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segunda-feira, 16 de junho de 2008

Documentário mostra ação de pichadores em SP

Documentário mostra ação de pichadores em SP
Filme registra jovens escalando edifícios e desvenda seus códigos de conduta

Ainda sem título definido, documentário explica como a capital paulistana se tornou o "caderno de caligrafia" dos pichadores

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

A pichação é uma expressão artística ou um crime contra o patrimônio? A polêmica questão voltou a ser notícia na última quarta, 11 de junho, quando Rafael Augustaitiz, 24, aluno de artes visuais da Belas Artes, foi detido ao pichar, com amigos, muros e paredes da faculdade paulistana. Para Augustaitiz, o ato foi seu trabalho de conclusão de curso. Para a faculdade, foi vandalismo.
Discutir se a pichação é uma expressão artística ou um crime contra o patrimônio é o que faz um documentário que acaba de ser filmado em São Paulo.
Os diretores do filme (ainda sem título), os irmãos Roberto T. Oliveira e João Wainer -este último, fotógrafo da Folha-, negociam com distribuidoras o lançamento nos cinemas.
O documentário não apenas registra diversas ações de pichadores (ou "pixadores", como eles grafam), mas desvenda alguns dos códigos de conduta.
Inscrições e desenhos, que para muitos não passam de rabiscos sem sentido, possuem significado próprio entre as turmas de pichadores.
Por exemplo, há várias categorias (ou modalidades) de pichação. "Agenda" é aquela feita em muros baixos; na "janela", pintam-se os espaços entre as janelas de um edifício; a "escalada" é a mais "nobre" (e a mais perigosa): transportando latas de spray em mochilas, os pichadores escalam edifícios para carimbar o topo dos prédios.

Caderno de caligrafia
"São Paulo é como um caderno de caligrafia, e os muros e paredes da cidade são os espaços em branco que vão ser preenchidos pelos pichadores", explica um dos entrevistados no filme. "Meu "picho" está na pele de São Paulo", diz outro.
Ex-pichador, Djan, 24, é o fio condutor do documentário. Ele começou a pichar aos 12 anos. Hoje está parado; ganha a vida filmando ações de pichadores e vendendo DVDs em lojas do centro de São Paulo.
"Não basta rabiscar um muro para ser aceito entre os pichadores; é preciso conhecer quem é do meio, as turmas, fazer amizades", conta. Pichadores ignoram propositalmente as convenções de linguagem. "Criam regras próprias", diz Djan.
O que motiva um jovem a escalar um edifício para pintar seu nome e o de sua turma?
"A adrenalina, a superação", responde à Folha Diego, 22, que picha desde 2003. "Não temos o apoio de ninguém, nem da nossa família. É apenas pela adrenalina."
No filme, Gilberto Dimenstein, colunista da Folha, observa: "São pessoas invisíveis à sociedade. Não querem que a existência deles seja nula".

Estilo paulistano
Diferentemente do grafite, que tem uma preocupação estética, a pichação é feita com traços rudes, brutos, crus. É uma comunicação "fechada", que não tem a intenção de dialogar com a cidade.
A pichação praticada em São Paulo, com linhas elásticas, retas, formou um estilo próprio, que chama a atenção de especialistas de vários países.
"Em São Paulo, o estilo das letras é formalizado, quase como um alfabeto. Há uma conexão entre a pichação e os desenhos feitos em Nova York no final dos anos 1960", afirma a fotógrafa e escritora norte-americana Martha Cooper, que tem o grafite e as artes urbanas como focos de trabalho.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

CONTARDO CALLIGARIS Como contar a nossa história?

