REDES

domingo, 13 de dezembro de 2009

Eduardo Galeano - Mundo se rifa (1/3)





Entrevista com o ministro Paulo de Tarso Vanucchi sobre as ações na Secretaria Nacional de Direitos Humanos no Governo LULA




Ministro discute temas variados na área de Direitos Humanos, tais como: processo histórico da tortura no Brasil e em específico da tortura na Ditadura Militar (1964-1985); participação de autoridades civis nesse período ditatorial; direitos dos idosos das crianças e dos homosexuais, entre outros assuntos relevantes que mostram os avanços dessa área nos até agora quase 7 anos do Governo LULA a quem o ministro se julga um eterno aprendiz.

Em novo livro, McCarthy tematiza a adolescência de uma nação

No romance épico ‘Meridiano de sangue’, Cormac McCarthy tematiza a adolescência de uma nação, os Estados Unidos, que cresceu por meios e motivos equivocados Em novo livro, McCarthy tematiza a adolescência de uma nação
Maicon Tenfen, Jornal do Brasil LEIA MAIS EM IDEIAS E LIVROS JB RIO

RIO - Não deixa de ser curioso que dois dos maiores best sellers da década possam ser lidos como panfletos feministas: os três longos volumes da trilogia Milênio, do sueco Stieg Larsson, e o polêmico O código Da Vinci, de Dan Brown. No primeiro caso, temos um narrador politicamente correto (e chato!) acostumado a interromper a ação para apresentar dados estatísticos capazes de provar que as mulheres nórdicas ainda são vítimas de violência; no segundo, muito mais ambicioso, somos apresentados a uma narrativa concebida com o firme propósito de revisar a história do cristianismo e nela destacar o papel das lideranças femininas. Junto a enredos bem amarrados e um texto que desça redondo, dotar os personagens de discursos consagrados na atualidade é imprescindível a um romance de sucesso.

A constatação, entretanto, leva a uma pergunta que, devido ao policiamento ideológico atualmente promovido pela academia, está prenhe de ludismo e perigo simultâneos: visto que a retórica das minorias não contaminou apenas os best sellers, mas também uma literatura que se pretenda mais culta e elevada, é justo que questionemos se ainda existiria um romancista disposto a tratar do universo masculino sem a ressalva de dúvidas, culpas e crises de identidade. Em outras palavras: alguém com coragem de escrever sobre a essência de uma figura tão difamada como o homem branco ocidental?

A resposta é sim, e este romancista se chama Cormac McCarthy. Nunca foi muito conhecido no Brasil. Sempre que se falava nas tendências contemporâneas do romance americano, ocasião em que nomes como Philip Roth, John Updike e Paul Auster são obrigatórios, o de McCarthy ficava escondido pela expressão “e outros”. A realidade se inverteu com o sucesso do filme Onde os fracos não têm vez, dos irmãos Coen. Naturalmente, os Oscar arrematados pelos Coen foram benéficos a McCarthy e seus leitores. Junto ao livro que deu origem ao filme, edições mais caprichadas dos seus romances ficaram ao alcance das nossas mãos. É o caso de A estrada, espécie de ficção científica que remonta a trajetória de um pai e um filho em meio ao caos pós-nuclear, e do coringa da coleção, o romance mais denso e representativo de McCarthy, livro que há muito só podia ser encontrado nos sebos (com sorte) ou importado de Portugal: Meridiano de sangue. Desde que o crítico Harold Bloom ombreou McCarthy com Melville e Faulkner no que tange à canônica tradição do romance americano, Meridiano de sangue, tornou-se um artigo de primeira necessidade até agora distante dos leitores brasileiros.

A recente abundância de boas edições somada às adaptações cinematográficas (A estrada também chegará aos cinemas nos próximos meses) e ao Prêmio Pulitzer há pouco angariado por McCarthy significam que ele finalmente passará à esquerda da expressão “e outros”? Para a crítica, talvez. Para os leitores? Embora conte histórias agitadas, com personagens fortes e cenas memoráveis, a literatura de McCarthy – ao contrário da de Paul Auster – não possui nenhum facilitador comum aos best sellers, ou seja, não se vale de um texto que desça redondo e tampouco dá importância aos discursos da moda. Por causa de um estilo quase bíblico que abusa do polissíndeto e das constantes descrições de carnificinas, não é fácil embarcar na obra de McCarthy. Vencida a resistência inicial, todavia, basta virar as páginas e cavalgar no rumo do horizonte.

