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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Consumidores - ¿Antes se construía ciudadanía ahora solo consumidores? por Pag12 Ar





El peronismo impidió que la pobreza se naturalice", sostiene Forster. 

Imagen: Pablo Piovano

Entrando ao Assunto-

"-El neoliberalismo es una trama que va generando sentido común, disciplinamiento social y nuevas formas de subjetivación. Hasta fines de los '70, la movilidad social ascendente era una virtud que estaba ligada también al aumento del consumo. Esa movilidad todavía se asociaba a un proyecto en el que el Estado cumplía un rol fundamental atendiendo la salud, la educación pública y el acceso a la vivienda, con altísimas tasas de sindicalización que implicaban una cultura del trabajo "Foster

Já é repetitivo o que nos diz Foster, mas é preciso repetir, repetir, difundir, explicar a cegueira a que estamos submetidos ou que queremos -sim , queremos ser consumidores, para estar e ser nessa sociedade em que não mais afinamos o sujeito à cidadania e sim ao mercado de modo a criar uma aura de sujeito inserido, posto, visível aos outros partícipes dessa onda falsa de ser e só assim ganharmos uma pseudo-subejtividade. Ter uma performance de ser inserido no sistema.

O consumo há muito vem sendo apontado como  destruidor do próprio capitalismo,sim isto mesmo- e da negação do sujeito.Baudrillard -Sociedade do Consumo -nos avisava, entre outros disto, como Canclini,Deleuze e outros mais.

A direita, e ou a ultradidireita vem assolando o mundo e pregando o credo do consumo há séculos. A infância foi atacada violentamente pelo consumo, claro para  faze-la mais tarde o grande consumidor  voraz.Tenho a tendência de ser empático aos latinos que comentam o assunto,mesmo que usando suportes da velha Europa, mas que de algum modo sente na pele por ser latino .Por outras vezes somos avisados,mas os textos são duros e difíceis para quem não é acadêmico.

A educação teria que ter um papel fundamental na revelação para a  moçada do crime que se pratica contra ela. 
Quando iremos despertar? Quando iremos entender que a pobreza não é algo natural?
O estado resultou em cúmplice do sistema no liberalismo e neoliberalismo e poucas vielas nos restam para resistir- A Educação  é perseguida cruelmente pela direita, como no caso da América Latina, salvo alguns pequenos redutos.

Leiam abaixo a matéria de Página12 Argentina com Foster e sua entrevista:


El filósofo publicó "La sociedad invernadero"
*Ricardo Forster: "La humanidad nunca fue tan desigual como ahora"
El libro indaga en tradiciones diversas para desentrañar los peligros del neoliberalismo,las paradojas de la libertad, la fábrica de subjetividad y la digitalización del mundo.

La humanidad nunca fue tan desigual como en esta época”, dice el filósofo Ricardo Forster, que acaba de publicar La sociedad invernadero (Akal/ Inter Pares), un libro fundamental para analizar la trama de la contemporaneidad y sus estrategias de dominación; un itinerario intelectual que indaga en las herencias y tradiciones diversas –de David Harvey a Immanuel Wallerstein, pasando por Joseph Vogl, Wolfgang Streeck, Slavoj Zizek, Ernesto Laclau, Fredric Jameson, Mark Fischer, Boris Groys, Nicolás Casullo y Wendy Brown, entre otros- para desentrañar los peligros del neoliberalismo, las paradojas de la libertad, la fábrica de subjetividad, el neofascismo y la digitalización del mundo.

