REDES

terça-feira, 9 de junho de 2009

Serra sempre foi assim, ou esqueceu o passado?

by folha
A usp vive a intolerância, o que e incoerente com uma universidade e processos educativos?
O que é isso que vemos hoje, com polícia ocupando campus e porrete,e bombas?
Esqueceram dos acordos?
Aliás acordo é palavra viva dentro de um processo político e educacional.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Olivia Byington



Folha de São Paulo 4 de fevereiro de 2009 -Surge uma cantora rejuvenescida, inteligente e mais interessada na beleza das músicas que escolheu que na potência da própria voz. A versão para "New World", que Björk consagrou no filme "Dançando no Escuro", surpreende. Sussurrada e pequenininha, revela sentidos que nem sua autora suspeitava que existissem. Ótimo.(Marcus Preto)
De fato o show" A vida é perto!, frase de Millor Fernandes, que dá nome ao show, mostra de fato que Olivia é uma das grandes Cantoras Brasileiras.Agora mais madura, solta intimista, de uma cultura e tanto e que sabe desenhar seu bom gosto na seleção musical.Seu passado atesta sua qualidade de intérprete , compositora num gosto simples,e ao mesmo tempo requintado e de infinita qualidade técnica musical e de fazer tocar os sentidos.Aplaudida de pè no Teatro Fecap-SP
Volta aos palcos de São Paulo uma temporada de 2 meses no Teatro Eva Hertz em agosto de 2009, da livraria cultura, fiquem atentos.Não se pode perder o show.Vi, gostei e voltarei a rever, divulguem!!!!!!!!
Vejam http://www.oliviabyington.com.br/

domingo, 7 de junho de 2009

El mexicano Jorge Volpi gana el Premio Debate-Casa de América La obra ganadora —El insomnio de Bolívar— un recorrido por América Latina "


El mexicano Jorge Volpi gana el Premio Debate-Casa de América
La obra ganadora —El insomnio de Bolívar— un recorrido por América Latina "desde su pasado mítico hasta su futuro imaginado", fue seleccionada por el jurado entre un total de 42 trabajos presentados.

VOLPI nacido en México en 1968, pertenece a un grupo de novelistas denominado "crack" que reivindican la vuelta a las raíces de los escritores de 1968, cuando tuvo lugar el esplendor de la literatura hispanoamericana.
AnteriorSiguiente

1 de 1

El escritor mexicano Jorge Volpi fue galardonado hoy con la segunda edición del Premio Debate-Casa de América, por su obra El insomnio de Bolívar, informó la institución en un comunicado.

El Premio, dotado con 50.000 dólares y la publicación de la obra en los países de lengua española, está convocado por Casa de América de Madrid y la editorial Random House Mondadori, a través de su sello Debate.

El jurado estuvo compuesto por Lucía Méndez, Juan Gabriel Vázquez y Alberto Manguel, en calidad de presidente, así como Miguel Aguilar, en representación de Random House Mondadori, e Inma Turbau, directora de Casa de América.

La concesión del galardón a Volpi, quien se presentó bajo el seudónimo de Manuela Sáenz, fue por unanimidad, al considerar que se trata de un libro ampliamente documentado, que "escapa al tono académico y contribuye, con humor, ironía y gran oficio literario, a la comprensión del continente americano".

El jurado reconoció también la obra La herencia de la tribu. Del mito de la independencia a la revolución bolivariana, escrito por la venezolana Ana Teresa Torres, por el "aporte fundamental que hace a uno de los temas más pertinentes de la actualidad política latinoamericana".

Jorge Volpi, nacido en México en 1968, pertenece a un grupo de novelistas denominado "crack" que reivindican la vuelta a las raíces de los escritores de 1968, cuando tuvo lugar el esplendor de la literatura hispanoamericana.

Es autor de novelas como A pesar del oscuro silencio (1992), La paz de los sepulcros (1995), El temperamento melancólico (1996), Sanar tu piel amarga (1997) y El juego del Apocalipsis (2000).

Volpi ha cultivado también el ensayo en obras como La imaginación y el poder y Una historia intelectual de 1968 (1998), y el cuento, con la publicación de la antología mexicana Día de muertos, en el 2000.

En 1999 obtuvo el Premio Nacional Breve por su novela En busca de Klingsor, una historia de espionaje ambientada en la Alemania nazi.

Fuente: EFE
revista Ñ Bs As

sábado, 6 de junho de 2009

Olívia Byington


Olívia Byington
A cantora, que iniciou a carreira como vocalista de uma banda de rock no final dos anos 70, já dividiu palco com grandes nomes da MPB, como Tom Jobim, Chico Buarque e Djavan. Agora, a artista lança um disco homônimo, que contém canções populares com toque erudito. (MPB)
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos


Teatro Fecap
Av. Liberdade
Teatro Fecap
Av. Liberdade, 532 - Liberdade - Centro. Telefone: 2198-7719.
Ingresso: R$ 30.
Quando Mais informação
Dia 06: 21h.
Dia 07: 19h.
Não tem área para fumantes. Não aceita cheques. Aceita reservas. Tem ar condicionado. Vende ingresso pelo telefone. Tem acesso para deficiente. Não tem local para comer. 400 lugares. Valet (R$ 12).

