enaltecer. Mas estou preocupado que os Democratas possam começar a retirar-lhe apoio, e temo sobretudo a influência que a Goldman Sachs poderá ter sobre este governo. Talvez o meu próximo filme seja sobre Barack Obama...

Você ataca o capitalismo mas os seus filmes têm lucrado e milhões de dólares. Não se terá tornado, sem querer, num pequeno capitalista?

Não me faça rir! Não comprei nenhum iate com os lucros dos meus filmes. Eu reinvesti sempre o dinheiro que ganhei com eles, para fazer outros. O sucesso não é uma questão ideológica.

Mesmo entre grupos liberais, de esquerda, e não só à direita, há resistências e críticas à forma agressiva com que você denuncia, nos seus documentários, os erros e as injustiças políticas, sociais e económicas dos EUA.

Mesmo antes de verem os meus filmes, as pessoas já têm uma certa resistência à minha figura, aos meus 140 quilos e ao meu hábito de usar um boné de basebol. Eu venho de uma cidade operária e falo como um homem da classe trabalhadora.

Quem são os seus espectadores?

Todos aqueles que não querem viver num mundo sem um sistema de saúde digno, onde cada pessoa pode ter uma arma de fogo e um presidente pode declarar guerra sabendo que está a mentir aos cidadãos.

Os movimentos educacionistas


by jc
http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/11/27/not_356658.php
Cristovam Buarque

Quando se pergunta como se explica a vergonha educacional numa das grandes potências econômicas do mundo, a resposta está na preferência brasileira pelo topo da sociedade, não pela base. Cuidamos mais das universidades do que do ensino de base.

Um exemplo é que a quase totalidade dos que defendem cotas raciais para ingresso na universidade não lutam pela abolição do analfabetismo, nem pelo aumento no número dos jovens negros que terminam o ensino médio. Outro exemplo é o Brasil se preocupar com ter apenas 13% dos jovens de 18 a 24 anos - a chamada idade universitária - cursando a universidade, sem considerar que pouco mais de um terço dos alunos que se matriculam na primeira série do ensino fundamental conseguem concluir o ensino médio. Hoje, o número de vagas para ingresso na universidade é de 2,8 milhões, maior do que o número dos que terminam o ensino médio, 1,8 milhão. Mas as mobilizações são pelo aumento de vagas na universidade, e não pela conclusão do ensino médio.

O resultado é uma universidade sem base: os alunos entram sem condições de seguir plenamente o curso que escolheram e sem a base complementar ao conhecimento específico de seu curso. As universidades sofrem um dilema: ficar com vagas ociosas ou ter alunos incapazes de seguir plenamente o curso. O ensino médio sem qualidade puxa a qualidade do Ensino Superior para baixo.

A grande fraude do Enem - que serviria como vestibular - não foi o vazamento das provas, está nos resultados do Enem que avalia a qualidade do ensino médio no Brasil. Termos notas tão baixas no Enem é uma fraude maior do que o roubo das provas do exame. E é importante lembrar que essas notas medem somente o desempenho dos alunos que concluem o ensino médio, sem considerar os que ficam para trás. A fraude das fraudes é termos quase dois terços das nossas crianças e jovens sem conseguir completar o ensino médio. A maior fraude não está na ilegalidade da quebra do sigilo das provas, mas no péssimo desempenho dos que passam pelo Enem. E entre os que concluíram, poucos receberam educação básica com qualidade. Quase universalizamos as matrículas nas primeiras séries do ensino fundamental, mas desprezamos a presença, a permanência e o aprendizado até o final do ensino médio.

Mas esta grande fraude - a exclusão dos jovens e as baixas notas do Enem - não importava para a opinião pública, até que ela ameaçou a lisura da seleção para entrar na universidade. Enquanto o Enem não estava vinculado ao vestibular, a grande fraude era invisível.

Se a solução para a fraude menor está em melhorar a preparação das provas, incluindo o sigilo, a fraude maior só será superada com uma revolução na educação de base. Entre as ações necessárias, estão a criação de uma carreira nacional do magistério e a execução de um programa federal que assegure horário integral a todas as escolas, com professores bem formados, dedicados, bem remunerados e com acesso aos mais modernos equipamentos. Os professores seriam selecionados em concursos federais e teriam salários pagos pelo governo Federal. A qualificação das edificações e dos equipamentos seria financiada e fiscalizada com recursos federais.

Felizmente, a sociedade começa a despertar: o movimento Todos pela Educação reúne empresários, o Pacto pela Educação, promovido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) reúne cientistas, o Movimento Nacional pela Educação reúne os maçons, o Movimento Educacionista reúne principalmente os jovens. São movimentos de um Movimento.