Sim, Meridiano de sangue é um western, mas um western visceralmente oposto ao que conhecemos dos filmes de Hollywood e dos incorretos bangue-bangues de espaguete. Não há honra, muito menos heroísmo ou dignidade entre os personagens, e essa ausência de códigos de conduta sequer é questionada ao longo da narrativa. Ninguém sente remorsos ou problematiza o sofrimento do outro pela simples razão de que não existe o outro. Existe apenas a necessidade de matar, uma necessidade que nem sempre está clara para quem puxa o gatilho e coleciona os escalpos das vítimas. Praticamente não encontramos mulheres no livro, do mesmo modo que não encontramos condições minimamente civilizadas de mediar antagonismos. A violência e a morte são as únicas possibilidades de troca e resolução de conflitos.

Embora possua traços de romance histórico – McCarthy amparou-se em amplo material de pesquisa – Meridiano de sangue mais parece um bildungsroman às avessas, um romance de formação – ou de deformação – em que o protagonista passa da juventude à maturidade e, antes de encontrar o sentido da vida, depara-se com um vazio incontornável (e o pior: sem se dar conta disso, deixando todas as angústias para o leitor). Desde a primeira página, acompanhamos a trajetória de um personagem identificado apenas como Kid, garoto de 15 anos que foge de casa e torna-se um vadio a caminho do sul. Estamos em 1849-1850. Com o apoio logístico e financeiro de autoridades texanas e mexicanas, forças paramilitares são enviadas para escalpelar a maior quantidade possível dos índios que vivem no sudoeste dos EUA.

O objetivo da missão é vago, talvez liberar a área para o garimpo de ouro, mas nada disso diz respeito a Kid, que logo se engaja numa das tropas, liderada pelo mercenário Glanton e por uma das figuras mais enigmáticas de toda a obra de McCarthy: o albino e imberbe juiz Holden, símbolo do mal absoluto, pistoleiro que dança e toca rabeca e afirma que nunca dorme e nunca vai morrer. Matar é o destino do grupo, matar os outros e a si mesmos, matar primeiro os índios, depois os mexicanos e, numa guinada catártica, os próprios homens que os contrataram para o massacre. Épico com os sinais trocados, Meridiano de sangue tematiza a adolescência de uma nação que cresceu por meios e motivos equivocados. Depois de lê-lo, fica mais fácil compreender as diversas expedições punitivas que os EUA promoveram ao redor do mundo, especialmente a loucura Bush.

Tudo é relatado com uma ambiguidade desconcertante, e esse é o grande mérito do romance. Culto e apocalíptico, o narrador criado por McCarthy permanece acima dos acontecimentos, não julga, não interfere, não sofre nem se espanta com a redundância das chacinas. Se aprova ou não a barbárie, fica por conta do leitor, mas é fato que não se dá ao trabalho de polinizar a trama com correção política, nem mesmo pela boca dos personagens. Seria um erro confundir essa sinceridade narrativa com machismo ou chauvinismo.

Testosterona, entretanto, é o que não falta a Meridiano de Sangue.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Que os pobres louvem os pobres.

GIUSEPPE COCCO

Os governos Lula fizeram uma política dos pobres, e é ela que constitui o quebra-cabeça sem solução para a oposição.

PELA PRIMEIRA vez a economia brasileira não foi abalada pelo choque exógeno. Outra grande inovação: o Brasil se tornou um ponto de referência -ao mesmo tempo- do processo constituinte que atravessa a América do Sul e dos esforços de democratização da governança mundial da globalização. Como nas economias centrais (mas sem precisar mobilizar o mesmo volume de recursos), o governo Lula interveio para restaurar o crédito e subsidiar a produção industrial. Mas a verdadeira novidade é que as políticas sociais são hoje o motor da retomada do crescimento.