Si uno mira el giro del capitalismo de bienestar al capitalismo neoliberal, a partir de los años '80 aumentó dramáticamente la desigualdad y generó un proceso creciente de precarización que fue ampliando los índices de pobreza”, plantea Forster, autor de Crítica y sospecha. Los claroscuros de la cultura modernaMesianismo, nihilismo y redención, La muerte del héroe La anomalía kirchnerista, entre otros. “El neoliberalismo desarma el Estado de Bienestar y no logra contener la caída exponencial de las clases medias y los sectores que siendo parte del mundo popular no eran excluidos del sistema, pero que con la precarización, la pérdida de empleos y el aumento exponencial de los precios devienen pobres sin que el Estado tenga los instrumentos ni los recursos ni el objetivo de contenerlos”, explica Forster en la entrevista con Página/12“El peronismo impidió que la pobreza se naturalice y generó lo que podríamos llamar una memoria igualitarista”, advierte el filósofo.
*Ricardo Forster é  filósofo argentino, historiador de idéias e crítico político. Ele é professor e pesquisador da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de Maryland. Ele também é membro do conselho editorial da revista Pensamiento de los Confines.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Ecuador¿Y el resto? ¿Y los muertos, desaparecidos y heridos? ¿Todo solo x la gasolina,? Me opongo al triunfalismo reinante

ATILIO BORON*
Fala mais atentamente...Vamos escutá-lo , ponderar,Lenin não 
é confiável; fiquemos atentos.Sou mais Atílio  sua perspicácia 
de conhecedor da América Latina.










*Atilio Alberto Borón (Buenos Aires, 1 de julio de 1943) es un sociólogopolitólogocatedrático y escritor argentino. Doctorado en Ciencia Política por la Universidad de Harvard (CambridgeMassachusetts). Es profesor de la Universidad de Buenos Aires e investigador del CONICET. wikipedia

EQUADOR E SEU PALHAÇO

EDUARDO GALEANO

SORORIDADE Aprendamos o que é esta palavra- este conceito.


A Telesur vem difundindo com vários depoimentos o que é e conclamando a todos a entender.


EQUATORIANOS CONSEGUEM VITÓRIA VEJAM VÍDEOS







domingo, 13 de outubro de 2019

AV PAULISTA SP-13.10,19 REUNE MULTIDÃO Mais flashes do Twitter

ASSASSINA SHELL CONHECIDA NO MUNDO COMO DESTRUIDORA DO PLANETA

VAKIFKART.COM



OJOS QUE VEN, CORAZÓN QUE SIENTE AL FESTIVAL DE CINE DE LA HABANA




TEATRO .Lourdes Ramalho Dramaturga - gestora cultural- J.DO SERIDÓ RGN 1923 CG PB 2019


MARIA DE LOURDES NUNES  RAMALHO PORTAL CORREIO DA PB
Como campinnese conheci-a, desfrutei de sua obra tendo  prazer de conhecê-la pessoalmente.Uma agitadora cultural ímpar.Deu um tônus de grande metrópole cultural à Campina Grande-PB sem jamais trair suas origens- populares- trazendo para o miolo de sua obra e avantajando-a na cena..Perdemos uma estrutura férrea da cultura nordestina e brasileira.
Abaixo Aimar Labaki nos relembra- via seu face.

Aimar Labaki
6 h
Lourdes Ramalho morreu. Só soube agora, pelo necrológio da Folha. Mas já se passou um mês. Esse delay ( para usar um anglicismo -ou para ser mais preciso, uso de expressão estrangeira - que ela odiaria e do qual com toda razão debocharia) é índice de quanto o teatro fora do eixo Rio- São Paulo ainda está alijado de seu lugar de direito.

Lourdes foi dramaturga reconhecida nacional e internacionalmente, com prêmios, montagens e estudos sobre sua obra. Nascida no Rio Grande do Norte, viveu a maior parte da vida em Campina Grande, Paraíba.Chegou à inacreditável idade de 96 anos.

Conheci-a no final dos anos 80, ao participar de um Festival em Campina Grande. Nós, convidados do evento, tínhamos, na lista de eventos a comparecer, um almoço em sua casa.
Confesso que titubiei. A arrogância típica da idade - e da ignorância - me fez supor que teria de fazer o beija-mão à celebridade local como pedágio para a excelente recepção que a dona do pedaço, digo do Festival, a extraordinária Eneida Maracajá (irmã siamesa de Ruth Escobar e Fanny Mikey, espanhola colombiana criadora do Festival Internacional de Bogotá) proporcionava a mim, meu amigo e crítico Jefferson del Rios e alguns outros a quem peço já desculpas pela memória me faltar.

