REDES

segunda-feira, 11 de março de 2019

As elites brasileiras perpetuaram a moral patriarcal e o ideal patriótico colonial



Articulista Maria Medeiros. / Arquivo Pessoal por   https://bit.ly/2J0ZwcH

Brasil de Fato- 
https://bit.ly/2J0ZwcH- nos brinda, oferece com as palavras de Maria Medeiros um olhar sobre o conservadorismo de um Brasil ferido com golpes, mas resistindo como provam as ruas e a voz de Maria, que se somem muito mais, para solaparmos o  fascismo hipócrita, bastardo dos eleitores do Sr .Bolsonaro e seu desgoverno.
Paulo Vasconcelos



Resistir ao ódio e construir Democracia no Brasil 

Apesar do governo Bolsonaro (PSL) e do golpismo, LGBT's resistem

Brasil de Fato | João Pessoa (PB)
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As elites brasileiras perpetuaram a moral patriarcal e o ideal patriótico colonial como forma de fazer política no Brasil, de maneira que os projetos de nação que foram impostos ao país por estes grupos, formados por latifundiários, banqueiros e grandes empresários, sempre prezaram pela exclusão sistemática do povo brasileiro do centro da nossa política.
As elites brasileiras sempre foram taxativas na defesa de um padrão de sociabilidade que garantisse a perpetuação de poder para estes grupos, e assim sendo, lutas históricas de grupos marginalizados da sociedade como mulheres, povos originários e LGBT’s sempre foram fortemente repreendidas por ideologias sustentadas em mitos e pânicos sociais como clichês homofóbicos do tipo: “planos da esquerda para a destruição da família” e “proteção às criancinhas indefesas contra os comunistas e a gays”.
Apesar de as elites brasileiras sempre intervirem contra a vida de LGBT’s, o tempo presente revela demandas específicas, como aponta o escritor e jornalista brasileiro João Silvério Trevisan, demandas que não podem ser negligenciadas quando pensamos a atual conjuntura política do Brasil, onde o ódio cada vez mais se institucionaliza como política de estado, o ridículo político e a retirada de direitos tomam lugar de políticas públicas eficientes para o nosso povo.
Trevisan nos alerta que a partir do final do século XX, o vácuo político-ideológico, a crise do capitalismo e a intensificação do surgimento de credos religiosos institucionalizados, alinhadas ao pensamento neoliberal, expressas em ideias como a teologia da prosperidade e a renovação carismática católica, possibilitaram o surgimento de um cenário de ódio e novas cruzadas morais.
As identidades de gênero e orientações sexuais desviantes da norma, bem como a luta pelos direitos reprodutivos das mulheres se tornaram alvo fácil de um novo fundamentalismo político-empresarial que, segundo Trevisan, as tornou bode expiatório da generalizada crise de esgotamento moral, e assim, uniu bancadas políticas de diferentes polos de atuação como evangélicos, ruralistas e católicos contra a suposta decadência moral.
A consolidação deste cenário fantasmagórico de combate à “decadência moral” forjado pela direita para tentar desviar a atenção da forma cruel como as mazelas sociais realmente são produzidas pelo estado avançado do capitalismo, onde diversos setores do conservadorismo brasileiro se mobilizaram, foi o que viabilizou o surgimento e a permanência, no seio da política brasileira, de políticos do tipo do atual presidente da república, Jair Bolsonaro.
A trajetória política medíocre marcada por atuação escassa em 27 anos de vida parlamentar de Bolsonaro fizeram, do próprio, apenas um propagandeador de jargões sensacionalistas contra as vidas e liberdades de mulheres, LGBT’s e povo negro, além de entusiasta melancólico da ditadura militar e do seu legado de miséria para o povo brasileiro. Exemplo clássico do entulho político da direita militarista brasileira, que sobrevive de forma parasitária aos tabus nacionais.