Um numero crescente de estudos já indicava que as transferências de renda (em particular o programa Bolsa Família) contribuíam para a redução sem precedentes da desigualdade de renda e para a pujança do consumo dos pobres (que as estatísticas chamam de "classes D e E").
Pesquisa do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) revelou a existência de um potente coeficiente multiplicador: o aumento de R$ 1,8 bilhão do Bolsa Família (em 2005 e 2006) provocou um crescimento adicional do PIB de R$ 43,1 bilhões. A transferência de renda não apenas reduz a desigualdade mas também mobiliza o trabalho (cria riqueza).

Lembremos agora as duas grandes críticas ao primeiro governo Lula. A dogmática neoliberal gritava pelas "portas de saída", contra transferências de renda desfocadas e assistenciais. A doxa desenvolvimentista esnobava a "esmola" e gritava pela mudança radical de política econômica.

São dois fundamentalismos -opostos entre eles- que criticam o governo Lula em nome de uma mesma fé na moeda: "In God we trust" está gravado nas notas do dólar, "Deus seja louvado" naquelas do real. Para uns, o mercado é Deus, com suas taxas de juros (e lucro). Para outros, Deus é o Estado e suas taxas de crescimento (industrial) e pleno emprego.

Nos dois casos, o critério de justiça é transcendental: o dinheiro é divinizado. Nele, o valor assume uma existência soberana. A vida vai depender do dinheiro, e não o dinheiro da vida.

Claro, as duas justiças não são equivalentes: a religião do mercado não distingue entre ganhos financeiros e lucros industriais -para seus sacerdotes, Lula é o diabo que inferniza o paraíso terrestre dos ricos. A dogmática do Estado afirma a necessária inclusão dos pobres pelo emprego industrial. No segundo caso, chega-se até a indignar-se diante da miséria.

Não por acaso, os desenvolvimentistas constituem vertente importante do governo. O problema é que eles enxergam Lula como um anjo que, descendo à Terra, deveria aplicar a justiça: decretar a baixa das taxas de juros para o crescimento econômico criar empregos e riqueza.

Só que a economia real comuta as duas razões transcendentais: as taxas de juros podem ser substituídas por aquelas da inflação, e vice-versa. A fé no poder abstrato da moeda não nos diz nada das relações de força que significam quanto ela "vale", quer dizer, da moeda enquanto relação social.
O horizonte de outra política depende, pois, da ruptura dessa comutação, quer dizer, de quanto a mobilização democrática é capaz de manter a moeda dentro de seu sistema de significação sem deixar que seja arrastada do lado da fé e da transcendência.

Essa ruptura não depende da aplicação de um critério abstrato de justiça, mas da produção de uma outra justiça: não mais o valor do soberano (seja ele o mercado ou o Estado), mas aquele dos pobres: dos muitos enquanto muitos.

Foi a política social que permitiu fazer a necessária (e ainda moderada) inflexão na política econômica (o PAC e a amplificação dos outros investimentos sociais de educação e saúde) sem que a chantagem da inflação se reconstituísse. Não se trata nem de macro nem de microeconomia, mas da mobilização democrática e produtiva da multidão dos pobres.

Os governos Lula fizeram uma política dos pobres, e é ela que constitui o quebra-cabeça sem solução para uma oposição estonteantemente incapaz de inovação.

A política dos pobres torna obsoletas as equações econômicas: o 0,8% do PIB (em transferências de renda: Bolsa Família e Beneficio de Prestação Continuada) é muito mais potente do que os 6% gastos em juros da dívida pública. A justiça não depende mais de um anjo que desça do céu, mas da metamorfose de todos os homens em anjos. Nas notas do real poderemos escrever: "Que os pobres louvem os pobres".

Nas eleições de 2010, será necessário dar mais um passo na direção que leva do 0,8% ao 6%, quer dizer, a constituição de uma renda universal incondicionada para os mais pobres.