Minha arrogância foi paga com altivez, inteligência e savoir faire. Lourdes, já uma senhora de idade ( ao menos para meus tenros vinte e poucos anos), nos recebeu como a amigos de longa data. Atenta, perguntou muito. Como se realmente estivesse interessada no que nós pobres sulistas andávamos aprontando.

Me explico. Lourdes, como muitos intelectuais nordestinos, têm uma ligação direta com a Europa. Sabem tudo que se passa nos centros do mundo - e um pouco, é claro, do eixo Rio-São Paulo. Meu saudoso amigo Antônio Cadengue , por exemplo, sabia exatamente o que havia para se ver em toda a saison parisiense. E estava ao par da última bibliografia do continente. Sem deixar de estar atento ao que se sobressaísse da elefantíaca temporada paulistana. Mas isso já é outra história.
Voltando ao almoço. Descobri uma dramaturga de grande qualidade, mulher inteligente e perspicaz que nos presenteou com parte de sua obra. Já em casa, li os textos com que me havia presenteado, e pude assim desasnar-me um pouco.

Seus textos são enraizados na fala e na sabedoria popular, mas lapidados com as ferramentas de quem domina o idioma em suas várias manifestações. A partir de uma certa época, o cordel passou a ser o gênero a partir do qual desenvolver suas obras. Lembra Suassuna, sim. Mas tem sua própria cor e valor. Até por que, se não se pode falar em feminismo, pode-se sim aventar a hipótese de um olhar feminino. Não no sentido de mais afetivo, "doce", "suave" - mas sim dono de um ponto de vista particular, mais voltado para o humano, o fragilmente encarnado, em contraponto às estruturas sociais e políticas. Feminino porque mais capaz de ver o outro.

Em tempo, o almoço era banquete. Das refeições que guardo na memória do corpo como ápices dessa forma de prazer. Cozinha típica paraibana, do sertão, dos Deuses, servida com a proverbial elegância e generosidade paraibana.

Lourdes Ramalho morreu. Mas sua obra está aí, vivíssima, a esperar que o Brasil olhe para dentro e encontre em seus autores, personagens e formas as armas necessárias para continuar sua luta.
Salve Lourdes Ramalho! Evoé, dramaturgas brasileiras!

Bibliografia


  • ANDRADE, V.; MACIEL, D. (Org.). Teatro [quase completo] de Lourdes Ramalho. Mulheres. Maceió: EDUFAL, 2011.
  • ANDRADE, V.; MACIEL, D. (Org.). Teatro [quase completo] de Lourdes Ramalho. Teatro em cordel. Maceió: EDUFAL, 2011.
  • LEMAIRE, R. (Org.). A Feira e O Trovador Encantado. Campina Grande: EDUEPB, 2011.
  • ANDRADE, V.; LÚCIO, A.C.M. (Org.). Maria Roupa de Palha e outros textos para crianças. Campina Grande: Bagagem, 2008.
http://bit.ly/33u7ZdZ

*QUEM É LOURDES RAMALHO (texto de Valéria Andrade)  
Maria de Lourdes Nunes Ramalho, ou Lourdes Ramalho, como é conhecida literariamente, é uma escritora nascida no início da década de 1920 (23 de agosto de 1923), no sertão de Jardim do Seridó, fronteira do Rio Grande do Norte com a Paraíba, numa família de artistas e educadores: bisavô violeiro e repentista, mãe professora e dramaturga, tios atores, cordelistas e violeiros. Na infância, enquanto recebia o que havia de melhor em termos de educação formal no sertão, Lourdes Ramalho cresceu ouvindo cantorias de viola e histórias contadas por vendedores de folhetos e assim aprendeu, desde cedo, a amar sua terra e a cultura do seu povo.

Essa relação, de natureza atávica, da autora com a poesia popular, na realidade, se confunde com a história de seu bisavô, Hugolino Nunes da Costa, um dos expoentes da primeira geração de cantadores surgida no sertão paraibano em meados do século XIX, dando seqüência a uma linhagem iniciada por Agostinho Nunes da Costa, considerado o pai da poesia sertaneja nordestina. É deste contato com cantadores, cordelistas e contadores de história que vem o aprendizado dos procedimentos próprios da literatura popular, mais tarde assimilados em sua dramaturgia.