O projeto de ultra-direita que Bolsonaro representa não apresenta saldo político consistente nenhum para a vida do povo brasileiro, mesmo assim, tem protagonizado processos significativos nos últimos anos, processos como o golpe de estado que retirou Dilma Roussef, a primeira mulher eleita presidente da república de seu cargo, a prisão política do Lula, líder mais popular da história do Brasil e a consequente vitória em uma eleição com fortes indícios de fraude como foi a de 2018.
Apesar de não apresentar soluções e melhorias para a vida da maioria do povo, é notável o uso do pânico moral em todos estes processos, como por exemplo, a forte carga machista que sustentou o golpe contra o governo Dilma, onde setores da grande mídia buscaram a todo custo construir a imagem da presidente como descontrolada e histérica, ou ainda a complexa rede de fake news envolvendo a candidatura de Fernando Haddad e Manuela d'Ávila, que centravam-se especificamente sobre questões de gênero e sexualidade como a farsa do Kit Gay e do ensino de sexualidade nas escolas.
A mobilização do pânico social contra a vida e os corpos de pessoas LGBT’s gerou traumas inenarráveis para esta população, traumas que implicam diretamente na inviabilização das vidas destes sujeitos, pois o país ostenta o vergonhoso título de maior número de assassinatos no mundo. Além de que, serviços básicos necessários a existência humana lhes são negados.
Para se ter uma ideia, segundo pesquisa realizada pela Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), estima-se que o país concentre 82% de evasão escolar de travestis e transexuais, fato que justifica a prostituição compulsória que assola cerca de 90% das travestis e mulheres trans brasileiras, dada a exclusão no mercado de trabalho formal por falta de qualificação profissional e pela transfobia constante.
Diante da realidade destes fatos somos levados a pensar sobre a relevância da discussão em torno de assuntos como gênero, identidade de gênero, sexo e sexualidade para a política brasileira, caso queiramos construir alternativas que realmente tenham eficiência para a melhoria de vida de toda a classe trabalhadora, em sua multiplicidade de existências. Assim sendo, voltar o olhar para a construção de resistência de movimentos que agiram em contrapartida aos ataques dos últimos governos que tomaram o poder no Brasil, é um exercício de esperança e aspiração de dignidade por todos que acreditam na democracia.
A primavera feminista que em 2015 respondeu nas ruas ao projeto nefasto do então deputado Eduardo Cunha, que procurava enrijecer ainda mais as possibilidades de aborto no Brasil, mesmo em caso de estupro e anencefalia do feto; as mobilizações pelo “Ele Não”, que levaram milhões às ruas e avenidas brasileiras em defesa da democracia e contra o machismo, o racismo e a lgbtfobia que Bolsonaro representa; a forte mobilização nas redes sociais são exemplos de como o retrocesso encontrará forte resistência que apenas o povo organizado pode promover.
Apesar do governo Bolsonaro e do circo de horrores que o seu ministério representa, a resistência está sendo construída. Em apenas um mês de governo escândalos de corrupção e a evidente ineficiência da atual gestão, que tem constrangido o Brasil diante do mundo, revelam o contraste com o que pode ser o nosso país, quando priorizamos valores democráticos como o direito à vida e segurança para todas as pessoas. Está claro que a resposta está nas ruas, está na força e no afeto de cada brasileira e brasileiro que clama à vida e à educação ao invés da violência e da política de morte.


*Maria Medeiros, graduanda em Letras- UFPB
Edição: Heloisa de Sousa

quinta-feira, 7 de março de 2019

O afastamento do jogo democrático....Bolsonaro e as redes: a mentira e a manipulação sem intermediários


por REDEBRASILATUAL  https://bit.ly/2tTrXip


Capturas do Facebook

A lucidez  de um professor -raro - da ECA-Escola de Comunicações  e artes USP-trazendo-nos seu artigo da Revista  RedeBrasilAtual- https://bit.ly/2tTrXip

Laurindo Lalo Leal Filho
20 h
Bolsonaro e as redes: a mentira e a manipulação sem intermediários