GIUSEPPE COCCO , 53, cientista político, doutor em história social pela Universidade de Paris, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor, entre outras obras, de "MundoBraz: O Devir Brasil do Mundo e o Devir Mundo do Brasil".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1112200909.htm

El hombre que asombra al mundo

El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula Da Silva.- ALEX MAJOLI
by EL PAIS ES http://www.elpais.com/articulo/internacional/hombre/asombra/mundo/elpepuint/20091211elpepuint_1/Tes

O homem que assombra o mundo e o Brasil, nas concessões e escandâlos internos que envolvem seu governo.Sem dúvida um homem que apresentou melhor o Brasil, mas que também foi decorrência de um passado-como mostra Zapatero ao pontuar o lugar de F.H.Cardoso.Seu depoimento forte e bom para o Brasil; permita que o PT saiba tirar proveito disso abrindo mais e mais os olhos para os escândalos e alianças que o partido faz e não esconde.Bom, também para nós, nordestinos, que temos um estereótipo aqui no Sudeste e Sul de preguiçosos e pouco altivos.
Paulo A C Vasconcelos





El presidente de Brasil se ha convertido en el líder indiscutible de América Latina y una referencia para todos los políticos. Brasil ha pagado este año toda su deuda, crece a buen ritmo y se ha llevado los Juegos de 2016

JOSÉ LUIS RODRÍGUEZ ZAPATERO 10/12/2009


EL PAÍS SEMANAL ofrece este domingo su número especial 'LOS CIEN DEL AÑO'. Hombres y mujeres iberoamericanos que han marcado 2009. Retratados por Mariano Rajoy, Javier Solana, Lydia Cacho, Bigas Luna, Tom Ford, Vicente del Bosque y 91 firmas más. Como adelanto, el perfil del presidente de Brasil, Lula Da Silva, personaje del año 2009, trazado por el presidente del Gobierno, José Luis Rodriguez Zapatero

Este es un hombre cabal y tenaz, por el que siento una profunda admiración. Lo conocí en septiembre de 2004, tras la incorporación de España a la Alianza contra el Hambre que él lideraba, en una cumbre organizada por Naciones Unidas en Nueva York. No podía haber sido mejor la ocasión.

Luiz Inácio Lula Da Silva
Lula da Silva
A FONDO

Nacimiento:
27-10-1945

Lugar:
Garanhuns

La noticia en otros webs

* webs en español
* en otros idiomas

Luiz Inácio Lula da Silva es el séptimo de los ocho hijos de una pareja de labradores analfabetos, que vivieron el hambre y la miseria en la zona más pobre del Estado brasileño nororiental de Pernambuco.

Tuvo que simultanear sus estudios con el desempeño de los más variopintos trabajos y se vio obligado a dejar la escuela, con tan sólo 14 años, para trabajar en la planta de una empresa siderometalúrgica dedicada a la producción de tornillos. En 1968, en plena dictadura militar, dio un paso que marcó su vida: afiliarse al Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo y Diadema.

De la mano de este hombre, siguiendo el sendero abierto por su predecesor en la Presidencia, Fernando Henrique Cardoso, Brasil, en apenas 16 años, ha dejado de ser el país de un futuro que nunca llegaba para convertirse en una formidable realidad, con un brillante porvenir y una proyección global y regional cada vez más relevante. Por fin, el mundo se ha dado cuenta de que Brasil es muchísimo más que carnaval, fútbol y playas. Es uno de los países emergentes que cuenta con una democracia consolidada, y está llamado a desempeñar en las décadas siguientes un creciente liderazgo político y económico en el mundo, tal y como ya viene haciendo en América Latina con notable acierto.

Lula tiene el inmenso mérito de haber unido a la sociedad brasileña en torno a una reforma tan ambiciosa como tranquila. Está sabiendo, sobre todo, afrontar, con determinación y eficacia, los retos de la desigualdad, la pobreza y la violencia, que tanto han lastrado la historia reciente del país. Como consecuencia de ello, su liderazgo goza hoy en Brasil del respaldo y del aprecio mayoritarios, pero mucho más importante aún es la irreversible aceptación social de que todos los brasileños tienen derecho a la dignidad y la autoestima, por medio del trabajo, la educación y la salud.