O QUE LOURDES RAMALHO ESCREVEU
A maior parte da produção literária de Lourdes Ramalho é de textos para teatro. Seu fazer literário passa, entretanto e desde sempre, pela poesia e, ultimamente, contempla, ainda, a área da genealogia – revelando-se também aí a pesquisadora de fontes históricas, interessada em descobrir as raízes judaicas da cultura nordestina e, por extensão, da sua própria família.
Suas primeiras peças foram escritas por volta dos seus 10/12 anos de idade, quando brincar de teatro era sua diversão favorita. Incentivada pelos tios e, sobretudo, pela mãe, a menina Lourdes colocava no papel as falas e as ações das personagens que re/inventava. Em seguida, comandava os ‘ensaios’ para as apresentações, de que também participava e que aconteciam em reuniões familiares e escolares. Datam desse tempo as primeiras versões de alguns dos seus muitos textos teatrais infantis.
Quando escreveu o primeiro texto teatral propriamente dito, em 1939, Lourdes era ainda uma adolescente. Aluna de um colégio interno, no Recife, indignada com a precariedade de condições da escola, põe no papel, em forma de comédia, seus protestos contra a falta de professores qualificados, a má qualidade da alimentação e as medidas disciplinares abusivas. Transformado em cena pela própria autora, o texto foi apresentado na festa de encerramento do ano letivo do colégio, detonando um embate entre pais e mestres, que resultou na expulsão da aluna-escritora.

NOTÍCIAS -Recuento: semana 06-13.09

Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá



DOCUMENTÁRIO

sábado, 12 de outubro de 2019

12 de Outubro Cristóvão Colombo invade e mata um povo

http://bit.ly/2OIWCdZ










por wikia



Reaprendamos a História Colombo inaugurou a globalização assassina nas Américas.
Dizimou povos cultura - línguas em nome da elite européia assassina e a igreja.
Foi o início da perversão européia em nosso Continente.
Ecuatorianos gritan Colon Asesino!

VEJAM ABAIXO http://bit.ly/2pk22RL
Los Angeles resolveu encarar os atos do passado e removeu uma estátua homenageando Cristóvão Colombo. A imagem do navegador italiano estava exposta há 45 anos no Grand Park, centro da cidade norte-americana.
A decisão da retirada do monumento partiu das autoridades da cidade dos anjos e segue uma moção aprovada ano passado pedindo a substituição do Dia do Descobrimento pelo Dia dos Povos Indígenas.

Vereador eleito e membro da Nação Wyandot de índios norte-americanos, Mitch O’Farrell celebra a mudança de pensamento que gerou a remoção da estátua. Para o parlamentar trata-se de “passo natural nos avanços para eliminar a falsa narrativa de que Colombo descobriu a América. Além disso, o próprio Colombo foi responsável por genocídios e suas ações contribuíram para o maior genocídio jamais registrado. Não é preciso homenagear sua imagem em lugar nenhum”, finalizou.

Animage chega à sua 10ª edição com programação diversa Por D PE

CINEMA 

Ecuador: crece movimiento popular pese a represión policial

Argentina: violencia en el deporte rey - Cartas sobre la mesa

João Cabral de Melo Neto - vinte anos de sua morte por Sérgio C. Pinto


LITERATURA
J. Cabral de M.Neto   (Recife, 9 de janeiro de 1920 — RJ, 9 de outubro de 1999) Foto por Bienal Pernambuco

Gravura de Joan Miró para o livro de João Cabral de Melo Neto Foto: Divulgação / Agência O GLOBO