CONTARDO CALLIGARIS



UM INDIVÍDUO, aflito por não encontrar ninguém com quem tocar a vida, consulta um psicoterapeuta. O que pode fazer o terapeuta?
Nos anos 70, conheci um colega que abandonara sua prática para fundar uma agência matrimonial.
Ele estava tão preocupado em curar as dores da solidão urbana que distribuía seus horários de maneira a produzir encontros "acidentais", em sua sala de espera, entre pacientes que lhe pareciam "compatíveis". No fim, ele decidiu que tinha mais vocação casamenteira que terapêutica.
Provavelmente, meu colega se importava tanto com a felicidade amorosa dos outros porque, quando criança, ele não tinha sido razão suficiente para que seus pais continuassem se amando. Igual, o fato é que, mudando de profissão, ele conseguiu fazer algo interessante com seu sintoma -o que já é bom.
Seja como for, quando comecei minha formação de terapeuta, ensinaram-me que, antes de mais nada, era preciso que os pacientes "subjectivassem" seu problema. Ou seja, dito em palavras menos bárbaras, para que o trabalho terapêutico fosse eficiente, a gente deveria primeiro fazer com que os pacientes se convencessem de que suas dificuldades eram, ao menos em parte, internas. Portanto, um paciente que se queixasse de não encontrar companhia deveria ser encorajado a "internalizar" seu problema, ou seja, a contar sua história questionando o que haveria de "errado" NELE (falta de disponibilidade, avareza ao se entregar, covardia do desejo etc.). Aí, poderíamos ajudá-lo a mudar. "Internalizar" (e não fundar uma agência matrimonial) era, em suma, a atitude certa.
Outro exemplo, oposto. Um paciente consulta um terapeuta porque ele sofre de "depressão" ou de "déficit de atenção" -assim lhe foi dito pelo profissional que diagnosticou a doença e prescreveu a medicação. O dito paciente fala de "sua doença" como se ela fosse um atributo de seu ser, um traço defeituoso de sua identidade. Com isso, ele mal vai conseguir contar seus percalços: se o problema é tão intimamente ligado ao que ele é, que diferença sua história pode fazer?
Dessa vez, a atitude certa não seria ajudá-lo a procurar as origens de "sua doença" FORA de sua identidade, ou seja, a "externalizar" sua doença?
Nos anos 1990, li "Narrative Means to Therapeutic Ends" (meios narrativos para fins terapêuticos -ed. Norton), de David Epston e Michael White, terapeutas australianos. A obra me fez uma forte impressão, reavivada, nestes dias, pela notícia da morte de Michael White, aos 59 anos, e pela leitura do livro que ele publicou em 2007, "Maps of Narrative Practice" (mapas da prática narrativa - ed. Norton). Detalhe: há outro Michael White, escritor de romances e história da ciência - ele não morreu.
Epston e White eram convencidos de que a possibilidade de mudar nossa vida depende de nossa maneira de contá-la. Também, eles eram leitores cuidadosos de Michel Foucault e pensavam que tudo o que contribui à criação de uma identidade fixa é opressivo e repressivo. Uma estratégia narrativa e terapêutica que eles propunham consistia em evitar que o paciente considerasse sua doença ou seu problema como parte de sua identidade. Eles preferiam sempre levar o paciente a "externalizar", ou seja, a narrar suas dificuldades como se fossem externas, percalços ou ataques vindos de fora.
Aviso: antes de discordar deles, é bom ler os exemplos clínicos em que, em seu último livro, White leva uma criança (e os pais da mesma) a narrar sua batalha contra a Senhora Encopresia, que suja as cuecas e os lençóis, o Senhor Déficit, que impede de estudar, etc., como se fossem bruxas ou elfos do mal.
Então: para mudar, é melhor "externalizar" nossos problemas, com o risco de descuidar das dinâmicas íntimas que nos governam, ou é melhor "internalizá-los", com o risco de hipertrofiar nossa identidade? Não sei, depende.
Mas, sei que, por exemplo, nas eleições presidenciais nos EUA, muito além das questões que serão debatidas (a guerra, a economia, o sistema de saúde), a aposta é esta: será que os eleitores conseguirão pensar sua história (nacional e privada) como sugerem Epston e White? Será que saberão narrá-la como a história de uma comunidade de indivíduos, brancos, negros e latinos, que se chocaram e detestaram em mil ocasiões, mas não por isso concebem seu destino como conseqüência de identidades fixas e opostas?