Superando adversidades de todo orden, Lula ha recorrido con éxito ese largo y difícil camino que va desde el interés particular, en defensa de los derechos sindicales de los trabajadores, al interés general del país más poblado y extenso del continente suramericano. Sin dejar de ser Lula, en esa larga marcha ha conseguido, además, ilusionar a muchos millones de sus conciudadanos, en especial aquellos más humillados y ofendidos por el azote secular de la miseria, proporcionándoles los medios materiales para empezar a escapar de las secuelas de ese círculo vicioso.

Al mismo tiempo, en los siete años de su presidencia, Brasil se ha ganado la confianza de los mercados financieros internacionales, que valoran la solvencia de su gestión, la capacidad creciente de atraer inversiones directas, como las efectuadas por varias compañías españolas, y el rigor con que ha gestionado las cuentas públicas. El resultado es una economía que crece a un ritmo del 5% anual, que ha resistido los embates de la recesión mundial y está saliendo más fortalecida de la crisis.

Tras convertirse en el presidente que accedía al cargo con un mayor respaldo electoral, en su cuarto intento por lograrlo, Lula manifestó que es inaceptable un orden económico en el que pocos pueden comer cinco veces al día y muchos quedan sin saber si lograrán comer al menos una. Y apostilló: "Si al final de mi mandato los brasileños pueden desayunar, almorzar y cenar cada día, entonces habré realizado la misión de mi vida".

En ese empeño sigue este hombre honesto, íntegro, voluntarioso y admirable, convertido en una referencia inexcusable para la izquierda del continente americano al sur de Río Grande. Tiene una visión del socialismo democrático que pone el acento en la inclusión social y en la justicia medioambiental para hacer posible una sociedad más justa, decente, fraterna y solidaria.

Brasil ocupará pronto un lugar en el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, está a punto de convertirse en toda una potencia energética y en 2014 albergará el Campeonato Mundial de Fútbol. Cuando nos vimos en octubre en Copenhague, Lula lloraba de felicidad, como un niño grande, porque Río de Janeiro acababa de ser elegida ciudad organizadora de los Juegos Olímpicos de 2016. La euforia que le inundaba no le impidió tener el temple necesario para venir a consolarme porque Madrid no había sido elegida y fundirnos en un abrazo.

A mí no me extraña nada que este hombre asombre al mundo.

José Luis Rodríguez Zapatero es presidente del Gobierno español.

A corrupção


A ação de corromper é tão velha quanto a nossa existência, todavia a forma como ela se expande é que me deixa intrigado.Quem não foi corrompido ou corrompeu?
Fomos Corrompidos na cultura e no capital pelos Portugueses e espanhóis na batalha pelo país – O Brasil- Nossos índios, na verdade sujeitos , cidadãos, já foram corrompidos pela próprio nome ÍNDIOS.
O estado , velho conhecido dentro do contexto da política consolidou esta ação quase como marco regulatótorio de seus procedimentos.A publicidade o faz descaradamente: a mentir seduzir para efeito do consumo, e nós , acreditamos e fazemos postular seus ensinamentos.
A escola e a universidade nos corrompe pelos aceites que fazemos e conluios, e acatamos amavelmente, e tudo corre como se nada ocorresse.
O povo , no que chamamos de Democracia, somos corrompidos pelo não cumprimento do que nos foi proposto enquanto plataforma de governo em todas as instâncias.
Mas nos admiramos da corrupção que os governantes fazem , desconhecendo meandros deste ato.
A ÉTICA e a MORAL, ficam quietas pois elas somos nós e ai como ficamos.
É necessário nos provermos de uma atitude mais critica e severa para não cairmos em utopias, falácias desta questão que estão ao nosso lado, no dia a dia, em casa , no trabalho, na velha lei do Gerson , no tirar proveito de alguém.
O estado e o governo somo nós e nos recogitamos muitas vezes em apenas atacar sem proceder uma reflexão dura em relação a nós e nossas práticas.
Não estou a defender a Corrupção mas tentando se possível aclarar a dimensão disto.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

NBrasileiro testa mão biônica pioneira na Itália


Brasileiro testa mão biônica pioneira na Itália

Guilherme Aquino
De Milão para a BBC Brasil

A mão artificial foi criada por pesquisadores italianos

O ítalo-brasileiro Pierpaolo Petruzzello foi o primeiro paciente a testar uma mão biônica capaz de realizar movimentos seguindo ordens do cérebro.

