REDES

terça-feira, 19 de julho de 2011

REDE GLOBO não se Manca e invade

Mídia não se manca,comete invasões de privacidade.Isto é REDE GLOBO.
Caco Barcelos comete invasão de privacidade.Crianças drogadas põe a mídia no seu lugar,não aceita.
Onde anda o ECA e o Conselho Tutelar?
Profissão repórter desliza
Isto é desumano,desleal antiético
Isto é o poder de impacto para Audiência em nome do querer ajudar, que ajuda é esta?
Onde está o Ministério Público diante do Poder da Globo?
Ao editar corta a democracia da fala dos sujeitos.
O direito de repudiar a mídia na fala é cortado.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Jornais em versão digital no Brasil ...O GLOBO

O jornal o Globo - versão digital não está funcionando no IPAD ,pelo menos no meu e mais 3 amigos
Nos demais,como JB,Rio,já em SP o Estadão está bem,em Pe o Diário de Pernambuco é show,idem Zero Hora no Rs .
Quem TE viu, quem TE ver o grupo GLOBO!!!!

A cidade de São Paulo e outras cidades nas férias Escolares

Nada como estudar, mas o que isto implica?
Um fluxo grandioso, entre profissionais da área, pais e alunos.
Os fornecedores de Colégios e Universidades se multiplicam na cidade, do que fornece o giz , ao data show, alimentos, produtos de limpeza etc.
Por outro lado estando em férias uma série de profissionais paralisam suas atividades, como médicos, dentistas,psicólogos, terapeutas etc...
A cidade ganha um novo clima, de mais tranquilidade, desde o trânsito a qualidade do ar e da convivência.
Ontem flagrei uma rosa nascendo em pleno canteiro central da Paulista(AV) SP.
Desta feita, temos mais tempo para olhar, enxergar a vida e seus seres , coisas pessoas etc...
No Rio , aonde estive recentemente, é a mesma coisa, praias mais vazias, claro alido ao clima, o frio.
A vida é mais leve com a cidade em baixo movimento.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Reportagem: Como as crianças consomem pornografia

Reportagem: Como as crianças consomem pornografia: "Elas encontram, consomem, partilham – e até produzem – conteúdos sexuais"

O sonho americano já aconteceu?

Tiago Bartolomeu Costa IPSILON PT



Pela segunda vez em Portugal, os nova-iorquinos TEAM apresentam uma deambulação poética e desencantada pelos mitos americanos. Os que eles construíram e os que nós aceitámos
Quando encontrámos Rachel Chavkin, no início de Abril, em Nova Iorque, a directora artística do colectivo TEAM (Theater of the Emerging American Moment), que hoje chega à Culturgest para a estreia mundial de Mission Drift (até sábado), disse-nos que estava ainda "muito confusa sobre como pensar o que é realmente o mito americano". Perguntámos-lhe se era algo parecido, e tão indefinível como "a alma russa", que há séculos autores e filósofos procuram explicar. Rachel disse-nos que "a história dos Estados Unidos da América, às vezes, parece não nos pertencer".

Foi para perceberem o que são, mais do que de onde vêem, que os TEAM começaram a investigar. Chegaram a Las Vegas, ao fim da linha. Ao sonho americano? "Provavelmente", disse-nos então Rachel. "Há em Las Vegas algo de profundamente absurdo, e essa imagem mítica de que tudo é possível colou-se-nos à pele. Somos realmente assim: excessivos?"

Hoje, quem for à Culturgest, em Lisboa, vai poder ler no programa que, através dessa dúvida, a companhia começou a reconstruir uma hipótese de passado. Um passado de que, provavelmente, nunca quiseram saber, e um presente com o qual não se identificam: "O que é que distingue o capitalismo americano? Não consigo tirar da cabeça a imagem do mapa do nosso país. Somos tão grandes. Frederick Jackson Turner em The Significance of the Frontier in American History escreveu que a história do desenvolvimento da nação é a história de colonos que avançam cada vez mais para oeste, tornando-se assim menos europeus e mais americanos. Há nisto algo de simultaneamente doloroso e ousado."