» Cristovam Buarque é professor da Universidade de Brasília e senador pelo PDT/DF

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Brasil: Barack Obama escreveu a Lula

Brasil: Barack Obama escreveu a Lula a explicar política externa norte-americana

Hoje D NOTICIAS PT

Brasília, 25 Nov (Lusa) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou uma carta ao seu homólogo brasileiro, Luiz Inacio Lula da Silva, sobre questões da política externa norte-americana, nomeadamente em relação ao Irão, segundo Brasília.

Na carta, recebida no domingo, véspera do início da visita a Brasília do dirigente iraniano Mahmud Ahmadinejad, Obama "explica a sua visão sobre diversos aspectos da sua política exterior, no que diz respeito à Ronda de Doha, à cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas, à situação nas Honduras e às relações com o Irão", referiu à AFP fonte do Palácio do Planalto.

Obama "não faz nenhuma proposta" específica na missiva de duas páginas e meia e refere que teria preferido estabelecer um contacto telefónico directo com Lula para debater estes assuntos, alegando não ter encontrado espaço na sua agenda para o fazer.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

JORNADA SOBRE MICHEL FOUCAULT BUENOS AIRES 26 E 27 DE NOVEMBRO

Jornadas Internacionales

Michel Foucault:

Subjetividad, poder-saber, verdad

Buenos Aires, Jueves 26 y Viernes 27 de noviembre de 2009

Lugar: Sala Juan L. Ortiz de la Biblioteca Nacional (3º piso)
Agüero 2502. Ciudad Autónoma de Buenos Aires


Programa de actividades

Jueves 26

09.30 hs. Acreditación

10.00- 10.15 hs. Conferencia de apertura.
Marcelo Raffin, Lo humano en Foucault: de la analítica de la finitud a las formas del hombre.

10.15-11.15 hs.: Mesa 1
Coordinador: Taccetta, Natalia
- Langer, Eduardo; Las resistencias desde Foucault: prácticas de estudiantes en escuelas secundarias como posibilidades pedagógicas productivas.
- Amuchástegui, Rodrigo; Perspectivas de la problemática político-espacial derivadas del pensamiento de Michel Foucault: el territorio, la ciudad y la casa.
- Taccetta, Natalia; La dimensión biopolítica del arte. En torno a las fotografías de Gabriela Liffschitz.
- Fleisner, Paula y Giannoni, María; Niño costurera, niña carpintero. Usos políticos del placer y la libertad foucaultianos.

11.30-12.30 hs.: Mesa 2
Coordinador: Graciela Pozzi
- Blengino, Luis; Foucault y lo político: El pueblo como figura de la resistencia política.
- Pérez Ramos, Carlos y Sánchez, Diego; Verdad, Sujeto y Resistencia: La parresía como el real de la filosofía en relación con la política.
- Bianchi, Eugenia; Investigar à la Foucault: algunas particularidades teórico-metodológicas vinculadas al estudio del ADHD (Déficit de Atención con Hiperactividad) desde una perspectiva foucaultiana.
- Pozzi, Graciela; La construcción de una cesura como forma de regulación y control social.

12.45-13.45 hs.: Mesa 3
Coordinador: Borovinsky, Tomás
- Ruffini, Matías; El límite de nuestro pensamiento.
- Giomi, Karina; La pregunta por el presente desde la discontinuidad de la vida.
- Mora, Claudia; Ontología y genealogía.
- de la Iglesia, Matilde, Melera, Gustavo y Silvestre, Leonor; El sueño de la razón engendra monstruos: biopolítica del clítoris en la Buenos Aires del 50/60.
- Borovinsky, Tomás; Biopolítica y poshistoria en la obra de Peter Sloterdijk: Foucault y Kojève.

14.00-15.00 hs.: Mesa 4
Coordinador: Mathov, Nicolás
- Alesio, David; La biopolítica foucaultiana: desde el discurso de la guerra hacía el concepto de gubernamentaldiad.
- Esteves, Ricardo; Hacia un análisis del discurso arqueológico.
- Iriart, Mariano; La historia de las problematizaciones.
- Mathov, Nicolás; La vida es aquello que es capaz de error.

15.15-16.00 hs.: Conferencia
Emmanuel Péhau, Lo intolerable o ¿qué puede ir a hacer un filósofo a una prisión?

16.15-17.15 hs.: Mesa 5
Coordinador: Heffes, Omar
- García, Lila; Libertad y control migratorio: el desorden estratégico y la disciplina sobre el migrante.
- Emmanuele, Elsa; Michel Foucault y Jacques Lacan. Retórica de lo verosímil.
- García Fanlo, Luis; Los sistemas prácticos de la argentinidad.
- Cantisani, Alejandro; Rebelión en la granja. Reflexiones sobre la cuestión humana.