   " Poema é coisa de ver,/ é coisa sobre um espaço,/ como se vê um Franz Weissman,/ como se ouve um quadro"
Quando um poeta fala do outro escorre algo a mais  ou a menos,quero dizer : por se saber que no ofício de poetar quão  difícil é tecer a conjunção dos signos,quão perigoso é querer traduzir o sentido,pensado para o verso-entenda-se aqui verso- a criação- ou para qualquer linguagem,è malabarismo criador,sim.Sergio Castro Pinto cumpriu o desafio em falar da ausência de João Cabral e adentrou nas tessituras estéticas  de Cabral-   suas incursões visuais/plásticas,como as que figuram com  as do espanhol Juan Miró.Ao mesmo tempo relatou-nos,como para muitos é sabido a ligação intersemiótica entre a estética Cabralina e do artista catalão..Os dois eram amigos, os dois ousaram dizer a forma, o visíve/invisívell e ou dizível/indizível.Cabral escreveu ou tentou dizer Miró.
Sergio  valeu-se deste adentramento visual de Cabral e assinalou algo que é muito cotejado inutilmente acerca do poeta ,e diz Castro Pinto: ¨Ouso afirmar que, embora a crítica o considere um antilírico por natureza, ele possui, contraditoriamente, uma das características primordiais do poeta lírico: é incapaz de se "outrar", como diria Vitor Manuel de Aguiar e Silva¨
Paulo Vasconcelos
Vamos ao texto do Sergio:

VINTE ANOS SEM E COM JOÃO CABRAL*
(Apontamentos)
Sérgio de Castro Pinto**
Sergio C.Pinto Paraíba Criativa

A poesia de João Cabral de Melo Neto é tributária dos artistas plásticos aos quais louvou em poemas quase todos de extração metalinguística, questionando não só a linguagem pictórica dos artistas como também a sua própria concepção da fenomenologia poética.
Com efeito, no ensaio sobre Jon Miró, ele não discorre apenas sobre os mecanismos de criação desse artista natural da Catalunha, mas também a propósito da elaboração dos poemas de sua própria lavra. Aliás, mais do que sobre Miró, esse ensaio trata a respeito do construto poético do autor pernambucano, do mesmo modo que, quando fala sobre a morte dos outros, fala sobre a sua própria morte. Aqui, vale registrar um episódio narrado pelo autor de "Educação pela pedra": "Levei-lhe (ao psicanalista espanhol López Ibor) o volume 'Duas águas' que ele leu e comentou dizendo: 'O que me impressiona é a sua obsessão pela morte'. Eu retorqui: A morte de que eu falo não é a rilkeana, é a morte social, do miserável na seca, no mangue, não é a minha. E ele disse-me uma coisa engraçada: 'Aí é que o senhor se engana: o senhor fala em morte social para exorcizar o seu medo da morte'", E concluiu João Cabral: "Realmente tenho muito medo da morte".
Julgando-se um poeta impessoal, antilírico por excelência, um poeta que escrevia a contrapelo, João Cabral cultivava uma poesia cujo solipsismo era atenuado, disfarçado, na medida em que, aparentemente falando sobre os outros, falava a respeito de si mesmo, Que o digam, no plano da linguagem, os poemas através dos quais dialoga com Cesário Verde, Graciiano Ramos, Quevedo, Francis Ponge, Valéry, Mondrian, Le Corbusier...
Inclusive, até mesmo no simples, prosaico, cotidiano gesto de catar feijão, Cabral estabelece um cotejo, uma analogia, com o seu modo de escrever. Também no desempenho de alguns toureiros na arena, ele encontra similitude com a sua arte poética: "(...) sim, eu vi Manoel Rodriguez,/ Monolete, o mais asceta,/ não só cultivar sua flor/ mas demonstrar aos poetas: // como domar a explosão/ com mão serena e contida./ sem deixar que se derrame/ a flor que traz escondida,// e como, então, trabalhá-la/ com mão certa, pouco e extrema: / sem perfumar sua flor,/ sem poetizar seu poema".
Ouso afirmar que, embora a crítica o considere um antilírico por natureza, ele possui, contraditoriamente, uma das características primordiais do poeta lírico: é incapaz de se "outrar", como diria Vitor Manuel de Aguiar e Silva.
Mas a prova maior da interferência do olhar, do visual, na sua dicção poética - não tivesse, ainda, o movimento Concretista se abeberado de sua poesia -, pode ser mensurada a partir daquele que muitos consideram o seu último poema, concebido quando já estava praticamente cego: "Pedem-me um poema, / um poema que seja inédito,/ poema é coisa que se faz vendo,/ como imaginar Picasso cego?// Um poema se faz vendo,/ um poema se faz para a vista,/ como fazer um poema ditado/ sem vê-lo inscrita?// Poema é composição,/ mesmo da coisa vivida,/ um poema é o que se arruma/ dentro da desarrumada vida.// Por exemplo, é como um rio,/ por exemplo o Capibaribe, / em suas margens domado/ para chegar ao Recife. // Onde com o Beberibe,/ o Tejipió, Jaboatão,/ para fazer o Atlântico,/ todos se juntam a mão. // Poema é coisa de ver,/ é coisa sobre um espaço,/ como se vê um Franz Weissman,/ como se ouve um quadro",