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A CAIXA PRETA DO AIRFRANCE E DRUMMOND


A caixa preta é a coisa parece mais importante no momento, do que os corpos, porque será?
Porque os corpos não resistem, logo valemos pela vida e pelo valor de passageiro para indenização.
A vida é esta coisa temerária, temporária, que um voo logo destrincha e nos faz desaparecer.
A vida é este voo real e imaginário que nos sucumbe!
E viajamos para sempre como no poema de Carlos Drummond de Andrade


MORTE NO AVIÃO

Acordo para a morte.
Barbeio-me, visto-me, calço-me.
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento.
Tudo funciona como sempre.
Saio para a rua. Vou morrer.
Não morrerei agora. Um dia
inteiro se desata à minha frente.
Um dia como é longo. Quantos passos
na rua, que atravesso. E quantas coisas
no tempo, acumuladas. Sem reparar,
sigo meu caminho. Muitas faces
comprimem-se no caderno de notas.
Visito o banco. Para que
esse dinheiro azul se algumas horas
mais, vem a polícia retirá-lo
do que foi meu peito e está aberto?
Mas não me vejo cortado e ensangüentado.
Estou limpo, claro, nítido, estival.
Não obstante caminho para a morte.
Passo nos escritórios. Nos espelhos,
nas mãos que apertam, nos olhos míopes, nas bocas
que sorriem ou simplesmente falam eu desfilo.
Não me despeço, de nada sei, não temo:
a morte dissimula
seu bafo e sua tática.


Almoço. Para quê? Almoço um peixe em outro e creme.
É meu último peixe em meu último
garfo. A boca distingue, escolhe, julga,
absorve. Passa música no doce, um arrepio
de violino ou vento, não sei. Não é a morte.
É o sol. Os bondes cheios. O trabalho.
Estou na cidade grande e sou um homem
na engrenagem. Tenho pressa. Vou morrer.
Peço passagem aos lentos. Não olho os cafés
que retinem xícaras e anedotas,
como não olho o muro de velho hospital em sombra.
Nem os cartazes. Tenho pressa. Compro um jornal. É pressa,
embora vá morrer.


O dia na sua metade já rota não me avisa
que começo também a acabar. Estou cansado.
Queria dormir, mas os preparativos. O telefone.
A fatura. A carta. Faço mil coisas
que criarão outras mil, aqui, além, nos Estados Unidos.
Comprometo-me ao extremo, combino encontros
a que nunca irei, prununcio palavras vãs,
minto dizendo: até amanhã. Pois não haverá.
Declino a tarde, minha cabeça dói, defendo-me,
a mão estende um comprimido: a água
afoga a menos que dor, a mosca,
o zumbido... Disso não morrerei: a morte engana,
como um jogador de futebol a morte engana,
como os caixeiros escolhe
meticulosa, entre doenças e desastres.


Ainda não é a morte, é a sombra
sobre edifícios fatigados, pausa
entre duas corridas. Desfale o comércio de atacado,
vão repousar os engenheiros, os funcionários, os pedreiros.
Mas continuam vigilantes os motoristas, os garçons,
mil outras profissões noturnas. A cidade
muda de mão, num golpe.


Volto à casa. De novo me limpo.
Que os cabelos se apresentem ordenados
e as unhas não lembrem a antiga criança rebelde.
A roupa sem pó. A mala sintética.
Fecho meu quarto. Fecho minha vida.
O elevador me fecha. Estou sereno.


Pela última vez miro a cidade.
Ainda posso decidir, adiar a morte,
não tomar esse carro. Não seguir para.
Posso voltar, dizer: amigos,
esqueci um papel, não há viagem,
ir ao cassino, ler um livro.


Mas tomo o carro. Indico o lugar
onde algo espera. O campo. Refletores.
Passo entre mármores, vidro, aço cromado.
Subo uma escada. Curvo-me. Penetro
no interior da morte.


A morte dispôs poltronas para o conforto
da espera. Aqui se encontram
os que vão morrer e não sabem.
Jornais, café, chicletes, algodão para o ouvido,
pequenos serviços cercam de delicadeza
nossos corpos amarrados.
Vamos morrer, já não é apenas
meu fim particular e limitado,
somos vinte a ser destruídos,
morreremos vinte,
vinte nos espatifaremos, é agora.


Ou quase. Primeiro a morte particular,
restrita, silenciosa, do indivíduo.
Morro secretamente e sem dor,
para viver apenas como pedaço de vinte,
e me incorporo todos os pedaços
dos que igualmente vão parecendo calados.
Somos um em vinte, ramalhete
dos sopros robustos prestes a desfazer-se.


E pairamos,
frigidamente pairamos sobre os negócios
e os amores da região.
Ruas de brinquedo se desmancham,
luzes se abafam; apenas
colchão de nuvens, morres se dissolvem,
apenas
um tubo de frio roça meus ouvidos,
um tubo que se obtura: e dentro
da caixa iluminada e tépida vivemos
em conforto e solidão e calma e nada.


Vivo
meu instante final e é como
se vivesse há muitos anos
antes e depois de hoje,
uma contínua vida irrefrável,
onde não houvesse pausas, sonos,
tão macia na noite é esta máquina e tão facilmente ela corta
blocos cade vaz maiores de ar.
Sou vinte na máquina
que suavemente respira,
entre placas estelares e remotos sopros de terra,
sinto-me natural a milhares de metro de altura,
nem ave nem mito,
guardo consciência de meus poderes,
e sem mistificação eu vôo,
sou um corpo voante e conservo bolsos, relógios, unhas,
ligado à terra pela memória e pelo costume dos músculos,
carne em breve explodindo.


Ó brancura, serenidade sob a violência
da morte sem aviso prévio,
cautelosa, não obstante irreprimível aproximação de um perigo atmosférico
golpe vibrado no ar, lâmina de vento
no pescoço, raio
choque estrondo fulguração
rolamos pulverizados
caio verticalmente e me transformo em notícia.