---by uol-----------------------------------------------------------------------------
ccalligari@uol.com.br

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ideb piora no ensino médio em sete Estados - UOL Educação

Ideb piora no ensino médio em sete Estados - UOL Educaçãodeb piora no ensino médio em sete Estados
Mariana Tramontina
Em São Paulo
Enquanto a educação fundamental no Brasil superou as metas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para 2007, o ensino médio do país ainda precisa melhorar a nota em sete Estados.

O indicador criado para orientar o direcionamento de verbas da educação, divulgado nesta quarta-feira (11) pelo MEC (Ministério da Educação), mostrou que essa foi a única etapa do ensino básico que teve queda no índice. Sergipe é o caso isolado de maior regressão na média. O Estado poderia continuar este ano com a mesma nota de 2005, mas caiu 12,1%: de 3,3 foi para 2,9.

AS SETE QUEDAS DO BRASIL
Alagoas 3,0 2,9 3,3%
Amapá 2,9 2,8 3,4%
Espírito Santo 3,8 3,6 5,3%
Goiás 3,2 3,1 3,1%
Pará 2,8 2,7 3,5%
Rio de Janeiro 3,3 3,2 3,3%
Sergipe 3,3 2,9 12,1%
Estados Média em 2005 Média em 2007 Variação
As metas do Ideb para os Estados variam de acordo com o patamar em que se encontravam em 2005. Para 2007, apenas sete Estados tinham como meta alavancar o índice, enquanto os outros 20 poderiam continuar com a mesma média obtida há dois anos. Do total das federações, 13 Estados alcançaram ou ultrapassaram o índice esperado, e sete tiveram queda.

Alagoas (2,9), Amapá (2,8), Espírito Santo (3,6), Goiás (3,1), Pará (2,7) e Rio de Janeiro (3,2) são os outros seis que diminuíram a nota no indicador.

Os Estados que mais subiram no ranking foram Amazonas e Mato Grosso do Sul, ambos em 0,5 pontos. O primeiro foi de 2,4 para 2,9 (20,8%) e o segundo de 3,3 para 3,8 (15,1%).

Mesmo progredindo no ranking, Amazonas ainda tem a menor nota entre os Estados que evoluíram. A diferença do maior índice (adquirido por Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina) é de 1,1 ponto.

Comparando entre todos os Estados, incluindo os que tiveram queda, Pará apresenta a pior média de 2007 no ensino médio brasileiro: 2,7. O Estado tinha como meta sair dos 2,8 para 2,9.

Sete Estados passaram os dois anos estáticos: Minas Gerais (3,8), Pernambuco (3), Piauí (2,9), Rio Grande do Norte (2,9), Rio Grande do Sul (3,7), Rondônia (3,2) e Roraima (3,5) continuaram com a mesma nota obtida em 2005.

Espírito Santo e Santa Catarina, que tiveram os melhores Idebs de 2005 (3,8 cada), saíram com resultados diferentes agora. Enquanto o primeiro caiu para 3,6, o segundo subiu para 4.

Retrato regional
Apesar da baixa em sete Estados, divididos em região, o ensino médio progrediu. No sul, a média subiu: os 3,7 foram para 3,9. Nordeste, sudeste e centro-oeste evoluíram em 0,1 ponto cada, enquanto o norte manteve os 2,9 de 2005.

Em termos gerais, no Brasil, essa etapa do ensino evoluiu de 3,4 para 3,5, alcançando a meta que seria de 2009. Para 2021, a meta do MEC é chegar a 5,2.

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São Paulo receberá exposição sobre Saramago

10/06/2008 - 16h22
São Paulo receberá exposição sobre Saramago

São Paulo, 10 jun (Lusa) - A cidade de São Paulo vai receber uma exposição sobre o escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura em 1998, anunciou nesta terça-feira (10) o ministro português da Cultura.

José António Pinto Ribeiro disse à agência Lusa que a exposição, ainda sem data definida, será feita em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e com o Instituto Tomie Ohtake.