*Hoje, dia 09 de outubro, exatamente vinte anos da morte de João Cabral de Melo Neto


** 
Sergio C.Pinto
Poeta e professor de Literatura Brasileira UFPB, ora aposentado, com obras de poesia, além dos ensaios.Está presente em  antologias poéticas no Brasil e no exterior- e representa um dos  grandes poetas brasileiros.s Mora em João Pessoa (PB).

Ariano Suassuna -1927/2014 Um visionário -para não esquecermos






Para não esquecermos jamais,mesmo com seus paradoxos,mas com a exatidão de um grande e gigante autor brasileiro. Um intérprete da história do Brasil,um visionário da Geopolítica do Imperialismo desde a colônia.
A Paraíba:forças urbanas versus forças rurais. " O rural vai ser o bem e o urbano vai ser o mau". Destaque-se a Rebelião de Princesa-município paraibano, que rebelou-se da república.Lembra ele a revolução de Canudos;Canudos e Princesa se equivalem segundo ele.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

PRÊMIO NOBEL DA PAZ -2019 PRÊMIO SUSPEITO MAS SAIU PARA.. POR TWITTER







MAIS EM EL PAÍS Nobel da Paz 2019 vai para Abiy Ahmed, primeiro-ministro da Etiópia
JOSÉ NARANJO

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, 43 anos, foi o escolhido para receber o Prêmio Nobel da Paz de 2019. "Estamos orgulhosos como nação", foi sua primeira reação, de acordo com uma nota emitida por seu gabinete em Addis Abeba nesta sexta-feira. Entre seus méritos estão a assinatura da paz com a Eritreia após um amargo conflito de duas décadas e a mediação decisiva no processo de transição no Sudão, que levou este ano a um acordo entre civis e militares. Desde que assumiu o cargo, em 2 de abril de 2018, ele iniciou uma verdadeira revolução democrática em seu país. Apoiou a presidência do país para Sahle-Work Zewde, a única mulher chefa de Estado na África, e nomeou um Governo paritário, entre outras reformas profundas.

Quando muitas casas de apostas indicavam como favoritos o cacique caiapó Raoni Metuktire e a adolescente sueca Greta Thunberg, que se tornou um ícone da luta contra as mudanças climáticas, o Comitê Nobel Norueguês decidiu entregar o Prêmio Nobel da Paz a um dos líderes africanos da moda. A chegada ao poder de Abiy Ahmed foi uma verdadeira lufada de ar fresco em todo o continente, mas especialmente na Etiópia. Uma de suas primeiras medidas foi a libertação de milhares de presos políticos e o fim do estado de emergência no país, usado pelo Governo anterior para cometer violações dos direitos humanos, segundo organizações internacionais.

Abiy Ahmed, de pai muçulmano da etnia oromo e mãe ortodoxa cristã de Ahmara, embarcou em um caminho de mudanças em um sistema político marcado por equilíbrios étnicos. Engenheiro de computação por formação, ingressou ainda jovem no grupo armado que forçou a queda do ditador Mengistu e, posteriormente, entrou no Exército, onde realizou tarefas de comunicação e inteligência. Em paralelo, iniciou carreira política no Partido Democrático Oromo, tornando-se deputado da coalizão governista em 2010.