Desejo de evasão

Rachel Chavkin diz que "os últimos dez anos foram essenciais para a América". Não se refere especificamente à imagem exterior que os anos Bush criaram na opinião pública, nem ao 11 de Setembro, embora vá dizendo que nunca mais foi igual em Nova Iorque. Fala do modo como "internamente fomos obrigados a pensar-nos". "Hoje já não sentimos tanta vergonha em sermos americanos, mas podemos envergonhar-nos com muitas coisas que fazemos." Rachel é também professora e é isso que vai encontrando nos discursos dos seus alunos de teatro. "Há um desejo de evasão, mas para onde?"

A peça, a segunda que a companhia apresenta em Portugal - em 2009 trouxeram Architecting, também na Culturgest - é uma reflexão sobre o território enquanto materialização da identidade americana, e o discurso - o das ruas, o estrangeiro, o político, o artístico - enquanto forma de expiação dos seus males. A começar pela economia. Se hoje se pode dizer que Mission Drift "ocupa o espaço entre o mito da fronteira e a realidade dos seus custos, que é a corrente subterrânea de grande parte da identidade americana, pelo que não é uma análise directa do colapso financeiro", em Abril Rachel Chavkin dizia-nos que "é preciso pensar o modo como a economia nos define". Estávamos em plena crise política. O Presidente Barack Obama ameaçava parar o Governo caso o Orçamento do Estado não fosse aprovado no Congresso. Nas ruas só se discutia isso. Rachel falava-nos de como um país pode parar. E de como, nesse caso, o teatro pode fazer muito pouco.

O método de trabalho do colectivo TEAM vive desse confronto com a realidade, e de um modelo de funcionamento que implica olhares demorados, contraditórios e uma responsabilização. As cenas que criam a partir dessas discussões demoram a encontrar o seu lugar na estrutura do espectáculo. E o texto vai passando pelos vários actores até encontrar o seu lugar certo. "É um método muito caótico para quem vê de fora, mas permite-nos aprofundar os temas que queremos tratar."

É isso que distingue o seu trabalho e, de certa forma, justifica que tenham encontrado mais apoios na Europa do que nos Estados Unidos, onde o sistema de apoios às artes é bastante mais complexo do que o conjunto dos sistemas europeus. "Sim, é verdade que temos sido muito bem recebidos na Europa. É como se percebessem o que queremos dizer." Esse desencanto, que transformam em canções como Burning Las Vegas (disponível no YouTube) ou em cínicas alegorias, como o casal protagonista, holandeses imigrantes que chegam a Nova Amesterdão (a actual Nova Iorque) e se propõem atravessar o país - e a história - em direcção ao Oeste.

Amargura no olhar

O que fazem, e como o fazem, traz uma amargura no olhar, um desencanto explícito, uma distância que parece recusar aquilo com que mais se identificam. E, ao longo desta viagem pelo capitalismo americano através de canções, ballet, tiros para todos os lados e muito luxo, o que descobrem é o que Rachel define como "a verdadeira alma americana: o vazio".

"Las Vegas é isso: como é que se pode construir um mundo no meio do deserto? Para dizer o quê? E para quem?", pergunta-se, sem, no entanto, recusar a ideia de que a espectacularidade "ilude muito coisa".

É isso que guardam, "porque é assim que nos vêem". "Um cruzamento entre a MTV e a avant-garde", escrevem no programa, numa altura em que a própria MTV é um mito e sobre a avant-garde não se sabe onde acaba ou começa.

"Somos o nosso próprio mito, a nossa própria missão, o nosso próprio destino", diz-nos Rachel, deixando que a entoação com que o diz possa parecer uma pergunta.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Especial - Ademir Assunção - Eu quero ser pluma na pele dos meu amigos

13 de julho de 2011
Por: Rodrigo Brandão
clique no título
Especial - Ademir Assunção - Eu quero ser pluma na pele dos meu amigos