Em passagem por São Paulo para assinalar o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o ministro manteve vários encontros com autoridades locais, entre as quais o secretário de Cultura do Estado de São Paulo, João Sayad. Pinto Ribeiro encontrou-se ainda com representantes de empresas portuguesas e visitou instituições culturais, como o Museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca do Estado.

"Há muitas coisas que podemos fazer com São Paulo, um centro economicamente muito pujante, culturalmente muito ativo e forte. É possível fazer muita coisa no campo dos intercâmbios culturais", salientou.

"Queremos mandar para cá jovens artistas portugueses e tenho mantido contatos para estreitar as relações culturais para que o intercâmbio ocorra com freqüência", afirmou. Pinto Ribeiro participou hoje e diversas atividades para assinalar o Dia de Portugal, como a colocação de flores junto ao busto de Camões, e uma recepção no Consulado-Geral de Portugal.

"Devemos perceber que os portugueses não colonizaram o Brasil. Os portugueses fizeram o Brasil e aqui ficaram. Não foram embora, são como os outros (emigrantes), emigraram e ficaram aqui", afirmou.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Fed deveria se inspirar no BC do Brasil, diz 'Le Monde'

Fed deveria se inspirar no BC do Brasil, diz 'Le Monde'
Para jornal francês, política de juros altos adotada pelo Banco Central brasileiro saneou a economia do País

BBC Brasil

PARIS - O presidente do Federal Reserve (Banco Central norte-americano), Ben Bernanke, deveria inspirar-se na política monetária brasileira, afirma um artigo publicado nesta terça-feira, 10, no jornal francês Le Monde. O jornal destaca o recente aumento da taxa de juros de 11,75% para 12,25% imposto pelo Banco Central brasileiro e opina que a "política de juros altos saneou a economia brasileira".


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"A taxa de poupança no Brasil é o dobro da dos Estados Unidos, o déficit da balança de pagamentos é moderado, os brasileiros consomem menos do que os americanos e economizam mais. A taxa de crescimento do país deverá ultrapassar os 4% este ano", afirma o diário. "Ben Bernanke, presidente do Fed, deveria se inspirar na política monetária brasileira."



Remédio brasileiro

Segundo o Le Monde, a alta taxa de juros no Brasil serviu durante muito tempo para bancar investimentos em uma economia de riscos. "Hoje já não é mais o caso", diz. "A dívida externa do Brasil é inferior a 50% de seu Produto Interno Bruto, as contas correntes estão perto do equilíbrio e o déficit público é baixo, mesmo que os juros altos aumentem a dívida do governo".

O jornal diz que o Brasil não está mais na lista dos países de risco desde que a agência de avaliação de risco Standard & Poor's concedeu o grau de investimento. "Os Estados Unidos estampam um grande déficit em sua balança de pagamentos e está com a moeda fraca. A taxa de poupança é baixa, às vezes negativa; o governo está mergulhado em déficits mesmo mantendo o crescimento do país", diz.

"Uma política monetária à brasileira poderia remediar esses problemas", conclui o Le Monde. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
by estadao

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Pesquisa mostra que 45% dos brasileiros não têm hábito de ler

Pesquisa mostra que 45% dos brasileiros não têm hábito de ler

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil


http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/05/28/materia.2008-05-28.4425783869/view




Brasília - Quase metade (45% ou 77 milhões) dos 172,7 milhões de brasileiros abrangidos pela pesquisa Retratos da Leitura no Brasil não leram nenhum livro nos últimos três meses. Desse público, 47% são mulheres e 53%, homens.

O estudo, feito pelo Instituto Pró-Livro e Ibope Inteligência, considerou como universo a população na faixa etária a partir dos cinco anos. A pesquisa foi feita por amostragem, com base em 5,2 mil entrevistas em 311 municípios brasileiros dos 27 estados, no período de 29 de novembro a 14 de dezembro de 2007.