Seu ímpeto reformista, que no campo da economia busca a liberalização e a abertura econômica da Etiópia, não foi bem recebido por todos. Em 23 de junho de 2018, apenas três meses depois de chegar ao poder, foi alvo de uma granada que explodiu a menos de 20 metros do local onde estava, embora isso não tenha lhe causado nenhum ferimento. As primeiras investigações apontaram para setores no Exército e nas forças de segurança refratários às mudanças.

No entanto, o Comitê do Nobel valorizou especialmente a assinatura da paz com a Eritreia, um antigo conflito dos dois países vizinhos e que terminou com a restauração das relações diplomáticas em 8 de julho de 2018, como também seus constantes esforços para a paz no Sudão do Sul e no Sudão, onde, a pedido da União Africana, conseguiu que os líderes civis e militares golpistas assinassem um acordo para a criação de um conselho de transição.

O Prêmio Nobel da Paz já havia ido para a África no ano passado, em parte, quando foi dividido entre o médico congolês Denis Mukwege e a ativista iraquiana yazidi Nadia Murad, ambos distinguidos por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra em conflitos armados.

Com o prêmio concedido ao líder etíope, nascido em 1976 em Beshasha, queremos "reconhecer todos os atores que trabalham pela paz e reconciliação na Etiópia e nas regiões leste e nordeste da África", observa o comitê norueguês.





Mobilizações populares pedem saída de governantes antes do tempo, como é o caso do presidente do Equador, Lenin Moreno / Martin Bernetti / AFP

Mobilizações populares pedem saída de governantes antes do tempo, como é o caso do presidente do Equador, Lenin Moreno / Martin Bernetti / AFP


A América Latina começa a sair da letargia.É necessário difundirmos as notícias,comentá-las, operar em redes ,mas sobretudo agir corporalmente.Palavras soltas ao vento podem ser destruídas, a ação é fundamental.
Equador, Chile,Venezuela, Colômbia,Paraguai, Peru, Brasil estão em guerra -escondida, Equador está a frente.Tomemos o exemplo.
Brasil de Fato por Joaquiín Pinero nos apresenta algumas contradições.Leiamos.


América Latina está no epicentro da luta popular contra o neoliberalismo
"Contradições do sistema capitalista estão provocando uma onda de explosão social" reflete Joaquín Piñero





Depois da celebrada e pomposa lua de mel do neoliberalismo com a burguesia local aliada do capital financeiro internacional aqui no continente americano, recentemente começamos a perceber sérios problemas para esse casamento se consolidar. As contradições inerentes ao sistema capitalista, sua crise sistêmica e a incapacidade desse modelo de resolver os problemas do povo são ingrediente que estão provocando uma onda de explosão social principalmente nos países da América Latina e Caribe.
A chegada ao poder de governantes de direita e extrema direita, seja pela via do voto ou através de golpes de estado ou parlamentares, que anunciaram aos quatro ventos que a saída para resolver os graves problemas sociais que assolam os países da região era a aplicação de um conjuntos de medidas neoliberais, aliadas à uma aproximação estratégica quase carnal com os Estados Unidos (EUA), mais uma vez se mostrou ineficaz para aqueles que ainda acreditavam nesse conto.
Com exceção de Cuba, Venezuela e Bolívia, que resistem bravamente aos ataques imperialista orquestrados pelos EUA, e o México que depois de algum tempo, ressurge com políticas de cunho mais progressistas, os demais países desse continente vêem a cada dia, aumentar as mobilizações populares nas ruas e seus governantes perdendo apoios importantes e muitos deles em vias de serem expurgados de seus cargos antes do tempo, como é o caso do presidente do Equador, Lenin Moreno.
Assim como no final dos anos 90 e início dos anos 2000, a fome, a pobreza, o desemprego, as desigualdades sociais regadas a banhos de sangue da violência do estado contra os povos e lideranças dos movimentos populares que culminaram com a organização da resistência popular e a derrubada de governos, hoje a história parece se encaminhar para esse mesmo desfecho.
O povo na rua, mobilizado e consciente de sua luta em defesa de seus direitos é a expressão mais contundente de que a luta de classes é a chama que não se apaga e se anuncia como um novo ciclo nesse continente rebelde.
À luta!
Edição: Vivian Virissimo/ Brasil de Fato