Não se trata de título. São versos. Vêm do belíssimo Aqui Jazz o Poeta, do livro Zona Branca, do jornalista e, obviamente, poeta araraquarense Ademir Assunção. De modo que há controvérsias sobre ter nascido em Araraquara. O vagão... Nasceu vagando? Depois de trabalhar em uma série de veículos da chamada grande imprensa – Folha, Estadão, Veja (“o pior lugar em que já que trabalhei; revista manipuladora do caralho”) –, Ademir, companheiro de boemia de Paulo Leminski (de quem foi bastante amigo) e Itamar Assumpção, vaga hoje em São Paulo pelo mundo da poesia. Aliás, Aqui Jazz é flor no deserto. Versa sobre a alegria, quando o universo dos poetas, salvo exceções, rege-se por nostalgias, bucolismos e melancolia. “Sorrindo (como pôr-do-sol)”, canta outro trecho do poema. Origem? Pouco importa. “Só porque a alegria é um dom”. Ademir é filho ilustre. “Só porque ou sim ou não”.

Inspiração para livros vem do cheque, diz João Ubaldo na Flip


RETIRADO DO TERRA
Claudia Andrade
Direto de Paraty























O baiano João Ubaldo Ribeiro foi responsável por uma das mesas de debate mais divertidas da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) até agora. Em pouco mais de uma hora de evento, arrancou gargalhadas do público em diversos momentos ¿ incluindo alguns em que se perdia nas respostas ¿ e ouviu o tradicional "aaaah" de pesar quando o moderador anunciou o fim do bate-papo. Contou histórias, revelou preferências e foi extremamente franco sobre seu processo de criação. Em certo momento, admitiu que a origem dos livros está na encomenda feita pelos editores. "Cheque gera inspiração", afirmou.

Em seguida, passou a relatar como foi feito o convite para escrever A Casa dos Budas Ditosos. Disse que, inicialmente, foi chamado para escrever sobre a preguiça como pecado. "Eu disse: não faço. Fiquei ofendido. Só porque sou baiano?". Depois do episódio, pensou em escrever sobre a luxúria, o que acabou ocorrendo. "A fonte de inspiração chegou junto com o contrato. E eu, para não deixar a inspiração se esvair, endossei o cheque e depositei".

Sobre um de seus principais livros, Viva o Povo Brasileiro, negou ter tido a intenção de "reescrever a história do Brasil do ponto de vista do dominado", como muitos creem. Contou que a primeira motivação foi fazer um livro extenso, em resposta a um editor que lhe disse que escritores brasileiros só faziam "livrinhos para serem lidos na ponte aérea". "Eu gostaria de ter uma história mais bonita pra contar, mas a gênese do Viva o Povo Brasileiro foi fazer um livro grande para esfregar na cara do Pedro Paulo (Sena Madureira, então na Editora Nova Fronteira)", disse. "Não quis reescrever a história do Brasil. Quis escrever um romance bem escrito, caprichado e grosso", completou, lembrando que chegou a pesar os originais, segundo ele, com 6,7kg.

João Ubaldo afirmou que os rumos da história nem sempre seguem a ideia inicial. "É frequente que eu queira que um personagem morra e ele não morre, que ele case e ele não casa". E brincou sobre a curiosidade que algumas de suas narrativas despertam no público. "Sempre me perguntam como eu pude descrever tão bem uma cena de sexo entre dois homens (em O Sorriso do Lagarto). Passei a responder que eu treinava com amigos".

(Des)gosto por Guimarães Rosa
Questionado sobre a influência que teria tido de Guimarães Rosa, especialmente em Sargento Getúlio, João garantiu que "jamais tinha sequer chegado perto" de um livro de Guimarães Rosa na ocasião. E fez uma revelação: quando leu pela primeira vez um trabalho escritor carioca, não gostou. "Devo dizer que ele não está entre os autores de meu maior afeto. Não porque seja menor, secundário, mas porque não me fala nada".

Para demonstrar melhor esse sentimento, ele descreveu sua tentativa de ler Primeiras Estórias, de 1962. "Eu tenho um ódio mortal a essa palavra 'estórias'! Queria jogar fora imediatamente. Acabei abrindo em uma página qualquer que dizia: 'a viagem fora planejada no feliz'. Eu pensei, 'não dá'".

Depois de mais uma vez arrancar risadas do público, fez questão de deixar claro: "eu queria diferenciar minha idiossincrasia em relação a Guimarães Rosa da importância dele na literatura brasileira. Eu seria um desvairado se dissesse que ele não teve importância", concluiu.