17.30-18.30 hs.: Mesa 6
Coordinador: Beresñak, Fernando
- Mauer, Manuel; La vida, la muerte, el hombre. Antes de Bergson: Bichat.
- Gallego, Fernando; Aproximaciones foucaultianas a la epistemología: saber, poder y verdad.
- Cappelletti, Andrés; M. Foucault y el Psicoanálisis.
- Beresñak, Fernando; El proyecto foucaultiano bajo la óptica de la noción de origen.

18.45-19.30 hs.: Conferencia
Edgardo Castro, Fuentes medievales del pensamiento de Foucault

19.45-20.45 hs.: Mesa 7
Coordinador: Fleisner, Paula
- Bagedelli, Pablo; Orígenes de la biopolítica: Las reflexiones sobre cristianismo de Michel Foucault y Hannah Arendt.
- Martínez, Laureano; Gobierno de la población y producción de subjetividad. Las potencialidades analíticas de la gubernamentalidad.
- Podestá, Beatriz; Una genealogía del saber-poder médico.
- Ayala, Soledad, Colacrai; Pablo, Manchado, Mauricio, Oittana, Leonardo, De asesinos y herejes: discursos, verdad y subjetividades infames. Los casos de Pierre Riviere y Menocchio.


Viernes 27

10.00-11.00 hs.: Mesa 8
Coordinador: Riera, Ramiro
- Rigotti, Sebastián; Sociedades de Soberanía, de Disciplina, de Seguridad y de Control. Un repaso de las categorías de Michel Foucault y Gilles Deleuze.
- Solari, Paz; Una mirada antropológica de la infancia abandonada en el Río de La Plata.
- Ancín, Jimena Sol, Marques Belardinelli, Nathaly, Morresi Zulema Rosa y Veliz, Viviana; Las cosas del pensar.
- Cabrera, Mónica; Soberanía y/o biopolítica: la operación Agamben.

11.15-12.00 hs.: Conferencia
Felisa Santos, Todos somos neokantianos

12.15-13.15. hs.: Mesa 9
Coordinador: Pagotto, Maria Alejandra
- Giavedoni, José; Campana, Melisa, Ginga, Luciana, Tombolini, Anabel, Manfredi, Pablo y Brizuela, Florencia; La sociedad civil en el pensamiento político contemporáneo.
- Krentz Millar, Carlos y Leyes, Esteban; Lectura y escritura: La fundación del límite.
- Swiec, Pablo; La argentinidad como un régimen de verdad. Una mirada desde el cine.
- Rodríguez Alberti, Martín; Disciplina y orden explicador.
- López, Crisitna; De la filosofía como política de la verdad: sobre el vínculo poder-saber en la genealogía del liberalismo de M. Foucault.

13.30-14.30. hs.: Mesa 10
Coordinador: Melo, Adrian
- Ambrosio, Aldo y Cordeiro de Vasconcelos, Paulo; Gobernamentalidade neoliberal: disciplina, biopolítica e empresariamento da vida.

- Melo, Adrian; Sexo, burguesia y racismo en las ficciones argentinas del siglo XIX.
- Emiliozzi, Valeria; El cuerpo em Michel Foucault: disciplinas, biopolítica, gubernamentalidad.
- Molina Derteano, Pablo; Lo primero es La família. Atajos alternativos a La constitución de La família nuclear em El curso Del ciclo lectivo 1974-75: Inglaterra y El surgimiento de La política social.

14.45-15.45 hs.: Mesa 11
Coordinador: Telma, Mariasch
- Chumbita, Joan; El domicilio de los intolerables. El análisis foucaultiano de la prisión para una crítica revisión de la noción de tolerancia.
- Karczmarczyk, Pedro y Rodríguez, Norma; Crítica, ideología y Aufklärung según Michel Foucault.
- Aczel, Ilona; La debilidad: la construcción cultural del cuerpo femenino.
- Zangaro, Marcela; Trabajo y subjetividad: el management como dispositivo de gobierno.

16.00-17.00. hs.: Mesa 12
Coordinador: Taub, Emmanuel
- Laus, Ivonne; Actualización de la pobreza.
- Ferragutti, Guillermo; Distribuir a distancia. Hacia una analítica de las nuevas formas de distribución de los cuerpos.
- Ferreyra, Julián; La biopolítica como mantenimiento de la relación capitalista dy / dx.
- Germani, Marisa; Medicalización: desplazamiento/acoplamiento de lo jurídico y lo biológico.