Nos anos 1930 um cabo austríaco falava às massas sem intermediários. Usava o rádio e a praça pública. Hoje um capitão reformado brasileiro faz o mesmo usando as redes sociais. Mudam os meios mas os fins são semelhantes.
O afastamento do jogo democrático das chamadas associações intermediárias, como partidos e sindicatos, é típica de governos autoritários. Projetos e propostas políticas deixam de ser debatidas e refinadas através da sociedade organizada para serem impostas à vontade popular através da voz solitária do líder, tendo como sustentação apelos emocionais e demagógicos.
Incapacitado por sua débil oratória e rasa cultura, o pretenso líder brasileiro viu cair aos seus pés uma tecnologia que dispensa ideias mais elaboradas. Uma ou duas frases, muitas vezes capengas, são suficientes para atingir grandes platéias virtuais, já adestradas para esse tipo de comunicação. Infelizmente o entendimento de textos mais elaborados está fora do alcance da maioria dos brasileiros.
A eficiência das redes ficou provada durante o processo eleitoral. Alguns dias antes do pleito robôs despejaram milhões de mensagens contra candidatos progressistas. Além da disputa presidencial foram deturpadas diversas campanhas para os legislativos. Exemplos significativos foram as derrotas de Eduardo Suplicy, em São Paulo e Dilma Rousseff, em Minas, candidatos ao Senado que apareciam até às vésperas das eleições como francos favoritos. O mesmo aconteceu, em sentido inverso, com desconhecido candidato eleito para o governo do Rio.
Foi a fase aguda da comunicação eleitoral. A dúvida agora é saber se de aguda passará à crônica, juntando-se aos meios tradicionais. Desde sempre esses meios oferecem ao público doses diárias de informações cujo efeito cumulativo é semelhante ao dos remédios de uso contínuo. Permanecem indefinidamente no organismo.
É assim com a criminalização diária da política, da exacerbação da violência através dos programas policialescos e a imposição de regras morais conservadoras pelos canais e programas religiosos onipresentes no rádio e na televisão. São vidas inteiras contaminadas por esses produtos sem nenhuma fiscalização.
Há momentos em que alguns veículos aumentam a dosagem de suas drogas. Um dos casos mais evidentes é o do surgimento e consolidação dos movimentos de extrema direita. O Movimento Brasil Livre (MBL) e seus lideres tornaram-se protagonistas da cena política graças à mídia tradicional que buscava, de qualquer forma, algum movimento de rua capaz de servir de contraponto às tradicionais ações desse tipo, conduzidas pela esquerda.
Dessa forma pequenos grupos de dez ou vinte pessoas segurando a bandeira nacional, pedindo o impeachment da presidenta ou a “intervenção militar democrática” viravam notícia de destaque. Alguns dos seus integrantes tornaram-se populares obtendo expressivas votações no último pleito.
O exemplo mais significativo desse processo de ampliação de poder dos grupos de extrema direita, realizado pela mídia tradicional, deu-se no sábado que antecedeu o primeiro turno das eleições presidências. Naquele dia aconteceu um movimento de massa nacional comparável apenas com os comícios pela Diretas-Já, na década de 1980. Foi o “Ele Não”, responsável por colocar nas ruas milhares de pessoas nas principais cidades do pais.
A TV Globo além de não anunciar esses eventos, como fazia quando era para derrubar a presidenta Dilma, os minimizou com uma cobertura minguada e distorcida. Tentou exibir um equilíbrio que só é lembrado nessas horas, indo atrás de reduzidos grupos de manifestantes favoráveis ao candidato direitista. Comparou o incomparável, abrindo espaços iguais para acontecimentos desiguais.
Ainda assim o sucesso do “Ele Não” assustou seus adversários. A partir dai o bombardeio através do WhatsApp ganhou proporções nunca vistas por aqui e acabou decidindo as eleições. Tornou-se o grande cabo eleitoral do candidato vencedor que agora aposta nele como forma de apoio e sustentação ao seu governo. Resta saber se dará certo.
Uma coisa são as descargas de mensagens fantasiosas concentradas em poucos dias apelando para uma decisão eleitoral. Outra será a necessidade de explicar acusações de corrupção ou de justificar mais reduções de direitos trabalhistas todos os dias.
O WhastApp passará por um duro e inédito teste no Brasil. Estará diante do desafio de se integrar ao conjunto dos meios de comunicação tradicionais, operadores de lentas e constantes ações crônicas de persuasão política ou ficará restrito ao que até agora mostrou, um remédio eficaz apenas para situações agudas.
Muito do nosso futuro depende dessa resposta.