Petruzzello, de 26 anos, teve metade do antebraço esquerdo amputado após um acidente automobilístico. Ele foi selecionado entre três candidatos para testar a mão biomecânica e realizou a cirurgia com a equipe médica da Universidade Campus Biomédico de Roma.

Com a mão biomecânica, que usou por 30 dias, ele foi capaz de fechar os punhos, fazer o movimento de uma pinça e mexer um dos dedos com a nova mão nos trinta dias em que esteve conectado ao membro biônico.

“Este foi o tempo determinado pelas autoridades sanitárias europeias. Eu poderia ter ficado mais quatro, cinco meses, um ano, ninguém sabe por quanto tempo ele poderia ter ficado no meu organismo sem que houvesse uma rejeição do meu corpo”, disse ele à BBC Brasil.

Petruzzello, filho de pai italiano e mãe brasileira, perdeu o antebraço em agosto de 2006 e foi operado em novembro do ano passado.

A mão artificial foi criada por pesquisadores da Scuola Superiore Sant’Anna, de Pisa, na Itália.


Pierpaolo Petruzzello passou por testes antes de receber a mão biomecânica

“Foi o meu pai quem procurou se informar sobre as pesquisas em curso e viu de perto o projeto. Ele me disse que achava que era uma coisa boa para mim antes de pensar em colocar uma mão prostética. Este é um projeto muito importante. Eu ainda tenho um braço inteiro, mas penso em quem perdeu ambos os braços ou as pernas”, disse Petruzello.

“Quando vejo que consigo realizar trabalho fico muito contente. A dor física eu sinto e suporto, mas a dor mental é pior. Eles alfinetavam o meu coto de braço para que eu aprendesse a reagir ao estímulo. Pela primeira vez no mundo, foi possível mexer os dedos de uma mão conectada ao corpo, sem o uso da musculatura, sem ainda ter sido implantada, com a força do pensamento. Foi um gol para mim”, disse.

A mão testada pesava dois quilos, os dedos são em alumínio, os mecanismos internos são de aço, a palma e cobertura são de fibra de carbono.

“A etapa seguinte seria a de implantar. Sei que o peso da mão foi reduzido já para seiscentos gramas”, disse ele à BBC Brasil.

Os movimentos são criados a partir de impulsos do sistema nervoso do paciente. Um grupo multidisciplinar, composto por bioengenheiros, ortopedistas, neurologistas e neurocirurgiões, conseguiu reconstruir uma “ponte” entre a mão artificial e o cérebro do paciente.


Petruzzello passou 30 dias com a mão artificial

Quatro eletrodos foram inseridos nos nervos do pulso e do antebraço de Petruzzello e são os responsáveis pelo trânsito gravado de informações entre o homem e a sua mão e vice-versa. Os filamentos são biocompatíveis, com espessura de 10 milionésimos de milímetro (10 nanômetros) e comprimento de 180 nanômetros. Cada um deles possui oito canais para a passagem de impulsos entre o cérebro e o membro.

“Conseguimos fazer o primeiro passo, de testar um novo eletrodo microscópico, com a dimensão de um fio de cabelo, e inseri-lo nas terminações nervosas do braço natural”, explica o cirurgião Paolo Maria Rossini.

Durante dois meses, o paciente foi estimulado durante seis horas diárias pelo eletrodo a decifrar os estímulos enviados pela mão robótica. Desta forma, ele poderia reaprender a movimentar o futuro membro.

O professor Paolo Maria Rossini reconhece a dificuldade extrema desse primeiro passo.

“O cérebro quando perde um membro reorganiza-se de forma aberrante e provoca sensações equivocadas, chamamos isso de síndrome do membro-fantasma. O paciente sente dores associadas à parte do corpo que não existe mais. Ao longo do treino, este fenômeno diminuiu muito, foi cancelado, mas, infelizmente, três meses depois de retirarmos os eletrodos, as dores voltaram”, explica ele.