17.15-18.15 hs.: Mesa 13
Coordinador: Heffes, Omar
- Joanilho, Andre Luiz y Peccioli Galli Joanilho, Mariangela; História e discurso em Michel Foucault.
- Repossi, Mariano; Sadismo versus Masoquismo. La diferencia política entre Foucault y Deleuze.
- Di Giulio Nicola Soldano; Aspetti di un nuovo dispositivo di disciplinamento: l’ Università europea dopo il Processo di Bologna. Prospettive foucaultiane sui nuovi processi di veridiazione.
- Noto de Souza, Carolina; O discurso foucaultiano entre o científico e a ética.

18.30-19.30 hs.: Mesa 14
Coordinador: Mathov, Nicolás
- Vallejo, Mauro y Vitalich Sallán, Pablo; Michel Foucault y el psicoanálisis. Análisis de Los “testimonios del pase” a la luz del concepto de prácticas de subjetivación.
- Beatriz García, Verónica; Comunicación y dispositivos de poder – saber. Exploración de problemas que permitan echar luz sobre las características de regímenes de decibilidad y visibilidad locales; El sistema de correccional de mujeres.
- Scott, Sonya; Reading subjectivity in Foucault’s Order of Things: The emergence of the economist as subject.
- Sferco, Senda Inés; Una experiencia del tiempo discontinua: la irrupción disruptiva de “Kairos” y el acontecimiento.

19.45-20.30 hs.: Conferencia
Fabián Ludueña Romandini, Michel Foucault y el problema de la vida filosófica en el mundo (tardo)-antiguo.

20.40 hs.: Cierre de las Jornadas a cargo de Marcelo Raffin.

COMITÉ DE ORGANIZACIÓN DE LAS JORNADAS FOUCAULT:
Heffes, Omar
Pagotto, María Alejandra
Pozzi, Graciela
Taccetta, Natalia

Publicado por jornadasfoucault2009 en 12:15 0 comentarios
domingo 27 de septiembre de 2009
Jornadas internacionales Michel Foucault

Jornadas Internacionales


Michel Foucault:

Subjetividad, poder-saber, verdad


organiza:


Proyecto UBACyT S821

Cátedra de Filosofía Titular: Marcelo Raffin

Facultad de Ciencias Sociales - Instituto Gino Germani

Universidad de Buenos Aires


Buenos Aires, 26 y 27 de noviembre de 2009


Fecha límite de presentación de resúmenes de ponencias: 1º de noviembre de 2009

Lugar: Sala Juan L. Ortiz de la Biblioteca Nacional (3º piso)

Agüero 2502. Ciudad Autónoma de Buenos Aires

4808-6000


Informes e inscripción:

jornadasfoucault2009@gmail.com

http://jornadasfoucault2009.blogspot.com


Presentación

La producción de Michel Foucault descuella en la escena del pensamiento contemporáneo. La lucidez, la originalidad y en especial, la relevancia de sus contribuciones, hacen de Foucault una referencia obligada en cualquier práctica intelectual y hasta podría decirse, política y profesional. Estas jornadas invitan a revisar esa producción a partir de tres ejes centrales que la informan y atraviesan: subjetividad, poder-saber y verdad. Los tres conforman las referencias cruzadas que van entrelazando las ideas-herramientas con las que Foucault ha ido desentrañando la lógica de un tiempo-espacio, que es el nuestro, el de la modernidad y probablemente también el de sus formas más recientes y, en particular, el de la construcción de ciertas formas humanas y de la verdad vía prácticas y dispositivos de poder-saber. Es entonces en esta clave que invitamos a debatir y discutir su producción a fin de practicar su análisis, comprensión y eventual uso como herramientas teórico-prácticas.


Las actividades incluirán conferencias y presentaciones de trabajos que se desarrollarán entre las 10.00-13.30 hs. y las 15.00-21.00 hs.


Inscripciones y participación

Se recibirán resúmenes de ponencias hasta el 1º de noviembre de 2009. Los resúmenes serán de hasta 500 palabras y deberán indicar título, pertenencia institucional y dirección de correo electrónico.

Los trabajos definitivos deberán contener hasta 3.500 palabras y ser presentados en un máximo de 15 minutos.

Idiomas para la presentación de trabajos: castellano, portugués, inglés, francés e italiano.


Modalidades y aranceles de inscripción

- Ponentes:

Estudiantes: gratis

Graduados: $ 100

- Asistentes:

Estudiantes: gratis

Graduados: $ 50


El pago de aranceles, tanto de ponentes como de asistentes, se realizará únicamente mediante depósito bancario en forma previa a la realización del evento. Los datos de la cuenta bancaria serán comunicados vía e-mail (jornadasfoucault2009@gmail.com).


Se extenderán certificados. A los efectos de la entrega de los certificados, será necesario presentar la constancia del depósito bancario en concepto de inscripción al evento para aquellos que no estén eximidos del pago.