Precisamos reagir, transformando indignação em ação que tenha potência, força


Midia Ninja Por Henrque M
Elton é sua considerações que não podem escapar ....Vejam...Leiam Elton Luiz de Souza Capturas do Face

Quando esse governo protofascista abre a boca , doem nossos ouvidos...Arma da barbárie, sua motosserra sangra as árvores , ao mesmo tempo que sua caneta ignorante assina sentenças de morte contra o pensar livre. À sombra da lei, sua milícia negocia e mata à solta, enquanto seus piratas engravatados assaltam os bens públicos e os vendem a preço de banana, acobertados pela capa sonsa do ex-juiz vendido. 
Precisamos reagir, transformando indignação em ação que tenha potência, força. Não são disputas verbais entre nós para ver quem tem mais razão que podem nos tirar desse pesadelo que asfixia nosso presente . 
Para nos ajudar a sair da inércia e avançar, talvez precisemos que nos empurrem pelas costas as mãos dos nossos antepassados que , outrora, enfrentaram as forças do atraso e se fizeram exemplo de luta contra a Casa-grande. Pois à nossa frente, em um futuro ameaçado, nossos descendentes ainda nem nascidos esticam suas mãos em nossa direção e esperam que as alcancemos , para que os defendamos de serem exterminados.


(na foto, após driblar a truculenta segurança, jovem estudante entrega o “troféu exterminador do futuro” ao “ministro” do meio ambiente desse governo protofascista que ameaça de extermínio a vida que ainda nem nasceu )

Geraldo Vandré - Entrevista

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Uma vergonha, se não fosse também crime de lesa pátria.

metropoles.com



Profa.Dra.Angela Carrato UFMG

Hoje tomamos  a palavra da colega Angela Carrato-do seu face para exibir seu -nosso desabafo de mais crimes contra a soberania do país ,ou como  diz Angela :crime de Lesa Pátria


Você já reparou que o Grupo Globo e os demais integrantes da mídia corporativa brasileira cada vez dão menos espaço para os assuntos econômicos e voltados para o desenvolvimento do Brasil?

Já notou também que cada vez mais as pautas envolvendo violência ocupam esse lugar?

Quer saber o motivo? É o seguinte.

No governo Dilma Rousseff, quando a economia ia super-bem e o desemprego atingiu o menor índice da história, para derrubá-la era preciso criar uma crise econômica. Daí a mídia ter passado a martelar na cabeça de seus midiotas que a economia ia mal, que um PIB de 3% era "pibinho" para criar o clima de golpe, que acabou acontecendo.
Já agora, que a economia brasileira vai realmente mal, culpa da desnacionalização, da entrega de nossos recursos naturais e da venda do pré-sal a preço de banana por Temer e acentuada agora por Bolsonaro, essa mídia, que morre de medo da volta do PT ao poder, desconhece a crise econômica, ignora o desemprego de 25 milhões de brasileiros, bate palmas para o fim dos direitos trabalhistas e da Previdência Social e quer nos convencer que vendendo e privatizando tudo teremos um futuro brilhante.
Para não ficar muito evidente o seu apoio ao governo Bolsonaro, porque ela o apoia sim - mesmo que aqui e acolá faça críticas pontuais -, se vale da exagerada cobertura de um suposto combate à violência e à corrupção para desviar o foco do que realmente interessa.
Quer um exemplo? Hoje (10/10) as manchetes da mídia deveriam ser o leilão criminoso de mais três dezenas de áreas do pré-sal, que devem ser entregues às multinacionais a preço de banana. Nesse leilão estará em jogo o futuro do Brasil. Mas qual é o destaque na midia: a operação para prender bandidos na Baixada Fluminense.
Uma vergonha, se não fosse também crime de lesa pátria.