Apesar do alto índice, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), André Lázaro, avalia como positivo o resultado da pesquisa. “O copo está razoavelmente cheio, mas a nossa sede é muito maior. A fotografia hoje diz que estamos em um bom caminho, mas essas informações nos estimulam a trabalhar mais”, acredita Lázaro.

O relatório aponta que os classificados como não-leitores estão na base da pirâmide social: 28% deles não são alfabetizados e 35% estudaram só até a 4ª série do ensino fundamental. Metade do grupo pertence à classe D e a maioria tem renda familiar de um a dois salários-mínimos. A pesquisa indica ainda que os livros religiosos são os que mais atraem esse público: 4,5 milhões disseram ler a Bíblia.

Entre os motivos para não ler, a falta de tempo aparece como o mais apontado, com 29%. Outros 28% não lêem porque não são alfabetizados e 27% porque não gostam ou não têm interesse. Entre as limitações, 16% afirmaram que possuem um ritmo lento de leitura e outros 7% disseram não compreender a maior parte do que lêem. O relatório ressalta que a leitura aparece em quinto lugar entre as atividades preferidas dos entrevistados, ficando atrás de ver televisão, ouvir música, ouvir rádio e descansar.

As Regiões Norte e Nordeste, que apresentam os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, também registraram as menores médias de leitura por habitante/ano: 3,9 e 4,2 respectivamente. A média nacional é de 4,7 livros ano/habitante.

Para o presidente do Instituto Pró-livro, Jorge Yunes, o baixo resultado está vinculado aos níveis de escolaridade nessas regiões.

“O incentivo [à leitura] nas escolas é muito importante, o governo tem que trabalhar para que esse índice seja igual no Brasil inteiro. Se a escolaridade aumentar, com certeza a leitura aumenta também”, apontou Yunes.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Murió Yves Saint Laurent, el "príncipe de la moda"



Murió Yves Saint Laurent, el "príncipe de la moda"
20:32El famoso diseñador francés tenía 71 años. Su socio dijo que padecía una larga enfermedad, pero no dio más detalles. Con audacia e innovación levantó un imperio de lujo. Era considerado el último de una generación que incluyó a Cristian Dior y a Coco Chanel.1971. El diseñador junto a Paloma Picasso (izda), hija del pintor Pablo Picasso, y la actriz Catherine Deneuve. (EFE)
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El famoso diseñador Yves Saint Laurent murió esta noche en su casa de París. Tenía 71 años y padecía una larga enfermedad. Su socio y amigo, Pierre Berge, confirmó la noticia, aunque no dio quiso dar más detalles.

Durante décadas había sido una institución en el mundo de la moda. Se lo consideraba como el último de una generación que incluyó a Christian Dior y a Coco Chanel, y que hizo de París la capital mundial de la moda.

Saint Laurent dio el poder a las mujeres, creando para ellas "un vestuario contemporáneo", con prendas masculinas como el traje sastre con pantalón y su célebre esmoquin, creado en 1966, años después de que Chanel las liberara.

Había nacido en agosto de 1936 en Orán, Argelia. Con 17 años llegó a París, donde empezó trazando diseños con los que logró llamar la atención de Christian Dior, del que fue un destacado discípulo y su sucesor después de su inesperada muerte en 1957.

Su primer desfile, realizado en 1958, fue todo un éxito para el joven director artístico. Allí presentó su colección "Trapecio", que rompió con las cinturas de avispa, muy populares por aquel entonces.

En 1960, Saint Laurent se asoció con Pierre Bergé para dar nacimiento a su propia firma. Juntos, el creador y el administrador, levantaron un imperio del lujo, con el que abarcó la alta costura, el pret-a-porter y los perfumes.

El emporio Yves Saint Laurent fue comprado en 1993 por el grupo industrial Elf-Sanofi, lo que sería el principio de su fin. En 2002 se alejó de la alta costura, tras 40 años de audaces creaciones porque, según dijo, "ya no se reconocía en esta profesión" y estaba agotado de las acrobacias financieras.



by clain