quarta-feira, 6 de março de 2019

A CIDADE :UM POEMA QUE EVOCA A TERRA DE VOLUMES SIMPLES -Mailson Furtado Viana

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...
da cidade
eu não lembro

são duas a cada ano
uma verde
outra cinza
um livro de poemas
que dia é
noutro não é

da cidade
eu não lembro
é uma fotografia
que nunca é a mesma
uma hoje
outra amanhã eu fui
noutra década




Um homem brasileiro, nordestino – do interior –, mesmo em pleno século XXI, está entre os melhores poetas do brasil, segundo o prêmio Jabuti 2018 com a obra A Cidade – 2017, Ed. Independente. Destaco isto, origem do autor como do Nordeste, pois está segredado nas tramas das corporações livreiras e editoriais um certo preconceito contra os nordestinos, salvo aqueles que dão lucro, muito lucro, ou já possuem nome ou usam estratégias para fazê-los.

Mailson Furtado Viana, 27 anos, odontologista, nascido em Varjota, cidade do Ceará, mesorregião cearense. Vindo de família simples, classe média, foi reconhecido como o melhor poeta na edição do Prêmio Jabuti. Outras obras já estavam em circulação, como Sortimento (2012), Conto a Conto (2013) e Versos Pingados (2014).

Em mais de cinquenta anos, senão mais, o Jabuti não concedeu prêmios a publicação de autores independentes. O poeta de A Cidade escreveu, diagramou, ilustrou – da capa ao miolo, diga-se muito bem, simples e rica, sem maiores arabescos inúteis. Boa colaboração de Renancio C. Monte nas ilustrações ou tratativas.

O livro A Cidade é um único poema dividido em 4 partes presente, pretérito, pretérito mais que perfeito, com notas do próprio autor, tipo um apêndice e mais um posfácio, A cidade pelo arquivo dos pé aliás, título excelente por Dercio Braúna.

Em que pese sua formação na área da saúde o poeta sempre subiu nos galhos das árvores da poesia e sussurrou seu cantar qual ave assovieira que pulula para sentir novo acordes do vento e dizê-los também.

A Cidade é um grande poema, pela simplicidade e complexidade ao atingir o cenário do que chamo de “simples”, seus objetos, fatos de uma cidade, especificadamente do interior do Brasil, mas que tem seus intestinos iguais a muitas outras.

Não sei o porquê, seu poema me relembra a estrutura deslocadora de o Cão sem Plumas de João Cabral de Melo Neto, e só isto. Do mesmo modo, a catação de fonemas e estruturas de Zelins do Rego ou as peraltices de Manoel de Barros. Em nada o diminui, assim penso, ao inverso, fermenta-o. Quem ler se mela no que ler e exerce suas estruturas, nada mais rico!

Os cheiros untados nos vocábulos escolhidos do poema esparramam-se, dando roupagem nova ao verso. Seu álibi, a cidade, é apenas invólucro para uma antropologia densa, poética. O Homem é sua voltagem maior, sua caneca de matar sede.

eu me invado/em pitadas de saudades/do jardim de infância na tia cleide/do passeio domingo à tarde nas estradas do sombrio/do banho na beira do rio depois da aula/da escalada na barragem paulo sarasate/das traquinagens no quintal do vizinho/do roubo de tamarindos no caminho de casa/....
eu me invado/dentro de mim/a cidade me invade...

O poeta desliza por entre protocolos lexicais simples que radiografam o Brasil e por vezes o sintetiza como numa fotografia, ou o congela em poucos linhas e palavras construindo monumentos fatais, como assim:

eu me invado
dentro de mim
a cidade me invade

quando criança
minha cabeça barulhava
em não entender meu sangue
em não entender por que não tinha parentes na beira da esquina como metade da sala tinha

donde eu era

donde eu vinha (pag 55)


Mailson Furtado é um nome que pula alto no universo da poesia contemporânea. Peço que não corra, mesmo diante do espocamento bom de sua obra. A poesia vem de veneta e trabalho dos ventos da cabeça e das visagens do delírio. 







quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

... impedimento dos atuais governantes de uma república por eles deprimida e a imediata convocação de novas eleições presidenciais


Prof. Dr. Luiz Benedicto Lacerda Orlandi* por youtube


Através da  Captura do Facebook em Prof Dr.Aldo Ambrózio, assim ele flagra Dr.Orlandi a se pronunciar...Leiam, muito interessante e oportuno  nos dias que se seguem




Diante das manobras cada vez mais atrapalhadas deste desgoverno é bom ler as sábias e prudentes palavras do meu caro mestre Prof. Dr. Luiz Benedicto Lacerda Orlandi:
“Estou pensando a respeito da minha participação neste agrupamento de amigos-no-face. É claro que tenho amigos não presentes nesse agrupamento e é também claro que a grande maioria dos participantes deste agrupamento não se liga a mim por outras variedades de laços de amizade. Pois bem, é a essa grande maioria que costumo me dirigir quando meu tempo de trabalho me permite revelar uma das facetas do que "ando pensando". A faceta que domina o que aqui busco revelar mais constantemente é a das minhas momentâneas preocupações políticas. Ao revelar minhas preocupações políticas, faço-o sem qualquer pretensão de guiar a opinião de eventuais leitores. O que busco fazer é apenas salientar este ou aquele ponto de vista como provável merecedor de alguma atenção.
Pois bem, o que hoje desejo salientar é muito simples: sem prejudicar a alegre vontade que se nota nos mais variados mutirões de lutas democráticas -- seja entre as pessoas que asseguram as ressonâncias do Lula-livre, seja nos blogues e publicações que animam as análises críticas da atual e desastrosa ocupação de poderes da república -- penso que há também uma outra tecla a ser dedilhada com insistência e até voluptuosidade.
Que tecla seria essa? Que tecla passou a merecer nossa prazerosa repetição? Sem estardalhaço, sem os sons das panelas e com esperta delicadeza, essa tecla começa com uma atenção e se completa num pedido tipo leve incitação. Trata-se de conversar calmamente, a cada encontro casual, com um eleitor ou eleitora dos ditos-cujos, os ditos sujos que hoje estragam a vida, que estragam a ideia de justiça social, que estragam a governança e se aproveitam da miséria alheia... trata-se de conversar calmamente com tais eleitores e eleitoras e obter deles e delas a revelação de uma vontade que pode estar crescendo nessas pessoas, a imensa vontade de corrigir o que ajudaram a acontecer, a sábia e esperta vontade de anular a eleição desastrosa, a vontade de impor novas eleições sem a presença dos ditos cujos e sujos.
A tecla a ser dedilhada implica, portanto, o impedimento dos atuais governantes de uma república por eles deprimida e a imediata convocação de novas eleições presidenciais. Eis a simplicidade da tecla: que os responsáveis pela eleição dessa gente desastrosa liderem a luta por novas e imediatas eleições sem a presença dos rastros dessa mesma gente. O paradoxo dessa tecla chega a ser sublime: pacificação política obtida com destituição dos governantes, mas destituição liderada pelos que os elegeram. Tecla da autocrítica. Abraços d'Orl.”


*Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1964), mestrado em Linguística Geral (Poética) pela Université de Besançon - França (1970) e doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (1974). Atualmente é professor assistente da Universidade Estadual de Campinas, professor assistente doutor da Universidade Estadual de Campinas, professor doutor da Universidade Estadual de Campinas, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professor titular da Universidade Estadual de Campinas, professor colaborador voluntário da Universidade Estadual de Campinas e professor doutor da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia, deleuze, subjetividade, corpo. (Fonte: Currículo Lattes)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

MÍDIA HEGEMÔNICA MENTE E CAUSA DESUNIÃO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE









Como dizia  o poeta : "somos muitos Severinos , iguais em tudo ..."J Cabral , assim somos nós Latino Americanos mas sem nenhuma consciência de sermos irmãos e ignorantes diante da geopolítica da América Latina e o Caribe.

Sofremos intervenções ideológicas face a mídia que não veicula nos seus telejornais nada sobre nossos povos.Vivemos numa alienação total. Mal sabemos do Brasil no norte  e nordeste especialmente.

Nao se fala em Acre Roraima, Rondônia, nao conhecemos nossas fronteiras especialemnte em São Paulo, Rio e Minas. Em São Paulo os bolivianos ultrapassam os emigrantes do Japão, mas nao sabemos disto.Estão nas costuras de  roupas ou nas ruas, ou em suas feiras.

A Periferia desses grandes centros desconhecem nossa unidade histórica e crises pela qual passamos e estamos a passar, como agora na Venezuela.

A exemplo de Roraima que é abastecida por luz vinda da Venezuela.Nosso gás é boliviano em grande quantidade.Consumimos bananas do Paraguai, mas o desconhecemos totalmente, inclusive  a mentira da Guerra do Paraguai, que na verdade foi a guerra da tríplice Aliança- Paraguai, Brasil e Argentina.
O Duque de Caxias um covarde junto a D.Pedro II que patrocinou uma carnificina junto a população do Paraguai, mandando negros e milícias dos Bandeirantes no século XIX para a dita guerra.

Falamos um multilinguismo e o desconhecemos.Não reconhecemos nossas influencias guaranis, nem tampouco de outras etnias hispânicas.

Gaguejamos o INGRÊS- SIM INGRÊS, mal falado e adotamos hábitos de consumos dos americanos como verdadeiros robôs idiotas.

Não se entende o espanhol, alguns poucos falam um PORTUNHOL, ao menos, mas a grande massa mal sabe dizer GRACIAS etc.

Crias-se mentiras -fake news, face a ignorância de um povo ou uma maldade espalhada pela Mídia.
Hoje nos voltamos às costas contra o  caso da Venezuela, parceira em muitos produtos petrolíferos e minerais. Temos uma populacao Brasileira morando na Venezuela maior que que venezuelanos aqui , todavia desconhecemos.
Como nos lembra a Revista digital Forum:

"O Relatório Internacional de Migração de 2017, divulgado pelo Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (DECA, na sigla em inglês), registra mais brasileiros vivendo na Venezuela do que venezuelanos vivendo no Brasil. Os dados são em números absolutos.
De acordo com o relatório, 0,02% da população do país vizinho é formada por brasileiros, com 6.119 imigrantes do Brasil vivendo no país. Já o número de venezuelanos vivendo no Brasil é de 3.515 pessoas, cerca de 0,001% da população brasileira. Em relação ao total de venezuelanos, aproximadamente 0,01% moram no Brasil." ( https://bit.ly/2Xq5Z3V)
Precisamos estar unidos, nossa causa Latina e Caribenha; há que está em primeiro lugar. Vamos nos informar mais via web, falar  mais o espanhol língua de maior espalhamento em nosso continente e na Europa e até nos EUA.
Sugiro 2 emissoras multiestatais  focada na América Latina e Caribe, bem como,o Mundo:

TELESUR   https://bit.ly/2nrFrhN
HISPANTV  https://bit.ly/2tAfHTV